Anjo da Salvação escrita por Ayka Uchiha


Capítulo 19
Capitulo 19 - Ligações Perigosas


Notas iniciais do capítulo

Oii amados. Olha quem voltou..
MIL PERDÕES pelo sumiço. É que aconteceram tantas coisas comigo que eu fiquei meio sem chão nesses últimos meses.
Eu sei que isso não justifica, mas mesmo assim. Não quero que pensem que eu abandonei a fic, pois isso nunca vai acontecer.
Enfim, vamos ao que interessa e nos vemos nas notas finais.
Boa leitura...



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Sasuke

Depois daquele discursão horrível, Sakura e eu não conversamos mais. Para ser sincero, nós evitamos nos encontrar. Quando ela está na cozinha eu me tranco no escritório, a sala de comando, e fico lá praticamente o dia todo.

Eu não consigo olhar para ela depois do que aconteceu, meu coração se enche de vergonha e repulsa. Nunca poderia ter falado com ela daquela maneira, não depois do que aconteceu a ela, depois que os acontecimentos nos tornaram tão próximos que pensei, por um breve instante, que tivéssemos criado um vínculo. Não. É bem mais forte que isso. Um laço.

Mas, de toda maneira, se tivéssemos mesmo criado um laço eu não teria agido daquela maneira com ela. Não teria sido um babaca. Isso, eu sou um babaca. Me sinto sufocado pois.

O dia está quente como o inferno.

Não aguento mais ficar dentro desse escritório, me sinto preso.

Não sei como reagir em relação a Sakura e aos meus sentimentos.

Chega de pensar nisso pois vou enlouquecer.

Deixo o escritório e caminho em direção a cozinha. Estou com sede. No meio do caminho, quando viro para entrar no cômodo e deixar o corredor, um par de esmeraldas e uma cabeleira rosa incomum prende minha visão. Fico paralisado. Droga. Não esperava encontra- lá, pelo menos não agora. Que droga.

Erguendo o olhar e deixando de comer seu bolo de chocolate ela me olha. Ela não sorri. Sua expressão é a de um fantasma pálido atormentado olhando para mim. A única coisa que da cor ao seu rosto é a vermelhidão ao redor dos olhos. Isso faz com que minha vergonha aumente ainda mais.

Ela faz menção de se levantar. Caminho até ela.

— Não precisa se incomodar com minha presença. – digo tentando soar o mais natural possível – serei breve.

— Tudo bem, eu já terminei mesmo. – Sua voz sai destituída de qualquer emoção.

Ela se levanta e pega o prato com o bolo e o coloca na pia. De costas para mim, ela parece tomar folego. Eu a olho imóvel, sem saber o que fazer. Sakura voltou a usar suas roupas. A saia azul com o rasgado na perna e a camiseta surrada.

— Por que não usa mais minhas roupas? - Pergunto já sabendo a resposta.

— Não a motivos para usa-las mais. Não depois do que aconteceu. Não quero que o fardo fique mais pesado por estar usando suas roupas. – diz ríspida.

Fico sem reação, sem chão.

— Sakura eu..

Ela deixa de lavar a louça e se vira para mim, com o olhar ferido e furioso.

— Não a pôr que tocarmos nesse assunto – diz enxugando as mãos no pano sobre a pia – você já esclareceu tudo.

E assim, ela sai da cozinha me deixando pior do que já estava.

Passaram- se semanas desde o encontro na cozinha, não nos vimos mais. Ela estava me evitando a todo custo e o pior, eu não posso culpa-la por isso e, eu não estou fazendo nada para me redimir. Eu sei que eu fui um idiota e só o fato de todas as vezes que fecho os olhos, a imagem daquele dia toma conta da minha mente. Esse é o meu castigo. Ser perseguido por minhas ações.

Passo as mãos pelo cabelo e fito o teto. Estou no quarto, deitado apenas com uma calça moletom. Olho para o outro lado da cama e vejo que está perfeitamente arrumada. _ ela já levantou. Por instinto, rolo e deito do lado dela da cama e abraço seu travesseiro. Seu perfume suave de flor de cerejeira é sutil, faz com que eu me sinta em casa, em meu lar. Fecho os olhos e deixo que o perfume embale meus pensamentos. Não vou mentir, é um dos melhores aromas do mudo. Aumento o aperto no travesseiro criando coragem para sair da cama. Tenho que encarar a fera.

Tomo um banho rápido e visto roupas leves. A casa está silenciosa como sempre. Passo pelo corredor e chego até a sala que está completamente vazia. Olho ao redor, nenhum sinal dela. Ao fundo, ouço o barulho de algo caindo e corro até lá.

Na biblioteca, encontro Sakura caída no chão em meio a uma poça d’agua.

— O que houve? – digo correndo até ela, tirando-a do chão.

— Nada demais, apenas escorreguei enquanto estava limpando aqui. – diz envergonhada.

Ao nosso redor, a baldes com uma agua bastante cheirosa, rodos, vassouras. Todos aqueles aparatos que se usa para limpar uma casa.

— Por que está fazendo isso?

Ela inclinou a cabeça para o lado e ergueu uma sobrancelha rosada perfeitamente delineada para mim. Me olhou como se eu fosse um idiota.

— Porque estamos aqui já faz um tempo e não vi ninguém vir aqui para dar uma faxina na casa. Então decidi limpar eu mesma. – diz o obvio para mim.

Para ser sincero, eu já sabia o por que dela estar limpando, mas eu quis perguntar mesmo assim. Não sei o que me deu, mas eu só queria que ela continuasse falando. Falando comigo.

— Certo. – pego uma das vassouras e começo a varrer o chão. Sinto o olhar dela em mim, e isso me deixa um pouco desconfortável.

— O que você está fazendo? – foi a vez dela de perguntar.

— Não é obvio? Ajudando você.

— Obrigada mas não precisa.

— Precisa sim, pois eu também moro nessa casa. – digo tentando convencê-la.

— Não por vontade própria. – diz quase num sussurro.

Largo a vassoura no chão e olho serio para ela. Tudo bem. Temos que colocar um ponto final nisso.

— Olha Sakura, aquilo... aquilo que eu disse foi sem querer.

Ela ri com escarnio.

— Nada do que fazemos é sem querer Sasuke, deveria saber disso. – Fala ríspida.

Me aproximo devagar. Ela está tão sensacional hoje que me seguro para não ficar olhando suas pernas expostas, seu rosto com alguns fios de cabelo rebeldes escapando do coque frouxo. Ela me desarma sem fazer nada.

— Sim, eu deveria. E sinto muito por aquilo ter acontecido. – Sinto por que é a verdade. Como ela não consegue ver.

— Por que tocar nesse assunto agora, sendo que você teve semanas para fazer e não o fez?

Pisco. Uma, duas, três vezes. Droga. Fico sem palavras. Eu Uchiha Sasuke fico sem palavras diante de uma moça de cabelos rosados. Eu, que sempre virei até o mais improvável a meu favor. Estou sem palavras. O choque faz com que eu saia do lugar e de voltas ao redor da biblioteca. O que eu faço? Passo as mãos pelo cabelo e olho para irritado.

Porra. Fiquei irritado e olha que eu só queria me desculpar. Respirando fundo, encaro o ser que me fuzila com os olhos.

— Eu não o fiz porque você não me deu espaço para conversar com você. – grito e minha voz sai muito alta.

Da irá seu rosto dá lugar a espanto. Ela se afasta de mim, mas sou mais rápido e a encurralo contra a parede.

Seus grandes orbes verdes me olham com medo e um pouco de vergonha. Meu corpo está a milímetros do seu. Coloco meu braço na parede e abaixo a cabeça, fazendo que alguns fios do meu cabelo encostem em seu ombro nu.

Sua respiração sai entrecortada. Seu peito sobe e desce forte sob a regata que um dia teve seu momento de gloria. Ergo a cabeça e a encaro.

— Não fiz porque você não deixou que eu me aproximasse. – Digo sussurrando.

Seus olhos ficam ainda maiores e uma lagrima solitária rola pela face corada, pela cicatriz que agora é uma ínfima linha branca.

Ergo o polegar e limpo a lagrima. Ela faz menção de dizer alguma coisa, mas coloco um dedo em sua boca, impedindo que ela fale. Me sinto vulnerável, muito vulnerável e isso me assusta. Estar tão perto dela, tocando ela me deixa em uma situação que jamais pensei que passaria outra vez na vida. Só que dessa vez, é um pouco diferente. Um diferente bom, eu acho.

— Me perdoe por aquele dia. Me perdoe por tudo que eu lhe disse, por ter ficado irritado daquela maneira com você. – sussurro a encarando.

Com um movimento de cabeça, ela meu dedo de sua boca.

— Não deveria ter saído sem avisar. Me perdoe por isso também. – Sussurra de volta. Seu hálito gelado de hortelã encosta em minha boca e sinto um arrepio na espinha. – Mas posso te perguntar uma coisa?

— O que quiser.

— Por que você ficou tão irritado aquele dia? – Pergunta inocentemente.

Essa é a pergunta me tortura desde aquele dia. O POR QUE deu ter ficado daquele jeito. Uma parte de mim, grande parte de mim, quer acreditar que é por que eu estou cuidando dela, que ela é minha responsabilidade agora e que, se eu resolver esse caso e tiver sucesso, eu e minha equipe seremos muito bem recompensados.

Mas a outra parte de mim, uma parte pequena acredita que meu mundo desabaria outra vez se eu deixasse alguém feri-la. Desabaria não por que meu caso iria por agua abaixo. Não. Desabaria por que eu estou me apaixonando por ela. E porque ela é tão jovem, e tão estupidamente inocente, amável e divertida e maravilhosa que pensar em qualquer mal que poderia acontecer com ela, me assusta e eu fico irritado.

Essa é a verdade que eu tento sufocar, matar dentro de mim. Pois se eu me atrever a sentir amor de novo, aquilo tudo irá acontecer comigo outra vez. E eu não sei se serei forte para suportar tudo uma segunda vez.

— Sasuke.- ela coloca a mão docemente em meu rosto.

Abro os olhos.

— Por que eu estou gostando de você.

Ela me olha perplexa e confusa. Ela abre a boca para falar algo, mas quebro o espaço que separa nossos corpos e a beijo, prensando-a na parede a suas costas. É isso, eu a beijei e assim, ultrapasso o limite que estabeleci por tantos anos.

E o beijo me avassala.

Demora um pouco para Sakura entender o que aconteceu. Eu demoro um pouco para entender o que fiz. Termino o beijo e devagar, separo minha boca da sua. Seus olhos estão fechados e sua respiração se condensa com minha. Seu perfume embriagador, nossos corpos colados e nossas respirações criam um clima extasiante, envolvente, sedutor. Meu corpo treme de desejo por mais. Ela entreabre os olhos e o verde esmeralda me chama, clama por mim. Fico imóvel. Não faço nada até ter a permissão dela ou então uma recusa. Então surge um sorriso em seus lábios e sua mão toca meu pescoço.

Entrelaçando os braços no meu pescoço, sua boca encontrou a minha em um segundo beijo que fez o nosso mundo desabar.

              

                    E você me tipo ....oh

             O que você quer de mim?  Love On The Brain – Rihanna.


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Notas finais do capítulo

E ai amados, cp forte esse né lolololololol adoramos emoções.
Bem, como disse no inicio aconteceram muitas coisas comigo nesses últimos meses e eu fiquei bastante desestabilizada. Agora que eu estou voltando ao normal e decidi começar pela fic, pois quando eu entrei em crise o cap já estava iniciado.
Mais uma vez eu peço MIL PERDÕES, pois como vcs eu tambem sou leitora e surto quando os autores desaparecem e deixam as historias sem falar nada. Juro que nunca foi minha intenção fazer isso com vcs. Nunca. Vcs são os melhores LEITORES DO MUNDO QUE EU PODERIA QUERER e por isso, sou ETERNAMENTE GRATA A VCS.
Bom, sei que não estou merecendo, mas quem quiser comentar eu ficaria imensamente feliz. E sim, EU QUERO MUUUIITTTOOO saber a OPINIÃO de vcs sobre esse cap, pois meu ♥ falhava batidas quando escrevia.
Enfim, superbjuuuuuussssss e até mais amados.
Mais uma vez perdão.



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