Itsumo escrita por Cactus Stories


Capítulo 6
Nichiyoubi.


Notas iniciais do capítulo

Domingo.



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Já era nichiyoubi, e eu precisava voltar para casa, ajudei Mizuki com as tarefas daquele dia, olhei pela janela para o lado de fora, já tinha parado de nevar, mas ainda estava muito frio, me peguei pensando que o Mizuki iria ver aquela árvore mesmo se a temperatura fosse de menos vinte graus, o que me preocupava um pouco, afinal, se ele desmaiasse na neve de novo, podia morrer.

Mas, bem, Mizuki sabe que não deveria ir para fora no frio, só não tenho certeza de que ele liga pra isso, de qualquer maneira, eu precisava ir para casa, cuidar das minhas coisas, e voltar para a escola. Terminei de preparar o almoço e chamei pelo Mizuki, mas acho que ele tinha pegado no sono de novo, fui até o quarto dele, mas não encontrei ninguém, achei isso estranho, então resolvi voltar para a cozinha, esperei um pouco e ouvi a porta do templo abrir.

– Tadaima! - ele exclamou, vindo para a cozinha.

– Okaeri. - respondi, quando ele se sentou do meu lado. - Onde você estava?

– Ah, eu fui fazer a minha inscrição na escola. - comentou, distraído. - Estou precisando fazer alguma coisa além de ficar no templo, além disso, estive observando o lugar por um tempo, parece ser legal, tem várias pessoas para conversar.

– Você vai para a minha escola? - perguntei, confusa.

– Você é dona da escola? - perguntou, mais confuso ainda.

– Não, é modo de falar. - ri, animada. - De qualquer jeito, acho que você não vai se enturmar tão cedo, as pessoas de lá não costumam gostar muito de pessoas diferentes...

– Como assim?

– Por exemplo, as pessoas de lá não gostam de mim por causa da cor do meu cabelo, e dos meus olhos, digamos que cabelo branco com preto e olhos roxos não fazem muito sucesso entre eles. - brinquei com uma mecha do meu cabelo, olhando para baixo. - Não falam muito comigo por lá.

– Não sei o motivo. - ele se aproximou, olhando nos meus olhos. - Eu acho que você é muito bonita. - colocou uma mão no meu rosto.

– Sério? - perguntei, incrédula.

– Claro que sim. - sorriu. - Essa mecha te dá um toque especial.

Corei com o comentário e resolvi ficar em silêncio, logo eu teria que ir para casa, mas não queria deixar o Mizuki sozinho ali. Fiquei um bom tempo pensando no que poderia fazer, eu não podia ficar no templo, tinha minhas responsabilidades, como o meu mangá, sobre uma garota chama Akame, ainda estava no capítulo dois, mas era interessante, quer dizer, eu esperava que fosse. Eu decidi que iria se chamar "Como Uma Montanha-Russa", por causa do primeiro capítulo.

Fomos comer, enquanto eu pensava numa ideia que eu tive, agradeci pela refeição e fui para o quarto de hóspedes, olhei tudo mais uma vez, era muito bonito, voltei para a sala, onde Mizuki estava, e me preparei para fazer uma proposta.

– Ei, Mizuki-kun. - chamei, ansiosa. - Se você fez a matrícula, acho que amanhã você tem que ir para a escola, não?

– Me disseram que sim. - respondeu. - Por quê?

– Eu queria saber, você me ajudou bastante esses dias, seria legal se você fosse lá em casa, e amanhã, depois da aula, você volta para o templo. - expliquei, feliz.

– Você está me convidando para ir na sua casa? - perguntou, animado.

– Hai.

– É claro que eu aceito! - ele se levantou animado. - Como é lá? É grande? Pequeno? Você tem uma fonte?

– Ei, calma, eu moro em um apartamento, nem tem como ter uma fonte ali! - eu ri da animação dele. - Mas, bem, você vai ver quando for para lá.

– E quando nós vamos? - perguntou.

– Arrume as suas coisas e nós vamos agora mesmo!

Ele foi para o quarto e voltou um tempo depois, com uma mala cheia de coisas, olhei para ele, meio espantada, ele achou que ia ficar quanto tempo na minha casa? Um mês?

– Você sabe que você só vai passar uma noite ou duas na minha casa, né?

– Sei. - sorriu. - Só trouxe algumas coisas para a gente fazer lá!

– Eu tenho jogos lá, - suspirei, rindo. - você só vai e cansar levando todo esse peso.

– Bem, onde é sua casa? - ele me questionou, animado.

Falei meu endereço para ele, achando que era só curiosidade, mas, segundos depois, uma parede de água nos envolveu e eu me vi em casa. Olhei para minha sala, estava uma zona total, papéis caídos, com rascunhos de desenhos, DVD's de Doramas e animes, revistas de passo à passo de como desenhar mangá e anime, mangás, caneta, lápis, pó de borracha em todo lugar.

– Meu Kami-sama, está pior do que eu pensava. - olhei em volta. - Desculpa a bagunço, eu costumo arrumar a casa nos fins de semana, mas esse não deu...

– Quer ajuda? - perguntou, rindo. - Você parece precisar.

– Não, obrigada. - sorri de volta. - Eu vou te mostrar onde é o quarto de hóspedes, pelo menos ele está arrumado.

Andamos pelo corredor, onde encontramos mais pilhas de coisas, como letras de música, partituras para flauta doce, sorri com a ideia de voltara tocar, fazia tempo que eu nem pegava numa flauta, imagina tocar como fazia antes.

– Você toca flauta? - sorriu. - Eu também!

– Sério?

– Sim, olhe só! - ele tirou de dentro da mala uma flauta, colocou na boca e fez uma posição com os dedos.

Achei que ele ia tocar, mas só saiu um sopro, ele continuou fazendo isso por alguns segundos, e eu tive que me segurar para não rir.

Aplaudi, tentando fazer parecer que ele tinha arrasado, e ele guardou a flauta de novo, entrei no quarto de hóspedes e comecei a rir sem que ele percebesse. O quarto, para meu alívio, estava arrumado, eu falei para o meu amigo deixar a mala dele em cima da cama, e, enquanto ele observava o lugar, voltei para arrumar a sala. Logo ele apareceu, atrás de mim, recolhendo as coisas.

– Eu disse que não precisava se preocupar. - falei. - Eu posso terminar aqui sozinha.

– VocÊ me ajudou com o templo. - rebateu.

– Porque você falou para eu ficar lá o fim de semana. - respondi.

– Porquê você salvou minha vida mais de três vezes nos últimos sete dias! - aquilo estava parecendo um pingue-pongue de palavras, o primeiro a parar perdia.

E, obviamente, quem perdeu fui eu...


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Notas finais do capítulo

https://fanfiction.com.br/historia/655750/ComoumaMontanha-Russa/



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