A Maior Força do Mundo - O Amor escrita por Karlos


Capítulo 7
Capoítulo VII - O Presente do Irmão Arcanjo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu estou na área! Com a imaginação fluindo a mil. Mais um capítulo da nossa fic... Aproveitem e abraços...



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Fazia algum tempo que Sam estava acordado, mirando o teto escuro do quarto de Dean. Para ter chegado ao bunker em segurança, ele tinha uma vaga idéia do que tinha acontecido. Os acontecimentos do dia anterior estavam frescos na memória do jovem Winchester. A armadilha de Belial, o sumiço de Castiel, o desespero de Dean, o aparecimento de Miguel... Tudo estava nitidamente gravado em sua mente. Só o que aconteceu depois de ter aceitado a mão de Miguel e ter visto suas asas, é que ele não sabia. É claro que já se tinha passado muito tempo desde que chegaram de volta ali, no lugar que eles chamavam de lar.
Mas ele precisava de respostas. Levantando-se, ele caminha em direção ao seu quarto. Indo até seu armário, ele pega uma toalha e se dirige até o banheiro para tomar uma ducha. Terminada sua ducha, ele veste algumas roupas leves e sai em busca do seu irmão.
Não demora muito, ele o encontra na cozinha junto a Miguel. Os dois estão sentados a mesa, com Dean cabisbaixo e com uma aparência de derrota estamapada não só em seu rosto, mas também em seu corpo. Isso deixa Sam muito preocupado. Dean era forte, mas a perda de Castiel o deixou extremamente quebrado por dentro. Mas ele não sabia o porque, a presença de Miguel ali parecia estar atenuando um pouco mais o desespero que Sam sentiu de Dean no armazém. E estranhamente, ele também se sentia bem na presença do arcanjo. Querendo chamar a atenção de ambos, Sam dá uma pequena pigarreada. Dean não esboça reação e quem se dirige a ele é Miguel.
– Oh, boa noite, Samuel. Dormiu bem?
– Sim... Achei que depois do que tinha acontecido, eu teria pesadelosao tentar dormir, mas apenas dormi. - o mais novo responde.
– Foi por minha causa. - Rebate o arcanjo. - Vocês dois estavam em um estado de agonia e desespero tão grandes que o corpo de vocês não aguentou o peso dos acontecimentos e os levou a perderem a consciência, que é um mecanismo de defesa de vocês para evitar danos graves. Eu estendi minha mão a você quando o Dean já estava em meu colo e você também desmaiou. Então eu os trouxe aqui e deixei o corpo de vocês se recompor naturalmente. Isso leva algumas horas de sono e para não interferir nesse processo natural, eu impedi seu subconsciente de processar os sonhos.
– Devo te agradecer, pois me sinto muito melhor desde que acordei. A propósito, quanto tempo ficamos "de molho"?
– Quase dois dias. Já se passaram quase vinte e nove horas desde o que vocês presenciaram. Desde que meu irmãozinho foi apagado...
Ao ouvir a simples menção a Castiel, Dean parece acordar de seus devaneios, e com a voz mais quebrada que Sam se lembra, ele encara Miguel.
– Miguel... O que aconteceu lá? Como ele conseguiu destruir o Castiel? E como você sabia onde nós estávamos? E o corpo do nosso avô? E... - Dean não conseguia continuar. Seu coração estava pesando feito concreto em seu peito.
– Calma Dean, responderei a todas as perguntas, sem nada esconder. - O arcanjo diz com toda a gentileza possível.
O que causa certa estranheza em Sam. Quando ele estava em Adam, Miguel parecia implacável, intimidador, um verdadeiro líder, mas agora, vendo o cuidado dele com eles, Sam não entende como isso é possível, um arcanjo ser gentil? È... a vida prega peças mesmo. Mas ele volta sua atenção a Miguel que começa a lhes dar respostas.
– Eu estava com Lúcifer na jaula, apenas pensando em tudo o que aconteceu, quando nós dois sentimos algo brutalmente errado. É claro que sabemos quando um irmão nosso morre e nossa graça fica abalada, é como se chorássemos por dentro. Mas a morte desse irmão, foi algo brutal, uma coisa que deixou-nos em desespero para ajudar, pois o modo da morte foi algo não natural de se acontecer, até mesmo para um demônio como Abbadon. Ele foi literalmente apagado, sem qualquer traço de sua existência no ar. Eu já estava a ponto de destruir a nível atômico aquela jaula, para tentar chegar a tempo. Quando todos nós sentimos o desespero e a agonia de Dean na forma de seu grito, que abalou até aquele lugar isolado. Quando estava ficando insuportável não fazer nada, meu irmão concentrou toda a sua graça e conseguiu abrir uma pequena passagem através da jaula e me jogou pra fora para ajudar.
– Adam não estava com você? - pergunta Sam.
– Sim... Mas eu não queria mais machucar a família de vocês e então o liberei sem dano algum a sua alma de volta a sua casa aqui na Terra, com anjos de confiança a fazer sua segurança.
– E o corpo de nosso avô? - foi a vez de Dean perguntar.
– Eu estava nesse impasse, pois não queria usar mais ninguém da sua família, quando Henry Winchester se aproximou de mim no céu e fez essa proposta de eu usar seu corpo. Nós não estamos co-habitando aqui, apenas eu, mas com a autorização e insistência por parte dele, eu o restaurei e o possuí. Ele apenas disse para cuidar de seus netos, já que ele não poderia mais fazer nada por vocês. E por ser um Winchester, ele aguenta a total extensão de meus poderes.
Sam e Dean engole em seco por saber que seu avô zelava por eles, ainda mais do pouco tempo que ele passou com eles antes de ser morto por Abbadon. Só de pensar nesse nome, ambos sentem uma raiva descontrolada crescer dentro de seus peitos. Como pode um ser tirar pouco e tanto ao mesmo tempo?
Essa súbita mudança de humor não passou despercebida a Miguel. Mas ele não podia impedir que tal sentimento aflorasse, pois ele sabe o que é perder alguém que se ama.
– Ei garotos! - diz, conseguindo a atenção de ambos. - Eu estou aqui e não vou deixar nada de mal acontecer a vocês dois, afinal eu sou o irmão mais velho de vocês.
Sam e Dean se sobressaltam. Como assim, irmão mais velho?
– Co.. como é... que.. é? - consegue gaguejar Dean.
– Dean... Meu Pai é pai de vocês também, somos todos sua criação. É óbvio que sendo assim, nós todos, anjos e humanos, somos irmãos.
– Pensando dessa maneira, é verdade. - constata Sam.
– E por isso... - Miguel parecia encabulado, o que relaxou os irmãos, fazendo-os abrir um ligeiro sorriso. Quer dizer que um poderoso arcanjo também sentia vergonha, quem diria!
– Depois que aceitei isso... - continua o arcanjo - eu senti um certo orgulho de ser irmão de vocês todos. Um sentimento tão grande se apossou de mim, que mesmo que vocês não sejam profetas, o guardião de vocês serei eu.
A surpresa na cara dos Winchesters foi hilária. O grande Miguel, que até o anjo caído tinha medo e respeito, se orgulhava deles? E com sinceridade em sua voz e com seu olhar?
Normalmente, eles recusariam mas a partir desse momento, eles sentiram uma espécie de elo se formar entre eles. Um elo que Sam e Dean conheciam bem, o elo de irmãos. E realmente Miguel era irmão deles por também ser filho de Deus. E orgulho de ambos foi crescendo até as alturas por saber que o irmão mais antigo do mundo, os escolhera como família. Miguel se permitiu sorrir, o que trouxe um pouco de paz ali na cozinha.
Como se fosse para fortalecer o elo recém-formado entre eles, Dean segura a mão de Miguel sobre a sua e coloca a de Sam junto, firmando ali um pacto silencioso entre irmãos de sempre se protegerem e se respeitarem. Estavam assim, unidos pelos laços fraternos, quando Miguel sente algo. E era algo fantástico! Seu Pai o ouviu! Soltando-se do aperto de mãos, ele se levanta e faz um convite a eles:
– Bom, tenho um presente a vocês.
– Presente? - indaga Dean.
– Sim, e é uma coisa muito boa, que eu espero que possa devolver um pouco a felicidade que foi arrancada de vocês. Me sigam por favor.
Os dois se entreolharam e seguiram Miguel até a sala principal do bunker. Estava escuro ainda, então com um estalo de dedos, Miguel inunda a sala de luz. A princípio a claridade os cegou. Mas quando conseguiram ver qual era o presente, Dean encara Miguel, não sabendo como transmitir toda a gratidão que ele estava sentindo. Sorrindo, Miguel não precisa saber as palavras de Dean ou de Sam, porque ele podia sentir através do elo deles, que Miguel não esperava que fosse ficar tão forte.
Com o peito digamos um pouco mais leve, os dois Winchesters apenas abraçam um ecabulado e corado Miguel, com uma frase em uníssono:
– Obrigado, irmão!


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Notas finais do capítulo

Então, fiz esse capítulo enfatizando o amor entre os irmãos, pois subitamente eu senti falta do meu irmão do meio que infelizmente faleceu há 25 anos atrás vítima de leucemia, cancer no sangue. Agora que sou adulto, tinha tantas coisas que eu queria ter falado para ele, mas não falei pois eu tinha 7 anos na época e ele faleceu com 9... mas nostalgias e saudades a parte, aproveitem. Estou quase terminando a fase "light" para entrar na fase "tretas e mais tretas", mas qual será o presente de Miguel para os meninos?
Abraços



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