Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 7
Capítulo Sete – Acordo


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer de verdade a todos que estão gostando e comentando coisas que considero LINDAS dizendo que ficou bom! É a primeira fic que posto e isso me gerava muita insegurança, então cada elogio que recebo me deixa super boba e contente. THANK U ALL♥



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Depois da confusão que houve com aquelas garotas, parando para pensar nisso essa situação pode ficar bem feia, disseram que iam nos esperar na saída, elas estão em 4 contra Letícia e eu, embora eu não saiba como as habilidades de briga delas são, apenas em olhar para nós duas, vejo que estamos em desvantagem...

Letícia é um pouco mais alta do que eu, e tão magra quanto, aquela tal de Bia é muito mais alta e aparenta ter uma boa resistência física, e ainda tem as outras. –Erika, para com isso. – disse chamando atenção– Não precisa se preocupar, relaxa.

Como não pensar sobre isso? E o pior de tudo é que não fizemos nada, de novo a culpa é daquele idiota do Diego, que nem sequer voltou para sala ainda, já se passaram 3 aulas, apenas mais uma para irmos embora.

– Isso não é tão simples Letícia, não sabemos quantas garotas vão chamar quando chegar a hora, e somos apenas duas, isso não é muito justo.

– Sei disso, e é isso o que torna tão mais divertido se ganharmos delas. – está tentando ser otimista? Embora eu acredite que para certas coisas tudo é possível, meu lado pessimista sempre domina. – Além de que essas meninas têm muito papo e pouca ação, sempre notei isso, dizem serem fãs e idolatrar o Diego, mas nunca tiveram coragem de ir falar diretamente com ele depois que rejeitou a giganta da Bia.

– Ainda me pergunto como é possível alguém criar um fã clube pra esse cara... – falei decepcionada– Ainda mais arrumar brigas com outras meninas que tem contato com ele, elas tem coragem. – embora não tenham muita noção.

Letícia me olhou indignada– Não pode ficar ao lado do inimigo, temos que nos unir para derrotá-las. – havia confiança e entusiasmo em sua voz.

– Não acha que está fantasiando demais essa confusão toda? – perguntei.

–Qual é Erika– sorriu animada– Faz muito tempo que algo divertido aconteceu nesta escola, e também é uma boa oportunidade para aliviar o estresse.

– Aliviar o estresse e ganhar cicatrizes. – falei negativa enquanto ela sorria motivada, embora isso me preocupe noto que Letícia está realmente animada com isso, talvez ela seja do tipo que curte emoções fortes.

Quando tocou o sinal indicando o início da última aula fico surpresa vendo Diego entrando, caminhou indiferente a tudo e todos em direção ao seu lugar– Diego. –gritou Letícia– Onde você estava?

Ele então se virou para nós, eu congelei por um minuto relembrando o que fiz e disse mais cedo, com certeza ele pretende fazer algo– Eu dormi no terraço, nada demais.

O que? Como pôde dormir no terraço garoto?

– Como assim dormiu no terraço? – perguntou Letícia, eu também queria dizer algumas coisas, mas simplesmente não consigo.– Mas deixando isso de lado, ficou sabendo que as queridinhas do seu fã clube vieram aqui hoje?

Então ela vai contar pra ele...– Fã clube? Tá falando daquelas malucas do segundo ano?

– Exatamente, vieram aqui hoje arrumar briga comigo e com a Erika– ele se virou para mim, me encarando, com um olhar que não sei decifrar– E disseram que vão nos esperar na saída.

– Letícia isso não é algo para se orgulhar. – suspirei desviando minha atenção para qualquer lugar, não queria o encarar muito, eu nunca sei dizer exatamente o que ele está pensando e isso me irrita.

– Então quer dizer que hoje vai ter briga? – indagou sarcástico– Boa sorte pra vocês.

– Isso não tem graça nenhuma– afirmei– Tudo por culpa sua, resolva isso com aquelas meninas.

– Sinceramente eu não me importo– falou Letícia– Faz um bom tempo que não vou com a cara daquela Bia.

– Letícia você é uma barraqueira– disse Diego com desdém – E o que eu tenho a ver com tudo isso, Erika? – sorriu, se fazendo de inocente como sempre, esse idiota.

Quando o professor de artes entrou na sala, disse para que todos fizessem silêncio, pediu pra que formassem duplas a fim de fazer um trabalho falando sobre o meio ambiente, me sentei com Letícia, Diego sentou-se com Lukas.

O objetivo era desenhar em uma cartolina algo como seria o futuro daqui a 70 anos na sua imaginação, então juntar ideias suas e de seu colega para fazer algo criativo. Notei que Letícia leva jeito com desenhos, eu também não sou tão ruim assim, mas não consegui me concentrar direito, a todo momento pensando em uma solução para essa suposta briga.

Olhei para Diego com raiva, agindo como se ele não tivesse culpa nisso tudo, a própria existência dele já me traz problemas. – Mas talvez... – é isso, talvez seja a solução.

Letícia notando minhas frases sem sentido me fitou curiosa– O que está pensando?

– Não é nada, só me lembrei de uma coisa que minha mãe me disse hoje cedo. – tentei desviar a atenção dela, e incrivelmente essa explicação foi o suficiente, ainda bem. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Diego;

– Me encontre no pátio em 5 minutos-

Quando vi que ele recebeu a mensagem, olhou para trás com uma expressão de curiosidade, o fitei por uns segundos e logo em seguida me levantei; – Letícia vou ao banheiro, volto já.

Ela acenou com a cabeça enquanto se concentrava nos desenhos, fui falar com o professor sabendo que ele iria questionar dizendo que logo a aula iria acabar, mas eu precisava falar com Diego antes disso acontecer. – Professor posso ir ao banheiro?

Ele não tirou os olhos de seus papéis sobre a mesa, era um homem jovem, aparentando ter seus 30 e poucos anos, tinha certo charme com sua aparência, mas sua chatice não era nada agradável. – Daqui a pouco é hora de irem embora, você pode esperar. – disse seco, eu sabia.

– Na verdade não posso– insisti– coisas de mulher.

Ele então resmungou algo do tipo "eu não nasci para isso" e me liberou, provavelmente iria dificultar para Diego sair também, mas isso não me interessa, ele que dê seu jeito, o importante é estar no pátio em 5 minutos.

Depois de pensar um pouco sobre isso a resposta foi bem simples, aquelas garotas estão assim porque sentem ciúmes dele, embora não haja motivos para isso, sendo que eu e Letícia não temos nada além do que uma convivência com ele dentro da sala de aula, é claro que não estou incluindo a chantagem dele sobre mim. Mas Letícia e aquela Bia tem uma história meio conturbada no passado, a qual eu desconheço.

Chegando ao pátio me sentei perto de onde ficava o canteiro das flores, observar a natureza sempre me acalmou, reconheci cravos, girassol, rosas e outras que desconheço os nomes, mas todas muito bonitas e bem cuidadas. Passados exatos 4 minutos vejo Diego se aproximando. – O que você quer? –perguntou ríspido- Aquele professor pegou no meu pé para me liberar, é melhor que seja algo útil.

– Quero que resolva essa história com as meninas do seu fã clube. – fui direto ao ponto, ele me encarou incrédulo como se estivesse dizendo algo surreal.

– Isso não tem nada a ver comigo– sorriu– Não me diga que está com medo delas?

– Não é medo, mas isso tudo é culpa sua, então é justo que resolva.

– Olha garota... – sentou-se ao meu lado– Eu ainda não me esqueci do que fez hoje de manhã- esticou seu braço por detrás de mim, trazendo à tona uma rosa. – Por que eu deveria te ajudar com isso?

– Não se trata de me ajudar, e quanto a Letícia? Não sei por que quase todas as garotas dessa escola parecem odiá-la.

– Como eu disse... – estendeu sua mão em direção ao meu rosto, colocando a rosa em minha orelha. As mãos dele estão geladas. – Letícia é uma barraqueira, e essas meninas são umas idiotas, nada disso me importa, e não estou com humor para isso. – sorriu gentilmente.

Esse cara é um cretino, o que isso significa? Será que ele é tão insensível assim ou isso tudo é encenação? Embora o tenha chamado até aqui para dizer a ele que resolva, ele não parece estar disposto a isso– Escuta, essas meninas são admiradoras suas, embora eu não entenda o porque, de verdade. – estreitou os olhos em minha direção, com raiva– Mas eu acredito que se disser a elas para nos deixar em paz, irão te ouvir.

– Pode até ser verdade, mas não quero. – levantou-se indo embora, pretende me deixar aqui falando sozinha, não parece que ele aceitará sem ter algum benefício.

Droga.

– Espera. – esse cara é mesmo um idiota– Você precisa resolver isso, ouviu? –gritei, ele apenas acenou com a mão de costas enquanto se afastava mais e mais, já que é assim!

–Não me diga que está com medo? – ele não deu a mínima para o que eu disse e continuou.

Pensa rápido, o que seria bom o suficiente para fazê-lo voltar?

– Ah... – é isso. – Seu mulherzinha. – gritei o mais alto que consegui. Por um momento senti como se a escola toda pudesse ouvir.

Ele parou de caminhar, não se moveu por um tempo, então lentamente virou seu rosto e me lançou um olhar, essa é a primeira vez que vejo esse olhar, o pior de todos, não pude evitar de sentir um leve arrepio, ao mesmo tempo em que uma leve brisa tomou conta do local, ele começou a caminhar de volta em minha direção.

Porcaria, eu não pensei no depois...

– Você... – disse irritado, ele puxou minha camisa, me levantando até ficar na ponta dos pés– Quer que eu prove o quanto sou mulherzinha?

– Você está muito perto. – gritei cobrindo seu rosto com minhas mãos– Só quero que resolva isso. –respondi com sinceridade, eu só queria resolver esse problema.

Isso me deixou nervosa, apenas 5 centímetros e nossos rostos teriam se tocado.

– Agora você conseguiu me irritar... Tudo bem.

Soltou minha camisa que agora estava toda amarrotada, com suas mãos livres tirou as minhas que ainda cobriam seu rosto. – Em troca você vai fazer algo pra mim. – disse.

Ele não perde tempo mesmo, por um momento pensei que ele fosse me bater, nunca o vi tão nervoso assim. – O que? – perguntei duvidosa.

– Depois eu te conto, agora não tenho tempo. Vou até a sala daquelas garotas ter uma conversa com elas. – caminhou em direção as escadas, sem olhar para trás.

Eu não entendo esse cara... Suas atitudes muitas vezes me parecem ser de um bipolar.

Tirei a rosa de onde ele tinha colocado, por uns segundos minha mente ficou completamente inerte em coisas que não sei dizer. – E outra coisa. –gritou Diego, chamando minha atenção de volta para ele.

– Dá próxima vez que me chamar de mulherzinha, é melhor se preparar. Porque vai se arrepender. – exclamou sério.

Quanto mais os dias vão passando, Diego vai me mostrando uma parte de sua personalidade a qual não sei dizer se me surpreende ou decepciona, quando ele me pegou pela camisa por impulso cobri seu rosto com minhas mãos, a aproximação dele me deixou nervosa, envergonhada talvez, ter o rosto dele tão próximo ao meu, com aquele olhar julgador, senti meu rosto ferver.

Toda essa situação está se tornando uma bola de neve, sinto que estou cavando minha própria cova, preciso me afastar dele, mas... Ele sempre dá um jeito de me trazer de volta.

Que problemático.

[...]


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