Maktub escrita por Lily


Capítulo 3
Uma Mocinha "Indefesa".


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, tive que viajjar ontem e depois fui a um festa, não tive tempo para postar.
Então ai está, mais um capitulo, que todos pediram.



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“Você não pode controlar as coisas que acontecem com você, mas pode controlar a forma que reage a elas.”

—Você de novo.

 12 de Junho de 2016

Hosgmeade- Reino Unido

  Rose se sentia como Melanie, interpretada por Reese Whiterspoon, em Doce Lar.

  Quando Mel volta a cidade que viveu quase a vida toda, simplesmente para se divorcia do cara com quem ela se casou quando era mais nova. Melanie é decidida, determinada e sabe muito bem quem ela é.

  Rose queria ser como ela,mas, mesmo que tentasse por mil anos não conseguiria. Ela sempre colocava as necessidades dos outros a frente das dela, sempre fazia tudo para agradar as pessoas ao seu redor, mas as vezes esquecia de ser ela mesma, de fazer o que gosta.

  Porém, esse ultimo ato que ocorrera- a fuga do casamento- fora a primeira pedra na construção de uma nova Rose, mesmo que ela não saiba.

  Ao observa a paisagem através da janela do carro, Rose sentiu uma certa nostalgia. Mas, quanto mais se aproximava do seu destino,mais ela sentia um certo medo, medo do desconhecido ou do conhecido que acabou virando desconhecido que daqui a pouco virara conhecido.

  -Falta muito?-Alexia pergunta,fazendo carinho em Lady.

  -Não, só mais alguns minutos.-Fred dobra em uma estrada de terra onde  a vegetação é mais densa.

  Alexia coloca a mão sobre o queixo e suspira emburrada, a pequena Green já estava cansada, varias coisas tinham acontecido neste últimos meses, tudo tinha sido tão irritante e ridículo que a garota não aguentava mais, ela queria surta, queria gritar, queria dizer o quanto tudo aquilo é idiota.

  Entretanto não podia, ela sabia o quanto a sua mãe estava dando duro para manter tudo em ordem e faz ela feliz, mas ela também sabia o que sua mãe e sua tia estavam sentido, fazia quase um ano que seu pai, Daniel Green,sofreu um acidente de carro e morreu,o choque foi enorme para todos os Green’s,principalmente,para sua mãe.

  -Então,o que devemos esperar dessa nossa estadia?-River tenta puxar assunto.

  Fred sorri de canto.

  -Uma família louca,sem princípios ou morais.

  -Dizendo no minimo.-Rose complementa rindo.

  -Existe algum coisa que devíamos saber,antes de conhecer eles?-River questiona,ligeiramente interessada.

  -Algumas.

  -Como por exemplo…?

  -Minha irmã é lésbica,meu primo é gay,meu amigo fuma maconha,mas segundo ele é medicinal,meus avós agem como dois adolescentes,podemos dizer que a minha família não tem muitos tabus.

  -E isso é bom?

  -Depende do seu ponto de vista,Alexia.-Fred tira o pé o acelerador,o carro começa a para lentamente.Ele se vira a prima e então diz-Está pronta?

  Rose suspira e encara a casa de dois andares pintada de azul,um enorme jardim na frente e um caminho de pedras levava até varanda coberta.

  Fred saiu do carro, ela apertou com força o banco de couro,até que sentiu um mão tocando seu ombro,olhou pelo retrovisor e viu Alexia.

  -Vai ficar tudo bem mamãe,você vai ver.-Rose aperta a mão da filha e sorri.

  -É, vai ficar tudo bem.-ela suspira aflita.

  Ao atravessar o jardim cheio de flores,Rose pode finalmente respirar um pouco aliviada, ou pelo menos era isso que ela pensava. Fred a sua frente carregava suas duas malas e um bolsa grande, ela carregava um mala grande de rodinha,Alexia carregava três necessaires e River mais duas malas grandes de rodinha,Lady caminhava logo a frente.

  -Quem é que precisa de tanta coisa?- Fred abri a porta e joga as malas no chão.

  -São nossas roupas,sapatos e acessórios.-River explica.

  -Olha que eu só mandei botar o necessário.-Rose comenta sorrindo.

  -Mas, isso tudo é necessário, mamãe.

  Rose observa a casa,o silencio reinava,ela logo estranha.

  -Querem beber alguma coisa?- Fred pergunta.

  River dá os ombros.

  -Uma água.

  River segue Fred em direção a cozinha,Rose caminha até a sala suspirando meio melancólica.

  -É bonita.-Alexia comenta.

 -Ãn,o que?- ela questiona distraída.

 -A casa, mãe, eu disse que é bonita.-Rose se senta em um poltrona de frente para escadaria que levava até o segundo andar.

  -É mesmo.Passei muito tempo aqui, sentada nessa poltrona lendo livros.

  Lexi se senta no apoio de braço.

  -E como são os meus avós?-Lexi questiona.- Você nunca fala muito deles.

  -Ah,é mesmo.-Rose suspira.- O que posso dizer sobre a minha mãe,- ela bate o dedo indicador sobre o queixo pensativa.- ela é doce,simpática,carinhosa,sensível, é uma das melhores advogadas que eu conheço. É prestativa inteligente,culta,estudada,uma sabe tudo meio irritante.

  Lexi rir.

  -Meu pai é… meu pai, uma versão masculina minha,podemos dizer assim.Ele é engraçado, divertido e tem varias piadas boas, ele detetive,como meu padrinho,Harry.

  -E os meus tios?

  Rose abriu a boca para falar,mas logo sua mente é invadida por varias memorias esquecidas,

marcantes,engraçadas e tristes,memorias que ela queria esquecer,memorias que não valiam a pena.

  -Eles são...únicos.

[...]

  -Então me diga,- River puxa assunto enquanto beberica um pouco de água do copo.-quando foi que você criou vergonha na cara de pediu a sua pobre namorada em casamento?

  -Falando assim,até parece que eu ia enrolar para sempre.

  -Fred,eu te conheço a quantos anos?-River coloca o copo sobre o balcão.

  -Treze,quatorze anos.

  Ela sorri,ele a conhecia muito bem para saber o que viria depois.Um pedido de casamento que só sairia em 2158.

  -Você vai pedi-la em casamento,mesmo que para isso eu tenha que me intrometer.

  -Nem por cima do meu cadaver.-River rir e Fred joga as mãos para cima,ele não lutaria,desta vez não.Porque ele estava se preparando para outra luta,e essa era mil vezes pior.

  -Tem suco?

  -Não deu tempo de fazer compras.-ele dá os ombros.

  -Sei.-ela caminha até a porta,para por um instante e se vira para Fred.-Mais tarde vamos fazer compras,querido.

  -Se você pagar.

  -Cala a boca.

  -Ei,vocês dois.-Rose grita,assim que River aparece na sala.-Vamos comer pizza?

  -Você não estava de dieta?-River arqueia a sobrancelha.

  -Isso foi antes.

  -Antes de que?

  -Do casamento.-ela rir.

  -Eu quero pizza.-Alexia levanta a mão,então se joga no colo da mãe.

  -Você pode pedir Fred?-Rose questiona,leva a mão a bolsa e pega o dinheiro.

  -Posso,mas você sabe que o entregador só vem até a entrada da estrada.

  -Isso é ruim.

  -Eu e Alexia podemos esperar a pizza,não Alex?-Rose estende o dinheiro para River.

  -Quem?Eu?-ela aponta para si mesma,River acena com a cabeça.-Nem morta.

A fashionista revira os olhos em descrença.

—Larga de ser mimada criatura.-ela puxa a pequena Green pela mão.-As chaves do carro.-ela pede a Fred,o moreno as joga e River pega no ar.

Alexia revira os olhos enquanto é empurrada em direção a saída,assim que a porta é fechada Fred se vira para Rose.

—Soube que você até saiu da novela, por que?

—Minha vida já um novela.- ela dá os ombros, fazendo Fred rir.- Você sabe muito bem que minha vida toda foi um incrível filme, que poderia ser muito bem indicado ao Oscar. E com certeza eu ganharia.-ela se vangloria.

—Esqueci o quanto você é lunática.- ele sorri de canto, arrancando um sorriso tímido de Rose.

—Ainda temos cavalos aqui, não temos?-questiona,em um mudança súbita de assunto.

—Alguns. Você anda a cavalo?

Rose maneia a mão de um lado para outro.Fred sorri.

—Vem eu te levo até eles.

Rose se sentia livre.

O vento em seu cabelo,a natureza ao seu redor, o alazão corria veloz saltando por cima de troncos,ela sorria. O bosque que rodeava a casa de campo de seus avos, sempre lhe foi o melhor agrado,o verde das arvores, o colorido das flores ,o canto dos pássaros, a beleza pura,intocada pelo homem.

Ela se pois a observar um coelho branco que passava perto.

—Tic-tac, acho que está atrasado senhor coelho.-sussurrou para si mesma.

O coelho branco saltitou alegremente até o limite do bosque que dava até a estrada,Rose o observou,o coelho parou bem no meio da estrada e olhou para o lado,ela seguiu seu olhar, e lá no fim quase imperceptível um carro prata vinha correndo em uma velocidade acima do permitido,o senhor coelho está paralisado,Rose não pensou duas vezes, chocou seus calcanhares contra o alazão, fazendo o cavalo correr mais rápido.

Pulando por cima de troncos de arvores caídos,plantas rasteiras e animais menores,em poucos segundo Rose já se encontrava no meio da estrada,pulou rapidamente do alazão e se pois a sinalizar para o carro parar.

A quase três metros de distancia o motorista do carro prata parou bruscamente, Rose suspirou,então viu o coelho correr assustando.

As portas do carro prata -que Rose reconheceu como uma Mercedes- se abriram.

—Sua louca!-o motorista irado grita,ela o observou,cabelos loiros platinados,olhos cinzas, um metro e oitenta aproximadamente,estranhamente familiar.-Você é retardada por acaso?

—Você ia matar aquele coelho, não viu?- ela argumentou. O loiro rir com desdem.

—Matar o coelho?Você ia me matar!

—Ah, pelo amor de Deus!- uma ruiva baixinha sai do carro.- Quer merda é que está acontecendo aqui?-ela questiona.- Fred está nos esperando.

Rose congelou com a menção do nome do primo, por isso que aquele cara lhe era familiar, a garota também.

—Ei! Quem é você?- a ruiva perguntou, Rose comeu a dar passos para trás, a ruiva ergueu as sobrancelhas.- Hey!- ela chamou de novo, Rose puxou as rédias do alazão e em um impulso subiu sobre as costas do animal.

A ação ocorreu tão rápido, que o loiro e a ruiva se assustaram. Rose bateu novamente os calcanhares no alazão que se pois a correr, na direção da estrada.

Isso não era possível, ela tinha dito ninguém iria aquela casa,mas ele mentiu. Ah,mas ela iria mata-lo. Rose correu o mais rápido que podia em direção a casa.

—Fred!-gritou em plenos pulmões. O ruivo apareceu no batente  da porta da cozinha.

—Oi,-ele sorriu de lado.- tem umas pessoas querendo falar com você.

Batendo o pé ela caminhou até a cozinha pronta para matar o infeliz que tinha o mesmo sangue que o seu. Mas ao chegar lá, quase teve um ataque cardíaco.

Parados a sua frente a sua frente estavam as pessoas que, sinceramente, Rose menos queria ver neste exato momento. E como ela fazia nesse momentos.

Ela suspirou, colocou o melhor sorriso no rosto e na maior cara de pau, falou:

—Olá, papai!Olá, mamãe! Quanto tempo?


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