Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 10
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Muitíssimo obrigada a Alice Prince por comentar ♥ Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657032/chapter/10

Astrid Black estava parada em uma sala desconhecida de paredes negras, cheia de corredores com artefatos estranhos colocados sob prateleiras: esferas enevoadas. Ouvia vozes sussurrando dentro de algumas delas. Queria saber o que diziam. Sentiu um calafrio na espinha e um suspiro perto de seu pescoço. Virou-se, mas não havia ninguém.

Quando voltou para sua posição prendeu a respiração, abafando um grito: Astrid ficou estática diante de um rapaz alto, bonito, de cabelos muito negros e dois persuasivos olhos escuros. Ele aparentava ser normal, mas algo parecia extremamente errado para Trid. Apesar de admitir mentalmente se sentir atraída pelo rapaz, seus calafrios aumentavam a cada segundo.

Apesar do medo, Astrid não baixou os olhos. Continuou admirando o rapaz com um misto de desconforto e curiosidade.

— Astrid Black. Finalmente nos encontramos. Devo dizer... Você é uma jovem muito bonita.

— Eu... – Trid não conseguia formular uma frase coerente, tanta era a confusão.

— Você pode não saber, mas é valiosa para mim. – ele disse com uma voz melodiosa.

— Do que está falando? – a jovem franziu o cenho.

— Venha comigo, tenho que te mostrar uma coisa. – o rapaz estendeu a mão com dedos compridos para a garota.

Trid automaticamente caminhou até o moço e entrelaçou sua mão na dele, deixando-o guia-la para dentro de um dos corredores. No meio do caminho, a garota parou. Por que segurou a mão de um cara que ela mal conhecia? Que diabos estava acontecendo?

— Algum problema? – o garoto perguntou, demonstrando preocupação.

Astrid abriu a boca para dizer o que lhe afligia, hesitante. Mas, milissegundos antes de dizer algo, decidiu continuar para ver o que a aguardava.

— Não é nada. Continue.

O moço guiou-a até o fim do corredor. Parou e olhou ao redor, mirando cada esfera que estava ao alcance de seus olhos. Depois voltou seu olhar para Astrid, soltou sua mão e cruzou os braços, intrigado.

— O que foi? – Trid perguntou.

— Achei que se te trouxesse aqui... Ah, deixe pra lá. Fui tolo. Pensei que encontraria o que procuro.

— O que você procura? – perguntou a moça.

— Está vendo todas essas esferas? – o rapaz indagou e ela assentiu – São profecias feitas por videntes. Uma delas é minha e é muito importante para mim.

— E onde ela está?

— Ótima pergunta, Astrid Black. – ele abriu um sorriso. Tinha dentes brancos e alinhados, mas tudo nele parecia extremamente frio – Eu também não sei. E é por isso que você está aqui. Você precisa me ajudar. Pensei que com você aqui, alguma das esferas piscaria ou algo assim, não sei... Mas acho que preciso de você nesta sala em carne e osso, não em sonho.

— Por que eu?

O rapaz soltou uma risada aguda e fria, arregalando os olhos:

— Como assim? Você é a pessoa perfeita! – e então entendeu a confusão nos olhos de Astrid – Você não sabe do que estou falando, não é?

— Não faço ideia. – Astrid cruzou os braços.

Ele se aproximou dela com uma expressão compreensiva. Descruzou seus braços e segurou suas mãos, fazendo-a se arrepiar novamente.

— Tudo bem, eu sei como é. Algumas pessoas não sabem quão grandiosas são até que passem por uma situação que coloca sua vida à prova.

— Me desculpe. – Trid se sentiu estúpida – Eu ainda não entendo.

— Então ninguém nunca te contou? – o rapaz mostrou surpresa – Pobre garota... Astrid Black, você é a Potens Summi.

— Eu sou o que? – a garota arregalou os olhos.

— Você é a Potens Summi da sua geração! – o garoto olhou-a com admiração e sorriu novamente – Você é tão poderosa... Sinto sua magia emanar com força e olha que nem estou aqui pessoalmente.

— O que é Potens Summi? – perguntou Astrid.

— Acho que não sou eu quem deve te contar isso. Você deve descobrir sozinha. – o rapaz depositou um beijo em sua testa, soltou suas mãos e virou-se, indo embora.

— Ei, espera! – Astrid gritou e ele parou, se virando para ela – Aonde você vai?

— Fique tranquila. Quando você voltar, eu estarei aqui. Você terá conhecimento de algumas coisas e poderemos conversar claramente. Boa noite, Astrid Black.

O garoto se virou novamente e saiu. Em questão de segundos, todas as esferas começaram a se apagar, deixando Astrid sozinha no escuro. Ouviu uma voz familiar que gritava e chegava cada vez mais perto. Estendeu a mão para frente, tocando o nada.

Astrid acordou assustada, suando. Os olhos estavam marejados de lágrimas e seu coração estava acelerado.

— Foi só um sonho. Só isso. – acalmou a si mesma.

Ficou deitada por um tempo, mas o sono não voltaria tão cedo. Pensou no que havia acabado de sonhar: Na sala cheia de esferas e no rapaz extremamente bonito e assustador. Ele disse que estaria lá quando ela voltasse, quando ela soubesse o que era. Potens Summi. O que aquilo significava?

Franziu a testa, se sentando na cama.

— O que é que eu estou pensando? É só um sonho estúpido.

Contudo, prometeu a si mesma visitar a biblioteca naquela semana e procurar pelo termo dito pelo rapaz. Rapaz... Lembrou-se sarcasticamente que, apesar de ser um sonho, nem havia perguntando o nome do garoto.

Olhou para o relógio de parede: 4h30min. Calcou os chinelos, deixou o dormitório, desceu as escadas e foi até o salão comunal.

Jogou-se em um sofá qualquer, irritada. Seus pensamentos sempre a levavam de volta para o cenário do sonho bizarro.

—Não é hora de uma mocinha estar acordada. Sem sono? – Astrid virou a cabeça e viu Draco na ponta da escada, escorado na parede.

A loira fez uma careta.

— Nem um pingo. – ela disse com sinceridade. – E você?

— Também não. – ele se sentou ao lado de Astrid no sofá – O que achou de Hogwarts?

— Bom, me deixa ver... – a garota colocou a mão no queixo, pensativa – A comida daqui é muito boa!

Draco riu, mas logo voltou a sua expressão séria.

— Tem dias em que me dá vontade de sair dessa escola ridícula...

Astrid franziu a testa.

— Achei que gostasse daqui.

— Mais ou menos – ele disse, e logo completou com um sorrisinho – Mas esse ano será um tanto... Interessante.

Trid riu com sarcasmo:

— Achei que não fosse mais falar comigo.

Draco franziu a testa, confuso.

— Por quê? Pelo fato de você ser amiga do Potter?

A loira assentiu. Draco riu pelo nariz.

— Não é por causa dele que vou me afastar de você. E não vou impedir que você converse com ele. Eu não mando em você. – ele disse, e olhou para ela com uma expressão bem humorada – Você é bonita e é da Sonserina, tinha que ter um defeito mesmo.

Astrid, com um sorriso constrangido, deu um soco fraco no ombro de Draco e revirou os olhos. Levantou-se, abafando um bocejo com as mãos.

— Adorei o elogio, mas não pense que só porque funcionou com outras garotas vai funcionar comigo. – deu uma piscadela para ele, que riu - Bom, eu vou voltar para cama e tentar dormir. Boa noite.

— Boa noite. – ele disse, vendo-a subir.

Astrid entrou no quarto e riu baixo ao ouvir Lupe resmungar palavrões em espanhol sobre um tal de "rei do chocolate em cubos” enquanto dormia. Deitou-se na cama e se cobriu.

A conversa de Draco, apesar de curta, tinha feito a garota se esquecer do sonho estranho e dormir rapidamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Potens Summi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.