POV’S Ghost

Blake está apaixonado! Só pode ser isso! A cara que ele fez quando viu a menina nova entrer com Chica...não teve preço!

Depois que voltamos ao jogo, eu pedi licença para ir ao banheiro. Enquanto os irmãos Whirl jogavam, saí de fininho para dar um “oi” para Chica e seus amigos.

Me aproximei da nova garota e sorri. Ela olhou para mim e deu um tímido sorriso.

–Ei, olá!-cumprimentei- eu sou Ghost Whirl!

–Ana Schmidt- apresentou-se ela- irmã gêmea de Mike...

Silêncio.

–Vocês são seguranças, certo?-perguntei, tentando puxar assunto.

–Sim-respondeu ela- hoje é me primeiro dia...

Sorri.

–Hey, Ana, que tal você conhecer os meus amigos?-convidei.

Ela pensou um pouco, então, abriu um sorriso.

–Claro-disse ela.

Meu sorriso se alargou mais ainda. Puxei-a pelo braço até onde Blake e Hunter estavam.

–Ah, você vai adorá-los!-garanti. “E vai simplesmente amar o Blake”, pensei.

Quando Blake me viu junto com Ana, seus olhos se arregalaram. Ele olhou para mim, depois para Ana, depois para mim de novo. Segurei o riso quando a boca dele se escancarou. Seus olhos diziam “Ghost, não sei se eu te mato ou te agradeço”.

Paramos em frente a Blake. Sorri.

–Pessoal, essa é a Ana- apresentei-a.

Ana acenou e sorriu.

–Ana, este é Hunter-apontei para Hunter, que deu um “Hello”- e este é o Blake- Blake esboçou um meio sorriso, algo particularmente raro, na minha opinião.

Ana sorriu para Blake. Eles ficaram se encarando por um tempo, até desviarem o olhar, ambos vermelhos. Eu e Hunter trocamos olhares de cúmplices e sorrimos maliciosamente.

–Ei, Ghost-chamou Hunter-eu preciso ir resolver uma coisa com a Chica, só que eu estou com vergonha. Vai comigo, por favor?

Os olhos de Blake se arregalaram mais ainda. Ele parecia alarmado.

–Ah, mas é claro que eu vou com você, Hunter!-exclamei.

Hunter parecia estar se segurando para não rir.

–Blake, Ana, nós vamos demorar muito-disse Hunter-fiquem aí os dois, mais tarde a gente volta!

Blake abriu a boca para retrucar, mas a fechou instantaneamente. Eu e Hunter sorrimos e deixamos Blake e Ana a sós.

Blake vai nos matar!

POV’S Blake

Eu vou matar o Ghost. Vou degolá-lo, esquartejar seu corpo em um milhão de pedaços, queimar cada pedacinho dele, jogar suas cinzas no fundo do oceano Atlântico e pendurar a cabeça dele na parede da minha sala!!

E Hunter...Argh! Aquele traidor! Eu vou trancá-lo num armário junto com a Chica e deixar os dois ali por um mês! Depois, ele vai sofrer o mesmo destino que o Ghost.

Eu estava pensando em que tipo de faca eu usaria para picar Ghost e Hunter quando Ana perguntou:

–Por que você está com essa cara? Parece até que vai matar alguém...

“Ah, eu vou matar, mas não alguém; vão ser alguéns!”, pensei.

Em vez disso, respondi:

–Só estou um pouco estressado...

Silêncio. Que constrangedor.

–Então...-ela começou a puxar assunto- a quanto tempo você está aqui?

–Hoje foi o meu primeiro dia de trabalho...

Ela sorriu.

–O meu também-disse ela- sou uma das novas seguranças...

Pisquei, então, olhei para ela, encarando seus olhos castanhos.

–Quer dizer que...você vai voltar aqui toda noite, todo dia?-perguntei.

Ela sorriu.

–Sim, é isso mesmo-respondeu Ana-por que a pergunta?

Baixei a cabeça para esconder me rosto vermelho e meu sorriso.

–Por nada...-respondi, evasivo.

Fiquei conversando com Ana por mais um tempo e percebi o quão incrível ela era; uma menina doce, gentil, meiga, linda, inteligente, corajosa e...e...e o que é que eu estou dizendo?! Eu mal a conheço! Se controle, Blake!

Voltamos a conversar, até que ouvimos um pigarreio. Nos viramos e vimos Ghost, com um sorrisinho no rosto. Olhei de cara feia para ele.

–Hã, desculpa interromper o momento “L'amour est dans l'air”*, mas Freddy está chamando todo mundo para abrirmos as caixas novas...

Assenti. Me levantei e estendi a mão a Ana. Ela aceitou e eu a puxei com força; ela quase caiu em cima de mim! Meu rosto esquentou. Ghost era um intruso ali, encarando tudo com um sorriso incrivelmente malicioso.

Saímos de “Ballade” para ver os novatos.

POV’S Ana

Blake era um cara incrível. De início, eu o achei um tanto calado e monótono, mas aí, começamos a conversar e pude ver o quão...uau ele era. Blake era lindo, divertido, inteligente, simpático, e lindo...e...e...e eu devo estar ficando louca. É isso, só pode.

Enquanto eu conversava com Blake no meio do caminho, Mike chegou, se colocou entre nós dois e me puxou para longe dele. Eu olhei para meu irmão, irritada.

–Ei!-reclamei- nós estávamos conversando!
–É, eu percebi!-retrucou meu irmão- vocês estão juntos desde que chegaram!

Revirei os olhos.

–Mike, pare de tanto ciúmes besta!-pedi- não é por que eu converso com um cara que eu quero casar com ele, o.k.?

Mike suspirou.

–Está bem, está bem...-se rendeu ele- mas nada de passeios a sós!-alertou ele.

Meu rosto corou.

–Mike!-exclamei-deixe de ser tão pervertido!

Ele apontou para o meu rosto.

–Viu?-perguntou ele- você ficou vermelha! É um sinal de que gosta dele!
Revirei os olhos.

–Posso ir agora?-perguntei.

Mike assentiu. Voltei para o lado de Blake.

–O que seu irmão queria, Ana?-perguntou ele.

–Nada-desviei do assunto- é apenas Mike com suas neuras bobas...

Continuamos a conversa até pararmos em frente aos cinco caixotes. Todos ficaram em silêncio, até que um raposo vestido de pirata se aproximou de uma das caixas e a abriu.

Da caixa, uma garotinha saiu. Ela tinha cabelos longos negros presos em duas maria-chiquinha brancas, olhos grandes também negros, pele pálida. Era pequena, com a altura de uma menina de 10 anos. Vestia um longo vestido preto por cima de uma blusa branca, meias de cano alto branca e sapatos “Lolita” pretos. Segurava um pincel na mão. Era adorável.

Um cara de cabelos da cor do arco-íris se aproximou dela, juntamente com Hunter.

–Olha, que fofinha!-disse o menino do cabelo multicolorido.

–É tão pequena!-comentou Hunter.

–Parece um hobbit!-acrescentou o menino arco-íris.

A garotinha bufou, irritada, e pisou no pé de Hunter e do menino, que soltaram gemidos de dor.

–Argh, que hobbit agressivo!-reclamou Hunter.

–Eu não sou uma hobbit!-disse a menininha, irritada- eu tenho 16 anos, seu idiotas!

Hunter revirou os olhos.

–Até parece-disse ele- então, eu devo ser a rainha da Inglaterra!

A menininha pisou no pé dele de novo e lhe deu língua. Hunter mordeu a língua para não gritar.

Freddy interveio:

–Parem, os três, agora!

Eles se calaram. Freddy se aproximou da menininha e se ajoelhou.

–Qual é o seu nome, pequena?-perguntou ele, com uma voz calma.

–Tenshi-disse a menina- Tenshi Nakamura.

–Bem, Tenshi, eu sou o Freddy- disse o urso- você poderia ficar ali com os outros só por um instante?

Tenshi assentiu. Lançou um último olhar de ódio para Hunter e se postou ao lado de Marionete, que parecia se dar bem com crianças.

A raposa Foxy abriu outra caixa. De lá, outra menina saiu. Ela tinha cabelo rosa avermelhado, chifres em sua cabeça, olhos rosa avermelhado e pele branca. Vestia uma simples camiseta branca sem mangas e shorts azuis, estando descalça.

Freddy se aproximou.

–Hã, olá?-chamou o urso- quem é você?

A menina sorriu.

–Nyuu!-disse a menina, animada, com sua cara bobinha.

–Prazer, Nyuu, eu sou o Freddy-disse o urso.

–Nyuu!-repetiu a menina- Nyuu! Nyuu! Nyuu!

Freddy olhou para os outros, confuso, depois, virou para a menina de novo.

–Você só sabe falar “Nyuu”?-perguntou ele.

–Nyuu!-exclamou a menina, rindo.

Pelo visto, sim, ela só dizia “Nyuu”. Freddy deu de ombros e pediu a Foxy que abrisse a terceira caixa. Um menino saiu de lá.

O garoto também era baixinho, sendo dois centímetro maior que Tenshi. Ele tinha cabelos brancos acinzentados, orelhas de coala cinzentas, olhos pretos e pele clara, com algumas sardas pontilhadas em seu nariz. Vestia uma camisa social branca, com um colete cinzento por cima, gravata borboleta cinzenta, shorts azuis com suspensórios, meias compridas pretas e sapatos pretos. Segurava um pincel, como Tenshi.

–Eu sou Frankie!-disse ele, animado.

–Mais um hobbit?-cochichou Hunter ao meu lado, me fazendo rir.

Freddy sorriu para o pequeno.

–Olá, Frankie-cumprimentou Freddy- eu sou o urso Freddy. Frankie...

–Pode me chamar só de Frank-interrompeu o menino.

Freddy sorriu.

–Certo, Frank, você poderia esperar com Marionete enquanto terminamos de resolver um pequeno assunto?

–Claro-disse Frankie, animado.

Ele saiu saltitando até Marionete e ficou paradinho ao lado dele. Marionete sorriu e afagou os cabelos do pequeno.

Foxy, a raposa pirata, abriu a quarta caixa. Uma moça saiu.

Era uma belíssima coruja branca. Possui o tamanho de uma humana de uns vinte e um anos. Ela possuía um lindo par de asas de uma coruja-das-neves, porém do tamanho de seus braços. Suas mãos eram meio finas e "delicadas", mas ao invés de dedos, estavam penas com as dobras de uma mão, de forma que parecia que seu braço fosse, na verdade, uma asa quase sem penas. Seus cabelos eram ruivos e bem rebeldes, mas lisos. Iam até sua cintura. Seus olhos eram da cor dourados, como ouro quatorze quilates, e seu bico, muitíssimo curto, parecia uma boca de cor amarelada, era bem pontiagudo. Não possuía nariz. Usava óculos num tom de laranja vivo. Trajava um grande jaleco de laboratório, cheio de bolsos, que iam até um pouco além de seus joelhos. Suéter vermelho, legging preta e tênis pretos.
Ela sorriu, um sorriso típico daqueles cientistas malucos legais de filmes.

–Hey, olá, pessoal!-cumprimentou ela- sou a Dra. Ruby Del Fire!

Freddy se aproximou dela.

–Eu sou o Freddy-disse ele, estendendo a mão.

Ruby apertou a mão de Freddy e sacudiu bastante, como se fosse arrancar o braço do urso. Ruby era bem energética.

Ela se postou ao lado de Ghost e ambos começaram a conversar freneticamente, com muitos gestos de mão.

Foxy abriu a última caixa. Uma menina saiu de lá.

Era do tamanho de Ghost, sendo só um centímetro menor. Tinha a pele clara, olhos azuis como um céu límpido e cabelos castanhos cor de chocolate, levemente ondulado nas pontas, que batiam um pouco acima de sua cintura. Vestia uma camiseta cinzenta, com um moletom com a estampa de um galáxia por cima, com o nome “Galaxy” em dourado no meio do moletom, jeans pretos e sneakers pretos. Segurava um livro de capa de couro embaixo do braço. Tinha orelhas e cauda de um labrador cor de mel.

Ela abriu um sorrisinho. Freddy se adiantou:

–Olá, eu sou o Freddy!

–Eu sou a Hazel-disse a menina- muito prazer...

–Hazel, poderia esperar um pouco, por favor?-pediu Freddy.

Ela assentiu e se postou ao meu lado. Hazel sorriu para mim e acenou. Sorri e acenei de volta.

Freddy foi para o meio da sala, onde ficaria visível. Abriu os braços e sorriu.

–Bem-vindos a Pizzaria Freddy Fazzbear!-exclamou ele- seguranças e animatronics novatos, olá!

Olhei para Blake e ele olhou para mim. Trocamos sorrisos.

Acho que eu vou gostar desse novo emprego...