Royal Elite escrita por Dreamer


Capítulo 4
Ela apenas me empurrou e por acaso eu desequilibrei-me


Notas iniciais do capítulo

Devo dizer que fiquei um pouco desiludida por haver tão poucos comentários no cap anterior, por isso espero que este mereça mais comentários!

Obrigada à Lia Cielo Olympus por comentar. E à GabiElsa que comenta todos os capítulos! Obrigada Gabi, porque os teus comentários insentivam-me muito e obrigada por dares sugestões para eu melhorar a história! ♥



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O resto do dia passou-se calmamente. O mesmo não posso dizer da manhã do dia seguinte.

Para mim, ou melhor, para uma princesa, é muito importante chegar a horas. É uma questão de educação, respeito e perfeição. Como sempre eu fui a primeira a acordar, mas ainda era muito cedo por isso resolvi não acordar a minha irmã e a minha prima. Depois de tomar banho e tomar o pequeno-almoço é que as acordei. Mas devo dizer que aquelas duas parecem pedras! Quando elas (finalmente) acordaram eu fiz com que elas se despachassem enquanto pedia comida para elas no serviço de quartos.

Tenho que admitir que elas me surpreenderam. Afinal, aqui estou eu, já no carro, a esperar a Rapunzel, que foi fazer o check-out no hotel, e ainda tenho tempo mais do que suficiente para chegar pontualmente!

– Podemos ir. – anunciou a minha prima ao entrar no carro e dito isto o motorista deu partida.

Durante a viagem a Zel e a Anna conversavam animadamente, mas eu nem percebi sobre quê. Fiquei a viagem inteira a olhar para a janela a observar a paisagem da linda e delicada arquitetura da cidade de Paris. Era tudo tão… belo. Só então percebi o quanto iria sentir falta da Suécia, de Arandelle, do Inverno, da neve. Oh, a neve. Está sempre lá, mesmo no verão, mesmo que seja apenas nas montanhas… está sempre lá…

– Elsa, chegamos. – a voz da minha irmão tirou-me dos meus pensamentos. – O motorista vai entregar a nossa bagagem.

– Okay. – disse saindo do carro.

Assim que saí fiquei de boca aberta. Aquilo era incrível! Imensa gente por todo o lado! Todos eram diferentes! Bem, obviamente eram diferentes, mas notava-se que tinham culturas diferentes, que eram de países diferentes!

– Flynn!! – ouvi alguém guinchar.

Quando me virei percebi que quem tinha guinchado era a Zel que agora estava abraçada a um rapaz moreno.

– Meninas – ela disse quando eles se soltaram – este é o meu namorado Flynn. Ele é nobre na Alemanha. Flynn estas são as minhas primas, Elsa e Anna, da Suécia.

– Olá meninas, é um prazer conhecer-vos.

– O prazer é nosso.

– Flynny, antes de irmos para a parte universitária eu queria deixá-las com alguém, pode ser?

– Claro.

Depois disto começamos a andar entre a multidão, a Zel ia à frente para nos guiar. Paramos após alguns minutos, quando a minha prima exclamou:

– Hey! Pessoal! – e andamos mais alguns metros até chegarmos a um grupo relativamente grande de pessoas. – Eu quero apresentar-vos as minhas primas-

– Elsa? – perguntou um rapaz de cabelos castanhos e olhos verdes.

– Hiccup? – eu questionei.

– Meu Deus Elsa! Há tanto tempo que não te via! – ele disse abraçando-me.

– Pois já se passaram dois anos…

– Podes deixar Zel, nós tomamos conta delas. – ela suspirou aliviada.

– Obrigada, vocês são os maiores! – ela olhou para nós – Agora vocês mocinhas. Concentradas nas aulas, atenção aos estudos e, acima de tudo, cuidado com os rapazes. – quase revirei os olhos. Quase. Afinal, uma princesa não deve revirar os olhos. – Adeus priminhas! – despediu-se ela enquanto nos abraçava.

– Adeus!! Lembra-te dos conselhos que nos deste! – sugeriu a Anna, que acenava para a nossa prima, que já se tinha afastado.

– Agora nós. – o Hiccup chamou a nossa atenção – A mim vocês já conhecem, por isso, esta é a Astrid. – ele apontou para uma rapariga loira que estava ao lado dele e que era mais baixa que ele.

– Olá. – ela cumprimentou.

– Esta é a Merida. – ele indicou-nos uma rapariga ruiva ao lado da Astrid, não como o da Anna, ruivo do tipo… laranja ou vermelho (?).

– Olá.

– Este é-

– OLÁ PESSOAL! PRONTOS PARA UM NOVO ANOS!! EM QUE TURMAS É QUE ACHAM QUE VAMOS FICAR!? EU ESTOU TÃO ENTUSIASMADA! VOCÊS JÁ PENSARAM SE- PARA TUDO! PESSOAS NOVAS!! OLÁ, EU SOU A TOOTHIANA TREVISAN. MAS PODEM CHAMAR-ME DE TOOTH! EU ESTOU TÃO ENTUSIASMADA!

Percebem agora o porquê de eu não gostar dela? Isto não é digno de uma princesa. Uma princesa deve ser delicada, discreta, contida, enfim… perfeita!

Eu olhava para ela de olhos ligeiramente arregalados e acho que o Hiccup notou isso, porque rapidamente interrompeu o momento de silêncio que tinha surgido.

– Bom… esta é a Tooth, como já perceberam… - olhei para ele, os meus olhos diziam uma coisa tipo a sério? – Continuando, este é o Kristoff – ele apontou para um rapaz alto e louro – e este é o irmão dele, Hans. – ele continuou apontando desta vês para um rapaz ruivo.

– É um prazer enorme conhece-las senhoritas. – ele cumprimentou-nos com educação. Não sei porquê, mas este rapaz não me inspira confiança…

– Este é o Sandman. –ele apontou para um rapaz louro baixinho e com um ar tímido, o mesmo não disse nada e vendo o Hiccup acrescentou – Ele não fala muito. E por último, mas não menos importante – ele revirou os olhos – Pitch.

O Pitch é alto e tem cabelos muito negros, que fazem contraste com a pele extremamente branca, e olhos que fazem lembrar uma tempestade, de tão cinzentos.

– Buone signore del mattino, il mio nome è Pitch Benvegnú, Italia. E 'un piacere incontrarli. [1] – ele apresentou-se aproximando-se (felizmente sei falar o básico italiano) e em seguida pegou na minha mão e depositou nela um beijo. Cavalheiro.

– O prazer é meu. – respondi educadamente – Eu chamo-me Elsa e esta é a Anna. – ela acenou – Eu vou para o segundo ano e a Anna para o primeiro.

– MEU DEUS! ISSO QUER DIZER QUE TALVEZ SEJAMOS COLEGAS!! OLÁ ANA! JÁ DISSE QUE ME CHAMO TOOTHIANA? BOM EU SOU A TOOTH! ESTOU TÃO FELIZ QUE SEJAMOS COLEGAS! EU TAMBÉM VOU PARA O PRIMEIRO ANO! E A ASTRID TAMBÉM E O KRISTOFF TAMBÉM E O SANDY TAMBÉM!! – pois….

– Isso é incrível! – a Anna alegrou-se, apesar de ela não ter dito nada percebi que ela estava nervosa, mas acho que agora está a começar a soltar-se.

– Pessoal – a Merida chamou a atenção de todos – acho que é melhor entrarmos, senão ficamos sem cabine.

Dirigimos-nos ao comboio. A gora é que reparo realmente nele. Não era como os outros comboios, parecia mais… um cofre (?).

– Foi especialmente construído para nos proteger – Pitch, que estava ao meu lado, começou e eu olhei para ele com cara de interrogação – O comboio, foi feito para nos proteger. É à prova de míssil. Sabes, muitas pessoas podiam querer ataca-lo para conseguir um bom resgate por qualquer um de nós.

– Pois, faz sentido. – eu concordei.

O comboio já estava a andar faz algum tempo e, ao contrário do que eu pensei, a viagem está a ser bastante divertida. Eu e o Hiccup estivemos a pôr a conversa em dia, eu sempre o considerei um irmão mais velho já que era dos poucos amigos que eu tinha e ele agia sempre como tal, agora eu vejo que ele vai ser um dos meus grandes apoios para “sobreviver” na Royal Elite. E, apesar de ter uma personalidade muito… própria, a Merida e eu podemos ser grandes amigas. Também gostei muito do Pitch, é encantador e bastante atencioso, um verdadeiro cavalheiro, ou melhor, príncipe. Felizmente a Anna também parece estar a dar-se bem. Ela parece feliz. Ela e a Astrid estão a entender-se e, para meu desgosto, também se está a entender com a Toothiana , não que isso me surpreenda muito, para além da Anna ser bastante carismática (ao contrário de mim) da última ver que ela e a Toothiana se viram até se deram bem. Ela também esteve a falar com o Hans e com o Kris e, apesar das pequenas brigas entre ela e o Kistoff, também se deram bem. Pessoalmente eu gostei muito do Sandman, chamem-lhe instinto materno ou o que quiserem, mas ele é daquelas pessoas raras e inocentes que te fazem querer ser a pessoa mais carinhosa do mundo.

– E vocês lembram-se quando a Merida estava a dançar com o duque da Bielorrússia e o homem rasgou o vestido dela quando tropeçou?! – comentou a Astrid.

Neste momento estávamos a relembrar as nossas situações mais embaraçosas.

– Pois, riam-se! Mas a minha mãe deu-me um sermão gigante depois disso! A culpa não foi minha se aquele paspalho não sabia dançar!! – ela argumentou.

– Eu lembro-me quando o Sandy saiu a meio de uma entrevista quando lhe perguntaram se existia alguma “princesa na vida dele”! – afirmou a Anna.

– Hey! O meu irmãozinho não tem culpa de ser reservado! – Pitch defendeu o irmão sorrindo.

– Por acaso eu acho muito fofo! – eu comentei.

Ficamos mais alguns minutos a relembrar histórias cómicas da nossa vida, até que a Toothiana nos interrompeu:

– ATENÇÃO! PARA TUDO! Pessoas, já repararam que falta aqui uma pessoa?

– Por favor Tooth, até parece que não sabes o que é que ele está a fazer… - respondeu o Hiccup, só eu é que estou à nora nesta conversa?

– Não sejas assim! Pode ter acontecido alguma coisa! – ela replicou.

– Totifruti do meu coração – começou o Pitch – eu conheço o meu melhor amigo, tu conheces o teu melhor amigo, achas mesmo que aconteceu alguma coisa? É que eu acho que o Danielle – o Hiccup fez uma careta com a menção do nome - tem razão.

– Okay… talvez ele tenha razão, mas e se ele estiver errado? E se ele perdeu o comboio? Ou e se ele foi raptado por terroristas? Ou inimigos? Ou até esquilos voadores?...

As teorias malucas da conspiração continuaram (esta é outra razão para eu não gos- para ela não me agradar), até se ouvir a porta da cabine a bater. Nesse momento todos desviamos o olhar da Toothiana para um rapaz de cabelo despenteado e roupas amarrotadas que entrava.

– Podem alegrar-se minha gente, que a razão da vossa alegria acabou de chegar! – ele anunciou sentando-se ao lado do Pitch - Desculpem a demora, mas parece que este ano estou ainda mais irresistível e as princezinhas não resistem ao meu charme, o que é que eu hei de fazer? Privar a humanidade deste bem maravilhoso que sou eu?

A única coisa que eu pensava era: isto não é possível.

– Olá “razão da nossa alegria” – brincou o Pitch – não sei se reparas-te, mas há novatas.

– Na realidade – começou o Hiccup – eles já se conhecem… - e foi aí que ele finalmente olhou para nós.

Ao início arregalou ligeiramente os olhos, mas logo a seguir voltaram ao normal e a boca entreaberta, devido à surpresa inicial, foi substituída por um sorriso travesso.

– Olá Anna! Há quanto tempo! Vais para o primeiro ano, certo? – ela assentiu – Pois claro. E tu Cabeça de Neve?

– Eu vou muito bem obrigada, vou para o segundo ano Cabeça de Gelo. E honestamente, achei que o gelo que tens na cabeça não te afetava o suficiente para te esqueceres que temos a mesma idade. – eu respondi (sem nunca perder a pose ou descer o nível, tal como deve ser uma princesa).

Quando olhei para os outros reparei que prendiam o riso. Eu levantei a sobrancelha como que perguntado: o que foi?

– Cabeça de Gelo? Cabeça de Neve? E de onde é que vocês se conhecem? – o Kristoff foi o primeiro a responder à minha pergunta silenciosa.

– Como vocês sabem – o Hiccup começou a responder às perguntas já que nenhum de nós respondeu –eu sou príncipe da Noroega, o Jack da Finlândia e a Elsa da Suécia. Sabem como é, países vizinhos, grandes aliados… enfim, nós conhecemo-nos desde pequenos, eu sempre me dei bem com a Elsa e com o Jack, mas a Elsa e o Jack nunca se deram muito bem. Como crianças que eles eram – ele olhou de maneira reprovativa para nós os dois – eles arranjaram alcunhas… interessantes. Sabem… por causa do cabelo deles…

– Faz sentido. – concordou a Merida – Cabeça de Gelo… - ela repetiu pensativa- porquê que eu nunca me lembrei dessa?

– Porque tu és minha amiga? – perguntou o Jack.

– Jack, querido, tu és meu amigo e eu adoro-te, mas a Elsa também é minha amiga agora e para além de a adorar, agora eu também a admiro! – não me controlei e acabei por começar a rir.

Quando todos pararam de rir a Anna ainda estava rir, tipo… a rir muito. Ela estava agarrada à barriga por isso suponho que já tenha dores. Então ela começou a tentar falar:

– Hiccup… tu lembras-te… daquela vez… - ela começou a dizer entre gargalhadas – no Aniversário da Aliança … - quando percebi o que é que ela ia dizer atirei-me para cima dela de forma a ela se calar.

– Nada, não é nada! Hiccup, por favor, não fales. – eu pedi.

– Vá lá Elsa não foi assim tão mau! – ele argumentou.

– Não foi? – eu perguntei. Mas aparentemente o… Jack também perguntou ao mesmo tempo.

– Pessoal, eu estou a boiar nesta conversa. – disse o Hans e os outros concordaram.

– É que quando nós tínhamos dez anos eu e a Elsa fomos à Finlândia para celebrar o Aniversário da Aliança, a comemoração que nós temos para celebrar o facto dos nossos países serem aliados. Vocês já devem ter percebido como é que a Elsa é, correta, discreta e, acima de tudo, muito calma, mas a única pessoa que consegue irritar a Elsa até agora, que eu saiba, é o Jack. – o mesmo deu um sorriso orgulhoso… idiota – Agora imaginem a situação: duas princesas e dois príncipes a ouvir atentamente o discurso dos Reis, sendo que um desses príncipes a irritar constantemente uma das princesas, tudo isto tendo em conta que estávamos na inauguração de um jardim publico que tinha um lago. O que é que acham que aconteceu?

– Eu não acredito. – disse o Kristoff.

– Tu atiras-te o Jack para o lago? – perguntou a Astrid.

– No meio de uma comemoração? – perguntou a Tooth. Claro, agora ela preocupa-se com o comportamento de uma princesa.

– É oficial! Eu adoro esta miúda!! – exclamou a Merida enquanto me abraçava – A partir de agora és a minha heroína!

– Mais uma vez, obrigado Merida. E ela não me atirou ao lago. Ela apenas me empurrou e por acaso eu desequilibrei-me e por acaso caí no lago.

A viagem continuou bastante animada. E connosco a gozarmos bastante com o Jack (A minha parte preferida.)


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Notas finais do capítulo

[1] Bom dia senhoritas, o meu nome é Pitch Benvegnú, da Itália. É um prazer conhece-las.

Aqui está o uniforme da Royal Elite:
http://www.polyvore.com/royal_elite_uniform/set?id=182597926

Gostava de saber o que é que acham de eu pôr o site das roupas delas para vocês verem os conjuntos. Digam nos comentários POR FAVOR!
Comentem!! Até ao próximo capítulo!!



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