Sonhos e Realidades escrita por Ayumi Feitoza


Capítulo 25
Capítulo 21 - Planos Infalíveis


Notas iniciais do capítulo

[EDITADO] Capítulo 21, estamos nos aproximando do final :D Ansiosos? Desenhei a Penha com o vestido de Noiva! Apesar de não ter curtido muito o vestido gostei da expressão dela hahaha. Não sei por que não fixou a imagem da Penha no capítulo.
Boa Leitura.



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Enquanto deixava Do Contra para trás, eu corria para bem longe do hospital. Peguei um táxi que estava parado na esquina, que estava despachando um outro cliente.

— Por favor, me leve até este endereço. - Falei com meu inglês enrolado e entreguei um papelzinho indicando o local para o motorista.

Vinte minutos. Foi nesse tempo que durou o percurso, até chegarmos na Mansão de Penha. Paguei o taxista e desci do carro, parando em frente à Mansão.

A entrada estava bem diferente da última vez que estive nela. Estava toda decorada com camélias brancas e estendiam-se até a Igreja particular.

Não haviam guardas na entrada então o acesso à Mansão foi fácil. Entrei pela porta dos fundos, onde as empregadas entravam sem encontrar as pessoas da casa.

O silêncio reinava em todos os cômodos. A primeira coisa que fiz foi procurar Sabrina. Subi a escadaria e me deparei com o nostálgico corredor dos quartos. Passei em frente ao quarto do Cebola ficando tensa. Mas não ouvia-se nenhum som. Com passos delicados andei o corredor até parar em frente ao quarto de Sabrina. Abri a porta e entrei.

Não havia ninguém lá. Notava-se que o quarto havia sido recentemente usado. Vi roupas de Sabrina espalhadas na cama e senti um alívio por perceber que ela estava bem. Precisava encontrá-la bem rápido. O relógio marcava 13:00 da tarde e o casamento aconteceria lá para as 15:30 da tarde.

Saí do quarto e instintivamente parei em frente ao aposento da Penha. A porta estava entreaberta, então pude olhar pela fresta se alguém estava no quarto.

Vi Penha com um belo vestido de noiva. Ela estava realmente muito bela. Quem a visse diria que ela era a mais bonita de todas, mas  pela sua expressão melancólica, diriam que ela não estava feliz. E não mesmo. Seus olhos não emitiam nenhum brilho. Agora que eu sabia de tudo sobre Cebola, ela não passava de vítima. Pobre coitada.

Senti uma mão fazer uma pequena pressão em meu ombro. Me sobressaí e olhei quem estava atrás de mim. Era Sabrina.

Sabrina estava com um vestido azul  bebê, os cabelos presos em um rabo de cavalo majestoso. Ela pegou minha mão e me puxou para longe de onde estava Penha e entramos no antigo quarto que eu e DC estávamos hospedados.

— Eu achei que você tinha fugido! E o DC? Como ele está? - Sabrina disparou as palavras sobre mim.

— Do Contra está bem. E você? Então já sabe da história toda? - Analisei bem sua expressão e não havia nenhum indício de que ela estava sendo manipulada pelo Cebola.

— Eu estou bem. - Ela baixou o olhar, ficando em silêncio.

— Então... Você sabe que eu vim impedir esse casamento, certo? - Sabrina arregalou os olhos e sua respiração estava estranha.

— Por favor Mônica. Você tem que ir embora daqui! Volte para o Brasil junto do DC! É o melhor que você pode fazer. - A menina ruiva estava aflita.

— Sabrina, você pode me ajudar! Vamos contar para os seus pais e os pais da Penha! Por favor, você ainda pode ajudar sua prima, ajudar a todos vocês. - Agarrei seus ombros e a sacudi tentando fazer com que ela acordasse e visse que poderia impedir tudo.

— N-não posso Mônica... - Seus olhos estavam marejados.

— O quê? Por quê? - Ela era minha última esperança.

A garota ruiva secou as lágrimas com as costas das mãos e me olhou firmemente.

— Não podemos impedir esse casamento. Porque todos sabem a verdade.

A revelação me atingiu como um chute no meu estômago. Não estava acreditando naquelas palavras.

— C-como é? - Minhas pernas vacilaram e com certa dificuldade me apoiei na penteadeira.

— Cebola contou o Plano para o pai da Penha. Na hora eu pensei que ele estava se entregando mas... Eu vi Mônica. Eu vi o sorriso do meu tio. Ele estava orgulhoso por saber que Cebola tinha chegado naquele ponto. - Sabrina tagarelava aquelas palavras sem fundamento e eu apenas estava tentando me recompor. - Sir Henry apertou a mão do Cebola e lhe deu os parabéns. Ouvi da boca dele que era isso que ele queria para ser o sucessor de sua empresa. Eu não acreditei, mas quando Cebola saiu da sala do meu tio, seus olhos estavam tão sinistros que eu tive medo, muito medo.

Sabrina parou. Ela esboçava um sorriso sarcástico e seus olhos estavam sem vida. Ela se abaixou e estendeu a mão para mim.

— Então... Está mesmo tudo acabado? Mas e a Penha...? - Minha mente girava com todas aquelas informações.

— Meu tio nem ao menos se importou pelo fato de Penha estar grávida. Ele disse que o casamento seria apenas para fazer com que Cebola entrasse na família. E definitivamente com esse filho, mesmo ele se separando dela, ele continuaria sendo da nossa família.

Eu não queria acreditar que ele havia conseguido o que queria. Ou melhor, até mais. Seu inimigo havia se juntado à ele. Não teria como eu impedir esse casamento.

— Mônica, ele quer você. Agora que tudo está em suas mãos ele não vai hesitar em ir atrás de você. Tanto você como Do Contra correm perigo.

Eu precisava achar Do Contra e contar à ele tudo que havia descoberto. Precisávamos... Fugir.

Sabrina me deu duas passagens para voltar ao Brasil e me deu um sorriso melancólico de despedida.

— Volte por onde você entrou, como todos já estão indo em direção à Igreja, não irão te encontrar aqui. - Dito isso, a ruiva saiu do quarto.

Cebola já tinha tudo planejado... Eu estava errada. Ele havia sim se tornado um homem. Eu não poderia confrontá-lo. Ele era forte demais. Tinha todas as cartas na manga... Possuía todos os peões que queria. E eu apenas tinha o DC.

Seria certo deixá-lo em paz? Deixá-lo com esse jeito torto de resolver seus desejos egoístas só para ter tudo que quer?

Eu não tinha a resposta para essa situação. Mas eu ainda não havia desistido. Ele não me teria como prêmio.

Saí da Mansão e caminhei em direção à Igreja. Tinham muitos convidados e escutei de uma senhora obesa que o casamento seria adiantado, pois Penha não estava se sentindo muito bem no dia.

Então já estava próximo do horário. Coloquei uns óculos escuros que havia encontrado no quarto e me misturei no meio dos convidados. Como havia muita gente, ninguém se importou com a minha presença.

Eu queria olhá-lo. Mesmo que fosse por um mínimo instante. Queria que ele voltasse a ser o ``Velho Cebola´´. Cebolinha, meu amigo de infância. Aquele eu amei.

Um sino tocou e todos os convidados começaram a se dirigir para dentro da Igreja. Eu iria fazer o mesmo se não fosse por um braço me puxando.

— DC! - Sussurrei. - E-Eu tenho tanta coisa pra te contar...

DC me levou para atrás de algumas árvores, assim ninguém nos veria.

— É, eu acho que ouvi alguma coisa vindo do pai da Penha. - DC sempre estava um passo de mim.

— Como você o encontrou? - Olhei incrédula para ele.

— Eu tenho meus truques. Agora... Acho que não temos mais o que fazer. - Seu tom de voz ficou sombria.

Olhei em direção à porta da Igreja  vi Penha parada na entrada.

— É... Acho que não.

A marcha nupcial começou a tocar. Sir Henry estendeu seu braço, a fim de que sua filha o pegasse. Ele esboçava um largo sorriso e a garota francesa apenas esboçou um pequeno sorriso. Todos se levantaram e olharam maravilhados para a noiva. Camélias caiam suavemente nas cabeças de todos e logo eu vi Cebola na frente do altar.

De primeira, achei seu jeito de olhar intrigante. DC apertou meus braços e senti um leve incômodo no local.

Cebola não estava olhando para Penha, mas sim para onde estávamos escondidos.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo e estou esperando vocês me matarem.
Pretendo postar mais 2 ou 3 capítulos a fim de finalizar essa Fanfic. Postem perguntas que eu responderei de bom grado.

Sayonará e até breve.