Fake escrita por Kamihate


Capítulo 3
Capítulo 3 - Hipóteses Levantadas




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Terça-Feira – 04 de Abril

O clima silencioso começou a me perturbar, aquela sala era pequena o suficiente para deixar aflito qualquer um que tenha claustrofobia, e não era nem a sensação de aperto que me incomodava, era aquele policial em minha frente que me olhava como se quisesse dizer que eu era o culpado.

– Então, você é o Felipe Vieira, certo? Felipe, esse celular não é seu? – Oh, qual é, essa é a primeira pergunta que um delegado investigador da polícia de Sorocaba, uma das cidades mais violentas do estado, faz? Pensei que os policiais do Brasil ao menos pudessem se assemelhar um pouco àqueles vistos em seriados investigativos americanos, mas acho que me iludi demais quanto a isso.

– Não, eu achei ele em minha bolsa. – Respondi em um tom seco, queria demonstra serenidade, mesmo estando nervoso e suando frio, por trás do meu rosto pseudo calmo. É claro que eu estava em uma situação ruim, eu não tinha como provar que o celular com as mensagens que foram mandadas pra todos da nossa classe (supostamente), inclusive para Cauã, não era meu. Era mais provável e racional, naquele momento, pensar que realmente era meu. Depois do enterro de Cauã, que foi bem comovente, fomos diretamente para a delegacia, uma ação bem rápida, muitos dos meus amigos ficaram incomodados com isso, eles poderiam pelo menos esperar o impacto de um ENTERRO passar, mas falta de sensibilidade não é o que me surpreende, aliás, no fundo, eu achava isso algo bom, queria que descobrissem o assassino mesmo, porque eu não iria perdoá-lo jamais. Eu fui o último a entrar naquela sala nos fundos da delegacia central, era um lugar bem úmido, e como o clima estava chuvoso, só deixava tudo ainda mais frio e nebuloso, eu estava sentado em uma poltrona preta que parecia bem desgastada, e em minha frente, estava Décio, um dos delegados de maior moral na cidade, todos os outros alunos da classe de espanhol já haviam dado seus depoimentos, e eu havia sido escolhido por último, por motivos óbvios; aposto que o delegado deve ter perguntado coisas para os outros com intuito de descobrir suspeitas sobre minha pessoa, afinal, ele já tinha conhecimento do celular, e de que eu era o melhor amigo de Cauã, e além disso...

– É verdade que você foi na casa da vítima um dia antes do mesmo ser encontrado morto? – Ele era bem direto, isso me incomodava, hoje em dia, alguém que não faz rodeios pra perguntar algo é visto como raro, mas aquela pergunta não podia ser respondida de outra forma, se eu mentisse para uma autoridade, estaria mais ferrado ainda.

– Sim, eu fui. Combinamos de trocar uns jogos, fazemos isso toda semana, a mãe dele pode confirmar, mas eu mal cheguei a entrar em sua casa. – Eu finalmente havia descoberto como Cauã tinha ‘morrido’, não graças ao delegado, que não diria nada, mas através de César que conseguiu descobrir e compartilhou com seus alunos em forma de segredo, algo imprudente para alguém que diz ser um educador. Cauã havia sido assassinado, e haviam provas o suficiente pra concluir isso. A corda colocada em seu pescoço foi amarrada de uma forma em que ele mesmo não poderia fazer sozinho, além do mesmo ter recebido um golpe com algo metálico em sua nuca antes de ser enforcado, e pelo que entendi, ele foi morto enquanto ainda estava inconsciente. Enforcar alguém que está desmaiado por não ser tão cruel como enforcar alguém acordado, mas ainda assim não deixa de ser um homicídio asqueroso.

– Certo, certo. Temos aqui uma ficha sua. Hm, você já veio parar aqui com 17 anos, por causa de uma briga, correto?

– Eu tive que revidar, o cara me derrubou em público no colégio! – Não sei se ser sincero naquele momento iria me ajudar, mas era o que realmente havia acontecido.

– Felipe, não quero que enrolemos com todo um procedimento chato e desnecessário, então vamos logo pra o que interessa. – Direto como eu já havia dito! – Onde esteve na noite do dia 2 de abril, domingo, das 21:00 às 23:00? – Então esse foi o horário da morte do Cauã, em pleno domingo à noite. Se não me engano sua mãe sempre saía com seu padrasto nesse dia, era quase como um ritual que não podia ser quebrado, aposto que o assassino sabia dessa informação, e por isso agiu nesse horário, e a polícia já deveria saber isso.

– Estava em meu quarto, mexendo no computador ou matando tempo com alguma porcaria.

– Você tem algum álibi?

– Pessoalmente não, minha mãe estava dormindo, mas eu estava conversando com a Talissa pelo celular, trocando mensagens.

– Sabe que isso não basta, não é?

– Sim, estou ciente.

– Mas bom, você tem sorte.

– E por quê?

– Porque todos os outros também não possuem álibis. – O quê? Nenhum deles possui álibis? Nem a Vivian? O que estava acontecendo? E por que ele me diria isso? Será que ele está querendo mexer comigo no intuito de extrair algo?

– A Vivian estava no hospital, como ele não tem álibis?

– Ela havia saído do hospital às 20:00, foi confirmado. Todos os seus amigos não tem álibis, então não posso considera-lo mais suspeito por conta do celular, mas vamos analisar as digitais, e depois chegaremos a uma conclusão. Agora me diga, Felipe, você conhece alguém que teria motivos pra matar o Cauã? Alguém que o odeia ou o amava demais? Alguém que ele estava devendo? Alguém que invejava ele? Você, sentia algo assim por ele? – Que pergunta idiota, como eu poderia sentir algo assim pelo Cauã? Ele era uma das pessoas mais importantes pra mim.

– Não, ele era uma pessoa calma, nunca arrumou briga com ninguém, muitos o achavam irritante e infantil, mas só! Ele nunca teve brigas nem nada do tipo, não sei se alguma garota amava ele, provavelmente sim, mas nenhuma louca, então não posso dizer que conheço alguém que queria o seu mal.

– Certo... – O delegado suspirou profundamente, ainda me olhando com aquele olhar perigoso.

– E dentre seus amigos, da classe de espanhol, tem alguém que não simpatiza com ele? – Essa já era uma pergunta mais difícil de se responder. Pedro nunca falava com Cauã, mas acho que ele não o via com maus olhares, Mariana sempre implicava com ele mas no fundo, ela gostava de suas palhaçadas, assim como a Vivian, que até emprestou alguns mangás pro Cauã, tirando o Otávio que não simpatizava com ninguém, não havia alguém que não gostasse do Cauã.

– Acho que não, estou a dois anos na classe, nunca houve brigas nem nada, Cauã sempre se deu bem com todos.

Depois de uma longa conversa cansativa e que aparentemente, não se levou a lugar algum, finalmente fui liberado, mas quando pisei para fora da delegacia, todos os alunos da classe de espanhol estavam me esperando, afinal, eu tinha muito o que explicar pra eles também.

– Então, você vai ter que ter uma boa explicação cara. – Nicolas começou a me encarar de uma maneira que ele nunca havia feito antes, ver uma expressão séria em alguém que está na maior parte do tempo brincando, foi um tanto assustador.

– Eu meio que já disse, não? Eu vi uma pessoa com uma capa preta colocando o celular na minha mochila, isso é tudo! – Estávamos todos reunidos na beira de um lago que possuía uma pista de passeio e outros atrativos de lazer familiares no centro de Sorocaba, formamos um círculo no chão e começamos a fazer perguntas no intuito de entender o que estava acontecendo, a ideia foi imposta por Pedro, que parecia mais perturbado do que qualquer outra pessoa ali, seus olhos ficavam me fitando o tempo todo com agressividade, sentia um calafrio sempre que ele falava algo, mas não só a mim, naquela situação, todos se sentiam acuados, afinal, possivelmente, ali entre nós, estava o assassino de Cauã.

– E o que o delegado te disse? Ele vai analisar as digitais no celular? – Otávio perguntou enquanto comia um salgado que havia comprado minutos atrás. Ele parecia totalmente despreocupado, apenas se focava em sua empada.

– Ele falou que vão analisar, mas... – Antes que eu pudesse completar minha frase, Pedro se levantou e começou a olhar para todos, intercaladamente.

– Chega de bobagem! Viemos aqui pra tentar esclarecer as coisas. Cauã era amigo de todos aqui, pelo menos da maioria, sei que estão todos abalados, nossos pais, nossos familiares, acabamos de voltar de um velório e de um interrogatório, mas acho que esse é o momento, se a polícia não descobriu algo, nós, que convivemos juntos por dois anos, podemos. – Pedro parecia obstinado, sua respiração ofegante demonstrava sua fúria interna, ele era alguém com valores puros que não aceitava coisas como assassinatos e crimes, isso era óbvio pra mim desde o dia em que o vi entrando pela porta da nossa classe.

– E o que fará quando descobrir? Vai matar a pessoa? E aliás, como acha que vai fazer isso? Nós somos meros humanos sem nada em especial, deixe a polícia fazer o trabalho dela, minha mãe está preocupada comigo, ela ainda não sabe que fui interrogada pela polícia, aliás, quando a mídia descobrir isso, que podemos ser suspeitos, não teremos paz! – Mariana se levantou também, ela encarava Pedro, parecendo cansada, mas afinal, eu também não concordava com aquela reunião repentina, todos haviam avisado seus pais sobre o velório de Cauã, mas ninguém sabia sobre o interrogatório, decidimos que contaríamos aos nossos pais quando chegássemos em casa, afinal, uma hora ou outra a verdade viria à tona e seríamos bombardeados com suspeitas, principalmente eu.

– Realmente, duvido que o culpado vá se revelar em um simples grupinho de classe, a pessoa que matou Cauã é fria e calculista, se ela está aqui entre nós, o que acredito ser real, então quer dizer que ela está se controlando, olhem para todos, há entre nós um criminosos assassino, mas mesmo assim, essa pessoa está aqui, está reunida como se tudo estivesse bem, como se ela não tivesse feito nada, e isso está começando a me dar medo. – Vivian levantou um ponto que não poderia ser ignorado, mas suas palavras haviam surpreendido todos ali, ela havia dito que acreditava fielmente que o assassino estava entre nós, o que pra mim, também fazia muito mais sentido do que criar teorias insanas.

– Eu não...consigo acreditar que quem fez isso é um de nós! Pode ter sido outra pessoa, ou como disseram, alguém que está só ajudando o assassino, pode ser um de nós. Todos sempre nos demos bem, não tem porque algo assim acontecer do nada, tem? – Helia tentava pensar de uma forma otimista, mas aquilo certamente não convencia ninguém. Eram quase seis da tarde, o sol estava começando a se por, comecei a sentir uma inquietação dentro de mim ao olhar em cada rosto ali e imaginar um assassino. Eu sabia que não era eu, mas podia ser qualquer um... espere, é claro que não podia ser qualquer um. Eu estava com Talissa a mais de um ano, ela é a garota mais sensível e traumatizada que conheci, Otávio é um covarde egoísta que não mataria nenhuma mosca, Nicolas era infantil demais pra isso, Vivian era indefesa, apesar de ter uma personalidade singular, e não imagino nem Helia ou Mariana fazendo isso, não combina com o perfil delas, muito menos com o de Pedro, que era um rapaz pseudo puritano, então como desconfiar de alguém ali?

– Sem querer ser chato, mas aquelas mensagens foram de suma importância pra mim, é verdade mesmo que pra ter o número de todos nós, teria que necessariamente ser alguém da nossa turma, mas pode ter a possibilidade de ser alguém que tenha pego os números de fora. – Nicolas levantou uma hipótese que todos rezavam para ser verdade.

– Supondo que sim, então, por que ele colocaria o celular na bolsa de Felipe? – Talissa finalmente abriu a boca depois de um tempo calada, ela tentava ficar firme, mas eu via seu medo por trás desses olhos claros que se moviam rapidamente.

– Para que pensassem que foi alguém da nossa classe? – Helia estava certa. Se um terceiro cometeu o crime e mandou as mensagens, então essa pessoa fez isso, colocou o celular em minha bolsa para que suspeitassem de mim.

– Mas a capa preta não pode ser explicada por isso, pode? – Vivian foi a terceira a se levantar, ela parecia seriamente estar pegando o rumo para sua casa.

– Cara, claro que pode! Suponhamos que o elemento X, que não faz parte do nosso grupo, tenha entrado no velório com a capa preta, sabendo que nós compramos as capas naquele tio, ele então fez isso, e ele não foi discreto, ele quis que o Felipe o visse, pra que ele expusesse tal fato aos demais e desconfiássemos uns dos outros. – Pra mim, Nicolas estava apenas forçando a barra. César disse que fez com que a polícia ficasse de guarda no velório, antes mesmo dele começar. Ele desconfiava que o assassino poderia estar por lá.

– E o que o César nos contou? Ele disse que um policial ficou no portão o tempo todo, e que ele viu todos que entraram e saíram, os únicos com capas de chuva preta erámos nós, junto com o César. – Talissa segurou minha mão, ela estava tremendo feito vara bamba, aquilo me deixou apavorado também.

– A pessoa pode ter guardado a capa na bolsa ou jogado fora, oras! Isso não é conveniente? O assassino pode até ter pago pro tio nos vender as capas, sabe como é, vendedores nos convencem para que compramos o que eles querem, ele pode ter planejado isso de antemão, só para incriminar um de nós. – Mas Nicolas ignorava uma linha básica de raciocínio.

– Ok, mas, as ações dele com a capa e o celular não condizem, sendo assim. Se ele queria me incriminar com o celular, ele não se mostraria, com a capa preta, colocando o celular na minha bolsa. Se ele quisesse fazer isso, ele agiria normal, passaria pela minha mochila, colocaria o celular e iria embora, eu deixei ela lá e me retirei, ele poderia ter tempo o suficiente pra isso, sem precisar de uma capa, isso seria menos suspeito. – Falei isso enquanto Pedro sorria ao me encarar.

– Pode ser verdade, exceto por uma coisa. – Ele disse ainda olhando pra mim.

– O que?

– Exceto se você estiver mentindo. – Ele de alguma forma tinha razão. Não tinha como acreditarem totalmente em mim, o mais racional a se acreditar era que eu havia mentido, sabendo que todos tinham capas pretas (o que na verdade, eu não sabia!), eu poderia inventar isso pra tentar me safar, até eu pensei nisso enquanto esperava na delegacia, eu usaria o celular dessa forma; Eu apenas iria me livrar de uma prova do crime acusando outra pessoa, mas eu correria o risco de não acreditarem em mim, então eu teria que ser bem idiota pra pensar em algo assim. Entretanto, todos pareciam desconfiar de mim, percebi que até Talissa me encarava diferente, mas, por que então, antes, ela segurou minha mão com força?

Nos separamos do lago e fomos pra casa. Todos combinamos de contar aos nossos pais o que aconteceu, seria desagradável trabalhar ou estudar durante essa semana, a maioria ali fazia faculdade ou trabalhava, eu apenas fazia um cursinho pré vestibular além do espanhol, mas eu não conseguia ter motivação para aulas nem nada do tipo, apenas pensava nas várias hipóteses levantadas.

Ao chegar em casa, me deitei novamente. Meu corpo todo pesava, sentia como se todos se voltassem a atenção para mim. Por que aquele maldito colocaria o celular em minha mochila? Por que eu? Ei, espera, pensando dessa forma, eu sabia que, de alguma forma, o assassino era...uma das pessoas da classe de espanhol. Ou ao menos tinha convicção, eu vi uma pessoa com a capa de chuva preta, eu a vi colocando a merda do celular! Eu não me confundi, eu era o único que sabia, e se o elemento X não existir, então só pode ter sido alguém da nossa classe, e enquanto pensava nisso, recebi uma SMS de Talissa:

– “Eu estou com medo, Lipe, pode me visitar amanhã cedo?”

– Claro, vou quando quiser. – Respondi sem hesitar, sabia que ela era a que mais estava sofrendo com isso, depois da morte de sua mãe... Foi quando vi uma outra mensagem dela.

– “Você acredita no impostor?”

– O quê? Como assim? Na história do Cauã?

– “Sim, acha mesmo que alguém de nós pode não ser quem conhecíamos?” – Eu não conseguia responde-la de forma adequada. É claro que eu não acreditava naquilo, mas, por que então, o assassino precisou criar esse ‘jogo’, ao invés de simplesmente matar Cauã silenciosamente? Ele é tão louco assim? Por que ele se arrisca colocando o celular em minha bolsa, indo ao velório, mandando sms pra todos, criando um X em nossa sala? Quais seus objetivos? Naquele momento, minha mãe apareceu em meu quarto, e atrás dela, vi uma figura que me surpreendeu imediatamente, pulei da cama como se tivesse visto um fantasma, Vivian estava lá.

– Estou te chamando a um minuto e não me ouve poxa! Desculpa por fazer esperar Vivi, o Felipe é avoado mesmo. – Vivian estava no meu quarto, e eu não entendia o porquê daquilo.

– Não se preocupe senhora, desculpe vir tão tarde mas eu precisava discutir algo com ele.

– Não tem problema, fica à vontade, depois do que aconteceu, sei que vocês preferem ficar juntos, é até melhor. – Minha mãe era muito mole, será que depois da minha explicação, ela não percebeu que o assassino pode ser um de nós, incluindo a Vivian?

– Eu tenho novidades, duas, pra ser exata. – Ela chegou em minha casa e do nada foi falando tais coisas, e aliás, como ela havia descoberto meu endereço, pra ser mais exato?

– Calma, você me surpreendeu. Como achou onde eu morava? Por que veio aqui?

– Simples, porque eu acredito em você. E eu tenho lista telefônica, sabe, todos hoje em dia tem uma.

– Acredita em minha versão?

– Sim, você não seria idiota o suficiente pra se expor assim, caso fosse o assassino.

– Então, o que você veio fazer? – Eu senti meu coração bater sem pausas naquele instante, algo nela parecia anormal, aquela situação em si já era.

– Eu falei com o César, a polícia descobriu que... as únicas digitais no celular, eram suas. – De alguma forma, eu imaginava isso. Senti meu peito doer, agora sim eu estava encrencado, mas é claro que o assassino não deixaria digitais.

– Eu entendo...mas, você falou duas coisa, será que a outra poderia ser pior?

– Julgue por si só, mas isso é algo que me surpreendeu. – Ela fez uma pausa, e voltou a falar. – Sabe os sites que o Cauã disse que haviam os relatos do jogo do ‘Fake’?

– Sim, o que tem?

– Eu os encontrei.

– Ótimo mas, o que tem a ver? O que isso prova?

– Isso não prova nada, e sabe por quê? – Fiquei em silêncio, enquanto via nos olhos daquela garota, o terror. – Porque foi ele que criou todos eles. Cauã era o dono das três fontes que ele mesmo citou.


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