A New Story About Bellarke escrita por Honey


Capítulo 1
The Last Hope




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657763/chapter/1

"Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro."
- Confúcio

— Querida, eu sinto muito mesmo, mas...não posso mais prolongar sua estadia aqui. – a enfermeira olhava a garota, cheia de pena. – Mesmo se eu pudesse, você não ficaria muito mais do que quarenta minutos. Clarke, você e seu bebê estão bem, estão prontos para ir.

— Por favor, só mais uma hora. – a loira pediu, segurando a bolsa de Jake junto a seu corpo. – Só tenho que arrumar um lugar para passar a noite. Só mais uma hora.

E ali estava Clarke, com um recém-nascido no colo, sem lugar para morar, o pouco dinheiro que tinha estava escasso, quase ajoelhando e rezando para ficar mais tempo em um quarto de hospital, simplesmente porque não tinha mais lugar nenhum para ir.

Essa definitivamente não era uma ideia que ela tinha sobre seu futuro.

Clarke Elizabeth Griffin tinha dezessete anos, e havia acabado de ter um filho. E discursos sobre ela ser nova demais a irritavam, como se fosse isso que ela realmente queria para a vida.

Desde os quatorze anos, a vida não tinha sido nada legal com ela, a começar pelos seus pais terem morrido durante um sequestro. Tudo isso aconteceu porque, há muito tempo, os Griffin eram milionários e possuíam muito poder dentro de uma empresa de automóveis. Os concorrentes queriam uma parte do dinheiro da empresa, de uma forma não muito honesta. Seus pais foram sequestrados e mantidos como reféns, até que a notícia da morte deles era tudo que os jornais locais diziam.

Antes disso acontecer, ela tinha um namorado, Finn Collins, que já era maior de idade. Ela morou com ele durante um tempo, mas seu plano nunca foi aquele. Ela só queria tempo para arranjar um emprego e pagar seus estudos.

Mas, como tudo que a garota já fez, não foi bem assim e deu tudo muito errado.

Por um descuido de ambas as partes, ela ficou grávida. Finn sempre deu o apoio que ela precisava, de todos os jeitos possíveis. Porém, uns dias antes de seu filho nascer, ele saiu de casa, transtornado, e pediu que ela não o procurasse mais.

— Não tem ninguém para quem você possa ligar? – a enfermeira parecia realmente disposta a ajudar e pegou seu telefone do bolso. – Pense bem, querida. Qualquer pessoa. Alguém que te deva um favor, um amigo, deve ter alguém.

Ela não conseguiu pensar em ninguém.

A pessoa que mais a ajudou foi Byrne, a enfermeira, que cedeu mais sete dias no quarto do hospital, escondida (mesmo que ela devesse ter saído), e forneceu toalhinhas, lencinhos e tudo que o bebê precisava.

Apesar de Byrne estar um pouco velha, mantinha uma aura forte. Vestia um uniforme dourado, com pequenos detalhes brancos, já que ela trabalhava no berçário. Era parecida com um anjo.

— Eu não sei. – Clarke balançou a cabeça, passando as mãos no cabelos. – Ah, meu Deus...Eu não sei!

Lágrimas começaram a correr pelo seu rosto e uma pessoa veio em sua mente de forma súbita.

A mãe de Clarke sempre ajudou uma mulher chamada Aurora Blake, que já foi uma faxineira da antiga empresa dos Griffin. Abby foi a única pessoa que acreditou em Aurora, tornando-a sua sócia, trazendo a mulher para o sucesso e, provavelmente, o dinheiro.

Sua mãe a ajudou muito, mas ela não podia esperar que fizessem isso por ela. Clarke havia ido na casa dela, o quê, cinco vezes? E todas as vezes foram para brincar com sua melhor amiga da época, Octavia. Mas ela era sua única esperança.

Pegou o telefone, esperando que Aurora a deixasse ficar pelo menos por uma noite.

— Alô? – ela disse, perguntando-se se ela estava em casa. Depois que disse essa palavra, uma outra voz feminina respondeu com um "quem é? " e ela desatou a falar. – Eu... Você pode não saber quem eu sou, mas meu nome é Clarke Griffin, sou filha da...

— Ah, meu Deus, Clarke! É claro que eu me lembro de você! Quanto tempo... – a mulher exclamou, do outro lado da linha. Clarke reconheceu a voz de Octavia imediatamente e deu um sorriso aliviado. – Como você está? Tudo bem?

— Na verdade, eu... Estou na frente de um hospital, aqui em Phoenix. E meu filho acabou de nascer. – ela respondeu e deu para sentir a surpresa e o choque de Octavia. – E-E eu não tenho para onde ir, então eu pensei que...

— Me fala o nome do hospital e a localização agora. Acha que eu vou te deixar na rua numa situação dessas? – a Blake falou, abismada. Clarke ouviu o barulho de papel sendo amassado. – Espera... É claro, a Arca! Esse é o nome do hospital, certo? Chego aí em dez minutos.

Ela sorriu, muito mais que aliviada e fez que sim para Byrne, que pareceu mais tranquila.

Octavia era sua última esperança e Clarke não podia ter ficado mais feliz por ter aquela garota em sua vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!