_ Sasuke. – ele está aqui, mas o que ele faz aqui, a essa hora?

_ O que faz aqui? – Sasuke está parado na minha porta, sem camisa com o semblante sério. Nossa seu peitoral é de dar inveja.

Fico sem saber o que fazer e sinto meu rosto corar. Meu coração está tão acelerado que estou com medo de ele conseguir ouvir as batidas. Faz uma semana que ele mora aqui e nunca trocamos uma palavra sequer, e agora ele está na minha porta, tarde da noite sem camisa.

_ Vim saber se está tudo bem?

_ Como assim? – pergunto e vejo que ele está segurando uma arma.

_ Que arma é essa?

_ Minha arma, eu ouvi barulhos vindo dessa direção. – diz me encarando.

_ Não ouvi barulho nenhum. E por que você teria uma arma? – estou ficando cada vez mais nervosa e confusa. Por que diabos ele teria uma arma.

_ Ora, porque sou um AMBU. – diz com seriedade.

_ Hum...

Nossa ele é um AMBU, a polícia de elite de Kanoha. Bom já era de se desconfiar ne, pois ele é alto, tem um corpo atlético, é um pouco misterioso e não é barulhento ou bagunceiro, mas sim discreto e bastante educado.

_ Tem certeza de que não ouviu nada?

_ Tenho sim, absoluta.

_ Então tenha uma boa noite e caso você ouvir ou ver algo suspeito, me avise. – ele está me olhando de um jeito estranho, seu olhar se tornou mais sombrio, mais carnal.

_ Aviso sim, e obrigada. Tenha uma ótima noite.

Ele me lança um olhar profundo e sai. Tranco a porta e vou direto pra cama dormir, pois não tenho dormido bem ultimamente.

_ Que dia, que dia.

Fico deitada fitando o teto, tentando acalmar as batidas do meu coração. Ele não gosta de você Sakura, ele só está fazendo o trabalho dele. Quem diria, um AMBU, nunca ia imaginar que ele fosse um AMBU. Ai Sasuke, você é uma caixinha de surpresas em.

SASUKE ON

Hoje mais cedo no departamento de perícia, Shikamaru foi até minha sala com um novo caso.

_ A polícia não deu conta? – digo com sarcasmo pegando os papeis.

_ É mais complicado que você pensa Sasuke. – Shikamaru senta a minha frente e vejo que ele está sério, muito sério.

_ Ok, vamos lá, diga.

_ Bom estamos lidando com um assassino em série.

Um assassino em série? Jura? Todo esse suspense por causa de um assassino em série.

_ Já enfrentamos casos mais complicados que isso. – sorrio.

_ Mas esse é diferente, Kakashi-san deu prioridade para esse caso.

Ok, então é sério. Pare de bancar o moleque e se concentre Sasuke.

_ O nosso assassino não mantem um padrão fácil de se analisar. Suas vítimas são mulheres de 18 a 21 anos. Todas de cabelos compridos, brancas. A cor varia de mogno a vermelho intenso.

_ Só mulheres. Porque são mais indefesas, pilantra.

_ E não é só isso. – Shikamaru me interrompe – Dê uma olhada nessas fotos.

Ele me entrega um envelope com fotos das vítimas encontradas nas cenas do crime. Elas estão amordaçadas, com os pulsos arramados com corda de fios naturais, usadas em jardinagem. Estão seminuas e a várias marcas pelo corpo.

_ Elas estão em casa?

_ Sim, isso mostra que o assassino as conhecia e sabia de sua rotina diária.

_ E ele não deixa rastro nenhum. – esse caso é mais complicado do que pensei.

_ Nenhum. – diz Shikamaru frustrado.

_ Ok, vamos analisar mais detalhadamente e pedir para reforçar o policiamento. Quero todos nesse caso Shikamaru. Você, Naruto, Neji, Lee. Quero todos envolvidos nesse caso. Vamos resolve-lo o mais rápido possível.

_ Sim senhor.

E assim, ele sai da sala. Começo a andar analisando os relatórios e as fotos. Você gosta de mulheres novas de cabelo longo. Merda, e eu que pensei que iria ter um dia tranquilo aqui hoje.

Depois de passar o dia todo no departamento pego minhas coisas e vou pra casa. Dirigindo ao som de Eminem, volto para casa pensando no novo caso que tenho que resolver. Um novo assassino, e o pior que eles decidiram manter em sigilo, pois não queriam que a população ficasse alarmada.

_ Resolva isso logo Sasuke.

Em menos de 30 minutos chego em casa. Estaciono meu carro na garagem e quando estou indo em direção as escadas, sinto algo estranho, uma presença, como se estivesse sendo vigiado.

_ Será que o assassino está aqui? A sua próxima vítima mora nesse prédio.

Pego meu revolver calibre 38 e o destravo com muito cuidado para não fazer barulho. Olho em volta procurando o assassino mas não encontro nada. Do mesmo modo que a sensação veio, ela se foi.

_ Talvez esteja imaginando coisas, tenho que trabalhar menos.

Subo as escadas e entro no meu apartamento, coloco a mochila na bancada da cozinha e me dirijo ao bar, preciso beber um pouco. Coloco uma dose de uísque no copo e ligo o som, The Weeked preenche o silêncio do meu apartamento. Entro no quarto meu tiro minha camisa e ligo o sistema de vigilância que montei numa das paredes. A quatro monitores de 40 polegadas, uma mesa com um notebook, e alguns papeis de casos antigos.

Ligo os monitores e fico de olho na rua, no corredor que dá acesso ao meu apartamento, garagem, portaria. Nada o dia todo, coloco a hora que cheguei em casa, por volta das 8:20 e checo a câmera da garagem, analiso cuidadosamente as imagens, e após alguns minutos, percebo um homem saindo enquanto o portão da garagem ainda está fechando.

_ É ele. – sorriu triunfante.

_ Agora, o que você quer neste prédio?

Isso me deixa intrigado, pois neste prédio não a nenhuma ruiva, ainda mais de cabelos compridos. Há?

_ Pensa Sasuke, você está no prédio a uma semana, sabe tudo sobre seus vizinhos.

Pego o notebook e começo a olhar os moradores do prédio de novo. Merda, a uma ruiva sim. Bem ela não é tecnicamente ruiva, ela tem os cabelos rosados, o que é incomum. Nunca, nunca em toda a minha vida tinha conhecido alguém de cabelos rosados.

_ É ela, só pode ser ela. – digo analisando sua foto. _ Até que você é bonitinha Haruno Sakura, bem bonitinha.

Estou tão concentrado na foto da Sakura que quase não percebo um movimento do lado de fora, de uma das arvores que cerca o prédio.

_ Merda. – saio correndo e pego uma arma. Veio do apartamento ao lado.

Corro pra fora e toco a campainha do apartamento vizinho.

_ Droga, abre logo essa porta. – a adrenalina invade meu corpo.

_ Vamos abre essa porta.

Se não abrir a porta eu terei que arrombar.

_ Já chega. – digo exasperado.

Pego a arma e miro na fechadura, quando estou prestes a atirar a porta se abre e grandes olhos esverdeados me olham assustados, do outro lado.

_ Sasuke? – uma voz doce e angelical diz meu nome.

Fico sem reação, ela é mais linda que na foto. Sua pele tão branca realça seus olhos, deixando-os ainda mais verdes. Ela está vestida de baby doll o que permite que eu veja seu corpo. Suas pernas são muito bem delineadas, com coxas de dar inveja a muitas mulheres com quem já fiquei. Seus seios são pequenos, proporcionais as medidas de seu corpo, cintura fina. Ela é maravilhosa.

_ O que faz aqui? – ela diz, quebrando o silencio.

_ Vim saber se está tudo bem?

_ Como assim? – diz franzindo o cenho.

_ Que arma é essa?

_ Minha arma, eu ouvi barulhos vindo dessa direção. – disse sem desviar o olhar.

_ Não ouvi barulho nenhum. E por que você teria uma arma?

Curiosa, ela é bastante curiosa.

_ Ora, porque sou um AMBU. – falei com seriedade e com um pouco de sarcasmo, mas felizmente ela não percebeu.

_ Hum...

Nossa ela é muito bonita. O assassino quer ela, tem que ser ela.

_ Tem certeza de que não ouviu nada? – insisto.

_ Tenho sim, absoluta.

_ Então tenha uma boa noite e caso você ouvir ou ver algo suspeito, me avise. – ela me olha assustada, com certeza não esperava que eu viesse.

_ Aviso sim, e obrigada. Tenha uma ótima noite.

Ela se despedi com um sorriso tímido e fecha a porta. Achei a próxima vítima. Entro no meu quarto e olho fixamente para os monitores procurando algum sinal do suspeito. Nada.

_ Merda, perdi você seu desgraçado.

Bebo mais uma dose de uísque e volto para os monitores, a fim de ver se ele vai voltar. E nada. Nem um sinal. Olho para o relógio e os ponteiros estão marcados 00:40. Decido tomar um banho, um banho bem demorado. Visto uma camisa e uma boxe, desabo na cama. Estou morto de cansado, pois tive um dia cheio, e ainda por cima, conheci minha bela vizinha do 10C.