A Bailarina escrita por Misu Inuki


Capítulo 1
Formalidades




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"Um, dois, três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
E se eu cair conto até dez"

Eram seis horas e quatorze minutos, observou olhando impaciente o relógio de pulso.
A música que vinha da pequena sala a sua frente indicava que a aula ainda estava longe de acabar. Cruzou os braços se perguntando porque raios estava ali plantado esperando a boa vontade da professora em liberar a turma, ao invés de abrir a porta e levar as gêmeas de uma vez.


Detestava esperar. Nunca tolerou um minuto que fosse de atraso dos seus funcionários, na empresa que herdara do pai. No entanto, lá estava o sério empresário Sesshoumaru, ainda de terno, esperando num corredor estreito a 19 minutos e 48 segundos pelas filhas dos outros. Nem mesmo eram suas parentes. Apesar de Aiko e Akemi lhe chamarem-contra sua vontade- de "tio Maru", a única ligação que tinham era que as duas eram afilhadas do seu meio-irmão mais novo. Convenientemente, é claro, quando os pais das crianças precisam de alguém para buscá-las na escolinha de balé, o inútil do padrinho estava do outro lado da cidade e só voltaria na manhã seguinte.
Pensou seriamente em dizer que não era problema dele, quando Inuyasha lhe ligou no meio de uma reunião. Mas sabia que seu meio irmão só havia lhe pedido esse favor porque não tinha mesmo outra opção. Sesshoumaru e Inuyasha tinham uma relação conturbada, evitavam se falar ao máximo. Preferiam até mesmo perder um dos braços a ter que pedir o que quer que fosse ao outro. E como desconfiava a situação era de fato emergencial.


Sango, a mãe das meninas, estava esperando mais uma criança. Só que desde o começo da gestação ela teve uma série de complicações, e naquele dia logo após deixar as crianças no curso de balé, ela passou muito mal e teve que ficar no hospital em observação. Miroku foi direto para lá e ligou tão nervoso para Inuyasha que nem ouviu quando ele respondeu que estava muito longe e não podia ir.


Sobrando para o "tio Maru" resolver tudo.


"Seis horas e quinze minutos."-confirmou olhando tanto para o relógio de pulso quanto no celular.


Se levantou subitamente, assustando os outros pais que também estavam esperando sentados nas cadeiras de plástico. Sua paciência tinha esgotado. Iria entrar naquela sala e vim de história. Mas quando estava com a mão na maçaneta da porta, ouviu a professora num gritinho surpreso.


–Meu Deus! Passamos muito da hora, crianças!- o som da música parou como se ela tivesse desligado.- Vamos arrumar nossas mochilinhas? Vem Lucy, eu te ajudo a tirar a sapatilha.


Sesshoumaru deu um passo para trás, encostando-se na parede ao lado da porta para sair do caminho. Poucos instantes depois, ela se abriu e em torno de dez de menininhas saíram da sala conversando e rindo alto. O homem rolou os olhos. "Como alguém podia perder a noção do tempo estando cercado de tantas crianças escandalosas?"-indagava. De fosse com ele, pensava, estaria contando os segundos para que elas fossem embora. Olhou para o grupo que saiu e não encontrou nenhuma das gêmeas entre elas.


–Então quando a gente dobra as perninhas assim, se chama demilié?- ele ouviu a voz de Akemi saindo da sala.

–Quase isso. -uma voz adulta, obviamente da professora corrigiu. -Se chama demi pliè.

–Por que no balé tudo tem um nome esquisito?- ele ouviu a sempre curiosa Aiko perguntar.

–Porque o balé surgiu lá na França,por isso,todos os passos tem nomes em francês. E como se o balé fosse um bebê que nasceu e cresceu na França então ele só fala francês...

O trio surgiu no corredor, cada uma das gêmeas segurando uma das mãos da professora.A primeira coisa que chamou atenção de Sesshoumaru foi o largo e autêntico sorriso no rosto da professora. Ela olhava para as meninas completamente imersa no assunto, que nem mesmo percebeu sua presença. Sua alegria era quase palpável, surpreendendo empresário, sempre frio e calculista, não conseguia entender como alguém podia ficar tão feliz com algo tão banal quanto estar cercada de meninas tagarelas. Aproveitando a distração da jovem instrutora, Sesshoumaru se permitiu observá-la mais atentamente. Ela era pequena, uma estrutura frágil e delgada, e olhando-a do alto de seus mais de um metro e noventa, a diferença ficava ainda mais ressaltada. Seu rosto combinava com o conjunto, traços quase infantis podiam ser notadas em suas bochechas ligeiramente coradas e seus grandes e brilhantes olhos castanhos.

– Tio Maru! - as gêmeas exclamaram de repente, surpreendendo os dois adultos.

A professora dirigiu o olhar para frente, encarando-o diretamente nos olhos, sem desviar em seguida como normalmente as pessoas faziam. Sesshoumaru sabia ser intimidante. De fato, essa era uma característica natural, e que lhe era bem útil no sempre competitivo mundo de negócios. No entanto, a jovem não parecia nenhum pouco afetada. Olhava-o sob seus espessos cílios, e com o mesmo sorriso estampado no rosto.

– Boa noite! -ela cumprimentou com sua voz suave- Desculpe, não tinha visto o senhor aqui.

As meninas soltaram a mão da professora para agarrar, uma em cada perna de Sesshoumaru, que permaneceu impassível. Talvez mentalmente aos céus paciência.

–Akemi e Aiko parecem gostar muito do senhor.- a jovem riu, os braços finos cruzados no peito. - Ficaram comemorando a aula inteira quando falei que viria buscá-las.

Sesshoumaru ergueu uma das sobrancelhas. Conhecia bem aquelas duas, e sabia que esse amor todo era porque elas sabiam que tinha sempre uma boneca ou outro brinquedo novo esperando por elas caso se comportassem. Sim, ele comprava a obediência das meninas. E não se sentia nem um pouco envergonhado por isso. Afinal, todos saiam ganhando. Ele teria paz e sossego, e elas mais uma Barbie pra coleção.

–Sabia que iria buscá-las?-perguntou curioso, pois não havia se comunicado com a escola.

A professora balançou a cabeça confirmando.

–O senhor Miroku me ligou avisando que viria.

"Mas o Miroku não tinha pedido ao Inuyasha?"-pensou por um instante, mas deixou pra lá pois não importava.

–De qualquer forma...-Ele se lembrou que ainda não tinha se apresentado- Sou Taisho, como bem sabe. No entanto, ainda não sei como chamar a senhora...

Ela piscou por alguns segundos, demorando para processar a pergunta tão simples porém indireta. De certo, cercada por crianças muito pequenas, na maior parte do tempo, estava desacostumada a tamanha formalidade.

–Senhorita, na verdade. -ela riu e completou- Higurashi.

Ela estendeu uma das suas mãos para cumprimentar Sesshoumaru, que correspondeu o breve aperto de mãos com a firmeza que lhe era habitual. E assim se despediram.
Quando estava saindo do estacionamento, viu a agora familiar silhueta da professorinha descendo a rua pelo lado oposto, pelo retrovisor do carro. Talvez, pensou com um meio sorriso nos lábios, bancar a babá não fosse tão ruim assim.


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Exatas onze horas e vinte e sete minutos, Inuyasha apareceu no apartamento de Sesshoumaru.
Ele tinha combinado de chegar às dez para pegar as meninas, mas pelo visto, pensou enquanto abria a porta, somente ele, Sesshoumaru, se importava com pontualidade.

Por sorte, Kaede, antiga cozinheira da família, tinha uma monumental paciência e disposição para sua idade, e também adorava crianças. Cuidou das duas como se fossem suas netas, e quando Inuyasha cruzou a sala encontrou o trio comendo maçãs picadas e contando histórias.

–Acho que ninguém sentiu minha falta... -Inuyasha comentou fingindo estar chateado.

–Tio Inuuuuuu! -as meninas gritaram e saíram tão afobadas da mesa, que derrubaram os potinhos de frutas da mesa.

–Já sabe que é você que vai limpar tudo, né Inuyasha?-Kaede alertou antes mesmo que Sesshoumaru se pronunciasse.

O rapaz já estava sentado no chão, rindo depois de ser "derrubado" pelas gêmeas.

–Eu sei, velha.

–Tenha mais respeito pela senhora Kaede.- o irmão mais velho repreendeu do outro lado do cômodo.

–Não tem problema, Sesshoumaru.-Kaede suspirou- Inuyasha é um caso perdido. Quantas vezes o finado Inu no Taisho, colocou ele de castigo quando era criança, por ter sido mal educado? Desisti desde a época que ele ainda usava fraldas.

Como resposta, Inuyasha fez uma careta pra ela, fazendo as meninas gargalharem.
Sesshoumaru resolveu aceitar o conselho da senhora Kaede. Pelo jeito, os dois eram os únicos adultos da casa. Se sentou em sua poltrona, e abriu o jornal, ignorando as três "crianças" no meio do corredor.

–E então, pestinhas? -As menininhas diferentemente dos outros pareciam não se incomodar com a falta de educação do padrinho- Como foi a aula de vocês, ontem?

Akemi e Aiko riram uma para outra, como se dividissem uma piada que só elas entendiam.

–O que foi?- Inuyasha perguntou confuso.

–Fala a verdade, tio Inu- Akemi falou primeiro, os bracinhos na cintura e um sorriso travesso no rosto- Não é da aula que você quer saber.

–Não?

–Você quer saber da professora Higurashi!- Aiko acusou e as duas começaram a rodar em volta do envergonhado Inuyasha com um coro de "tá namorando, tá namorando"

Sesshoumaru levantou o rosto do jornal ao ouvir o nome familiar. Higurashi. Era esse o sobrenome da adorável professora de balé das gêmeas. Resolveu prestar atenção na conversa, subitamente interessado.

–Do-do que vocês estão falando suas pestes?-Inuyasha falou irritado. Mas o rosto ligeiramente avermelhado denunciava a verdade.

–Não somos bobas, tio Inu.- Akemi falou

–Sabemos que você só gosta de levar a gente no balé pra ver a professora Higurashi. Admita! você gosta dela!

–Se não fossem filhas do Miroku, eu ficaria assustado com tanta imaginação.

Inuyasha se levantou ajeitando dobras da roupas tentando mostrar indiferença. Mas não conseguia. Ao extremo oposto do meio irmão mais velho, Inuyasha era transparente como água com as suas emoções. Era ridiculamente fácil ver o que se passava em sua cabeça, e lá estava, estampado em sua testa tão grande que até mesmo Sesshoumaru de longe conseguia ver. Era simples, as meninas estavam certas. Inuyasha gostava da professora Higurashi. O que ele não conseguia entender, e que ficou se questionando o resto do dia, era o por quê que este fato lhe parecia tão desagradável. Por que ele, Sesshoumaru, se incomodava tanto com seu meio irmão estar interessado na bela professorinha, de mãos delicadas e sorriso constante?

***********************************************************

Era segunda feira, quatro e quarentena e seis da tarde. Deveria estar na sala de reuniões neste momento, no entanto ao contrário de estar sentado em sua cadeira confortável e acolchoada de diretor executivo, se encontrava esperando no mesmo banquinho de plástico da sexta anterior. Aquilo não era do seu feitio. De certo, as apresentações de Jaken eram chatas e demasiadamente floreadas, mas isso não era motivo suficiente para fugir de lá antes do fim da reunião. Tinha que admitir. A história de Inuyasha e Higurashi lhe incomodou muito mais do que deveria, e durante todo o final de semana se viu pensando em uma forma de tirar tudo a limpo o quanto antes. Então estava ali, esperando a mais de cinquenta e três minutos, a professorinha aparecer no corredor.

Ela parecia distraída, andando ao mesmo tempo que procurava alguma coisa na bolsa larga que carregava. Não percebeu mais uma vez, a presença do alto rapaz no corredor, trombando com ele. A bolsa escapou do ombro e caiu, espalhando ruidosamente o conteúdo no chão. Sesshoumaru quase sorriu. Era a oportunidade que precisava para puxar assunto.

–Desculpa, eu sou tão desastrada e...- a jovem olhou para frente e abriu um belo sorriso- Senhor Taisho!

–Posso te ajudar, Senhorita Higurashi? -ele apontou para a bagunça no chão.

–ahn? Ah! Claro!-A garota pareceu só então perceber o que tinha acontecido- Obrigada!

Incrível a quantidade de coisa que uma mulher consegue levar numa única bolsa. Dezenas de pequenos acessórios e bugingangas, que a jovem jogava de qualquer jeito na bolsa sem nem olhar direito. Deve ser por isso que ela não estava encontrando o que queria, Sesshoumaru pensou, enquanto agachados, recolhiam os objetos perdidos.

–Achei!- Higurashi ergueu pra cima um pequeno molho de chaves prateado, como se fosse um troféu.

Eles levantaram, e a professora abriu a sala, convidando-o a entrar.

A sala era como ele esperava, espelhos e barras horizontais de ocupando duas das quatro paredes, piso de madeira e uma pequena mesa com vários papéis coloridos, alguns CDs e controles remotos. Ao lado desta, uma cadeira de plástico, provavelmente muito pequena para Sesshoumaru, mas foi esta que a professora lhe indicou pra se sentar.

– Fico feliz que tenha aparecido. - A professora riu, e para seu contentamento, era vísivel que ela não diza isso apenas por educação. Em poucos instantes, era facil perceber que ela transparecia seus sentimentos, assim como Inuyasha fazia. Perceber que eles dividiam essa característica em comum, deixou Sesshoumaru um pouco menos contente.

Ela se rolou um grande bola de ginástica verde para frente do rapaz, e a fez de cadeira.

Obviamente, não era muito instável, e parecia que ela iria cair pra trás a qualquer momento.
Mas Higurashi parecia não se preocupar, se equilibrando na ponta dos pés, e apoiando o corpo com as mãos nas laterais da bola.

–Na verdade, foi uma grande coincidência o senhor ter vindo, eu estava pensando no senhor... - Seu rosto ficou completamente vermelho e ela rapidamente se corrigiu- Quero dizer, não pensando no senhor, não que tenha alguma coisa errada em pensar no senhor, muito pelo ccontrário, eu que eu quero dizer é que estive pensando numa dúvida que queria tirar com o senhor. É isso!

A garota ficou tão exasperada falando tão rápido que foi difícil Sesshoumaru acompanhar.
Mas ele só acenou, como se pedisse para que ela continuasse.

–Eu queria saber, se por algum acaso o senhor teria algum parente com o mesmo sobrenome que já tenha vindo aqui buscar a Akemi e a Aiko?

–Sim, meu meio irmão Inuyasha. -ele respondeu confuso. -Acredito que ele já tenha vindo aqui algumas vezes.

– Um que vive usando um casaco de moletom vermelho?

Quando ele balançou a cabeça concordando, a garota respirou aliviada, deixando Sseshoumaru ainda mais confuso.
Mas antes que pudesse expressar sua pergunta, uma menina ruiva, com o cabelo preso em duas longas maria chiquinhas e usando um collant branco entrou na sala.

–Com licença. - Ela focou seus olhos verdes na jovem sentada- Sabe onde está a professora Higurashi? Não a encontrei na sala dela.

–Dá uma olhada na cafeteria no segundo andar. Ela deve estar por lá, a essa hora.

A garota murmurou um obrigada e tão rapido quanto entrou, sumiu da sala.

Sesshoumaru estava tão perdido que teve que verbalizar o que estava pensando.

–Mas a senhorita não é a professora Higurashi?

A garota olhou para o rapaz, levando alguns segundos para entender. Depois desatou a rir, riu tanto que desabou da bola em que estava sentada. Sesshoumaru se levantou e lhe estenteu a mão para ajudá-la a levantar.

–Desculpe. É que foi engraçado. -Ela ainda recuperava o fôlego - Resumindo, na verdade são duas professoras Higurashi.

–Duas?

– E dois senhores Taisho.- Ela continuou, voltando a rir.

–Desculpe, mas não estou acompanhando.

– Vamos do começo. Antes que o senhor pense que sou retardada. - ela mordeu os lábios para conter uma nova onda de risadas- Aqui, nessa escola, tem duas professoras com o mesmo sobrenome. Somos primas na verdade. Eu dou aulas para crianças e Kagome para adultos. Para evitar confusão, como essa de agora, ficou combinado que ela era a Higurashi e eu apenas Rin mesmo. Até porque nenhum dos meus alunos, me chamam pelo sobrenome. É muito formal, e eu gosto de estar próxima deles, sabe? Sou mais feliz com "tia Rin", do que com "professora Higurashi"

–Certo.- Sesshoumaru estava muito mais leve. Se haviam duas Higurashis, podia não ser esta que Inuyasha estava interresado. Precisava confirmar.

– E essa historia de confusão entre os Taisho?

– É que minha prima, me contou que um tal de Taisho, sempre aparecia na aula dela. No começo, ele tinha se confundido com o nome das professoras e estava procurando as gêmeas Houshi. Mas, ai, Kagome me disse, que ele continuou aparecendo por lá outras vezes. Sempre com alguma desculpa esfarrapada. Do tipo, "se ela tinha visto por ai a redinha de cabelo de Aiko", ou "se tinha encontrado uma lancheirinha perdida com o nome Akemi." Ela me perguntou esse final de semana, se eu o conhecia, pois queria conhece-lo. Mas como Inuyasha se apresentou para mim, na primeira vez só com o primeiro nome, não soube ligar a mesma pessoa. Então eu pensei...

–Que ela estava falando de mim.- Sesshoumaru completou.

Parecia tão claro, naquele momento. Mas ao invés de se sentir um idiota, Sesshoumaru só conseguia pensar que assim como ele, a professorinha também ficou incomodada com o fato da prima estar interessada no Taisho errado. E essa conclusão lhe agradou muitíssimo.

– Vamos começar do zero?- A garota lhe estendeu a mão.- Me chamo Rin Higurashi, mas pelo amor de Deus, é melhor me chamar só de Rin.

–Sesshoumaru Taisho.- eles apertaram as mãos, mas o rapaz continuou segurando a por um pouco mais de tempo- Prazer em conhece-la, Rin.

–O prazer é todo meu, senhor Sesshoumaru.

Uma batida na porta fez com que eles dessem automaticamente um passo pra trás.
Eram os alunos de Rin, a aula dela já estava cinco minutos atrasada.
Sesshoumaru ficou chocado ao ver que tinha ficado muito mais do que meia hora conversando com a professora. Tinha perdido a noção do tempo. Fato inédito para ele.

Quando já estava saindo pelo corredor ouviu a voz de Rin chamando-o novamente.

–Espera! - Ela perguntou segurando no batente na porta.- O que o senhor queria mesmo? Na confusão, acabei esquecendo de perguntar.

– Nada. Só queria saber se encontrou por ai perdido, uma das sapatilhas da Aiko.

Rin piscou algumas vezes, tentando lembrar, balançando a cabeça em negação.

–Mas...- ela completou- Apareça qualquer dia. Pode ser que eu encontre por aqui.

– Claro.

Sesshoumaru deu as costas para seguir o caminho de volta para casa.

É claro que voltaria, nem que tivesse que esconder de propósito uma das sapatinhas das gêmeas, e ter uma álibi, diferente das desculpas esfarrapadas do irmão.
Durante todo o trajeto, se lembrava do belo sorriso da professorinha, sua voz suave falando seu nome.

É, Sesshoumaru descobrira que sem dúvida, bancar a babá não era nem de longe tão ruim quanto pensava.


"Depois essa Lenga-Lenga
Toda recomeça
Puxa vida, hora essa
Vivo na ponta dos pés"


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Notas finais do capítulo

E aeeee, gostaram?
Quase infartei alguém com a história da Higurashi?
A intenção foi fazer uma pegadinha do malandro mesmo com vocês!
Vai ser uma fic curtinha. Quatro capítulos para ser exata.

Mas o que acharam deste?
A opinião de vocês é muito importante, e faz o dia da escritora feliz! *---*

Beijos e Borboletas azuis

Nos vemos no próximo cápitulo!



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