~Pov's Lily on~
Depois do que a Rosa me disse comecei a ficar muito confusa. Não sei se gosto deles, e também não quero magoá-los. Pensei ontem durante a noite, depois que a Rosa foi embora. Droga, Rosa! Cheguei na escola e ainda não tinha ninguém dos meus amigos, depois de um tempo chegou Kentin.
–E aí, Lily?
–Ah. Oi Kentin...
–O que foi Lily, você parece distraída.
–Não é nada não! -Sorri.
–Você é péssima em mentir. O que houve?
–Já disse que não é nada.
–Se você diz...
–Hey gente! -Chegou Rosa com o Alexy do lado.
–Oi! -Eu e Kentin falamos.
Olho em volta e percebo que Armin não está junto com o Alexy... Onde ele está?
–Ei, Alexy, onde está o Armin?
–Ali. -Ele apontou para o outro lado do pátio e lá estava Armin bem animado, conversando com a Íris. De repente senti uma pontada no meu peito... Não sei porque.
Bateu o sinal para a aula. A aula foi normal, porém não prestava atenção. Bateu o sinal para o intervalo, saí vagarosamente da sala de aula e fui para o clube de jardinagem.
–Lily, você está bem? -Violette perguntou enquanto segurava seu caderno de desenho.
–Na verdade... Eu estou em uma situação meio delicada.
–Se quiser me contar, talvez eu possa te ajudar... -Ela se sentou no chão e começou a desenhar algo.
–Bem... Estou em dúvida se gosto de uma pessoa ou não, e pelo jeito, essa pessoa e mais outra gosta de mim.
–Oh, nessa questão acho que não posso ajudar muito...
–Tudo bem, eu me viro. -Sorri.
–Mas te desejo sorte, é difícil encarar esse tipo de situação. -Ela levantou e me deu uma folha, estava desenhado o meu rosto com perfeição, até os mínimos detalhes.
Bateu o sinal para a aula e tentei prestar mais atenção no professor. Confesso que foi meio difícil. Chegou a hora de ir embora e a minha mãe e o Daniel estavam no portão me esperando. Rosa estava conversando com o Daniel mais longe de minha mãe.
–Oi, vieram me buscar hoje?
–Sim, hoje eu planejei de nós duas saírmos, o que acha filha?
–Ótimo! O Daniel vai com a gente?
–Na verdade não. Acho que ele veio pra ficar um pouco com a sua amiga ali. -Ela apontou para os dois.
–Ah, sim.
Fomos para casa e eu troquei de roupa.
–Onde vamos?
–Hum... No shopping!
–Então vamos! -Sorri.
Chegamos no shopping, não havia muitas pessoas, não á ponto de encher o local. Fomos direto para uma lanchonete, sentamos em uma mesa.
–Então, Lily...
–Sim?
–Eu queria te fazer algumas perguntas... Não sei o que aconteceu com você depois que fui internada!
–Pode fazer, mãe!
–Hum... -Levou o dedo indicador sobre o queixo- Tem algum namorado? Gosta de alguém?
–Não, nunca tive namorado. Não sei se gosto de alguém.
–Como não sabe se gosta de alguém?
–É complicado...
–Oi Lily! -Virei e vi Rosalya com Alexy e várias sacolas.
–Oie! -Rosa e Alexy já foram sentando na nossa mesa.
–Ah, oi.
–Sobre o que estavam conversando?
–Ah, eu estava perguntando pra Lily se ela gosta de alguém! -Minha mãe sorriu.
–Mãe!
Rosa e Alexy se olharam.
–Olha que ela não tem falta de opção!
–Rosa!
–Falta de opção? -A mãe se mostrou interessada.
–Sim, tá na cara que dois garotos dos nossos amigos gostam dela! Eles estão sempre com ela.
–Rosalya!
–Ih, não adianta tentar fazer ela parar de falar, porque você sabe que ela não vai. -Alexy falou no meu ouvido.
–Teve um dia que fomos no shopping e de repente a Lily e o Armin sumiram e como o Alexy os encontraram? Os dois estavam num cantinho e o Armin estava carregando ela. Você estava toda vermelha né? -Rosa me provocou.
–Estava... Mas não aconteceu nada! -Comecei a corar.
–Ah! Teve outro dia que...
–Rosalya, não acha que já disse demais não? -Disse irritada.
–Calma, é a última coisa que eu digo! Teve outro dia que o Ken encostou na Lily e dormiu, e o Armin estava com a cabeça apoiada na perna dela...
–Rasalya! -Disse a interrompendo.
–Rosa, acho que a Lily já está ficando meio irritada. -Alexy disse, tentando me ajudar. Minha mãe apenas ria baixinho.
–Okay, okay, agora precisamos ir, vamos Alexy!
–Vamos. -Os dois levantaram e desapareceram no meio das pessoas.
–Ai, Rosa... Cada uma que você me faz passar... -Pensei alto.
Depois a minha mãe não perguntou mais nada, conversamos normalmente e voltamos para casa. Ouvi a campainha tocar. Quem será que é? Já está escurecendo.
–Eu atendo! -Gritei para todos ouvirem.
Desci as escadas e abri a porta, lá estava Kentin, ele não parecia muito bem.
–Kentin?
–Eu preciso falar com você... Tem como você ir no parque agora?
Eu olhei para a minha tia, que estava assistindo um filme. Ela apenas assentiu com a cabeça e sorriu.
–Posso sim. -Disse saindo de casa e fechando a porta.
Kentin sorriu começou a andar em direção ao parque. Comecei a segui-lo, estava um silêncio desconfortável. Entramos no parque e ele me levou perto de uma árvore, nos sentamos em um banco.
–Então Kentin... O que você queria falar comigo? -Eu já esperava mais ou menos o que ele poderia falar, estou torcendo para que não seja isso.
–É que eu queria dizer que... E-eu g-gosto de você, não como amiga... Eu não aguento mais ficar escondendo isso.
–Eu... É...