Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 8
Capítulo Oito – Troca


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de ontem que não tive a oportunidade de postar. Boa leitura!!



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— Mas que saco.... — bufou Letícia irritada. — Onde essas bruacas se meteram?

— Olha é melhor irmos embora, estamos chamando muita atenção paradas aqui... — parece que Diego realmente foi falar com elas, Bia e as outras não apareceram até agora, e já faz 15 minutos que estamos esperando.

Letícia está indignada das garotas não terem vindo para a tal briga depois da aula, eu sei que ela estava entusiasmada com isso, mas eu simplesmente não via um bom final nessa história, e também se eu chegasse toda machucada em casa minha mãe faria perguntas as quais eu não responderia, e acabaria vindo até a escola tirar satisfação.

Isso traria muitos problemas levando em conta esse contratempo que tenho com Diego. — Isso é um absurdo. — reclamou novamente— Elas que arrumam encrenca e depois ficam com medo, essa é boa. Bia que me aguarde, irei infernizar ela a partir de amanhã.

Essa não!

Se Letícia for implicar com ela tudo o que fiz para convencer Diego vai por água abaixo.

— Letícia, deixe essa história de lado, só nos traria mais problemas. — falei tentando não demonstrar muita importância, mas apenas em pensar nos resultados disso, fico preocupada, Diego provavelmente viria cobrar de mim, dizendo coisas do tipo, tanto esforço para nada.

Ela me fitou decepcionada por uns segundos, mesmo querendo descontar seu estresse e frustações brigando com a Bia, ela tinha inteira noção de que isso seria uma grande dor de cabeça. — Tudo bem— suspirou— Vou deixar essa história pra lá, a não ser que ela venha pra cima de novo, aí vou com tudo. — sorriu.

Depois de nos despedirmos fui para casa, fiz meus deveres diários, tudo normal até o momento em que notei que Diego não havia dado notícias, nem uma mensagem me dizendo o que deveria fazer em troca do favor que pedi, nem uma ligação para me perturbar ou coisas que ele normalmente faz.

Isso está me preocupando, dá última vez que Diego passou o dia sem pegar no meu pé, tive uma surpresa encontrando drogas na minha bolsa e sendo chantageada por ele. Quando minha mãe chegou as 7 e 30 da noite, eu ainda estava acordada, e para surpresa dela eu me encontrava na sala vendo um filme qualquer— Que milagre é esse, não está trancada no quarto ou dormindo, o que aconteceu de tão incrível? — perguntou alegre.

Você nem faz ideia mãe... — Nada, só estou sem sono— o que é uma grande mentira, já que não venho dormindo quase nada nesses últimos dias— Como foi o trabalho?

Ela me olhou surpresa, quase se perguntando se eu era mesmo sua filha— Bem— respondeu— Qual é, me diz logo o que aconteceu?

— Nada mãe. — disse enquanto mudava de canal tentando encontrar algo interessante. Minha mãe trabalha como tradutora, faz trabalhos onlines e para editoras, graças a ela tenho um bom conhecimento em inglês, depois de muito esforço consegui convencê-la de que não havia problema nenhum. O jantar de hoje seria lasanha, algo que eu adoro, meu pai chegou 1 hora depois que minha mãe e estávamos quase terminando o preparo da lasanha.

— Erika, como vai a escola? — perguntou meu pai sentando-se a mesa.

Meu pai é um bom homem, não apenas porque é o que todos dizem, mas sim porque enxergo isso, está sempre disposto a ajudar os outros sem pensar duas vezes, também é muito bonito, com seus 1 e 80 de altura, cabelos dourados e olhos verdes, minha mãe costuma dizer que quando jovem foi bem difícil se aproximar dele, com toda a popularidade que tinha na época. Isso também nos gera boas risadas quando ela começa a contar os tipos de loucuras que fazia para chamar a atenção do meu pai.

— Tudo bem pai, como foi o trabalho hoje? — perguntei colocando os pratos a mesa.

Ele também me olhou surpreso, assim como minha mãe, qual é? É assim tão estranho eu perguntar como foi o dia no trabalho? Talvez eu devesse rever meus conceitos sobre como ser uma boa filha, embora eu pense que não dando trabalho ou os enchendo de preocupações fosse o suficiente, acho que devido a isso eu tenha me tornado tão fechada e reclusa sobre como expressar meus sentimentos. — Foi tudo bem—sorriu— Hoje apareceu um cliente com um projeto, esse é dos grandes. Ele quer um bom planejamento sobre um novo shopping.

E esse é o trabalho do meu pai, arquiteto, nos mudamos para cá quando ele formou aliança com esse tal sócio, que prometeu uma grande oportunidade de novos projetos aqui em São Paulo, então abriram seu próprio escritório.

Bom ele parece feliz, então tudo bem...

Depois do jantar, escovei meus dentes e fui direto para cama, desde que comecei a estudar essa foi a primeira vez que jantei com eles, já faz uns 20 dias, pego meu celular para ver se tinha alguma mensagem, meu coração disparou quando vejo que Diego havia mandado alguma coisa.

– Amanhã quero você às 7 e 30 na escola, não se atrase nariz de pau-

Nariz de pau, fazia um tempo que ele não me chamava assim, porque será que me quer lá tão cedo? Agora estou cismada... meu sono me abandonou de novo, parece que a noite vai ser longa mais uma vez.

Ao me levantar de manhã tentei dar uma boa explicação para minha mãe do porque estava saindo mais cedo de casa, ela precisa parar de ser sempre tão curiosa.

Cheguei na escola as 7 e 25, fui em direção ao pátio e lá estava ele, parado inexpressivo mexendo em seu celular, quando me viu se aproximando o colocou no bolso— Ótimo, chegou antes do que eu pedi.

— Qual é a dessa vez? — indaguei carrancuda, meu humor pela manhã é péssimo, ainda mais sem dormir direito.

— Como assim qual é a dessa vez? — perguntou beliscando minha bochecha— Quem você pensa que é?

— Me solta, isso dói. — retirei sua mão bruscamente— Eu não confio em você, está planejando alguma para me chamar aqui tão cedo.

— Talvez— sorriu— Vamos até a diretoria.

— Por que? — perguntei surpresa, talvez ele pretendia me acusar sobre aquilo das drogas na minha bolsa?

— Relaxa, só vamos até lá ter uma conversa com meu pai. — respondeu passando a mão em seu cabelo, impaciente.

Conversar com o pai dele? O que isso significa, se não vai me acusar de nada porque tenho que ir com ele?

Quando ele deu alguns passos a frente fiquei parada onde estava, ele se virou em minha direção carrancudo esperando que eu me movesse. — Vamos logo. — disse irritado.

— Não até me dizer o porquê dessa suposta conversa com seu pai.

— Você é mesmo um saco, sabia? —suspirou— Acontece que há uns dias atrás eu passei o final de semana fora, e meu velho está pegando muito no meu pé com essa história de más companhias, sabe como é...

Então o pai dele está preocupado com os amigos que considera más influências e quer saber onde ele estava, mas o que eu tenho a ver com tudo isso? — E porque eu devo ir também? — questionei duvidosa, alguma coisa está errada.

— Porque você vai explicar a ele que estive com você naquele final de semana em questão.

— O que? Mas isso é mentira— é claro que é mentira— Não me envolva nos seus assuntos.

— Vai dizer a ele como foi divertido e também como sou incrível, um ótimo rapaz que te fez super feliz naqueles dois dias. — disse com deboche.

Esse cara só pode estar de brincadeira, se me diz para mentir é porque coisa boa não estava fazendo e quer encobrir isso me usando como cobaia. — Esquece Diego, não quero problemas com o diretor da escola.

Seu sorriso com feição doce e gentil desapareceu dando lugar a sua expressão insensível e maligna, droga— Olha só, eu te ajudei com aquele problema ontem, mais do que justo fazer isso para mim, não concorda? — perguntou se aproximando, com uma voz intimidadora.

— Mas...

— Mas o que? — indagou me fitando.

Desviei meu rosto para uma direção oposta ao dele, não sabia o que dizer, ele disse que eu teria de fazer algo, mas não imaginei que fosse isso, agora além dos problemas ao redor dele está me levando para ter contato com seu pai, diretor da escola, não prevejo coisas boas nisso tudo.

— Parece que você entendeu— pegou minha mão firmemente puxando-me com ele— Boa menina, vamos. — disse sorrindo.

Ah, sua mão está fria...

[...]


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