New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 44
Capítulo 44- Dolorosas memórias e "Ops, te estrangulei!"


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo! E aí, tudo bem com vocês?
Estou animada com a minha futura fic e feliz que a maioria se interessou! Se quiserem dar sugestões, palpites, ideias ou qualquer coisa, podem dar, estou aberta! Não sejam tímidos, me mandem suas ideias!!!!!! Aqueles que já quiserem se preparar pra futura fic, bastam pedir sua ficha por MP e eu logo envio, pq ela é extensa!


Bem, bora pra fic!



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POV’S Freddy

Frederick parecia bem distraído; mas por quê? No que é que ele tanto pensava?

–Hã, Dr. Frederick?-eu o chamei, percebendo que ele estava com o olhar vidrado em sua caneca de café- tudo bem?

Ele piscou, aturdido, então abriu um leve sorriso.

–Oh, sim, Freddy, me desculpe- desculpou-se ele- eu só estava pensando um pouco...

Franzi a testa.

–Pensando do quê, exatamente?-perguntei, curioso.

Frederick soltou um pesado suspiro. Apontou para um quadro na sua mesa, que tinha uma foto. Na foto, havia seis pessoas.

Uma delas eu reconheci sendo Frederick. Seu cabelo loiro estava todo bagunçado e seus olhos cinzas brilhavam divertidos. Ele sorria, parecendo o cara mais realizado do mundo. Vestia uma camiseta branca de mangas compridas, jeans azuis e sapatos pretos.

Ao lado dele, estava uma linda mulher. Ela tinha longos cabelos negros e lindos olhos verde água, além de pele clara e sardas sobre o nariz. Vestia um lindo vestido vermelho solto e sapatilhas pretas. Sorria.

Na frente de Frederick, havia uma menina. Devia ter uns doze ou treze anos, no máximo. Ela tinha cabelos longos e ruivos, lisos com as pontas cacheadas, da metade pra baixo em um belo tom de azul, pele clara e olhos como os da mulher, verde água. Vestia uma regata azul, uma jaqueta preta por cima, calça preta e coturnos pretos; também sorria.

Ao lado dela, tinha uma menina um pouco menor. Talvez fosse dois ou três anos mais nova que a outra menina. Ela tinha olhos violetas encantadores e cabelos lisos e longos que eram num forte tom de azul escuro que parecia preto de longe, que combinavam muito com sua pele clara. Vestia uma jaqueta roxa escura, regata azul, jeans pretos e coturnos. Sorria feliz ao lado da ruiva.

Do lado da de cabelo azul, tinha um menino. Ele era mais alto que as duas, talvez o mais velho. Sua pele era clara, seus cabelos eram pretos. Ele tinha as mesmas sardas da mãe sobre o nariz e o cabelo escuro dela também, mas tinha os mesmos olhos de Frederick, cinzentos como uma tempestade. Vestia uma camiseta preta com estampa de “The Walking Dead”, jeans cinzentos e tênis pretos.

E, por último, havia um menino ao lado dele, talvez da idade da menina de cabelo azul escuro ou até mais velho. Seus cabelos eram castanhos, cor de chocolate, sua pele era clara e seus olhos eram azuis hipnotizantes, como duas safiras. Ele vestia uma camiseta branca, com um moletom bege por cima, jeans pretos e sapatos pretos. Ele sorria, feliz.

Ao olhar para o último menino, uma sensação estranha tomou conta do meu peito; uma ardência esquisita que me fazia querer chorar, gritar e espernear. Ele era tão familiar, mas...eu não conseguia me lembrar...minha mente estava coberta por uma espessa neblina; nem o menor ou vago fragmento sobre esse menino me vinha a mente, mas eu sabia que conhecia o menino de algum lugar.

Decidi deixar isso de lado e olhei para Frederick, que estava com um sorriso triste no rosto. Ele olhou para mim, sorrindo.

–Essa é...a sua família?-perguntei.

Ele assentiu. Pegou a foto e apontou para a mulher de vestido vermelho.

–Essa é Grace Moore, minha esposa-contou ele.

–Ela é muito bonita-comentei.

Ele riu.

–Sim, é mesmo-concordou ele. Em seguida, apontou para a menina ruiva- esta é a minha princesa, ou melhor dizendo, rainha. É minha filha Vaneloppe, a segunda mais velha. Tinha uns treze anos nessa época...

–Por que ela é ruiva?-perguntei.

Frederick deu de ombros.

–Não sei dizer ao certo-comentou- quer dizer, Grace tem parentes em vários países, assim como eu, então Vaneloppe deve ter puxado a algum parente distante...

Assenti. Frederick apontou para a menina de olhos violeta.

–Esta é Diana, minha outra filha, a mais nova. Tinha dez anos...-continuou ele. Ele pronunciava “Daiana”.

–Daiana?-perguntei- ou Diana?

–Diana, mas se pronuncia “Daiana”- explicou Frederick.

–Ela tem cabelo azul...-observei.

Frederick riu.

–Sim, tem-afirmou ele, ainda rindo um pouco. Apontou para o menino de cabelos pretos- este é Michael, o mais velho. Tinha quinze anos...

Apontei para o menino de olhos azuis que me dava sensações estranhas.

–E este, quem é?

O sorriso de Frederick vacilou por um segundo. Ele soltou um pesado suspiro.

–Meu terceiro...filho-começou ele, a voz vacilante- seu nome era Freddy. Tinha só doze anos...

–Ele tem o mesmo nome que eu e se parece comigo-observei.

Frederick sorriu tristemente

–Sim...-continuou ele- foi por quê no dia em que te construí, ele me ajudou. Por isso vocês são tão parecidos...

–Mas e por que temos o mesmo nome?-perguntei.

Frederick soltou outro suspiro. Ficou calado por minutos, até que finalmente disse, com a voz embargada e vacilante:

–Por que...no dia em que construímos você...-ele parou e suspirou, frustrado- olhe, depois que construímos você, ele e os amiguinhos foram para a pizzaria nova, do Charlie, A “Freddy Fazzbear”. E...eles não voltaram...

Então, a ficha caiu; a história que Ghost havia contado era ...verdadeira!

–Eu sinto muito, Frederick...-eu pedi.

As lágrimas começaram a cair dos olhos cinzentos de Frederick. Ele rapidamente as limpou, fungou e então sorriu tristemente.

–Você não sabia...-murmurou ele- mas bem, Freddy, o que você queria me pedir?

–Ah, eu queria fazer um...“amigo secreto” ou algo do gênero neste natal...-falei baixinho.

–Ótima ideia, Freddy...-elogiou ele- vou providenciar tudo, o.k.?

Assenti e saí do escritório de Frederick. Aquela estranha sensação no meu peito havia voltado, mas por quê?

POV’S Michael

Não estava programado eu ter que levar o tio de Anne e seu parceiro estranho para a empresa! Charlie Fazzbear havia me pedido que levasse a desnaturada da sobrinha dele para casa e nada mais!

Suspirando, continuei dirigindo. Eu ainda tinha que pegar as minhas irmãs e minha mãe no aeroporto, isso ia comprometer muito! Charlie e Víncent conversavam animadamente.

–Então, querida, como foi a sua primeira noite?-perguntou o tal Víncent a Anne.

Espere, “querida”? Desde quando ele é tão íntimo assim dela?! Estranhamente, esse apelido me incomodou um pouco; fiquei com uma pequena vontade de estrangular Víncent, sabe? Assim, de repente...talvez eu pudesse fazer parecer um acidente... do tipo “Hey, Víncent, tem um mosquito no seu pescoço, deixa eu tirar e...opa, te estrangulei, desculpa! Doeu?”

–Foi...agitada...-respondeu Anne, me tirando dos meus pensamentos-tivemos alguns pequenos imprevistos, mas deu tudo certo no final...

Víncent sorriu com aquele estranho sorriso de “Gato de Cheshire”. Mal sabia esse idiota que a Anne quase havia sido morta.

–Megumi e Phantom deram trabalho?-perguntou Charlie.

–Não, não, são uns amores-respondeu ela-muito carismáticos e sabem trabalhar bem...

–O Phantom é ruim? Preguiçoso? Burro? Mafioso?-interrompeu Charlie.

–Não, ele é um cara legal-continuou Anne- só é calmo e na dele, sabe? Não gosta muito de agitação, só isso, tio...

Charlie assentiu, mas sua cara dizia “Ainda acho que Phantom Whirl é um mafioso disfarçado que quer roubar todas as minhas pizzas!”. Argh, o modo como Anne começou a elogiar um cara que mal conhece...me deu nos nervos!

Apertei o volante até meus dedos ficarem brancos, rangendo os dentes. Charlie ainda sorria como uma criança e Víncent tinha um sorriso pervertido e tarado. Anne parecia sentir o clima de tensão, pois estava calada.

–Então, Michael, como anda o seu estágio de direito?-perguntou Charlie, tentando puxar assunto- está gostando?

–Ele anda bem, Sr. Fazzbear-comecei- estou gostando de lá sim, mas as vezes é trabalhoso ter que atender aos clientes, sabe? Alguns são grossos, outros muito frágeis...

Charlie assentiu.

–E já está de férias?-perguntou Fazzbear.

–Não, ainda não, mas logo ficarei-comentei- só estamos tendo aula de uma professora! Tipo, todos os professores já aplicaram provas e corrigiram trabalhos, mas só Shirley, a professora de Tributário, sabe? Então, só ela ainda não aplicou a prova final! Diz por quê diz que só vai aplicar daqui a duas semanas, sendo que não estamos fazendo mais nada nas aulas daquela louca!

Charlie Fazzbear riu.

–Eu conheço Shirley-contou ele- e realmente comprovo que ela tem suas...peculiaridades...

–Ela é pirada-resmunguei.

–Prefiro o termo “exótica”- corrigiu Fazzbear.

–Espere um pouco, esse cara faz direito?-perguntou Víncent, rindo.

Franzi a testa, uma carranca se formando em meu rosto.

–Sim, faço, e daí?-perguntei, irritado.

Víncent riu e riu.

–Ah, não é nada!-exclamou ele, rindo histericamente- nada mesmo, cara!

Minha carranca se aprofundou. Qual o problema desse cara?! Ele parou de rir.

–Bem, bem, garoto, qual é o seu nome?-questionou Víncent.

–Michael-respondi, ainda irritado.

–Michael?-repetiu Víncent, rindo um pouco.

–Sim, Michael...-resmunguei.

–Víncent, fiquei quieto e deixe Michael- pediu Fazzbear, meio nervoso.

–Desculpe, Charlie, não consegui me segurar-falou Víncent, com aquele sorriso maluco e sinistro dele- mas bem, e você, amor?-perguntou Víncent a Anne.

Ela pareceu surpresa com o apelido. Amor? Amor?! Amor?! AMOR?!! Quem esse idiota pensa que é?!Ah, definitivamente, eu quero acabar com Víncent! Vou partir cada osso desse maluco idiota. O que eu não entendo é por quê Víncent me dá tanto nos nervos!

–Eu o quê?-perguntou Anne.

–Ora, seu amiguinho faz direito, e você, o que faz, pequeno passarinho?-perguntou Víncent.

Se ele continuar com esses apelidos estúpidos, eu juro que ele vai levar um chute bem naquele lugar...

–Eu faço medicina-respondeu Anne com um leve sorriso.

O sorriso de Víncent alargou.

–Ah, que maravilhoso!-exclamou ele- deve ser o orgulho da sua casa!

Estranhamente, Anne pareceu ficar um pouco rígida. Seu sorriso vacilou um pouco.

–Bem, não exatamente...-ela disse- não é grande coisa...

–É sim, algo muito incrível-afirmou Víncent- você deve ser uma jovem muito inteligente...

Seu bajulador barato!

–Ah, obrigada...-respondeu Anne.

–E mora sozinha?-o sorriso pervertido de Víncent voltou.

–Não, não moro-respondeu Anne automaticamente- por quê?

–Se morasse, eu poderia ir te visitar alguns dias, sabe...-Víncent deu uma piscadela.

–VÍNCENT!-repreendeu o Sr. Fazzbear.

Anne corou e desviou o olhar, encarando a janela.

Esse...esse...estúpido estava insinuando...ele...tem segundas intenções?! Rosnando, continuei a dirigir, desviando de um carro bem a tempo, tentando me controlar.

–Ei, querida, você já deu a vacina de raiva no seu amigo?-provocou Víncent- ele está espumando!

Apertei o volante com tanta força que achei que fosse arrancá-lo.

–Víncent, por favor, pare com essas brincadeiras-pediu Anne, ainda evitando contato visual com Víncent.

Antes que o safado pudesse retrucar, eu anunciei entre dentes:

–Chegamos na empresa...

–Ah, que pena, a viagem foi tão empolgante!-declarou Víncent.

Teria sido mais empolgante se eu tivesse te atirado do carro numa pista lotada.

–Podem descer-resmunguei.

Víncent e Fazzbear desceram do carro. Víncent fez questão de abrir a porta para Anne. Ele estendeu a mão e, sem esperar permissão, já foi logo puxando a sobrinha do Fazzbear. Quando Anne já tinha colocado um perna para fora do veículo, eu a segurei pelo pulso. Ela e Víncent olharam para mim, confusos.

–Qual é o problema?-perguntou Víncent, claramente irritado.

–Eu vou buscar minhas irmãs e minha mãe no aeroporto- comecei- Anne, quer vir comigo?

–Buscar Grace, Vaneloppe e Diana?-repetiu ela- claro, com certeza!

Ela voltou para dentro do carro e se desvencilhou de Víncent. Ele soltou um suspiro triste, mas logo voltou a sorrir.

–Te vejo mais tarde, queri...-eu puxei a porta do carro e a fechei na cara dele, ignorando o idiota. Antes de Víncent sequer processasse o que eu havia feito, pisei no acelerador sem olhar pra trás.

Quando estávamos longe o suficiente, me permiti um sorriso. Anne riu.

–O que foi?-perguntei.

–Isso que acabei de presenciar e presenciei no caminho foi...-ela começou.

–Ciúmes?-completei- sim, foi ciúmes sim...

–Sério?-questionou ela, rindo.

–Não, estou brincando-retruquei- só não gosto de Víncent...

–Ele é apenas...extravagante–comentou Anne.

–Ele é um tarado, safado, sem-vergonha e esquisito-resmunguei, fazendo-a rir.

–Ciumento-cantarolou ela.

–Talvez eu seja um pouco-admiti.

–Oh, nossa, você só pode estar doente!-brincou ela- admitindo que estou certa?

Revirei os olhos.

–Você é muito chata-falei.

–Ah, Michael, eu também te amo...-retrucou ela, sarcástica.

Começamos a rir sem motivo, dirigindo em direção ao aeroporto.


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Notas finais do capítulo

Novo casalzinho! Michael e Anne!
O que vocês acham de Víncent depois desse cap? Michael e Anne deveriam ficar juntos ou só serem melhores amigos? Phantom quer realmente roubar pizzas do Fazzbear? Por que eu ainda tô com fome e com sono? O que vocês acham que vai acontecer futuramente? Deixem nos comentários ou mandem por MP!

Beijos, amores, até o próximo cap!