Enamorados escrita por Millsforever


Capítulo 46
O Estrago do Vinho - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Ei galera, houveram algumas complicações para desenvolver o cap. Peço desculpas pela enorme demora!!!!

Desculpe qualquer erro, espero que gostem e boa leitura a todos vocês!

OBS: Não esquece de comentar viu?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657492/chapter/46

Tentando fazer o máximo de silêncio possível, Rebecca passou atrás do balcão e alcançou um pequeno frigobar que Granny tinha na lanchonete. A morena o abriu e encontrou uma pequena bolsa de gelo, saiu do lugar e caminhou até seu carro, pegando uma garrafa de vinho que tinha trago consigo de Augusta. 

Alguns minutos depois ela retornou ao quarto e viu Elsa deitada sobre a cama, distraída com celular enquanto na TV passava uma propaganda aleatória. Rebecca sorriu pensando que poderia se acostumar com aquela imagem facilmente ao fim de cada dia.

— Nada de Frozen 2? - questionou fechado a porta.

— Nada. De onde tirou essa garrafa de vinho? - a loira perguntou vendo a mulher se aproximar com duas taças.

—Eu sempre trago comigo, o vinho e as taças. Nunca se sabe se você vai encontrar aquilo que gosta.

—Então você carrega o seu próprio kit vinho?

—Exato. - enchendo as taças 

—Você sabe que isso é proibido né?

—Ah é? 

—É, mas parece que você não liga muito. Faz sentido você não ter habilitação agora.

Rebecca sorriu. 

—Não dá pra se preocupar com tudo, não tem tanto espaço assim. Sabe beber vinho? 

—Mas não é só beber? - a loira falou sorrindo, se lembrando da manhã daquele dia, quando ensinou Rebecca a beber whisky.  A morena a acompanhou. - É, eu sei sim. Mas não sou muito fã. Vinho é uma bebida que me derruba muito fácil.

—É só não beber muito. 

—Você tá certa, é só uma questão de controle. E, bem, isso eu tenho. - levando a taça à boca. 

...

No dia seguinte, de manhã bem cedo, Raffi recebe Rebecca na mansão dos Rocco.

—Ei Raffi! Bom dia.

— Bom dia, menina Becca. Por aqui novamente? Depois do que aconteceu ontem eu achei que não fosse aparecer. 

Os dois entram em casa.

—Bem, eu também pensei. Mas preciso conversar com a Joyli. 

Rebecca entra no cômodo e se acomoda em uma das poltronas da sala. 

—Eu vou chamá-la. 

—Muito Obrigada, Raffi. 

—É sempre um prazer. 

O celular de Rebecca toca, e o nome Frozen aparece na tela. A morena sorri para o aparelho, mas não atende à ligação. 

—Ela vai ter que aprender a lidar com isso. - fala olhando para o dispositivo.

—Achei que já tivesse voltando para casa, sua traidora.  - Joyli 

— Bom dia pra você também, Joyli. 

—O que faz aqui, ein? Você quer levar mais o quê, além da minha filha? O Raffi? 

—Eu tenho certeza de que se eu o convidasse ele viria comigo. - ela fala sorrindo, mas desfaz o sorriso ao notar a irmã impassível. - Certo, eu vou direto ao ponto. 

—Por favor, quanto menos você ficar melhor. 

—Para com isso. 

—Como? Quando minha própria irmã entrou em minha casa, me atacou e me chamou de insuportável? 

—Joy… - com as mãos nas têmporas.

—Não venha com essa de Joy! Você levou a minha filha embora, Rebecca! A minha Elle, e ainda teve a pachorra de me ofender. (exaltada)

—Olha só, eu não levei a Elle embora. Ela não quis ficar e tudo que eu fiz foi conceder abrigo.

—Não deveria ter cedido então! Criou uma situação confortável para ela sair de casa. 

—Acha mesmo que no estado em que tudo aconteceu, no estado que sua filha estava, ela iria ficar aqui? 

—Eu acho que…

—Joyli, a Elle tá fugindo de você e do Stteve! 

—Não diga…

—Me deixa falar. 

A loira se cala. 

—Eu vim aqui justamente por isso. Para te abrir os olhos. Joy, eu não sei o que está acontecendo com você, realmente não sei. Porque pra mim não faz sentido você estar causando na sua filha o mesmo que a nossa mãe causou em você. Dor. Segundo, não pode projetar suas frustrações na sua filha! Eu sei que doeu, mas a Elle precisa viver as próprias experiências, sofrer, amar, viver. Não pode querer tirar isso dela. Eu sei que você não é assim, Joy. Não totalmente! Eu conheço você. 

—A sua Joy morreu. (com os braços cruzados)

—Eu duvido. Se a minha Joy tivesse morrido, você não teria se importado com o fato de eu ter te chamado de insuportável. O Henry é um bom garoto, Joyli, eu sei disso.

— Por que eu confiaria no seu julgamento? 

—Porque apesar das nossas diferenças, do nosso afastamento, você sabe que eu nunca, na minha vida, faria algo que pudesse magoar a minha sobrinha. 

—Você costumava ser meio dissimulada quando mais nova. 

Rebecca sorri.

—Eu amadureci.

—Estava na hora. E olha que eu sou a mais nova. Enfim, como você está?

—Que? (Surpresa) 

—Que o quê, Rebecca?

—Você está realmente perguntando como eu estou? Você definitivamente não morreu, Joy. 

—Por que está tão surpresa?

—A gente não se vê a anos, Joy. A única pessoa da sua família que eu vejo é a Elle.

—Vai me responder ou não?

—Eu estou bem sim, obrigada por perguntar depois de 2 anos.

—Quem deixou de falar comigo foi você.

—Por que será. Enfim, eu preciso ir andando. Eu só queria vir aqui pra conversarmos de irmã para  irmã e não de tia irada para mãe maluca. 

—Certo, eu não quero que você se atrase. 

—Era melhor ter falado pra eu sair. 

—Você só funciona por meio de ironia e sarcasmo. Ser direta não funciona. 

—Finalmente adquiriu um pouco de sabedoria. 

As duas já estavam do lado de fora da casa. 

—Pensa bem, tá? A Elle não odeia vocês nem nada do tipo, ela só quer ser livre. Nada demais. 

—Obrigada por ter vindo. E por não deixar ela ficar debaixo de uma ponte. 

—Não tem por onde. E Joy… Nós não somos as melhores irmãs, nunca fomos na verdade. Mas se você…

—Eu sei, Rebecca. O mesmo.

A morena concorda com a cabeça e vai se afastando, mas retorna até a irmã e a abraça, pegando Joyli de surpresa. 

—Fica bem, Joy. 

—Você também, Rebecca. 

—Qualquer coisa você sabe meu número.

As duas observam um carro chegando em frente a casa. 

— Bom dia, senhoritas. - Stteve diz se aproximando e beijando a esposa.

—Stteve! - apertando a mão do cunhado -  Eu já estou de saída, mas antes deixa eu te falar. Olha bem o que você está fazendo. A Elle é sua filha e não um ser humano insensível que você não conhece. Ela não está falando com você Stteve, nem olhando na sua cara. E ela era sua princesinha. Já se perguntou o quão babaca você está sendo por privar a sua filha do direito da escolha? 

Antes do homem abrir a boca, a morena fala novamente. 

—Eu tenho que ir. Beijos! 

Os dois observam Rebecca entrando no carro e dando partida. 

—Acho que precisamos conversar, Stteve.

—É, eu acho que sim. 

Na mansão Mills, o café da manhã corria tranquilo. 

—Então, eu já posso começar a organizar uma playlist? 

—Para que? - Killian 

—Pra sua festa de aniversário, oras. - Henry 

—Não vai ter festa, Henry. - Killian 

—Ei, ei ei. Espera aí! Vai ser o primeiro aniversário do meu sobrinho onde nós - apontando para a irmã - vamos estar presentes e não vai ter festa? - Zelena

—O Killian prefere algo menor, e o aniversário é dele então vamos respeitar. - Regina

—Ou seja, vamos basicamente comer alguma besteira e ver televisão? - Henry 

—A alegria de vocês me comove. - Killian comentou sorrindo. 

—Cara, por que está fazendo isso? - Henry  

—Gente não é o fim do mundo. Eu só não gosto de festas. - Killian 

—Isso é frustrante. - Elle 

—Eu concordo, perdi até a fome. - Zelena. 

—Então se você não se importa, tia, eu vou pegar o seu bacon e...

—Sai fora! - a ruiva falou suspendendo o prato.

Os presentes riram. 

—Mas Killian, nem uns balõezinhos? - Elle 

O rapaz colocou a mão no ombro da cunhada a consolando.

—Acha que consegue convencer a Elsa a ficar aqui até o fim de semana? - Regina perguntou olhando para Eduardo.

—Olha, eu posso tentar. Se fosse uma festa a chance seria bem alta. - Eduardo 

—Falando nela, alguém teve notícias da minha tia? - Henry 

—Já tentou falar com a tia da Elle? Certeza que aquela lá tem umas informações interessantes. - a ruiva disse com um sorriso presunçoso

—Zelena, por favor! - Eduardo falou cobrindo os ouvidos 

—Parece que seu sonho vai se tornar realidade, Edu. Rebecca vai entrar para a família de um jeito ou de outro. 

—A Elsa não faria isso comigo. - Eduardo

—Por que ela está muito preocupada. - Regina 

—Super. - Zelena 

As duas irmãs se divertiam.

—Por que não gosta dela? - Killian 

—Porque, e me perdoe desde já Elle, ela é uma insuportável, prepotente e tira o tempo dela pra me azucrinar. 

Killian olhou para a garota ao seu lado pedindo uma confirmação. 

—É, às vezes, quando ela quer… ela consegue ser tudo isso sim. - Elle 

—Mas ela me pareceu bem legal ontem, ainda mais depois do que fez pelos dois aqui. - Killian 

—Pois é pai, eu concordo com o Killian. Se ela e a tia Elsa realmente ficarem juntas, você deveria apoiar. 

—Isso é um complô? - Edu 

Os outros quatro se olharam sorrindo. 

—Olha, eu posso tentar, desde que ela não me tire a paciência. 

Eles escutam a campainha. 

—Eu abro.  - Killian.

 O jovem caminha até a porta.

— Rebecca, bom dia.  (dando passagem a mulher) 

— Bom dia Killian. O Eduardo e a Elle estão? 

—Sim, ali na cozinha. Vem cá. Já tomou café? 

— Já sim, mas agradeço. 

Os dois chegam à cozinha. 

—Bom dia a todos. - Rebecca 

*Bom dia, eles respondem em uníssono

—Ei tia, já está indo pra capital? - Elle 

—Sim, e suas coisas já estão prontas? - Rebecca

—Estão sim. O essencial pelo menos. - Elle 

—Okay, depois voltamos e pegamos o resto dessas coisas. Se bem que eu acho que não vai ser necessário. 

—Por que diz isso? 

—Acha mesmo que a sua mãe  sustenta a sua ausência por muito tempo? 

—Pra quem queria me mandar pro outro lado do país, eu acho que ela aguenta sim.

—Pois eu digo que não. Sua mãe não é de ferro, Elle. E mesmo que ela não te busque, ficar de birra com você eu sei que ela não vai. 

—Acha mesmo que ela aceita isso? 

—Eu tenho certeza, se com isso ela puder ter você de volta. 

A garota sorri pra tia, que beija os cabelos de Elle. 

—Insuportável? Prepotente? - Killian perguntou sorrindo. 

—Isso se chama disfarce. - Eduardo 

Rebecca ergueu a cabeça. 

—Você não perde tempo quando o assunto é me difamar, não é? 

Eduardo a  encarou em silêncio.

—Então, você vai continuar aí ou nós vamos ir para o trabalho? - Rebecca 

—É por isso que veio aqui? - Edu 

—Pra te ver é que não foi. - Rebecca 

—Tá notando agora, Killian? - Eduardo 

O rapaz sorriu. 

—Olha, a gente não tem a vida toda. - Rebecca 

—Você veio até aqui a pé? - Eduardo 

—Mas é claro que não!

—Então por que não vai dirigindo pro serviço? 

—Sabe, gênio (irônica), tem uma grande diferença entre dirigir sem habilitação por 500 metros e fazer o mesmo em mais de 50 km.

—Então eu acho que você não está na condição de exigir nada, Rocco. 

Ele disse com um sorriso presunçoso. 

—Os encontros de família vão ser um inferno. - Zelena falou enquanto  comia um biscoito.

—Falando nisso, onde está Elsa? - Edu 

—Em um quarto no Granny's. - Rebecca 

—E por que ela não está aqui com você? 

—Eu não sou dona da sua irmã não, meu filho. Pergunte para ela.

—Educada como uma porta. 

—É sempre um prazer. Já podemos ir? Na velocidade que você dirige vamos levar mais de uma hora para chegar em Augusta.

—Se está com pressa, pega o carro e dirige você. 

— Você é um babaca mesmo.

—Aprendi com a melhor. - ele disse se levantando da mesa.

— Ah, finalmente, daqui uns dias suas calças não vão caber mais em você. 

—Com essa sua arrogância inflamada eu posso dizer o mesmo. Daqui uns dias você não entra no vestido. 

—Pelo amor de Deus, os meus ouvidos não estão prontos para esse tipo de discussão infantil pela manhã. Fiquem quietos! - Regina

—Tô com a minha mãe. - Killian 

—Todos nós estamos. - Elle disse levando um pouco de suco a boca. 

—Olha Rebecca, se for mesmo entrar para a família não vai dar pra ser assim não. - Zelena 

—E quem disse que isso vai acontecer? - Rebecca 

—E a minha tia? - Henry 

—O que tem ela? - Rebecca 

Todos encararam a moça, até mesmo Eduardo.

—A minha vida pessoal não lhes diz respeito. - Rebecca 

—Ela vai entrar para a família. - Regina 

Eduardo rolou os olhos.

—Podemos ir, por favor? - Rebecca.

—Nossa! Um por favor foi tão educado vindo de você. - Eduardo 

—E vai ser o último que você vai ouvir se eu me atrasar para o serviço.

—Vai, vamos logo. Antes que você coloque um ovo.

A mulher se despede de todos e caminha até a porta.

—Você vem no fim de semana? - Henry 

—Mas é claro. Eu vou ter que me acostumar a não te ver todos os dias. - Elle

—Graças a Deus que videochamada existe. 

Os dois se beijam 

—Eu falo com você mais tarde, okay? - Elle 

—Okay. - Henry 

—Se comporte. - Regina - E para de implicar com ela. Especialmente com assuntos relacionados a sua irmã.

—Acha mesmo que ela pode estar sentindo alguma coisa em relação a Elsa? - olhando na direção em que Rebecca saiu.

—Eu não sei, mas como ela mesma disse, não nos diz respeito. Converse com  sua irmã quando ela aparecer, vai ser melhor.

—Eu vou tentar entrar em contato com ela, mas assim que ela chegar, me avisa por favor.

—Pode deixar.

—Vem cá. - ele fala puxando Regina pela cintura e a beijando.

—Como eu queria ser cego. - Kilian 

—Já estou com os olhos cobertos. - Henry 

Os dois se separam rindo.

—Tenha um bom dia. - Eduardo 

—Você também, meu amor. - Regina 

Os dois dão um selinho e Eduardo sai.

— E por favor, não se matem no meio do caminho. - Regina falou um pouco mais alto, para que todos pudessem ouvir.

—A gente vai fazer o possível. - Eduardo.

Os três entram no carro e dão partida no veículo. 

—Eu vou subir e me trocar. Tenho que chegar mais cedo na escola por causa da suspensão. - killian 

—Você foi suspenso? - Henry 

—Isso que dá fugir da faculdade.  - Regina fala semicerrando os olhos para o filho, enquanto ele coça o cabelo desconcertado.

—Como isso aconteceu? - Henry 

—É uma longa história, mas tudo isso ocorreu, porque alguém não quis contar tudo que estava havendo e…

Killian olha para sua e a observa com uma maçã na mão.

—Vai, filho, continua sua história. - ameaçando atirar a fruta 

—Enfim, eu sou um irresponsável. Vou me trocar, bye. 

—Convarde! - Zelena gritou para o sobrinho ouvir. 

Eles escutam os passos de Killian desaparecer. 

—Mas e aí? Acham mesmo que ele não sabe da festa? - Zelena 

—Depois da conversa de hoje, tenho certeza absoluta. - Regina 

—Já está tudo certo com os preparativos? - Henry 

—Sim, vai ser na casa da Zelena e todo mundo já foi convidado. - Regina 

—Se ele soubesse que já estamos armando isso há duas 2 semanas.  - Zelena 

Granny’s Dinner.

Robin e Ruby se embolavam na cama. O rapaz impedindo a moça de levantar. 

—Robin! - Ruby sorria manhosa para o namorado.

—Eu sou todo ouvidos, meu amor. - por cima das pernas da namorada pretendo os braços de Ruby no colchão.

—A gente tem que ir pra faculdade! 

—Mas ainda falta meia hora, Ruby.

—Só pra você, eu estou suspensa esqueceu? 

—Bem feito! Pra aprender a não pular portões e se arrastar por aí, ruiva. - ele disse beijando o nariz da namorada. 

—Eu sei que não sou ruiva mais, mas adoro ouvir você me chamar assim. 

—Ah é? 

Ela concordou com a cabeça, antes de Robin invadir seu espaço e beijá-la com força por longos minutos, deixando Ruby sem folêgo.

—Céus, eu poderia passar a minha vida inteira desse jeito com você, Ruby. - olhando a namorada.

—Eu também, com você, um pacotinho de brownie e um café expresso com sorvete.

O rapaz a encarou sorrindo.

—Desejos já pela manhã?

Ela balançou a cabeça concordando.

—Tá bom, só vou deixar você sair dessa cama, porque a nossa princesa está pedindo. Não é meu amor? - falando próximo do ventre de Ruby. - Papai vai alimentar você, princesa. Na verdade, você tem o papai mais babão de todos. Sua mãe vai ter que puxar muito a minha orelha para eu não ficar te mimando demais. (beija o ventre da namorada)

—Ainda bem que você sabe.

Robin se levanta e pega Ruby no colo.

—Você vai me deixar mal acostumada desse jeito.

—Eu posso te colocar no chão se preferir. 

—De jeito nenhum. - escondendo o rosto no pescoço de Robin. - Vai, vamos lá na lanchonete. Tô morrendo de fome.

—É pra já. 

Robin desce com Ruby no colo e quando o casal chega à lanchonete eles se surpreendem com a imagem. Granny, Leopold e Ingrid, que não percebem a presença dos jovens, tomando café.

Robin coloca a namorada no chão e os dois esfregam os olhos simultaneamente.

—Isso é real? - Ruby 

—Ah, que bom que levantaram. - Ingrid fala se aproximando dos dois. - Bom dia meu filho e bom dia Ruby. (dando um beijo em cada um) 

—Venham cá vocês, vamos comer todos juntos. - Leopold.

—Isso, não demorem. Eu fiz quase tudo que vocês dois gostam. - Granny 

Os dois se olham desconfiados, mas se sentam à mesa.

—Certo, o que está acontecendo? - Ruby 

—Por que vocês estão juntos e toda essa paz está rolando? - Robin 

—Alguém morreu? - Ruby 

—Não, pelo amor de Deus não! - Ingrid

—Bem, como vocês sabem nós não morremos de amores um pelos outros. Na verdade passa bem longe, tipo na estratosfera e além. - Granny 

—Granny, nós já entendemos. - Leopold

—Pois bem, se nós só vamos saber o sexo do bebê juntos, resolvemos selar uma paz. - Granny 

—Pelo menos por hoje, pra vocês darem a notícia. - Ingrid 

—Ah, então é isso! - Robin respira aliviado - Eu estava começando a me preocupar.

—Somos dois. Bem… - Ruby 

—Fala logo! - Ingrind

—Desembucha! - Granny 

—Eu tenho problema de coração. - Leopold

O casal se olha achando graça da situação.

—Vai Robin, conta. - Ruby 

—É uma menina. - Robin 

Os três explodem em alegria.

—Ah mais eu sabia! Minha intuição não falha. - Granny 

—Nós estávamos certas desde o início, Granny! - Ingrind

As duas se abraçam. Robin, Ruby e Leo olham a cena surpresos.

—Por essa eu não esperava. - Leo

As mulheres se dão conta e quebram o abraço.

—Parabéns pela sua neta, Ingrind. - indiferente.

—O mesmo pra você, Granny. - olhando na direção oposta

—E voltamos ao normal! - Ruby.

Na Faculdade.

Killian chega de carro com Regina. 

—Se comporte, e por favor. Sem mais problemas. 

—Eu vou me esforçar. 

A morena beija a testa do filho e sai, enquanto Killian fica esperando por Emma. Ariel se aproxima.

—Ei, bom dia! 

Os dois se abraçam

— Só me fala o que tem de bom? Cara, eu não merecia essa suspensão!

—Ei, não fica chateada. Pelo menos a gente vai fazer companhia um pro outro.

—Só assim, pra eu falar com você também. 

—É, eu sei. Eu tenho sido um péssimo amigo para você. 

—É, foi sim. Mal fala comigo.

—Eu achei que o Eric estivesse te mantendo ocupada. - apertando os olhos na direção da amiga.

—Não vem com essa de ciúme agora não. Você me abandonou Killian!

—Eu sei, e eu sinto muito. Nada justifica o que eu fiz. Me desculpa, Ariel. (Sincero)

—Ah, esquece tá tudo bem.

—Não está não! Eu tenho sido bem mala com um monte de gente ultimamente. Tem alguma coisa que eu possa fazer ? Sei lá, qualquer coisa.

—Na verdade…

—É só falar

—Eu tô querendo me transferir para outra faculdade, sabe.

—Mas, por quê? Aconteceu alguma coisa? Alguém fez algo contra você, Ariel? (Com a expressão fechada)

—Não, fica tranquilo. Tá tudo bem. É que eu vim para cá por motivos errados. Você sabe que eu gostava de você antes…

—É, que o meu chame te dominou. (Sorrindo)

—Modestia não é o seu forte (rindo). Mas sim, eu não consegui esquecer o que eu senti por você por um bom tempo, e aí eu parei aqui. 

—Eu sinto muito, eu não sabia que tinha vindo para cá por isso.

—Já está tudo esclarecido e não tem porquê ficar discutindo isso agora. A questão é que eu entendi que o que eu quero e não está aqui. Eu queria ir para o MIT, mas com essa suspensão no histórico escolar as chances caíram. Mas ainda assim eu quero tentar outras universidades, institutos, faculdades, o que for.

—Quer minha ajuda para encontrar? 

—Por favor! Uma que não se incomode tanto com uma suspensão. 

—Conta comigo, qualquer coisa pra ver minha amiga feliz. 

A loira sorri feliz e o abraça.

—Obrigada Killian, é muito importante pra mim.

—E agora é importante para mim também. Vai dar tudo certo. 

Eric chega.

—Bom dia. 

Os dois desfazem o abraço. 

—Bom dia, Eric. - Killian 

—Bom dia. - Ariel fala sem olhar para o rapaz.

O clima fica estranho 

—Okay, tá acontecendo alguma coisa? 

—Não. - Ariel

—É, absolutamente nada. - Eric 

—Certo, com certeza tem algo aqui. Eu achei que as coisas estavam bem entre vocês. - Killian 

—Mas não estão. - Eric 

—E adivinha o porquê. - Ariel diz irônica.

O rapaz a encara, mas antes da conversa continuar um carro se aproxima, revelando Emma, Ruby, Robin e David. 

—Valeu pela carona, tio David.- Ruby 

—Obrigada, David. - Robin 

—Não há de quê, crianças. - David 

Killian se aproxima.

—Oi David! - Killian 

—Olá Killian. Eu deveria perguntar o porquê de vocês estarem reunidos aqui tão cedo? Tô começando a pensar que não estão aqui por um trabalho escolar. - olhando para a filha

—Eu acho melhor não perguntar. - Ruby - Uma questão de preservação. 

—Emma? - David 

—Você vai se atrasar, pai. - Emma 

O homem estreita os olhos para os quatro adolescentes, mas desiste de mais perguntas. 

—Eu vou indo. Tenham um bom dia (ainda desconfiado) 

Ele sai com o carro. 

—Trabalho escolar? - Killian 

—Eu tinha que inventar alguma desculpa para vir mais cedo. - Emma 

Os dois se abraçam e se beijam.

—Saudades de você, loira. - segurando Emma pela cintura.

—Então somos dois. 

Eles se beijam novamente. 

Um pouco afastados, Eric olha para Ariel.

—O que foi agora? Vai ficar me encarando?

—Não seja por isso. 

Ele olha para o outro lado.

—Já desistiu de fugir? - Eric 

Ela ri com desdém 

—Seu amigo já sabe? - Eric 

—Já sabe sim, Eric! (Exaltada) 

Robin, Ruby, Emma e Killian olham para os dois 

—Ih, o teto está desabando ali. - Ruby 

—Já sabe, e quer saber o porquê de um dia eu ter pensado em desistir de algo por ele? Porque diferente de um idiota como você, ele me apoia. 

Ela falou e saiu pisando duro. O garoto abaixou a cabeça e suspirou.

—O que você fez, Eric? - Killian

—O que eu fiz? A pergunta deveria ser o que você fez! - apontando para o moreno.

—Como? - Killian 

—Primeiro a Emma, agora a Ariel, você tá sempre em tudo. 

—Eu não sei qual é o seu problema, mas não vai descontar na Ariel ou em mim. Eu mal te conheço. Tudo que sei de você é que beijou minha namorada, dormiu com a minha amiga e agora tá sendo um baita de um babaca. O que tem eu a ver com tudo isso?

—Beijei sua namorada por causa de um plano maluco para te fazer ciúmes do qual eu nem estava ciente, e tudo porque você ficou aos beijos com a sua amiga enquanto estava namorando.

—Eu não fiquei aos beijos com ninguém, e aquilo foi  uma armação, Emma?

A loira suspende os ombros.

—E sim, eu dormi com a Ariel e de longe foi uma das coisas mais incríveis que eu vivi, mas infelizmente ela vai embora porque ela ainda ama você. Então sim, tudo é sempre você, Killian!

—Olha aqui, se a Ariel tá decidida a sair a culpa não é minha.

—Ah não é?

—Não, não é, porque antes mesmo de você chegar aqui hoje ela me disse com todas as letras que ela não sentia nada por mim. Ariel vai embora, porque ela sabe que aquilo que ela quer para vida dela, como carreira, não está aqui. Agora se você foi um idiota com ela para ela não querer falar com você, não venha jogar a culpa em mim.

O rapaz diz e sai atrás da amiga.

—Essa manhã tá animada, né? - Ruby

— Nem me fale. - Robin

—Tá tudo bem, Eric? - Emma fala se aproximando do amigo.

—Acho que deu pra notar que não. 

—Com certeza. - Ruby - O que está acontecendo com você e a Ariel? 

—A gente pode tentar te ajudar, não somos os melhores cupidos, mas… - Robin

—Eu prefiro não comentar. Afinal, nunca houve nada entre mim e a Ariel a não ser confusão, em todos os sentidos. A gente vai entrar ou?

—Vamos sim. Ruby e Robin vão na frente, por favor, a gente logo alcança vocês.

—Claro, a gente se vê lá dentro. Não demorem, vamos Robin.

O casal dá as mãos e seguem para o edifício.

—E aí? 

—Você vai me fazer falar, não vai?

—Vou sim, como você fez comigo em relação ao killian. Por que tá agindo assim?

—Assim como?

—Ah Eric, você literalmente acabou de gritar com o meu namorado.

—Talvez eu só seja gentil com você.

—Eu duvido muito.

—Eu não, fui um completo babaca com a  Ariel, Emma.

—O que aconteceu? Na verdade, o que rola entre vocês? Tentam se matar e dormem juntos, eu não entendo.

O rapaz explica toda a história dos dois para a amiga, enquanto a loira o observa.

—Certo… Me desculpa, mas não dá para te defender.

—Até você?

—Eric é um direito dela! Vocês não tem nada um com o outro e, honestamente, ela foi até legal em esconder de você.

—Legal? Legal? Ela me fez de idiota!

—Nã exagera. Ela estava tentando te proteger.

—Me proteger de que? De ser um zé mané?

—Pelo que eu to vendo, acho que sim. Tá sendo um belo de um zé mané. É a vida dela, Eric. Você não tem nenhum direito sobre isso.

—Mas tenho o direito de sentir, de ficar magoado.

—E ninguém está te negando isso, só não acho justo você descontar nela. Eu sei que seja lá o que vocês tinham, era importante para você. Mas gritar com ela, falar que ela ainda gosta do Killian e por isso tá indo embora é só… Tão idiota.

—Vai me dizer que não iria surtar, ein? A garota que viu o namorado salvando a amiga e travou uma guerra corporal com ela na escola.

—Eu não posso dizer que não iria fazer igual você fez, mas a questão é que quem está no fogo cruzado não sou eu. 

—É, eu sei.

—Conversa com ela, Eric. Ficar com orgulho agora não vai te servir de nada.

—Acho que ela não quer conversar comigo.

—Eu também não iria querer, mas o ponto é mostrar que se importa. Qualquer coisa amarra ela numa cadeira.

—Eu com certeza vou fazer isso, Emma. - rindo.

—Acerta ela com a  bola de polo aquático. Sei que é um lance bem bizarro de vocês.

—Ela viria atrás de mim tentando me estapear, tenho certeza.

—Bem, pelo menos teria a chance de conversar com ela. A gente perde a noção quando estamos de cabeça quente, só que depois que tudo esfriou é uma escolha nossa acertar tudo ou deixar como está. Você é um cara legal, Eric.

—Novamente, acho que sou assim só com você.

—A Ariel não gostaria de você se não tivesse algo de bom aí dentro. - apontando para o coração do amigo.

—Essa é a questão, eu não sei se ela gosta.

—Não vai descobrir isso sendo um mané com ela.

Ele a olha.

—Obrigada.

—Não precisa agradecer. Vamos entrar?

—Claro.

Os dois caminham lado a lado em direção a porta de entrada.

Próximo a sala do diretor, Killian alcança Ariel.

—Ei Ariel, o que tá rolando…

—Olha, o seu amigo é um completo idiota! - Ariel fala andando de um lado para o outro no corredor.

—Certo, você quer conversar ou…

Ela o corta.

—Eu não quero conversar, Killian, eu quero socar a cara daquele imbecil. Como ele não percebe?

O rapaz a observa, esperando ela se acalmar.

—Ele acha que eu ainda gosto de você depois de tudo que rolou. Ninguém consegue ser tão estúpido.

—Ei, Ariel…

—Cala a boca Killian, eu não quero conversar!

—Okay, entendi. - levantando os braços.

—Eu só queria que ele notasse, Killian. Eu não posso estar pedindo demais. 

—Eu posso falar agora ou você tem alguma objeção?

Ela concorda com a cabeça e senta em um dos bancos do corredor.

—Ariel, o Eric gosta de você e ele sabe que é recíproco.

—Não parece.

—É que você não é muito de demonstrar. - ela o encara - Não me olha assim, você sabe que é verdade. Pelo que eu entendi você não foi nada gentil quando acordou ao lado dele lá em casa.

—Mas eu me desculpei. Nós conversamos depois disso e concordamos em ser amigos.

—No fundo, aparentemente, ninguém concordou em nada. Ele tá surtando, porque não quer que você vá embora.

—Se ele acha que vai resolver as coisas assim, ele está bem enganado.

—Ficarem se ignorando e brigando toda vez que estão pertos um do outro também não vai ajudar em nada. Eu só acho que no fundo nenhum de vocês está sabendo lidar com isso, muito menos o Eric. Você devia conversar com ele.

—Por que eu, se foi ele que começou essa palhaçada?

—Por que é tão orgulhosa? É só uma conversa, Ariel, não é nada demais. Vocês só estão se magoando e no fim, alguém tem que ser maduro nessa relação.

—Até onde eu sei ele é alguns meses mais velho que eu.

Killian ri.

—Eu só não quero que se arrependa depois.

—Me arrepender do quê? De ter me mantido fiel a mim mesma?

—Não, de ter sido dura demais com ele e consigo mesma.

Os dois se olham.

—Eu posso tentar falar com ele se preferir.

—Esquece isso, se alguém tem que resolver somos nós dois, Eric e eu. Mas obrigada por se prontificar.

—Não precisa agradecer. 

Os dois se mantêm em silêncio por um tempo até a loira se manifestar.

—E aí, já escolheu seu chapéu de aniversário?

Ele a encara e os dois compartilham um sorriso brincalhão.

—Como vai ser esse ano sem o seu pai?

—Eu não sei, vou ter que esperar para ver.

—Sua família toda está aí. Acho que você vai ficar bem.

—Eu também acho. Você vai me visitar, não vai?

—Só se eu puder levar o meu chapéu de tentáculos.

—Aquele troço horroroso.

—É tradição Killian! Não pode faltar.

—Ta bom né, não vai ser nada demais. Só uma reunião lá em casa. Acho que começa às seis.

—Você e essa sua história de não gostar de aniversário. - empurrando o amigo de leve.

—O que posso fazer, eu sou um pouco estranho. - devolvendo o empurrão.

—Ta sendo gentil dizendo que é só um pouco estranho. - empurrando ele novamente.

—E você tá sendo atrevida, me ofendendo desse jeito. - outro empurrão.

Os dois se encaram e ambos começam a se empurrar.

—Quem cair do banco perde.

—Deixa de ser infantil, Ariel.

—Infantil? Eu não to vendo você parar de me empurrar não.

—O que está rolando aqui, crianças? - Emma pergunta se aproximando com Eric.

*Para.

*Para você.

*Não, você primerio.

*Nunca!

*Para…

—Parem agora! - Emma 

Os dois se separam se encarando.

—O Gold já chegou? - Eric

Killian olha para Ariel e a cutuca de leve.

—Não vimos ninguém entrando, então ou ele já está aí ou não chegou. - Ariel 

— Estávamos esperando vocês. - Killian 

—E cadê Rubin? - Emma 

—Boa pergunta, não passaram aqui não. - Killian 

—Ah que ótimo. - Emma 

Eric e Ariel se olham, mas rapidamente desviam o olhar. Emma percebe e decide deixar os dois a sós.

—Killian, eu preciso falar com você.

—Claro, Emms. O que foi?

—Em particular.

—Tudo bem, já voltamos e por favor não se matem.

Os dois se afastam e Eric se senta ao lado de Ariel.

—Ariel, eu gostaria de…

—Se vai me atacar de novo eu to dispen...

Eric não deixa a garota terminar sua fala e a beija. Ariel o empurra imediatamente e antes que Eric pudesse falar algo a jovem o acerta. Killian e Emma se viram em direção aos dois ao ouvir o barulho.

—Você ficou maluco?

—Isso doeu, sabia? - alisando a bochecha

—No que você estava pensando? 

—Eu só queria consertar as coisas.

—Acha que me beijar vai resolver alguma coisa? Que tipo de pessoa você acha que eu sou, Eric?

—Ariel, não foi com essa intenção.

—Por favor, fica longe. - se afastando 

—Não, espera a gente precisa conversar.

—A gente precisava, acho que você já deixou bem claro o que pensa sobre mim.

A loira saiu andando pelo corredor.

—Cara, o Eric é um mala. - Killian 

—Não fala assim, ele não fez por mal, está confuso. - Emma

—É, com noção é que ele não tá.

—Por que não conversa com ele?

—Eu?

—É, você. É amigo da Ariel e sabe tudo o que tá rolando. Ele só quer ajeitar as coisas, você bem que podia dar uma mãozinha.

—Para o cara que beijou a minha namorada?

—Primeiro, quem errou fui eu. O Eric naquele dia só foi usado por mim e pela Ruby e isso é uma coisa da qual eu não me orgulho. E segundo, faz por mim, vai. Por favor! - fazendo biquinho.

—Você não passa de uma chantagista barata, Swan.

Ela sorri.

—Eu vou falar com ele, mas não prometo nada.

—Obrigada. - beijando o rapaz. A loira tenta se soltar, mas Killian a segura pela cintura com força. _ Isso está ficando indecente, Jones.

—Eu tô vendo como você está se incomodando.

—Bem, se ela não está, eu estou.

Os dois se separam de imediato.

—Diretor Gold.

—Diretor

—Olá, onde estão os outros?

—Ariel foi atrás da Ruby e do Robin, já devem estar chegando (mentindo). - Emma

—Ótimo, vocês que já estão aqui, por favor, para a minha sala.

Em Augusta

Depois de deixar Elle em casa, Rebecca e Eduardo seguem para a empresa. Os dois entram no edifício e caminham rumo à sala, encontrando com David no corredor.

—Olha só! Vocês agindo de forma civilizada e, mais importante, vindo para o trabalho juntos. - David 

— Bom dia, David. - Eduardo 

—David. - Rebecca 

— Bom dia! Parece que as coisas estão melhorando entre vocês. 

Os dois reviram os olhos ao mesmo tempo e a morena segue para a sala. 

—Parece que não. 

—Já que eu te encontrei por aqui, vou confirmar logo. Vocês vão mesmo na festa do Killian esse fim de semana, não é? Eu sei que a Emma está de castigo, e Regina e eu realmente não queremos atrapalhar, mas seria muito bom se vocês pudessem ir. 

—É claro que nós vamos, Edu. A Emma tem se comportado então resolvemos dar o benefício da dúvida. 

—Se comportado? (Lembrando da fuga e da suspensão dos jovens)

—Sim, por quê? Aconteceu alguma coisa?

—Não! Imagina, eu só queria ter a certeza. (Mentindo) Novamente, não queremos prejudicar vocês.

—Que isso. Mas então está tudo certo? 

—Sim, vai ser na casa da Zelena, lá pelas 18h horas. 

—Okay, vamos estar lá. E quanto a situação com o seu filho? Eu sinto muito não poder ter ajudado, só ficamos sabendo pelo noticiário, você já tinha saído da empresa, eu…

—Fica tranquilo David. Já está tudo certo. Henry e Elle estão juntos e agora é bola para frente. Mas eu aprecio sua preocupação. Obrigada! 

—De nada, para o que precisar é só chamar.

—O mesmo para você.

O celular de Eduardo toca.

—Eu preciso atender.

—Eu tenho que voltar ao trabalho também. Até mais!

—Até!

O rapaz atende o celular.

*Elsa? Ah minha irmã, finalmente. Eu estava preocupado. Como você está? Na verdade, onde você está?

* Bom dia e oi. Eu estou no Granny's. Literalmente acabei de acordar e as condições não são boas.

(Ela falou olhando para o próprio corpo semi nu)

*O que aconteceu, Elsa? A Rebecca passou lá em casa, mas não disse nada. 

*Ah, então pelo menos alguém viu ela essa manhã. (com a voz carregada de mágoa)

*Ei não fica assim, a Rebecca é uma malvada, mas ela gos…

*Olha, a gente pode conversar depois? Eu preciso voltar para casa da Regina, tomar um banho e sei lá… Comer alguma coisa.

*Claro, tudo bem. Eu só chego a tarde, mas o Henry já está em casa e Regina chega antes de mim 

*Certo. Eu vou desligar, okay? Até mais tarde.

*Até mais tarde, irmã.

Ele encerra a ligação e caminha até a sua sala.

—Nossa, finalmente resolveu dar o ar da graça? - Rebecca 

—O que aconteceu entre você e a minha irmã? - encarando a mulher 

—Já te falei que a minha vida pessoal não te interessa.

—Mas a da minha irmã sim. Você deixou ela lá? Saiu sem nem se despedir? 

—Eu não tô te entendo! Você, mais do que qualquer um, é contra o meu envolvimento com a Elsa e agora tá cheio de perguntinhas? 

—Sim, estou cheio de perguntinhas. Porque no fim, a minha opinião sobre quem a Elsa se relaciona não importa, mas se você pensa que vai fazer a minha irmã de otária você tá muito enganada.

— Ela já é bem adulta, você não acha? 

—Ela é sim, mas nunca se apaixonou por alguém. E quando isso acontece é justo por você. 

A loira se surpreende 

—Apaixonada? 

—É, por alguma razão que nem eu entendo ela caiu de amores por você. Tava desesperada fantasiando como iria fazer quando esquecesse a data do seu aniversário e todas essas coisas. 

Rebecca sorri imaginando a cena.

—Olha Rebecca, eu não sei o que você imaginava desse joguinho de provocação de vocês duas, mas se o seu plano é usar minha irmã e cair fora, eu acho melhor você desistir.

—Esse também era o plano dela, sabia?

—Sabia sim, e sabia que vocês estavam em comum acordo. Mas infelizmente, para mim, ela se apaixonou, então eu peço que pare com isso. Que pare de sei lá, fazer o que fizeram (fechando os olhos em negação) e abandonar ela no outro dia como se a minha irmã fosse uma qualquer. 

—Fazer o que fizeram? (confusa) Você já falou com a sua irmã hoje?

—Sim, e só por isso que estamos tendo essa conversa.

—O que ela te disse?

—Não muito, pediu para conversarmos em casa…

—Ela não falou nada sobre o que aconteceu?

—Nao, acho que não tinha muita certeza. Ela tinha apenas acabado de acordar 

—Okay, acho que entendi. - sorrindo ao imaginar o que tinha acontecido com Elsa

—Eu só não quero que ela se machuque.

—Devia ter colocado ela num domo de vidro então. - olha para Eduardo uma última vez e volta sua atenção para o computador a sua frente

Na mansão Mills 

Elsa entra pela porta da frente e encontra o sobrinho mexendo no notebook.

—Tia Elsa! Finalmente.

— Bom dia, Henry. - se sentando ao lado do garoto.

—Você vai me dizer onde estava ou eu vou ter que te pressionar?

—Eu gostaria de saber desde quando você virou meu tio e eu sua sobrinha! O que tá fazendo aí?

— Nada demais, ajeitando as coisas para a festa do Killian e agendando as próximas festas.

—Essa história com a Joyli não prejudicou os negócios não?

—Bem, não está como antes, não aqui na costa leste, pelo menos.

—Eu sinto muito.

—Tudo bem, universitários não ligam tanto para isso e como os pais não ficam na cola deles nas irmandades...

—Boa parte do seu público tá salvo.

—Exatamente. - ele olha para tia - Nossa, você tá um caco.

—Poxa, obrigada pela gentileza.

—Eu sei que não é da minha conta, Tia Elsa, mas o que rolou lá? 

A mulher o encara.

—Você sabe, com a Rebecca. Pelo seu histórico de casos, sei que não passa a noite com ninguém. O que aconteceu?

—Eu também gostaria de saber. (sussurrando)

—Como?

— Nada. Deixa eu te perguntar uma coisa… Por que você está com a Elle?

—Como assim, tia? - estranhando a pergunta - Você tem algo contra ela?

—Não, não é isso. É que… Olha só toda a bagunça que esse relacionamento gerou.

—Não foi nosso relacionamento. Não tem absolutamente nenhum problema com ele. Quem criou todo esse circo foi a Joyli, ela e o preconceito dela. Somente. - um pouco nervoso

—Ta, não precisa se exaltar não, ô estressadinho.

—Desculpa, é que a chance de mais alguém se revoltar contra isso já me deixa nervoso. Mas por que está me perguntando isso?

—Por nada, só curiosidade.

—Fala logo tia. É pela Rebecca não é?

A loira o olha em silêncio.

—Olha, eu sei que é diferente para você tudo isso que está sentindo.

—Eu não estou sentindo nada.

—Para de mentir, eu te conheço. Você está apaixonada por ela e tá apavorada. Acertei?

—Se contar isso para alguém eu te pego.

Henry gargalha.

—Todo mundo sabe disso, especialmente quem te conhece.

—Sério?

—Sim, tá na cara. Você não espera para ficar com alguém, tia Elsa.

—Eu achei que estava disfarçando bem.

—Não passou nem perto. 

—Ela saiu sem se despedir, Henry.

—Meu Deus, você tá sentimental. Eu juro que nunca te vi assim! - rindo.

—Okay, eu vou indo. - se levantando.

—Não tia, vem cá.

Ela se senta novamente.

—Não é pecado gostar de alguém, tá bom? Para tudo tem uma primeira vez. 

—Eu não sei o que eu faço, tô pedindo conselho para o meu sobrinho!

—É, eu sei. Mas já que está me pedindo um conselho eu não posso ajudar sem avaliar a situação.

—O que quer dizer?

—Eu tenho que saber o que rolou lá no Granny's.

—Bem, não tem muito para contar. Eu levei ela para lá, ela me chamou para subir e quando tentou abrir a porta e não conseguiu ela socou a madeira, machucou a mão eu meio que cuidei dela e a gente viu um filme.

—Que filme?

—É sério que isso é relevante?

—Desembucha.

—Frozen. - ele arregala os olhos - Se fizer algum comentário eu te acerto com o meu pé.

Ele faz um sinal como quem está com a boca fechada.

—Depois disso, a gente bebeu vinho e eu realmente achei que eu não iria ficar dopada, mas não foi o que aconteceu. Acordei hoje cedo, só de calcinha e sutiã, e não me lembro de nada que rolou ontem. Por favor, me dê sua opinião sobre o caso.

—Porra, ela te convenceu a ver Frozen? Nem eu consegui fazer isso!

—Primeira, olha essa boca. Seu pai detesta te ouvir falando essas coisas, especialmente quando aprende isso comigo

—Foi mal.

—Segundo, eu te conto todo o meu sofrimento e tudo que você presta atenção é em Frozen?

—Sofrimento? Como assim? Tia você acabou de passar a noite com a mulher dos seus sonhos…

—Ela não é a…

O garoto a encara com a sobrancelha erguida.

—Está aprendendo essa cara com a Regina, não é?

—Continuando, você acabou de passar a noite com a mulher dos seus sonhos, acordou de calcinha e sutiã, me diz. Como isso pode parecer um sofrimento? Com todo respeito, para mim parece que você se deu bem.

—De que adianta isso se eu não lembro de nada?

—Olhando por esse lado… Já ligou para ela?

—Ela me largou sozinha, Henry! Eu não vou ligar para ninguém, se ela quisesse conversar comigo ela teria ficado lá. 

—Deixa de ser orgulhosa! Ela tinha que trabalhar e você dorme feito uma pedra. Liga, tia.

—Não tô com cabeça para isso, Henry.

—Ta bem então. Como preferir. Você vai ficar para a festa?

—Depende, sabe que não sou chegada a reuniões e tudo mais.

—Mas vai ser o maior festão.

—Sério? O Killian não tinha pedido por algo mais entre a família?

—Bem, ele mudou de ideia, a Regina convenceu ele. (mentido)

—Jura? (estranhando)

—Tem minha palavra. Acho que ia ser legal você ficar, ia ajudar a amenizar a sua dor de amor.

Ela o olha de soslaio.

—E eu tô mentindo?

—Cala a boca! Eu vou subir e tomar um banho.

—Okay, vai lá. Que tal uma sessão de filmes depois?

—Por mim tudo bem.

—Beleza!

Elsa sobe as escadas e Henry liga para Elle.

—Henry? 

*Ei, amor. Tudo bem por aí?

*Tudo sim, e você, já deu tempo de sentir saudade?

*Você nem imagina. Já está instalada aí na casa da Rebecca?

*Estou terminando de ajeitar umas coisas. Amanhã vamos até a empresa e pelo que eu entendi, vou tentar conseguir um estágio por lá´.

*Caramba, isso é ótimo!

*Eu compartilho da sua empolgação.

* Ei, eu preciso da sua ajuda.

*Aconteceu alguma coisa?

*Não, mas precisa acontecer. É com as nossas tias. Topa me ajudar?

De volta a faculdade.

Ariel entra no banheiro e escuta umas golfadas, dando de cara com Ruby ajoelhada na beira da privada. A menina corre para ajudar 

—Ruby - segurando os cabelos da amiga - tá tudo bem por aqui?  

—Mal estar matinal. (Se apoiando na lateral do sanitário)

—Vem cá vai, vamos lavar esse rosto.

Ariel ajuda a ruiva a se levantar e a leva até a pia, abre a torneira e molha o rosto pálido de Ruby.

—Cadê o Robin? 

—Foi na cantina comprar uns biscoitos. 

—Está se sentindo um pouco melhor?

—Sim, muito obrigada Ariel.

—Disponha. Deixa eu te perguntar… isso acontece com muita frequência? 

—Sinceramente? Eu nunca sei. Tem semanas que sim e outras que não. A minha menininha não é muito organizada. (Alisando o ventre)

—Ei, eu posso tocar? 

—Vá em frente. 

A loira alisa a barriga da amiga e segundos depois a duas ouvem a voz de Robin 

—Ruby?

—Aqui no banheiro.

Ele entra no ambiente.

—Ei, você está bem? - Robin pergunta as mãos da namorada.

—Só um mal estar e… aí! - Ruby 

—Caramba, que chute foi esse. - Ariel perguntou retirando a mão da barriga de Ruby mais que depressa. 

—É a voz do Robin! (Fazendo careta) 

—A minha mocinha adora me ouvir. - Robin 

—Na verdade acho que é uma forma de protesto para a sua tagarelice diária, meu bem. 

—Ha ha ha. 

—Trouxe meus biscoitos? 

—Claro que sim. Com gotas de chocolate.

—Como eu amo você. - segurando o queixo do rapaz 

—O que um suborno não faz. - Ariel.

Ruby ri da cara do namorado para Ariel

—Eu acho que a gente tem que ir andando. Gold já deve ter chegado. - Ariel

—Vamos lá .

Os três seguem até a diretoria.

Na sala do diretor Gold

—Certo, até onde eu sei, Sr. Locksley, você não faz parte dessa reunião.

—É, eu também sei disso, diretor. Mas eu gostaria de acompanhar a minha namorada. Eu vou ficar quietinho aqui.

—Tudo bem. Agora que todos vocês estão aqui eu gostaria de explicar os procedimentos seguintes.

Os jovens se entreolham.

—Como vocês já sabem, a suspensão vai constar no histórico de vocês e além disso vão prestar serviços à faculdade.

—Calma, serviços? - Ariel - Tipo no plural?

—Haviam nos falado que iríamos ajudar na cantina. - Emma

—Sim, mas devido a toda a situação o Inspetor achou melhor vocês ajudarem em outras tarefas também.

—Ah mais é claro que foi ele. - Ruby falando com a boca cheia. 

—Ei, me dá um aí. - Killian 

—Pode pegar, mas só um. - Ruby  

—Ah, eu quero também. - Eric

A Killian pega um biscoito  e entrega outro para o rapaz.

—Talvez vocês queiram passar mais uma semana ajudando a faculdade. - Gold 

—Por favor, Diretor Gold, continue. - Emma  

—Obrigado. - Gold 

Ruby começa a mastigar o biscoito e o barulho crocante invade o ambiente. Gold a encara.

—Que foi? Eu estou grávida! Quer um?

—Okay! Para mim basta! - batendo as mãos na mesa.

Os jovens se assustam.

—Vão cumprir todas as suas tarefas, tudo que for quebrado será custeado por vocês, farão o serviço até o fim da semana e o inspetor vai supervisionar o serviço de vocês.

—Ah fala sério! - Eric 

—E além disso, aproveitando que o Robin também está aqui. Killian, Robin e Ruby, vocês realizarão a prova de matemática no sábado.

—O QUÊ? - um grito coletivo.

—Vocês estão afastados das atividades letivas e precisam fazer a prova para a conclusão do ano. A senhorita Mills se disponibilizou a aplicar a prova ao sábado 

—Ela se disponibilizou? Até parece que vai ser um sofrimento para ela. - Ruby 

—Já viu como ela aplica a prova normalmente? Com um sorriso nos lábios. - Robin

—Gente pega leve. - Killian 

—Ah vai me dizer que não queria ficar descansando no sábado ao invés de ter de vir para cá? - Robin

—Claro que sim, mas a culpa foi nossa né. Não precisa descontar na  minha mãe.

—Okay, foi mal. Desculpa. - Ruby 

—Desculpa, cara. - Robin 

—Mas eu ainda acho uma sacanagem! - Ruby 

—Que não tivesse ficado de recuperação. É isso, já podem ir. O inspetor aguarda no corredor. Tenham um bom dia.

—Ainda é cínico. - Emma fala sussurrando

—Olha só quem o castigo trouxe. - Inspetor.

Os jovens se olham nada contentes.

—Não acredito que vou ter que aturar esse mané. - Ruby

—Somos dois. - Eric

—Somos cinco. - Emma

—Senhor Locksley, acho que essa punição não cabe ao senhor, então eu peço que se retire. A não ser que queria se juntar a esse grupinho infeliz.

—Eu vou indo. 

Ele se aproxima para beijar a namorada.

—Por favor, se despeça e saia.

O jovem o encara.

—Eu sei que sou bonito, Sr. Lockesley.

—Lindo. - ele fala provocando risinhos nos amigos antes de abraçar Ruby.

A ruiva ri contra o pescoço de Robin. 

—Boa sorte, pessoal. Vocês vão precisar.

—Certo. Vamos começar o castigo então! - Inspetor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mwah!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enamorados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.