Fake escrita por Kamihate


Capítulo 1
Capítulo 1 - X




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20 de Março – Quarta-Feira

O Cauã nunca foi de reunir todos na sala pra dar um aviso “importante”, pensei que o filho da mãe iria se casar, o que me bateu uma inveja avassaladora, por mais que eu quisesse negar esse sentimento, e tudo bem que ele tem 25 anos e eu só 21, mas ainda assim, se um idiota como ele fosse se casar, eu deveria ser milionário já!

Todos os alunos do curso de espanhol do nível 3 estavam reunidos, exceto Talissa, minha namorada, que estava enjoada e foi tomar um ar (confiante de que isso não tinha nada a ver com gravidez, não achava que Deus me odiasse a tal ponto), como era nosso intervalo de quinze minutos, muitos ficaram nervosos pela interrupção causada pelo rapaz, que parecia bem sério em seu rosto magro. Nos sentamos em círculo dentro daquela sala de aula pequena que estava gelada devido ao ar condicionado que havia sido ligado a mais de uma hora no 19, nosso professor, César, como sempre, foi tomar café e fumar.

- Anda logo filho. O que você quer dizer? Que ganhou na loteria e vai dividir o prêmio com a gente? – Nicolas, claro, era o primeiro a sempre falar alguma coisa, sua atitude enérgica e até mesmo um pouco infantil às vezes irritava os demais ao seu redor, ele era o mais novo da turma, mas mesmo com 17 anos, tinha quase 2 metros, cabelos negros enrolados e uma pele branca que não condizia com suas madeixas, o que talvez fosse maldade da minha parte, parando pra pensar.

- Até parece, esse cara é mais pão duro que não sei o que, no máximo vai falar que pegou AIDS de alguma das negas que ele pega por aí nas esquinas, e agora quer nossa ajuda pra conseguir doações. – Mariana Juarez era sempre exagerada, o que fazia com que todos a encarassem de maneira peculiar, ela em si era uma pessoa peculiar, tinha minha idade, mas mesmo assim aparentava ser muito madura apesar de suas colocações mórbidas e frias, ela agia sempre com classe e ironia, o que seduzia maior parte dos homens que ela conhecesse, ainda mais com um rostinho encantador de boneca e olhos verdes como esmeraldas esculpidas, não tinha como não admirá-la, e ainda bem que Talissa estava lá fora nesse momento pois comecei a olhar para a garota fixamente.

- Acho que não devemos brincar com coisas assim. – Pedro falou isso enquanto sorria, ele sempre estava sorrindo, o que me deixava um pouco com medo, afinal, pessoas assim sempre são bem suspeitas, mas eu já o conhecia a dois anos e sabia que ele era uma pessoa boa, um rapaz de 28 anos humilde e simplório, ele tentava ficar na dele, e conseguia isso com proeza, apesar do seu senso de o que é correto sempre transcender o que todos pensavam.

- Pois é sua louca, eu to aqui pra falar algo importante, mas já vou dizendo, quem não tem nervos de aço, é melhor sair ou tampar os ouvidos. – Cauã estava começando a me deixar nervoso de verdade com todo esse discurso de marqueteiro.

- Você devia trabalhar em alguma rádio e fazer jornalismo investigativo, porque né. – Vivian, enquanto lia um de seus mangás (aquilo parecia um seinen bem violento) como sempre fazia no intervalo, cutucou Cauã enquanto o ignorava ao mesmo tempo, ela era uma das pessoas que eu menos tinha contato no curso, não só eu mas acho que todo resto dos alunos, ela era reservada, tinha menos de 1,60 de altura e cabelos negros acima do ombro, ela parecia alguém diferente de todos ali.

- Ou então arrumar uma namorada, pois isso é carência pra mim. – Otávio era um jovem de 22 anos que ninguém ali gostava, mas todos se esforçavam pra mostrar indiferença com o mesmo. Ele sempre se achava superior por ter notas superiores e ser de classe média alta, comparado a todos os outros alunos do curso, ele era um pseudo nerd gordinho que devia ser solitário mas tinha vergonha de assumir tal fato.

- Tá, ok, fala logo antes que eu coloque meu fone de ouvido. – Essa foi minha deixa para que ele desembuchasse de vez. Do meu lado, estava Helia Takada, uma mestiça que mora no Brasil a menos de 4 anos, ela não sabia falar muito bem português ainda, não sei nem porque estava em um curso de espanhol! Mas apesar de tudo, ela era bem simpática e quieta, gostava desse tipo de personalidade, seus cabelos negros e longos a faziam parecer uma típica japonesa, pensei isso desde que ela entrou na classe.

- Vocês já ouviram falar da lenda ‘fake’? – Cauã começou a sorrir enquanto falava quase sussurrando enquanto todos, um bando de idiotas, tentava prestar toda atenção em mais uma de suas, que, eu sabia, seria bobagens.

- Fake? Fake de rede social, você diz? Alguém fez um fake seu e tá por aí dando em cima das novinhas? Isso me parece uma desculpa, todos sabem que você é meio pedófilo. – Eu não pude deixar de concordar com Nicolas, ele falava demais, mas às vezes conseguia fazer todos ali rirem, apesar daquilo ser uma realidade cruel.

- Vai se foder, o assunto é sério! Não é nada disso, é uma lenda que vi a um tempo atrás aí, falaram que ela saiu da deep web, a lenda de que quando um X aparece na parede de uma sala fechada, é porque naquele local há alguém que não é quem diz ser. – Eu sabia, eu virei meu rosto de lado menosprezando tudo que ele dizia, Cauã era um crianção, apesar do seu tamanho, só queria atenção. Talvez daquela vez Otávio até tinha razão, ele precisa de uma namorada, não comecei a mais sentir inveja ao imaginá-lo se casando.

- Então, você nos fez perder quase todo intervalo pra... isso? – Eu comecei a encará-lo sem paciência.

- Eu devia saber, vocês que foram bobos em dar atenção. – Vivian sorriu demonstrando que era a única que não estava nem ligando para o que o rapaz dizia, ela apenas continuava foleando seu mangá sem mudar a posição dos seus olhos.

- Vocês não sabem mas, isso tá ficando sério, já foram 3 casos aqui no Brasil, podem procurar pra vocês verem, aconteceu um em Santos, um no sul se não me engano e outro em Pirassununga.

- Então quer dizer que essa lenda prefere o estado de São Paulo? Somos mesmo abençoados, parece que tudo acontece aqui haha. – Mariana se levantou, ela não era de aguentar baboseiras por muito tempo, até estranhei ela ter ficado quando Cauã pediu.

Quando Talissa chegou na sala acompanhada de César, nosso professor que tinha a pele marrom, cabelos longos e uma aparência bem latina (visto que ele veio do Equador), todos voltaram para seus lugares inconformados com a informação irrelevante que acabaram de receber, mas de alguma forma, estranhamente, Cauã parecia mesmo sério.

22 de Março – Sexta-Feira

- Felipe, você sabe que página o César nos mandou corrigir na semana passada? Eu estava meio que cochilando, e não consegui prestar atenção. – A sinceridade de Vivian me assustava, ela falava algumas coisas tão facilmente.

- Acho que foi a 23, deixa eu ver. – Talissa, minha namorada, abriu rapidamente a apostila de tarefa pra verificar, e logo deu sua resposta. – É essa mesmo, é rapidinho isso, em 5 minutos você faz. – Ela era uma garota de 22 anos, 1,70 de altura, e um jeito que me conquistou logo de início. Conheci ela nessa mesma sala de aula, eu odiava espanhol, mas desde então, não pensei mais em abandonar o curso. Ela tinha a pele clara, olhos negros e um cabelo quase ruivo puxado pro loiro, sua beleza era exótica para todos ali, e eles sabiam que eu era bem ciumento, por isso ninguém se arriscava a ficar olhando muito pra mesma, até porque tínhamos a Mariana ali como forte concorrente. Ao contrário de Vivian, ela era bem tímida e eu diria ‘fofa’ em um vocabulário mais casual e brega, seu jeito agradava a todos, duvido que ela era uma pessoa que possuía inimigos.

- Pensando nisso, estamos quase no fim da apostila 4.2, e nesses 2 anos e meio, uns 7 alunos já saíram, ei Felipe, quantos você acha que aguentam até o final? – Cauã perguntou e eu havia pensado nisso mesmo, muitos alunos já largaram o curso já no começo, me pergunto porque as pessoas fazem escolhas sem pensar, foi dinheiro jogado fora, mas eu também não podia julgar dessa forma, não sei o que se passou para eles tomarem tais decisões, eu na verdade nem me lembrava do rosto deles e muito menos de seus nomes, era ruim demais em recordar sobre pessoas que não tinham feito diferença em minha vida.

- Quer apostar? Acho que só seis vão terminar o curso, e você? Apostando R$100,00 ou então, quem perder, no último dia do curso, vai subir em cima de uma carteira sem camisa e declarar que é gay dando gritinhos afeminados. – Eu disse aquilo já imaginando que Cauã aceitaria.

- Isso é moleza! Eu aposto que ninguém mais vai parar, afinal, estamos a mais de dois anos aqui, não faria sentido alguém parar, até agora, os que pararam foram no primeiro ano, com exceção daquele rapaz que parou em janeiro, como se chamava mesmo, aquele meio ‘boleiro’? – Talissa era sempre atenta a tudo, então ela respondeu rapidamente.

- O Bruno?

- Isso, esse daí, ele, se não me engano, foi morar com uma guria lá em Taubaté. Cara louco!

- De toda forma tá apostado, você escolhe o que quer pagar, mas diria que é melhor dar os R$100,00. – Olhei para frente enquanto César estava chegando na sala de aula. Tínhamos aula segunda, quarta e sexta, durante duas horas, era meio cansativo mas, por ter Talissa do meu lado, eu não poderia reclamar, foi quando repentinamente, Vivian nos disse algo que fez Cauã arregalar os olhos.

- Aliás, Cauã, você sabia, não era? – O garoto olhou para Vivian com a testa franzida, sem entender esse tom de mistério que ela impunha. – Que já temos um impostor entre nós. – Vivian disse isso e logo em seguida prestou atenção na tela onde César já estava começando a colocar os slides da aula. Cauã, eu e Talissa, ficamos meio que sem ter o que dizer, mas logo pensei que aquela garota era mesmo um tipo de otaku que amava tais histórias, talvez ela pudesse até se apaixonar por Cauã.

26 de Março – Segunda-Feira

Quando cheguei na sala de aula, Otávio estava como sempre, lá sentado, ele era o primeiro a chegar, típico de sua pessoa, mas seu comportamento estava estranho, ele parecia inquieto. Nos fundos da classe, por enquanto, só estavam Vivian e Helia, e as duas pareciam um tanto aflitas também, Vivian parecia mais se divertindo com algo, logo, me dirigi a ela pra saber qual o problema, já que queria evitar falar com Otávio que nem olhava em meu rosto.

- Qual a graça? – Perguntei secamente enquanto ela balançou a cabeça negativamente.

- Você não vê?

- Vejo o que? – Ela sempre tentava fazer jogos de palavras, era uma oponente desafiadora para um diálogo.

- Olhe pra trás. – Eu não entendi onde ela queria chegar, mas olhei pra trás e não vi nada de estranho.

- Tá, e o que tem?

- Olhe pra trás e erga a cabeça, em cima da lousa. – Fiz o que a garota pediu, meio sem entender nada ainda, eis que me deparo com um X esculpido na parede, não era pintado nem riscado, parecia ter sido feito com uma faca ou algo do tipo. No instante pensei que alguém iria pagar por aquilo, mas logo, o que Cauã havia dito dias atrás correu para dentro de minha cabeça.

- Você fez isso? – Perguntei sério para Vivian.

- Eu? Por que acha isso? Aposto que foi o Cauã, ele ficou irritado porque todo mundo brincou com ele aquele dia.

- D-de fato, quando ela chegou aqui, já tinha isso na parede. – Helia respondeu um pouco enrolada.

- Então quando você chegou isso tava aqui já?

- Sim... eu entrei e logo vi aquilo, depois lembrei do que o Caua disse. – Ela não conseguia dizer Cauã ainda, mas era natural, e tudo aquilo me fez olhar diretamente para Otávio, que não se virou pra trás em momento algum.

- Sim, ele foi o primeiro a chegar como sempre, mas esse cara nem alcança lá, aliás, ninguém da classe deveria alcançar lá, se não o professor ou o Nicolas, mas o Nicolas sempre quase se atrasa, isso quando ele vem, então descarto um gordo de 1,60 ter feito um x a mais de 3 metros de altura. – Vivian parecia estar correta, mas eu me perguntava, quem diabos queria seguir com aquela brincadeira? Se Cauã realmente fez isso, ele estava indo longe demais.

28 de Março – Quarta-Feira

Todos já estávamos reunidos na classe, era o segundo período, na volta do intervalo, quando César subiu mais cedo e nos pediu atenção.

- Pessoal, só peço um minuto, por favor. – Do seu lado estavam Mariana e Otávio, e ambos pareciam bem irritados, Mariana parecia até com lágrimas nos olhos. – Olha, tem alguém aqui fazendo umas graças e eu não to gostando nada. Ainda não levei pra direção da escola, mas só vou dar o aviso, pare agora, antes que dê merda. – Ele era uma pessoa bem ríspida e sincera em suas palavras, gostava dele como meu professor, mas associei o que ele falava com o X na parede, aquilo já havia dado muita discussão na segunda, Cauã diz com todas as juras do mundo que não foi ele, e ninguém tinha provas pra acusar, chegamos então à conclusão de que para fazer aquilo, alguém teria que ter entrado na classe antes de todo mundo, bem antes, e depois saído, pra não levantar suspeitas. Combinamos de que aquilo morreria ali e César, tentando proteger seus alunos, trouxe um quadro do Equador da sua casa para cobrir o local com X para ninguém ver, mas parece que algo mais tinha o irritado.

- Fizeram outro X? – Pedro perguntou, ele estava com uma expressão irritada, e aquilo era algo raro de se ver, ele era uma pessoa que prezava por boas normas e conduta adequada, parecia até um policial, apesar de ser só um escrivão.

- Na realidade, não, mas mandaram mensagens um tanto estranha pros celulares da Mari e do Otávio.

- Povo não tem o que fazer, tudo criança! – Otávio fitava todos na classe com raiva, tentando descobrir quem havia feito aquilo.

- Não tem o número não prof? – Nicolas perguntou.

- Você é idiota? Se tivesse, ele não teria o trabalho de falar isso pra gente. A mensagem foi mandada em anônimo, com aquele aplicativo recente. – Mariana cerrava os lábios, a mensagem tinha que ter sido bem ofensiva pra ela se irritar dessa maneira.

- O que dizia? – Pedro mais uma vez tomou a frente.

- Ei, pera, eu também recebi algo. – Nicolas fitava seu celular e lia em voz alta: “Se não descobrirem quem é o fake até o fim de semana, alguém vai morrer. Só aviso uma vez.” – As palavras do garoto, apesar de, naturalmente, ser uma brincadeira de alguém, soaram bem sérias pra mim, Talissa começou a ficar ansiosa, ela era bem frágil com esse tipo de coisa.

- Porra pessoal, vamo para com isso hein! Coisa de doente, ô César, não podemos revistar o celular de um por um aqui pra descobrir? – Nunca tinha visto Pedro tão irritado em dois anos! Aquele nem parecia ele. Mas era algo que eu entendia, aquilo foi uma ameaça de morte, mesmo que brincando.

- Se a pessoa confessar agora, eu juro que deixarei isso de lado e vou dar apenas uma advertência, mas se eu descobrir depois vai ser pior. – César olhava sério para todos, mas ninguém respondeu. – Ok. Eu não posso pedir o celular de cada um, mas pelo visto, a pessoa mandou pra todo mundo. – Todos verificamos nossos celulares, e realmente, parecia que todos tinham recebido aquela mesma sms. – Eu vou esperar até o fim do dia por uma confissão, não precisa falar pra classe, mas fale pra mim, ok? – César então se virou para a lousa enquanto Mariana e Otávio, ainda irritados, voltaram para seus lugares.

30 de Março – Sexta-Feira

Eu não sei se foi por ansiedade, mas naquela sexta eu havia sido o primeiro a chegar na classe. Queria desbancar aquele otário do Otávio um pouco, ele sempre se gabava por ser pontual, mas na realidade ficava igual um palerma olhando pra lousa esperando os outros, ele queria mesmo, apenas chamar atenção, e naquele momento eu senti o quanto era entediante chegar mais cedo. A primeira pessoa que vi através do vidro do lado da classe vindo em direção à mesma era Helia, ela parecia assustada, e ao vir se sentar do meu lado, confirmei isso.

- Você soube? – Eu não sei porque mas naquele momento meu coração acelerou como nunca, eu nem consegui olhar para seus pequenos olhos negros.

- O que?

- A Vivian foi atropelada. – Eu comecei a suar frio enquanto senti uma leve tontura, meu estômago parecia querer embrulhar, mas então ela continuou a falar. – Ela quebrou um braço parece, foi uma moto, mas nada grave, fiquei com muita dó, mas ela tá bem, ela me mandou uma mensagem hoje cedo, tadinha. – Me senti muito aliviado com aquilo. Mas ainda estava apático, aquelas coincidências certamente iriam repercutir, e não foi diferente quando todos souberam. Era infantil pensar nisso mas, a história o Cauã começava a assustar os alunos daquela classe de espanhol.

03 de Abril – Segunda-Feira

Meu fim de semana tinha sido incrível, fui pra uma cachoeira com a Talissa, com aquele calor, havia sido bem refrescante, tanto que eu estava ainda bem cansado e dolorido. Pensei em ir até o hospital visitar a Vivian, eu não tinha muito contato com ela, mas naquele momento comecei a simpatizar com ela, imaginar uma figura tão frágil como ela em uma cama de hospital. Segundo a Helia, ela ainda estava em observação pois tinha quebrado uma costela além do braço esquerdo, se bem que ela devia estar bem lendo seus mangás e vendo seus animes. Todos estavam na classe já, exceto Cauã.

- Até o Nicolas chegou primeiro que o Cauã hoje, hein, ele se superou – Mariana começou a rir sozinha, mas aquilo era estranho, Cauã nunca chegou por último, ele sempre era um dos primeiros a chegar, ele ficava conversando com a secretaria bonitinha lá embaixo, aposto que ele estava tentando avançar, só pra tomar um fora mais doloroso.

Quando César entrou na classe, Cauã ainda não havia chegado, e eu percebi naquele momento que César não trouxe o seu material, como de costume.

- Vamos ter uma aula prática? Fazia tempo que não tínhamos isso. – Perguntou Talissa enquanto sorria, mas César se sentou na cadeira na frente de sua mesa, ele parecia com os olhos vermelhos, sua expressão me fez ficar com um frio enorme na espinha, ele não disse nada, até que, ao abrir sua boca, depois de alguns segundos, ele nos disse palavras que não podiam mais ser esquecidas por ninguém naquela sala.

- O Cauã morreu. Ele foi encontrado enforcado no quarto dele hoje de manhã. – Naquele instante, todos se entreolharam, assustados, angustiados, só pensando em uma coisa. No maldito ‘fake’.


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