The Lost Tower escrita por L R Rondão


Capítulo 1
Capítulo Único - Missão em Rouran.


Notas iniciais do capítulo

Aos corajosos que não se intimidaram com o tanto de palavras...
Aproveitem :3



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ϧ Naruto ϧ

Estava um saco aquela missão, admito.

Eu queria uma luta descente, e sério, eu não iria conseguir isso contra marionetes. Não iria mesmo.

Bem... Mas não estava sendo tão fácil assim, elas simplesmente não acabavam, mesmo que eu já tenha destruído umas... cinquenta?

Eu já perdi a conta.

E para piorar minha situação, como se já não fosse o bastante, eu estou no meio do deserto, com muitas nuvens de poeira atrapalhando minha visão e uma SEDE DOS INFERNOS.

Mas não podia pensar nisso. Tinha mais uma vindo atrás de mim, e eu tinha que me concentrar para acabar o mais rápido possível com ela, encontrar Mukade e derrotá-lo.

Isso se ela já não o achou.

Não... Pois assim eu não estaria sendo atacado por essas bostas.

Segurei minha espada com a mão direita — melhor que as armas de Chakra dadas pela Baa Chan — e a Kunai personalizada com a esquerda. Ser filho do Yondaime tem suas vantagens, não?

Arremessei por cima daquela maldita marionete que tanto me irritava e a mágica aconteceu. Puff. Já estava em cima dela, e minha estada tinha chakra suficiente para explodir aquilo com um único golpe.

Dito e feito, mais uma estava despedaçada no chão, mas eu não contava que ela estivesse recheada de papéis bombas. Que saco.

Ah, fala sério! Isso nunca que seria um problema. A Kunai que mandei antes simplesmente não parou no ar, e me tele transportando para onde ela está, já estarei longe da explosão.

Dito e feito mais uma vez.

— Engenhoso. Sabia da armadilha? — a ANBU me perguntou. Ela não estava atrás de Mukade?

— Não. Só veio a calhar mandar mais longe. — admiti indo pegando ela do “chão” antes que sumisse naquele tanto de areia.

— Entendo, Mukade fora por aquele buraco, mas fui atacada por aquelas marionetes também. — respondeu o porquê de ainda estar aqui.

— Não precisa ficar me mandando relatórios, Sakka, não está em uma missão ANBU. — suspirei. — Você não falha no meio da missão. Só no final, e eu não vou deixar isso acontecer.

— Me desculpa, Naruto. — suspirei mais uma vez.

— Tudo bem. Só vamos.

Sakka Joryū. A última de seu Clã, fora ANBU desde pequena, já que Danzou tinha ambição em sua Kekkei Genkai. Mas agora, com ele morto, graças a Kami e Sasuke, eu e meus amigos tentamos fazê-la ter uma vida normal, sentimentos e essas coisas.

Mas só tentamos mesmo.

Bem, mais ou menos. Ela nunca foi totalmente sem sentimentos (Danzou nunca conseguiu isso, graças a Kami) e quando ela se empolga já era. Até ela se lembra o "modo correto de se agir"... A missão já acabou.

Corremos até o buraco, logo ela pareceu ligada.

Aquele é o senhor dos ventos, deus dos céus. O vento que cruza de Norte ao Sul, Leste ao oeste, caminhe até a minha direção, elevando tudo ao limite! — mesmo parecendo que ela iria atacar alguém, não era nada disso. — Hadou no Gojuuhachi: Tenran.

Um tornado fora formado debaixo de nós dois e descemos sem dificuldades ao subsolo.

— Vamos. — sendo esta palavra o suficiente, começamos a correr. E droga, ela é mais rápida que eu, então mesmo começando a correr na frente, ela chegou primeiro.

Estávamos em frente a uma ponte de um tamanho considerável

E do outro lado, Mukade andava lentamente para trás do selo, onde se abaixou com um sorriso nojento. Mas não estávamos muito preocupados com isso.

— Aquele é o selo do Yondaime. — apontou calma.

— Parece que vocês estão um pouco atrasados. — continuou sorrindo. — Eu terei o poder do Ryumyaku com meu Jutsu de manipulação. — seu tom aumentou, demonstrando confiança: — Eu terei todas as cinco nações do mundo!

— Isso é impossível. — murmurou calma. — Você não poderá desfazer o selo do Yondaime. — declarou.

Isso é verdade, por isso estamos tão calmos.

Esse ai não passa de um imbecil.

— Eu sei disso. — nos surpreendemos, pois pareceu que ele tinha outra coisa em mente.

— O que você pensa que vai fazer? — perguntei com um pouco de raiva.

Começou os selos de mão e enquanto respondia, colocou as mãos sobre o Fuuin. — Vou absorver o Selo também.

MERDA!

Esse filho de uma... Não vem ao caso.

— On, Myuragagiranti, Sowaka... — começou o que imagino que seja um encantamento.

O Ryumyaku acordou e seu impacto ao redor fora tão forte que destruiu a roupa de cima dele. Na verdade, vaporizou.

— Merda. — e alguém correu. Se você pensou que fui eu, o sempre impulsivo... errou.

É, também fiquei surpreso por ver uma ANBU tomando esse tipo de atitude.

Mas também não pude ficar parado enquanto via o corpo dele sendo revestido por aquele Chikara Roxo. Tudo dentro de mim dizia “isso deu merda”.

Ele retirou a Kunai — realmente, ele estava conseguindo fazer aquilo, miserável — com um pouco de dificuldade.

— PARE! — ela gritava. Mas não era de desespero.

Ela estava com raiva. Muita raiva.

Só que não iria adiantar muito, já que quando a Kunai fora totalmente retirada, o Ryumyaku se transformou em um feixe de luz que estava destruindo aquele “altar” do outro lado da ponte.

— Sakka! — agora sim, eu tinha ficado desesperado.

O feixe de luz se arrastava muito rapidamente para perto de onde ela estava. E ela percebeu isso.

Teve um pouco de dificuldade para parar, e quando tentou voltar, já era tarde de mais. Seu corpo começou a flutuar e ser sugado para dentro daquele poder insano.

Não acredito.

Merda.

Não posso simplesmente deixá-la morrer na minha frente.

— Uzumaki Ninpou: Chakra Genzai. — apelei para as correntes do meu clã, igual minha mãe fazia. Mas não deu muito certo.

Acabei sendo puxando junto.

Não acredito que seria assim minha morte, mas pelo menos, o maldito do Mukade fora junto...

ϧ Sakka ϧ

Estava com muita dor de cabeça.

Mas se estava com dor, significava que eu estava viva.

E se eu estava viva, Mukade também. Suspirei, nada havia terminado.

Algo dentro de mim dizia que estava apenas começando.

Mas meus pensamentos foram interrompidos por algo.

Mais especificamente, uma canção.

Ouvi uma voz feminina cantarolando, profundamente. Aquela música deveria representar muito para ela.

Sei disso que por mais que eu fui ensinada a não demonstrar sentimentos, fui ensinada a reconhecê-los. Ajuda muito para saber se alguém está mentindo ou não.

Olhei para o lado. Lá estava a dona da voz.

Era uma menina ruiva, aparentemente simples. Se não fosse a canção, teria passado despercebida por mim, já que estava mais preocupada em encontrar Naruto.

Isso se ele estiver por perto, pois pelo que parece, fui enviada para longe. Muito longe de Rouran. Danzou Sama sempre dizia que impulsos traziam problemas.

Parece que nem tudo que ele falou era mentira.

Estou surpresa.

O único problema de ter me perdido em pensamentos, é que deu tempo dela me ver. Saiu correndo de medo — e possivelmente sem graça por ter sido vista chorando — por um pequeno buraco.

Buraco porque ele é bem mais cumprido que uma porta normal, mas havia o formato retangular tão conhecido.

— Espere. — era tudo que eu podia pedir, mas tinha quase certeza que não iria ser atendida.

Quando finalmente cheguei a frente do tal ‘buraco’, pude perceber duas coisas:

Eu ainda estava em Rouran, ou pelo menos, perto. Aquelas eram as marionetes de Mukade.

E aquela menina o conhece, já que as marionetes pareciam protegê-la.

Droga, iria ser acertada em cheia se eu continuasse daquele jeito. Mas eu sou uma antiga ANBU, e não iria ficar parada esperando o ataque me acertar.

Enquanto as Kunai lançadas vinham para cima de mim, já estava posta com a minha espada pronta para rebatê-las. Mas não tive oportunidade. Elas foram destruídas por algum tipo de barreira feita pelo próprio Ryumyaku, acho.

Era roxa igual a ele.

Depois os títeres vieram para cima de mim, então pulei pronta para despedaçá-los. Mas mais uma vez não tive oportunidade, já que a tal barreira já fizera tal serviço.

Isso estava estranho.

O Ryumyaku protege esse lugar?

Existe algo sagrado por aqui?

Não tive muito tempo para pensar sobre isso, paredes de pedra fecharam o caminho a minha frente. Agora eu entendi o porquê da largura daquela “porta”. É como se aquele lugar fosse um gigante cofre.

Suspirei.

Deixei minha fonte de informação escapar, então voltarei ao plano inicial: descobrir por mim mesma.

Acho que o primeiro passo é descobrir onde Naruto estava. Ele é um imã para confusões, e esta missão já acumulou ‘confusões’ o bastante. Mas eu não acho que iria parar, afinal, eu também sou outra que as atrai.

Sabendo que tinha um ‘escape’ pelo teto, corri na vertical, utilizando a mesma habilidade com tornado de antes, e quebrei o vidro sem muitos problemas.

Agora que eu estava mais confusa.

Eu não estava em um deserto. Estava em uma cidade. E uma cidade incrível, com muitos prédios.

Muitos prédios, e muito altos. Era fascinante.

Mas o estranho é que parecia desocupado. Não sentia ninguém, nem mesmo o Naruto. E é em momento como estes que você apela para a sua Kekkei Genkai.

— Hadou no Soshite: Kensaku. — busca. Esse tipo de habilidade é perfeito para achar alguém específico, mesmo em meio a multidões, já que não se altera não importando o quanto de ‘informações’ que o exterior ‘manda’.

Meu Clã era ligado com os Shinigamis, e o nosso poder é diferente do Chakra. Por isso fomos caçados, e só resta a mim. Mas não importa, o que passou, passou.

Me sentei no chão, na posição Sukhasana e respirei fundo. Não era muito difícil encontrar a energia espiritual de Naruto, além de ser muito elevada para um Shinobi comum, ele não sabe nem um pouco como escondê-la.

E como se não fosse o bastante, ele está lutando. Não demorou nem três segundos.

Levantei e corri em direção a batalha, imaginei que seria contra aquelas marionetes que já estavam irritando, mas eu tive a confirmação quando vi duas atrás de mim.

— Maldito Mukade. — sussurrei enquanto me afastava, mas não estava fugindo. — Oh, dominador! A máscara de carne e sangue, todas as formas, bata suas asas! Aqueles que foram coroados com o nome "homem". A luz que parte ao meio sonhos e esperanças! Uma nova luz aparecerá e acabará perfurando as trevas! — Quando terminei o 'encanto', na ponta do meu dedo uma luz aparecia. — Hadou no Yon: Byakurai!

Gritei me virando para meus 'oponentes' e os destruindo com um único feixe de luz, sem nenhuma dificuldade. Não é atoa que tem o nome de 'trovão branco'. E bonequinhos de criança não são nada comparados a fúria da natureza.

Só que como tudo que é com dura pouco, a minha felicidade de ver aquelas merdas destruídas, também. Já podia ver mais avançando, e dessa vez vinham em cindo.

— Quantos dessas coisas você tem, Mukade Maldito? — murmurei completamente irritada com a audácia dele e voltei a me afastar. Ficar lutando não vai me ajudar a encontrar o Naruto.

Quando por fim encontrei o loiro, ele estava cercado. Mas tipo assim, eram quase vinte marionetes envolta dele.

— Meu pai do céu... — suspirei, mas já sabia o que viria em seguida.

— Fuuton: Juuha Shou (Estrondo Ondular da Besta) — Ele balançou sua espada e criou um bumerangue de vento que acertara todas sem o mínimo de dificuldades.

— Sakka! — gritou parecendo aliviado em me ver, esquecendo que atrás de si havia abertura por onde poderiam aparecer mais marionetes. Como de fato apareceu.

— Cuidado! — gritei o empurrando, mas sendo acertada em cheio por uma bola de luz roxa, que provavelmente era feita de Ryumyaku em puro estado. Ou seja, Chakra em puro estado.

Ou seja, doeu pra cacete.

— Mas que droga. — reclamou se recuperando do empurrão que o havia derrubado, mas nessa hora as marionetes que já estavam me perseguindo criaram outra.

E eu ainda não podia me mexer.

Fodeu.

— Sakka! — esbravejou meu nome novamente, mas eu já estava atravessando o chão com violência, descobrindo que ainda poderia ir mais baixo.

O golpe fora tão violento que eu parei no subsolo da cidade, onde estava quando acordei. Mas parece que não era exatamente onde quando acordei, pois os títeres podiam sim chegar perto e atacar.

“Ó, Lorde, Máscara de carne e sangue, toda criação, agitação das asas, tu que usas o nome de Homem! Chama ardente e guerra turbulenta, separa os oceanos, se eleva e cai, caminha em frente em direção ao sul!”

— Hadou no Sanjuuichi: Shakkahou. — terminei o encanto, mas ele tinha atingido o nada.

É, igual a armadilha de Ryumyaku que as marionetes fizeram.

Isso tudo porque eu havia sido retirada do meio pelo Jutsu que conheço bem, o Hiraishin, mas parece que o usuário não era o Naruto, já que ele saberia o que eu estava fazendo.

— Desculpe. — disse para o meu 'salvador' assustado.

— Não, que isso. Parece que você não estava tão indefesa como imaginei. — brincou. Não reconheci sua voz, mas ainda estava intrigada.

Como ele poderia utilizar o Jutsu do Yondaime?

— Sakka! — e pela terceira vez ele gritou meu nome.

— Pelo amor de Kami, Naruto. — suspirei. — Sabe falar outra coisa além do meu nome, não?

— Ah, desculpe se estava preocupado. — falou mal humorado. — Então não me peça ajuda com essa ferida na sua perna ai.

— Em? — se ele não tivesse falado, eu jamais teria percebido que tinha me machucado. Minhas costas doíam mais.

— Você vai precisar cuidar disso. — o outro loiro, meu 'salvador', afirmou e não neguei. Ainda quero saber quem é.

— E as marionetes? — meu parceiro se mostrou inquieto. Ele estava se sentindo... Culpado?

— Conheço um lugar seguro, vamos. — alguém que não tinha aparecido até agora se manifestou.

E eu o reconheceria em qualquer lugar, já que ele por um tempo fora meu Sensei antes de entrar na ANBU Nee.

Ele poderia estar mais novo, mais era inconfundível.

Aquele era Aburame Shibi.

E eu não estou no meu tempo.

ϧ Naruto ϧ

Aquela idiota... Quem que mandou ela se meter na frente de um ataque para me salvar?

Agora estava com a perna toda ferrada.

Suspirei tentando me acalmar. Mesmo treinando, treinando e treinando, coisas assim ainda acontecem.

— Ei, calma. — e parecia que ela estava adivinhando meus pensamentos. Como sempre.

— Não estou nervoso. — menti.

— Olha só, se a Godaime soubesse que você se machucou, ela iria ficar chateada. Pense que isso faz parte da missão, certo? — tentou me confortar.

Falhou miseravelmente.

— Se a Godaime souber que algo assim aconteceu, ela vai é querer dobrar meu treinamento. E sinceramente, nem sei como sobrevivi na última vez que ela fez algo parecido. — reconheci meio triste.

— Desde a confusão com o Pain o seu treinamento ficou mais intensivo, né? — questionou.

— Sim. Sendo o último pupilo do antigo Gama Sannin, a herança do Yondaime e afilhado da Godaime, tenho certas coisas que preciso honrar. — vi que o 'salvador' da Sakka retornava.

Tinha ido ter uma 'reunião' com o time dele. Acham mesmo que eu não sei que era para eles decidirem o que fazer conosco?

— Deve ser complicado. — ela encerrou o assunto.

— Obrigado por salvar minha parceira. — agradeci. Ainda estava chateado com o fato de ter sido salvo.

— Ainda estou meio chateada por ter sido pega por um desses brinquedinhos de criança. — desabafou.

— Elas devem ter ficado mais forte com o Ryumyaku. — o mais velho avaliou.

— Isso com certeza é verdade. — identifiquei. — Mas quem é você?

— Vocês são Shinobis de Konoha, não são? — desviou do assunto. Mais ou menos.

— Somos. — respondeu por nós dois.

— Nós também. — revelou tirando um pouco a máscara e mostrando mesmo símbolo que havia nas nossas Bandanas.

Ela seguiu o instinto de ANBU e encarou o trio por pouco tempo, como se os tivesse avaliando.

Mas o estranho que eu reconhecia aquela voz, mesmo que abafada pela máscara, mas não conseguia ligar a pessoa.

Ódio.

— Isso não responde a pergunta. — insisti.

— Eles não podem, Baka. — ela me atrapalhou. — Estão em uma missão ANBU. Você já deveria ter aprendido isso. — seu tom era malicioso e provocativo.

— Irritante. — virei os olhos desaprovando.

— Ainda quer ser Hokage assim... — continuou. Fala sério, é tão bom assim me irritar? Ela não é a única que parece ter esse Hobbie.

— Cale a boca. O posto de Rokudaime é meu. — retruquei e o tio pareceu surpreso.

— Você é muito Baka mesmo... — ela suspirou meio desapontada.

Pelo que parece, mais uma vez fiz besteira.

O que eu fiz de errado agora, Kami Sama?

— Pelo menos pode responder onde estamos, não é? — tentei mudar de assunto.

Foco na missão Naruto.

Foco.

— Ainda estamos em Rouran, Naruto. — ela respondeu novamente.

Como. Assim. Rouran?

— Isso é impossível. — cruzei os braços.

— Ela está certa, aqui é Rouran. — o ANBU deu razão a ela.

De novo.

Saco.

— Não temos tempo para explicar detalhes. Você poderia ficar longe da cidade enquanto terminamos a missão? — pediu educadamente.

— Não, sentimos muito. — QUE MANIA DE DECIDIR PELOS OUTROS!

— Sakka! — reclamei.

— Oh nome doce... — ironizou. — Sentimos muito, ANBU San, mas não podemos. — fez uma reverência.

— Seria gentil para dizer o por quê? — ele tinha bastante paciência.

— Pois também estamos em missão, e se deixamos o Mukade vir para cá, é nossa missão detê-lo. A falha fora nossa. — seu tom era triste.

— Mukade, é? — suspirou.

— Você o conhece? — sério, estou surpreso.

— Naruto, vamos. Já atrapalhamos demais. Obrigada, e nos vemos por ai, ANBU San. — me puxou me levando a força contra a minha vontade para longe.

Mal educada.

— Me desculpe. — gritei para ele, mas a sensação que tinha é que ele estava rindo.

ϧ Sakka ϧ

Se aquele fosse realmente o Yondaime Sama, como eu acho que é, ele e Naruto teria que ficar o mais longe o possível dele.

Pode ser seja maldade? Sim.

Mas não podemos colocar a linha do tempo em perigo. E eu não quero ver Naruto chorando pelo motivo que for. Ele fica com uma cara horrível.

Sério.

— Por que saiu de lá assim? — questionou meio emburrado.

Era incrível como ele ainda parecia ser uma criança as vezes.

— Se você for inteligente, talvez algum dia você descubra. — tento desviar da pergunta, e o irritando é a melhor forma.

— Você e essa sua atitude irritante... — suspira, mas sem fazer alarde.

Ele já amadureceu bastante...

— Ei, veja. — chamei sua atenção apontando para o que parecia ser um festival.

Tinha fogos e tudo. Tinham tantas marionetes gigantes.

E então ouvimos os gritos.

Ra i nha! Ra i nha!

Nos entreolhamos. Mais pessoas sendo adoradas como deuses?

Que saco.

E então, ela apareceu.

E nossa, fui surpreendida. Era a menina de antes.

— A cantora é uma rainha? — não pude conter meu espanto.

— Cantora? Que diabos? — ele olhou para mim como se eu fosse um alienígena.

— Não é da sua conta Uzumaki, vamos. — me aproximei de onde ela acenava para todos. Parecia um pouco aliviada, mas não feliz.

Ela esconde coisas.

Até porque, ela estava chorando antes.

— Mandona. — me alcançou e novamente fez sua atividade preferida:

Reclamou.

— Cale a boca, por pelo menos um minuto... — suspirei.

Estava quase implorando.

E então, aconteceu.

Ela perdeu o equilíbrio — mesmo parada, o que é muito estranho — e o lugar onde foi parar, estava quebrado. A queda era inevitável e só tinha um destino. A morte.

Acabaram de tentar assassinar a rainha.

É, mais um dia normal no mundo.

— O que? — o impulsivo (não que eu possa falar muita coisa) fora rapidamente salvar a princesa. Claro, ele é um herói.

É do instinto dele.

A levou para um local seguro e bem, tudo que eu pude fazer era ir atrás dele e rezar para que não tivéssemos chamado atenção de mais marionetes.

Elas ainda me irritavam. E não acho que isso irá mudar tão cedo.

Percebi que ele quase caiu de bunda no chão, já que não controlara o Chakra nos pés de forma correta e tinha perdido o equilíbrio. Não é atoa que é um Gennin.

Mas o surpreendente foi o que veio depois.

A cantora percebeu que fora salva, só que por um homem.

E então deu um tapa na cara dele.

Isso, um tapa! O CARA ACABOU DE SALVAR ELA E ELA METE A MÃO NA FUÇA DELE!

Parabéns, você se demonstrou uma pessoa muito grata.

— Seu insolente! — gritou enquanto acertava o rosto dele com uma cotovelada muito bem dada. Aquilo poderia ter quebrado o nariz dele.

— PRA QUÊ TUDO ISSO? — sério que ele não colocou um Genjutsu nela e não a fez imaginar que está morrendo tantas vezes para ela se tocar do que foi salva?

Bem, era o que eu teria feito.

— Ele acabou de te salvar, sabia? — perguntei calma.

— Ah, eu deveria te agradecer primeiro. — admitiu.

Ela deve ter muitos problemas mentais. Sério.

— Obrigada. — infelizmente, agora não se passa de palavras vazias.

— Você é a rainha, certo? — questionei.

Já tinha passado da hora de saber mais desse lugar.

De saber onde Mukade se enfiou.

— Sim, sou a rainha de Rouran, Sara. — colocou a mão no peito, em sinal de que tinha muito orgulho de seu posto.

Legal fera, super importante você.

Mas quase foi assassinada, tá? Baixe um pouco a bolinha.

— E quem é você? — perguntou finalmente parecendo um pouco interessada a sua volta.

— Seu salvador. E isto é a única coisa que precisa saber de nós. — interrompo. Ele tem o costume de falar demais, e isso não é bom neste momento.

Se realmente voltarmos ao passado, saberem nossos nomes já é um perigo.

— Sua insolente... — esbravejou, mas eu não estava com paciência.

— Como você caiu da torre? — perguntei mudando de assunto. Ela é muito irritante, mas preciso de informações.

— Hn... Eu senti um empurrão. — olhou para baixo.

Não gostava do que aconteceu, natural.

— Então isso foi realmente uma tentativa de assassinato... — pensei alto.

Me arrependi amargamente.

— Não pode ser! — gritou. — Não há absolutamente ninguém querendo me matar!

Ótimo, momento de negação, como sempre.

Eu. Não. Estou. Com. Saco. Para. Isso.

— Você foi empurrada, não foi? — Naruto perguntou com paciência.

Que bom, já que neste momento, ele está tendo por mim.

— Quanto a isso... Eu devo estar me equivocando! — céus.

Burra.

Estupidamente burra.

Eu quase iria avançar em cima dela, mas aquele time ANBU voltou.

Era burra, mas sortuda.

— O que vocês estão fazendo? — o loiro perguntou.

— Me segurando para não enfiar a minha mão na cara dessa 'rainha'. — sentei no chão.

— Como é que é? — se levantou e foi para trás do meu parceiro "se proteger".

Que ironia!

— Na verdade, íamos procurar por Mukade, mas eu acabei me distraindo salvando Sara. — respondeu a verdade.

— Acho que temos que conversar. — decidiu confiar em nós?

Isso é um problema.

No ponto de vista que ele poderá revelar seu nome.

Namikaze Minato.

ϧ Naruto ϧ

Contanto que eu entenda alguma coisa que está acontecendo, essa conversa está valendo.

Sakka está escondendo algo de mim, tenho absoluta certeza.

Mas ela decidiu que não iria continuar por muito tempo, mesmo que haja consequências... Sejam elas quais forem.

— Se vocês sabem de algo que possa nos ajudar, nos contem. Por favor. — pedi, e eles atenderam.

— Primeiro: tenho a sensação que sua colega ai sabe mais que você. Precisamos saber o que ela sabe, para uma melhor explicação. — a colocou contra a parede, mas acho que ela esperava algo assim, acho.

— Hn, acho que o mais relevante aqui é: eu o Naruto voltamos no tempo. — Como é que é? — Na época do Sandaime Sama, mas não sei quando, especificamente.

— E você não me diz isso?! — me irritei.

— Você vai entender... — olhou para baixo, mas pude perceber que os olhos dela estavam tristes.

Muito tristes mesmo.

— O que mais você sabe? — perguntou.

— Que Mukade veio antes... Muito antes de nós dois... E está bem mais preparado, por mais que não saiba o que ele realmente planeja. — continuou.

— Ele voltou há seis anos. — explicou. — Não sabe de mais nada?

— Bem, eu poderia até arriscar o nome de vocês, mas acho isso inconveniente, não? — brincou, mas eles parecem surpresos.

— Rá, gostaria de vê-la tentando. — o mais gordinho se pronunciou pela primeira vez e seu tom era risonho.

Claramente um Akimichi.

— O seu é Akimichi Chouza. — apontou para ele que surpreso tirou a máscara. — Acredite, respeito muito sua lealdade a vila.

— Obrigado... Eu acho. — estava sem graça.

— Aburame Shibi. — continuou, e o sorriso dela é maior do que o que costuma conseguir. E ele tirou a máscara. Não parece que ela errou.

Ah, lembrei. Entendi o motivo do sorriso.

— Ele não é o seu Sensei? — questionei e depois percebi que talvez não devesse ter feito isso.

— Ainda não. — riu. Ela estava feliz por vê-lo.

Faz sentido. Depois que o treinamento acabou, ela fora proibida de vê-lo. Só tinha nove anos quando isso aconteceu. E até hoje ela ainda não tinha tido coragem de contrariar a ordem de Danzou.

Mesmo que ele já esteja morto.

— Você parece ser uma boa aluna... — ele fez o que poderia ser considerado um sorriso, só que Aburame.

— Obrigada. — voltou a se concentrar. Algo me dizia que o próximo nome traria... problemas? Não acho que não é essa a palavra certa.

— E você é Namikaze Minato, não? — terminou com um sorriso sem graça enquanto ele também retirava a máscara.

Agora tudo faz sentido.

O Hiraishin. O jeito estranho dela. A voz que eu reconhecia e não ligava a pessoa.

Estava mais jovem, parece que ainda irá demorar um tempo para eu ‘nascer’, mas pensando bem. É inconfundível. É a voz dele, com certeza.

— Exato. — sorriu.

E eu estava tentando controlar o ataque cardíaco que eu estava tendo.

Sakka se levantou e encostou a mão nos meus ombros.

“Você está bem?” Seu gesto perguntou.

“Vou ficar.” Meu olhar respondeu.

— Não há mais nada que eu saiba. — finalizou.

— Pelas nossas informações, aquele que vocês conhecem como Mukade chegou há seis anos aqui. Neste tempo. Logicamente mudou de nome. Anrokuzan. — começou a informar, mas eu ainda não tinha escutado esse nome antes.

Em toda minha vida.

— Ele começou a trabalhar com o Ryumyaku, mas não se sabe seu objetivo. Mas se sabe que pelo bem do futuro, deve ser detido. — Shibi terminou a explicação.

E eu me surpreendi com o que veio a seguir.

Não deveria, ela é maluca, mas...

— Não acredito que estou ouvindo isso! — Sara se levantou de onde estava, parecendo sair de seus pensamentos e se importar com o mundo a sua volta. — Anrokuzan é um homem honrado que tem me ajudado a governar este lugar desde a morte de minha mãe!

— Que possivelmente é o homem que tentou te matar... ♫ — Sakka cantarolou querendo implicar. Ela não foi com a cara de Sara. Isso é nítido.

— Cale a boca! — objetivo alcançado.

— Vem calar, Cantorazinha. — continuou implicando.

— Chega, Sakka! — me irritei também.

— Ah, fica quieto no seu canto! — ótimo.

Agora vai brigar comigo também?!

— Eu não tenho que ficar com gente infantil e suspeita como vocês, com toda a licença. — tentava manter a pose.

Parabéns, parceira. Era isso que queria?

— Por favor, por enquanto, cuidem da princesa. — pediu enquanto saia sem esperar a resposta.

— Enquanto ela me for útil. — murmurou desgostosa e caminhou na direção que a outra tinha ido e pouco tempo atrás começado uma corrida.

Mulheres.

ϧ Sakka ϧ

A 'irritante pra cacete' pegou um elevador.

Ela realmente estava tentando fugir de Shinobis? Então ela não nos conhece!

Subi pela vertical pelo mesmo jeito de antes, e a segui. Ela ainda era um alvo de assassinato, e eu precisava dela.

Era ligada ao Mukade, com certeza.

Vi Naruto me seguindo, mas ele ainda precisava de um tempo, acho.

— Eu cuido das coisas por enquanto. Tem certeza que não quer ficar mais tempo com eles? — pergunto parecendo que é para o vento, mas tenho certeza que ele me escutou.

— Não... Por enquanto. Vou acabar fazendo merda se fizer alguma coisa emocionado do jeito que estou. — explicou.

Eu acabei abrindo um sorriso.

— Você vai fazer merda de qualquer jeito.

— Chata. — me alcançou, mas logo nos concentramos na missão.

A princesa fora puxada de repente, e isso não era um bom sinal.

— Nos devolva! — ouvi um coro antes de entrar a sala.

Passei a frente dela, a sala estava repleta de gente mascarada com panos.

— Sara, atrás de mim. — o instinto heroico da as caras novamente.

— Então... Tem realmente alguém querendo me matar? — pergunta chorosa, repleta de medo.

Porra, ela só entendeu agora?

Me coloquei em posição de ataque.

— Se querem minha vida, tomem sem se esconder! — tentou se mostrar corajosa.

Só tentou mesmo.

— Você é a Sara verdadeira? — perguntou a que parecia estar liderando.

— Tem uma falsa? — perguntei surpresa, mas não me responderam. — Existe mais uma Sara? Esse mundo está condenado mesmo.

— Ei. — ela tentou me bater, mas Naruto impediu.

Como eu disse: Burra, mas sortuda.

— Nos devolva! — pediu de novo.

— O quê... Vocês querem que eu devolva?

— Do contrário, não responderemos por nossos atos! — esbravejou.

— E eu não respondo pelo meu. — rosno. Odeio ser ignorada.

— Estamos falando sério, garota! — olhou para mim.

— Eu posso ser mais jovem, mas já matei mais gente do que você já conheceu em toda sua vida. Não ache que pode fazer algo. — me levantei a encarando.

Ela parecia uma simples civil, mas tinha muita marra.

— Espera. O quê vocês querem que eu devolva?

Naruto acendeu a luz. Não tinha tanta gente quanto pensei.

A 'líder' suspirou. Tirou o pano de seu rosto.

E fora seguida por todos. E só havia mulheres e crianças.

Nenhum homem. Jovem ou adulto. Nenhum. Havia um menino, mas era o mais perto que chegava disso.

— Que diabos? — sai da minha posição de ataque. Ninguém poderia fazer nada mesmo.

— Eu sou Sarai. — o garotinho gordinho falou. — Não sou um dos caras maus.

— Tente não sequestrar a rainha então. Vai ajudar bastante para eu não confundir. — suspirei e ele pareceu analisar o que eu disse.

Bem, pelo menos a inocência de criança ele tem.

E isso é ótimo.

— Sinto muito, meu nome é Masako. — a líder disse.

— O que te trouxe tanto desespero? — Naruto perguntou. Ele entendeu que aquilo não estava normal. Que bom.

Só falta uma entender, então.

— Eu direi a vocês, então. Por favor, me acompanhem.

ϧ Naruto ϧ

— Que lindo... Aqui de baixo, este festival é ainda mais bonito. — parecia encantada.

Essa menina não se importa que as pessoas que a sequestraram há pouco tempo está do lado dela?

Depois eu sou o idiota.

— Para quê isso, exatamente? — minha parceira perguntou entediada.

Acho que Sakka estava ansiosa para encontrar Mukade e alguma ação.

E também está muito ansiosa para retribuir a perna. Com certeza.

— Desde quando a antiga rainha morreu, minha mãe, Anrokuzan tem feito estes festivais para alegrar o povo. — explicou.

— Mas ninguém está feliz. — Sarai falou.

Levou uma pequena bronca da mãe, mas agora suas palavras não podem voltar a trás.

— Como não? Olhe a sua frente! — se exaltou.

— Olhe você. Tente enxergar por si mesma, e não por esta ilusão que te criaram. — Sakka suspirou e lançou uma Shuriken com a 'energia espiritual' dela que é diferente.

Esta cortou algumas linhas de Chakra que estavam na direção. E as marionetes caíram.

— Não acredito... — quase caíra para trás.

— São marionetes. Todas elas. — terminou revelando uma verdade dolorosa para a rainha.

— Preste atenção Sara, por favor. — pedi quando cheguei perto de uma das marionetes caídas.

Coloquei Chakra e ele reagiu, indo até o cano que parecia ser o principal de cidade.

— Este cano que está alimentando a tudo. — minha parceira afirmou. As coisas estão começando a indicar Mukade.

Isso é tudo que ela quer.

— Este é o cano que alimenta a cidade com Ryumyaku. Então... Não pode ser... — ela se tocou da verdade, e começou a correr.

E eu já estou um pouco cansado dessa atitude dela.

— Naruto vá, vou começar investigar algo. Qualquer coisa, te aviso. — pediu enquanto se sentou para falar com os outros dois presentes.

Bem, alguém tinha que cuidar dela.

— Não se meta em confusão. — pedi e fui atrás de Sara.

Então finalmente entendi o porquê de Sakka chamar a Sara de cantora. Porque ela é uma.

— Entendi... — afirmei para chamar sua atenção.

— Entendeu o que? — questionou cabisbaixa.

— O porquê do apelido “cantora”. — esclareci.

— Nos “conhecemos” quando eu estava cantando isso. — e ela me informou.

Mas eu já imaginava.

— Minha mãe cantava essa música para mim, e quando não sei o que fazer, eu canto. É como se me dissesse o que fazer. — isso eu já não imaginava.

— Uma herança de sua mãe, que bonito. — comentei.

Hora de puxar assunto, precisava tirar a rainha de dentro dessa casca medrosa dela.

— Sabe, eu não conheci meus pais. Na verdade, só pude falar poucos minutos com o meu pai em uma situação que não vem ao caso agora. — sorri e sentei ao seu lado. — Mas eu tive um mestre que eu chamava por Ero Sennin. E toda vez que eu não souber o que fazer, eu vou me lembrar dele.

Ela me olhou com interesse.

— Porque eu sei que os seus ensinamentos não vão me deixar na mão. — terminei.

— Mas eu realmente não sei o que fazer, Naruto... — se entristeceu.

— Acredite, se você se lembra dos ensinamentos de sua mãe, você sabe o que fazer. — sorri.

E pela primeira vez, mesmo que depois de um tempo que ela tinha passado pensando, eu vi os olhos determinados que queria.

Os olhos de uma verdadeira líder.

Uma rainha.

— Você tem razão, eu sei o que fazer. — se levantou. — Ou pelo menos, por onde começar.

ϧ Sakka ϧ

— Antes de tudo... Eu tenho um pedido. — falei com os dois. — Contem me como era o reino quando a mãe de Sara ainda estava viva. É importante. — pedi.

Demorou um tempo, mas eles me atenderam. Fico aliviada.

— Então, agora vão começando a desembuchar. Por que tentaram sequestrar Sara? — perguntei.

Sem ela por aqui, minha paciência parecia ter voltado.

— É que nós querermos nossos homens de volta... Levaram todos... Meu irmão, meu pai... — Sarai revelou com um nó na garganta.

Estava triste, a beira do desespero.

Maldito Mukade.

— Vocês têm alguma ideia de para onde eles foram levados? — perguntei me levantando.

A culpa era minha.

Toda e completamente minha por não ter pego ele antes de vir para cá.

— Não, só conseguimos descobrir que foram para a produção do exército de marionetes. — a mãe que eu esqueci o nome respondeu.

Exército de marionetes.

Entendi... Era assim que ele planejou controlar o mundo.

Que burro.

— As marionetes são ligadas ao Ryumyaku, então se eu seguir esse cano, possivelmente conseguirei uma pista de onde eles estão. — me levantei. — Confiem em mim, e na Sara. Nós os traremos de volta.

— A Sara Sama? — ele me perguntou curioso.

— Tenho a impressão que você conhecerá a verdadeira Rainha que vocês têm. — afago seus cabelos. — E neste momento, sentirá orgulho dela.

Sim, eu posso até detestá-la.

Achá-la burra e irritante.

Mas eu sei a fonte de confiança que ela tem em si.

Eu sinto.

Até porque, a mãe dela pode até ter ido deste mundo... Mas nunca deixaria seu amado reino desprotegido.

— Obrigada. — ela me agradeceu com um sorriso e puxou o filho quando percebeu que eu ia pular.

A caçada começou.

Assumo que novamente fiquei um pouco entediada, mesmo que por pouco tempo. Ficar seguindo um cano específico numa cidade cheia de canos é um pouco... nem tenho palavras para tal coisa.

Mas consegui achar uma passagem.

Tinha muita fumaça por ali, então a visibilidade era um pouco afetada, mas nada que realmente atrapalhe. Caminhei lentamente, não queria chamar atenção do que descobrira ser um “exército”.

Se Mukade teve seis anos para ficar construindo marionetes, não sou tola para achar que posso sozinha com todas. Por mais que odeie isso, as coisas estão um pouco fora do meu controle.

Não demorou muito tempo para encontrá-los. Estavam todos com farrapos no lugar de roupas. Eram azuis, todas rasgadas e até um pouco largas, já que eles estavam mais magros que o recomendado.

Era claramente nítido o tipo de tratamento que recebiam: o de escravos.

Até “gado” era tratado melhor que eles.

E sabendo disso, tive que controlar o meu sangue que fervia.

Aquele maldito magrelo vai pagar muito caro...

Só que eu tinha um problema, o Ryumyaku estava controlando os títeres, e eles estavam fazendo a guarda dos prisioneiros.

Mas se eu já queria uma ação...

Oh, poderosas palavras dos seres superiores, oh entidades divinas que tudo sabem que tudo veem, mostrem a dor aos descrestes, o poder infinito da alma!”

Pensei quando cheguei perto de uma das marionetes.

Respirei fundo, não poderia errar o tempo.

— Hadou no Ichi: Shou. — empurrei uma delas longe, mas como não tinha muito efeito destrutivo, não chamara muita atenção de outras.

E era tudo que precisava.

Corri até um que ficara surpreso por me ver ali e o soltei.

— Solte todos os outros. — pedi e expliquei como eles voltavam para a superfície. — Dos guardas, cuido eu.

— Tudo bem... — murmurou fraco, mas nem um pouco disposto a 'desobedecer'.

Acho que faz muito tempo que ele não lembra o que é este sentimento.

Esperança.

Então pude me focar nas marionetes, e a missão de ir atrás de Mukade foi um pouco adiada. Tinha que dar tempo para eles fugirem.

E isso não seria fácil.

Percebi quando vi aquelas dez que pareciam ter um único alvo: eu.

Quando todas atacaram, eu recuei. E foi sábio, já que o antigo lugar que ocupava fora acertado sem nenhuma margem de erro. Mas acho melhor eu pensar em um contra ataque, no lugar de coisas assim.

Grande esfera mística, conjurai sua força e impedirei a evolução repentina do mal sobre nosso mundo, brilho azul, esmague e prenda!

Pensei enquanto desviava novamente.

— Hadou no Nijuu: Shoutenkyu. — gritei mirando em todas.

Só que acertou somente sete, sei disso porque além de causar danos, este 'encanto' também paralisa. E três ainda podiam se mexer. E acabei de perceber algo.

Mais apareceram, e estavam querendo me cercar.

Não podia perder tempo. Primeiro passo: eliminar alvos fáceis.

— Hadou no Yon: Byakurai. — sabia que o efeito ficava mais forte se eu "cantasse" tudo. Mas agora, infelizmente, eu não tinha tempo para isso.

E as paralisadas, agora estão destruídas.

Viva! Só faltam trinta...

Tive novamente que desviar, e neste momento pensava que tudo que eu precisava acertar muitas com um golpe só. E eu sabia um perfeito.

Oh, música. Oh, arte maligna. Dance por entre estes pobres mortais e os contemplem com seu prazer. Traga um fim para eles tão belo como si.

Sorri. Confesso que demorei muito tempo para dominar este Hadou. Os "espíritos dançantes" danificavam tudo que viam, então trazem muitos problemas quando acertam algo indesejável.

Mas agora é fácil.

— Hadou no Yon Juu: Dansusupiritto. — e eles apareceram. E em menos de trinta segundos, já haviam destruído todos.

Mais fácil que imaginei.

Mas então, o meu pior pesadelo aconteceu. As peças destruídas se juntaram e formaram uma única marionete.

Só que o problema não foi esse. 'Ela' ficou mais resistente aos meus ataques, se regenerando através da absorção do Ryumyaku. E quando eu acabei sendo acertada por uma das armas, percebi que o meu 'maior ponto fraco' — sempre acho esse termo confuso, mas enfim. — fora descoberto.

Eu não uso Chakra.

Não posso usar. O meu clã nunca pôde, e eu não sou uma exceção.

Este era o preço para poder ter os poderes que os Shinigamis nos ofereceram. Nunca me importei muito com isso, e geralmente não importo. Só me importo quando algo específico acontece: quando alguém tenta "sugar" Chakra.

Como eu não tenho, a reação é sugar minha ‘energia vital’. E o resultado: pouco tempo alvo disso é sinônimo de morte.

Agora imagina estar dentro de uma marionete gigante — já que ela me capturou quase como as de Kankurou — que tem como por objetivo isso.

Espero que todos tenham conseguido fugir, já que minha morte acabou de ser decretada...

Mas então, mesmo que baixo, eu ouvi.

Ninpou: Mushi Dama...

ϧ Shibi ϧ

Geralmente eu prefiro missões assim.

Estava tendo o nível de interesse elevado, mas ninguém estava tendo risco de morrer.

E não me lembro de ter tanto interesse em uma missão como essa, afinal eu descobri que tenho uma aluna...

Ela parece ser do tipo cabeça quente, e já tive provas o bastante que dessa vez as aparências não estavam querendo me iludir. E também parece ser do tipo problemática, mas não parece ser o tipo de pessoa ruim.

Parece ser o tipo que te faz arrancar os cabelos, mas toda vez que você passa um tempo sem ela, sente saudades profundas.

Bem, o loiro também passa isso, mas estou mais ligado a minha 'aluna'.

E pensando nisso, eu estava com uma sensação ruim. E poucos sabem, mas os Aburames são muitos a ligados aos 'pressentimentos', também conhecidos como 'instintos'.

Conhece? Aquela voz sussurrando para você fazer ou deixar de fazer algo?

Ela me acompanha a vida inteira, e eu confio muito nela.

E neste momento ela sussurrava...

Ajude-a.

— Minato. — chamei e tanto ele quanto Chouza pararam.

— Algum problema? — me perguntou.

— Eu poderia me separar por alguns instantes? — pedi, e eles já sabiam do que se tratava. E sabia que eu ficava um pouco agoniado se não seguisse a "voz".

— Precisa de ajuda? — Chouza se ofereceu.

— Não. — me virei indo em direção contrária a deles. Enquanto eles iriam encontrar Kakashi, eu iria encontrá-la.

Qual é o nome dela? Se não me engano, ouvi o loiro chamá-la de Sakka.

Bem, insetos... Procurem-na.

— Ninpou... — os insetos me obedeceram, e fiquei feliz com isso.

E achei, e ela estava com problemas. Tinham muitas marionetes e estava sozinha. Onde fora parar seu parceiro?

Suspirei, parece que o trabalho de equipe deles precisa melhorar.

Ainda iria demorar um minuto para chegar onde ela estava, e percebi que as coisas estavam ficando mais feias. O Chakra das marionetes se alteravam consideravelmente.

Meio minuto. O dela diminuía.

Quando cheguei ela estava em um estado complicado, e pelo que parecia, sua consciência já havia apagado.

— Ninpou: Mushi Dama. — eles "grudaram" no títere e sugaram todo o chakra dele, a livrando da armadilha.

A segurei, parecia muito fraca, pálida. Isso não era normal.

— Obrigada... — sussurrou.

Bem, não parecia ter desmaiado ainda.

— Você ainda não está bem, não me agradeça ainda. — pedi. Ela não ia durar muito tempo se continuasse assim.

E nós sabíamos dois disso.

— Estou agradecendo por tudo, Shibi San... — explicou. — Quando eu era pequena, ninguém compreendia meu poder. Todos queriam que ele se desenvolvesse, mas ninguém queria me ajudar a controlar.

Começou a falar. Eram coisas do futuro, mas eu não iria pedir para ela parar. Não tinha o direito.

— Mas não você. Você me adotou com sua família, me criou junto ao Shino como sua filha de sangue e fez de tudo para que eu não fosse levada novamente pela Nee. — pausou.

Suas forças estavam indo embora.

O certo era poupar energia.

Mas eu simplesmente não tinha coragem para pedir isso.

— Aturou todas minhas explosões, me ajudou a resolver todos os problemas que arrumava... Foi graças a você que aprendi o que é ter uma família, ou até mesmo, um pai... — fechou os olhos. — Obrigada...

Ela estava morrendo.

Ela simplesmente não podia morrer.

Não assim.

Não agora.

— SAKKA! — se pensou que o gritou foi meu, errou.

Aquele loiro apareceu do nada com muitos Kage Bunshins lutando contra as marionetes, mas parecia desesperado para vir para cá.

— Kami Sama, Sakka. — se ajoelhou ao lado dela e retirou um pergaminho de sua bolsa ninja. — Thank you' ttebayo, Baa Chan. — eu não fazia ideia de quem ele estava agradecendo.

“ttebayo”? Oi?

Eu até poderia ficar pensando nisso, mas tenho outra coisa em mente. O fato de que ele conhece um meio de salvá-la.

— Fuuin: Chiryō-hō. — o pergaminho brilhou e ela pareceu voltar a ter um pouco de cor. Pelo menos as bochechas rosadas.

— O que é isso? — perguntei aliviado, mesmo que o meu tom fosse frio como sempre.

Eu tenho emoções, só prefiro não demonstrar.

— A Hokage Sama da minha época é uma ótima Ninja Médica. Ela sabendo desse problema da minha parceira passou dias e noites em claro estudando para que pudesse achar um jeito de ajudá-la. — esclareceu.

— Ela é uma boa Hokage. — comentei.

— Sim, não é a primeira vez que ela faz algo assim por um de seus Shinobis. — disse provavelmente se lembrando de outro amigo seu. (Lee no clássico quando teve que fazer a cirurgia.)

— Ela vai ficar apagada por um tempo, mas logo ela vai voltar e querendo quebrar meio mundo, principalmente o Mukade. — brincou. — Só que agora eu tenho que ver a Sara, os Kage Bunshins não vão ajudar por muito tempo. — saiu.

Só que... O que eu faço com ela?

Suspiro. É quase como se fosse minha filha, certo?

Pelo menos ela me disse que me considera como pai.

A carreguei no colo e fui de encontro ao Minato, ele deve ter alguma ideia que me ajude. Ou ela acorda nesse meio tempo.

Hunf... Me pergunto qual vai ser a reação dele ao saber que o seu filho está aqui, afinal... Vai ser uma grande surpresa’ tebanne.

ϧ Naruto ϧ

Caralho.

Quase. Que. Sakka. Morreu.

Se eu não tivesse tanto que cuidar de Sara, acho que passaria o resto do tempo grudado nela até essa merda dessa missão acabar.

Puta merda.

Falando na rainha, ela já deveria ter terminado o que falou que iria fazer. Cortar o fluxo de Ryumyaku e impedir que as marionetes se movam.

Isso ajuda muito.

— Eu ordeno em nome da Rainha. — pude ouvir sua voz no altar. — Corte o fluxo do Ryumyaku. Pare-o com o teu poder. Esfera de absorção. — ergueu as mãos e lentamente parou a produção com aquele Chakra.

Ótimo.

Foi surpreendente ao ver toda aquela fábrica parando com um único comando.

Desfiz os Kage Bunshins que ainda lutavam e fui atrás dela.

— Isso deve ser o suficiente. — argumentou, mas eu acho que não.

Só que não vai ser eu que vou acabar com a alegria dela.

— Muito bem, mas vamos sair daqui. Temos que ajudar os homens que a Sakka salvou. — me apressei, mas eu estava mais preocupada com ela mesmo.

Mas então eu ouvi aquele barulhinho.

Depois de tanto tempo escutando, não tem como eu não reconhecer. O barulho fraco que o Chakra faz quando vai movimentar uma marionete.

Como eu pensei, aquilo não foi o suficiente.

Os títeres começaram a se montar “sozinhos” e ficarem em posição de ataque. Mas neste momento, eu não tenho medo deles, pois se eu estiver correto, o maior ponto fraco de todas vai aparecer.

O seu usuário. Mukade.

— O que você está fazendo aqui, minha rainha? — sua voz que eu tanto odiava, mas precisava ouvir nos alcançou. Bem, é melhor do que ser surdo.

— Anrokuzan! — Sara gritou quando ele apareceu.

Kami Sama... Ele engordou... Muito!

— Em? — perguntei confuso. Parecia mais um porco humano, e antes ele parecia o que?

Um esqueleto com um pouco de pele e cabelo?

— Eu parei o fluxo do Ryumyaku! E não permitirei que você use este poder para uma guerra! — ordenou, mas tinha um probleminha. — Eu te ordeno como rainha a parar a produção de marionetes imediatamente!

Ele sorriu com escárnio.

Viu, está ai o problema: ela não tem moral nenhuma para ele.

“Rainha” é só um título.

— Ah, então você descobriu. Então isso significa que eu não posso deixar mais você viva.

Só por cima do meu cadáver que esse cara faz algo assim.

Fico triste por ela se assustar, eu estou aqui só para protegê-la.

Confia um pouco mais em mim.

— Uma marinete será o suficiente para te repor. — acusou. — Agora que já terminei de construir meu exército, não preciso mais de você para controlar o Ryumyaku.

Nojento.

Isso era o mínimo que conseguia pensar desse cara.

Só que eu tenho mais coisas para me preocupar. Aquelas malditas marionetes estavam querendo nos cercar. Novamente.

— Sara. Eu abro caminho. — falei baixo, o suficiente só para ela escutar. — Se prepare para correr.

Quem vai capturar esse miserável, sou eu.

— Você é realmente Mukade? — gritei.

— Shinobi de Konoha, você contou para a rainha coisas desnecessárias. Já faz seis anos desde que nos encontramos da última vez, em. — parecia estranhamente animado.

— Para mim, é como se fosse ontem! — não havia o porquê de mentir, então... — Eu não ‘to nem ai para se você virou um porco ou não, se você for realmente Mukade, não irei lhe perdoar! — avisei.

Ele só riu. Maldito!

— “Mukade”, você diz. Eu havia esquecido desse nome infame. — seu tom se tornou sombrio. — Eu sou o ministro de Rouran, ANROKUZAN SAMA! — gritou.

Grandes. Merdas.

Foi atacar, mas pelo que parecia, o alvo era Sara.

Perfeito, bem mais fácil de acabar com ela. Só precisei pisar em cima.

Mas espera. Ela não havia corrido?

Desobediente louca!

— Vá logo! — ordenei e finalmente ela pareceu me dar ouvidos.

Só que ele tentou atacar de novo. Ah, Sakka. Melhora logo, por favor. Eu quero muito acabar com a raça dele, mas tenho que ficar cuidando dela.

Por que você não cria Kage Bunshins, Naruto? Uma voz sondou minha mente, mas não tinha problemas com isso.

“Bem pensado, Kurama.” Respondei e ela só suspirou.

Não importa o tanto de treinamento que você recebe. Se você fica forte o suficiente para ser conhecido como herói de Konoha... Uma vez idiota, sempre idiota. Falou em seu costumeiro tom entediado.

“Bem, quem sou eu para discordar?” encerrei a conversa e segui seu conselho.

— Kage Bunshin no Jutsu! — criei e enquanto distraíam os brinquedinhos, nós metíamos o pé.

Eu até que gostaria de pegar aquele porco e colocá-lo em um Fuuin que ele nunca mais fosse capaz de sair por toda a eternidade. Mas neste momento, minha prioridade era Sara.

Ela ainda tem muitas coisas para fazer.

— Fique com o povo, eu não vou deixar esse gordo fedorento sair daqui. — disse enquanto empurrava ela para a superfície de novo.

Fiquei surpreso de ver Sakka no colo de Masako.

— O cara de óculos a deixou comigo e pediu para que fossemos para um lugar seguro. — explicou, mas tinha um furo.

Onde é esse local seguro?

— O pátio, vamos! — Sara bradou.

Pelo menos ela parecia ter um plano.

Só que o povo ficou um olhando para a cara do outro.

— Vamos, Sara Sama! — Sarai incentivou.

— Isso mesmo! Vamos confiar em nossa rainha! — Masako ajudou e logo todos estavam indo para longe.

O que era bom, meus Kage Bunshins não estavam durando muito.

Vai precisar de ajuda, pirralho? Pelo que parecia ela estava preocupada com algo.

“Por enquanto não, obrigada.”

O espaço-tempo é algo delicado, Naruto. Não ouse perder e bagunçá-lo. Alertou. Como se Mukade fosse algo sem o Ryumyaku.

“Eu ainda estou tranquilo, mas qualquer coisa, te chamo.” terminei o assunto. Sempre parecia estar entediada, mas dessa vez estava mais séria.

Um sinal de que a situação estava bem mais complicada do que quero considerar.

Bem, o melhor que faço agora era voltar para encarar Mukade.

Agora ele estava em um corpo de marionete que mais parecia uma aranha com cabelos.

De nojento a esquisito.

Grande evolução.

— Eu sou invencível, ninguém pode me parar! — se gabou. — Não enquanto tiver posse do RYUMYAKU! — ótimo.

Acabou de revelar o modo de detê-lo.

Mas ela já não tinha cortado o fluxo?

Merda, não. Só o da fábrica.

Sara, por favor, seja uma boa menina e pense em fechar o restante, tudo bem?

— Admire... Este é o meu corpo mais poderoso! — foda-se.

Suas garras viraram lâminas e tinham sua própria sede de sangue. Querendo o meu sangue. Mas depois de passar dias tentando desviar dos golpes do Paa (sapo que treinou o Jiraya), isso aqui não era nada.

Não até mais marionetes aparecerem.

A luta está ficando um pouquinho injusta.

A boca dele abriu de onde parecia sair um arpão e mirou exatamente na minha cabeça. Minha cara de que iria continuar ali e ser acertado. Desviei para o lado e comecei a pensar que um contra ataque seria muito útil.

Hora de pensar em um.

Já que neste momento eu estava sendo encurralado, e é muito prudente que não use Jutsus como Hiraishin e Rasengan.

Só que o contra ataque pareceu começar sozinho. Mas melhor descrevendo, não fora eu que o realizei. Porco fedido, vulgo Mukade e seus brinquedinhos começaram a explodir e o time ANBU dessa época apareceu.

— Você está bem? — meu pai perguntou.

É, meu pai está falando comigo e eu não posso dar bandeira.

— Já estive melhor. — sorrio.

— Desculpe a demora. — se virou para o adversário que parecia se recompor. Não por muito tempo.

— Fuuton - Atsuga. — uma enorme bola de pressão de vento o fez voar por alguns metros. Mas agora penso: por que não fiz isso antes?

— Um usuário de Fuuton? — um garoto apareceu do nada, e tive que segurar a minha risada.

Kakashi Sensei quando pequeno... Quem diria, em?

— Acho que sim. — respondi meu irônico.

Ele só me olhou com uma cara de quem comeu e não gostou e foi para qualquer outro lugar. Parece que ele ainda tinha algo para fazer.

Eu e meu pai nos aproximamos. Tinha a sensação que aquilo ainda não tinha acabado.

— Você realmente acha que algo assim pode me deter. — sua cabeça, antes deitada, se levantou em uma velocidade digna de ser exorcizada. — Eu te disse... Aqui em Rouran sou invencível!

Todas as marionetes a sua volta começaram a se desfazer e “voar” para onde ele estava formando uma marionete maior e muito mais poderosa que antes. Certeza.

— Não posso perder tempo com vocês, tenho que matar Sara! — esbravejou e nós, ainda surpresos com o que tinha acontecido, acabamos sendo deixados para trás.

O salto dele percorria uns bons metros, e alcançá-lo agora vai ser um problema.

— Ela disse que havia ido para a praça central. — avisei ao restante do time.

— Sabe por quê? — Chouza me perguntou.

— Imagino que seja porque ela acha que os prédios possam servir de barreira, mas com essa nova “armadura”, “marionete” ou o que quer que essa merda seja, não vai adiantar muito. — ponderei e percebi uma coisa.

Abaixo de mim uma luz apareceu, como aqueles selos Chunnin (quase vagabundos) de paralisia. Até isso ficou mais forte com o Ryumyaku?! Mas parece que eu não fui o único.

Eu e Chouza caímos em uma armadilha, e estávamos paralisados.

Mukade quer ganhar tempo.

Tomara que ele não consiga.

ϧ Sara ϧ

Conseguimos.

Chegamos até a Praça Central.

Anrokuzan não deve ser capaz de chegar aqui.

— Obrigado, Sara Sama. — Sarai se aproximou. — Bem que aquela moça tinha dito que você iria trazer meu papai e meu Onii Sama de volta.

Em? Achei que ela me odiasse...

— Era o meu dever como rainha. Mas ainda tenho muito que me redimir com vocês. — estava feliz, mas logo tive que me separar deste sentimento.

Mukade tinha virado um mostro.

Um monstro muito grande e os prédios não seriam uma boa barreira.

— Sara...! — sibilou.

A única coisa que tinha em mente era que eu sou o alvo, então não é bom que Sarai fiquei por perto.

— Se afaste! — pedi o empurrando e percebi que fora bom já que no segundo seguinte eu estava sendo controlada com linhas de Chakra.

Exatamente como uma marionete.

— Sara. Você é uma princesa substituível, estúpida e inútil. Apenas uma marionete. E seu papel já acabou. — meu corpo se movia de acordo com a vontade dele e fui obrigada a me enforcar. — Morra em silêncio.

E parecia que iria acontecer isso mesmo, se um flash de luz não tivesse aparecido atrás de mim e cortado as linhas de Chakra. Cai no chão de joelhos apoiada pelos braços.

— Shunpo. — o tal flash falou e reconheci. Era Sakka.

— Que bom que você está bem. — admiti.

— Fale por si mesma. — reclamou enquanto me dava uma espada. — Isto é uma arma de Chakra. Ande e faça o que tem que fazer, você tem que protegê-los. Você é a rainha.

Andou alguns metros.

— Sua maldita irritante, você ainda não morreu? — Anrokuzan se irritou, e poderia ter perdido mais de sua paciência, já que fora acertado por uma bola azul de luz no meio de seu “rosto”.

— Hadou no Sanjuusan: Soukatsui. — sussurrou fria.

Acho que ela queria acertá-lo já tem um tempo.

Mas eu não poderia pensar nisso. Eu tinha que descobrir o que tinha que fazer. Eu não sei... Não sei mesmo...

Caminho do Dragão, para ser protegida... ♫ A voz começou a cantar, e eu não pude não me surpreender de quem era.

A voz era tão vinda quanto de minha falecida mãe.

Atravesse com uma lâmina afiada. Olhe para o céu... ♫ Naruto e os outros chegaram, e começaram a lutar com o Anrokuzan. Mas aquela voz não parava.

A luz fluindo em espirais. Até o jardim, onde terminam as garras do dragão... Sombras do dia que se vão... ♫

Sakka respirou fundo.

— Tem mais na música, mas você saiu correndo. — me encarou no chão. — Mas é o suficiente, não? Você já sabe o que fazer.

Uma única lágrima escorria pelo meu olho direito.

— Sakka...

— Sarai e Masako me contaram como era sua mãe como rainha. Ela amava esse lugar, e não o iria deixá-lo desprotegido. E quando ela não pôde continuar mais aqui, fez questão de que alguém continuasse esse serviço.

Levantou-me segurando em minhas mãos. Eu tinha uma vaga noção de que ainda havia uma batalha a nossa volta, mas tudo que eu conseguia escutar e prestar atenção, era no que ela falava.

— Esse alguém é você, rainha Sara. Vá. — eu irei.

Mas queria mostrar minha determinação.

Não para a Sakka, Naruto ou qualquer outro.

Para mim mesma.

Peguei a espada que me deu e cortei boa parte do meu vestido e prendi meu cabelo. Quero ser uma rainha do povo. Pelo povo.

E começarei a ser uma rainha assim a partir de agora.

— Obrigada, eu irei. — virei para os cidadãos. — Vamos, há um lugar que o Anrokuzan não consegue controlar o Ryumyaku, por isso é completamente seguro. Mas não temos muito tempo, me sigam!

Eles pareciam um pouco duvidosos, mas mesmo assim, não houve ninguém que não tenha me seguido.

Fico feliz.

Não vou decepcionar vocês.

ϧ Sakka ϧ

Sara amadureceu muito desde a primeira vez que a vi, e isso é bom.

O povo merece uma boa líder.

— Você voltou. — Naruto disse chegando ao meu lado vendo o time ANBU ainda lutando com Mukade.

— Desculpe o descuido. — ele bateu na minha cabeça.

— Você não poderia ter feito nada, sem discussão. — sentenciou e sorri.

Nada havia mudado.

— Foi uma linda cena. — Chouza e Shibi San apareceram.

— Obrigada, mas alguém ainda tem que ficar com a Sara. — respondi.

Ainda estou em missão.

— Concordo plenamente. — Minato Sama disse enquanto Mukade gritava ameaças de morte a rainha.

— Poderemos fazer linhas de defesa, começando por mim. — apresentei o “plano” e eles ficaram preocupados.

— Ei, você acabou... — Naruto iria falar asneiras, então o interrompi.

— Cale a boca, ainda estou cheia de energia. — ralhei. — Aos Mares em fúria, À Sibéria congelante, às lágrimas das valquírias que choram pela morte de Odin, purifique todo o caminho sujo pela frente e revele pureza que existe num mundo mortal! — terminei de falar e ele ia tentar um contra ataque.

Ia.

— Hadou no Nanajuuhachi: Hyougaseiran. — Este era um do tipo maior do que o número “cinquenta”; e é muito complicado por gastar muita energia.

Mas tudo que quero é acertar esse maldito.

E tinha conseguido; e com louvor. Uma gigantesca, destruidora e avassaladora avalanche de gelo em crida e lançada violentamente em direção ao Mukade o congelando e causando muitos danos.

— Nossa... — meu parceiro assoviou.

Só que Mukade invocou uma quantidade absurda de Chakra Ryumyaku e se regenerou automaticamente.

— Naruto, Minato... Vão. — Shibi pediu e eles não hesitaram.

Graças a Kami Sama.

— Não tenho escolha... Irei matar vocês antes de matar Sara... — aquela voz irritante voltou.

Era igual nuvem, quanto mais some, mais o dia fica bonito.

— Fale isso por si mesmo. — Shibi sussurrou. — Você já está no meu Jutsu. — apontou para baixo onde muitos insetos “brotaram” no chão e o cercaram. — Ninpou: Mushi Dama! — estes mesmo insetos sugaram todo o chakra que podiam.

E Chouza não quis ficar para trás. Engolindo um remédio verde, ficou gigante e começou a esmagá-lo na força bruta mesmo.

Só que Mukade absorveu mais uma Ryumyaku da torre e eletrocutou Chouza, e quase matou todos os insetos de Shibi que não conseguiam absorver todo aquele Chikara.

— Ainda não acabou. — determinei. — Variâncias do universo, peguem a lanterna da sabedoria, com toda a soberania mergulhem o cavaleiro e sua lança na taça do maravilhoso paraíso!

Ele iria tentar me acertar com algum, mas o círculo verde “mágico” já havia se formado. Já era tarde demais.

— Hadou no Yonjuukyuu: Gakirekkou. — o golpe se consistia em formar um grande círculo de energia verde em frente ao usuário rapidamente. Dele, dezenas filetes de energia em forma de uma luz cortante vão partindo em direção ao inimigo como uma metralhadora, tornando a possibilidade de fuga do alvo, Mukade, improvável.

Só que mais uma vez ele se regenerou quando absorveu Chakra da torre. E então muitas marionetes apareceram juntas.

Espero que eles consigam, as coisas aqui ficaram bem feias.

ϧ Naruto ϧ

Alguns insetos apareceram e meu pai parou esticando a mão. Eles formaram alguns Kanjis por pouco tempo, mas deu para entender a mensagem.

Seria praticamente impossível derrotar Mukade antes que o fluxo de Ryumyaku seja cortado.

O bom que já havíamos chegado a um pátio com espaço suficiente para lutar, caso seja necessário, e estamos também perto do lugar que eles tanto precisavam.

Acho.

— A porta! — ouvi o grito quase desesperado de Sara. — Ela deve ter danificado com toda essa confusão.

Era tudo que não precisamos.

Mesmo.

— Naruto, se concentre aqui. Precisamos achar um ponto fraco, e eu sei como. Mas preciso que você fique de olho também. — meu pai pediu e quando Mukade apareceu, já estava preparado.

— Shuriken: Kage Bunshin no Jutsu! — lançou seu Jutsu e o “peito” dele abriu um buraco, e percebemos que seria no local mais perto do coração.

— Ali. — murmurei com um sorriso vitorioso.

Até ele fazer aquele parada de novo de absorver não, e re regenerar quase instantaneamente.

Mas pelo menos já pude ouvir que as portas de pedra se abriram e o pessoal entrou.

— Rápido, aqui ainda é perigoso! — Sara alertava, mas eles estavam mais ocupados em comemorar.

Tão ocupados que não perceberam que ela mesma não tinha entrado no “lugar seguro”.

O único que reparou fora Sarai.

— Sara Sama! — gritou e se aproximou da porta, mas ela já estava fechando. — Sara Sama... — murmurou triste.

— Ainda a algo que tenho que fazer. — fiquei feliz.

Ela realmente parece ter mudado depois da conversa com Sakka.

E quem diria que minha parceira canta tão bem?

— Naruto! — gritou.

— Sim, pode ir à frente! — concordei, mas o demônio que lutava contra meu pai se irritou.

— Volte aqui, princesa marionete... Seu papel já acabou...

Na moral.

Quero muito socar esse babaca.

— Fuuton: Kazekiri no Jutsu. — uma lâmina vertical acertou em cheio o Mukade que voou alguns metros. — Toma essa' ttebayo!

Me animei, oh shit.

— “ttebayo”? — meu pai perguntou parecendo entender alguma coisa.

Engoli a seco.

Ele percebendo meu desconforto, pareceu querer não falar sobre isso.

Arigatou, Kami Sama.

— Malditos, eu tenho que ir logo... Parem de me atrapalhar! — seu tom irritado fora seguido do que poderia ser chamado de “Bijuu Dama Ryumyaku”. Era possivelmente o Jutsu mais forte que ele possuía.

Só que não iria adiantar nada se não nos acertasse. Pensando nisso, nós dois tacamos uma Kunai do outro lado do salão, e aparecemos lá dois segundos depois.

Trocamos sorrisos.

— Como? Isso é impossível! — reclamou e lá estava eu novamente.

— Fuuton: Tatsu no Oshigoto. — um tornado apareceu em cima do meu oponente o quebrando em vários pedaços diferentes.

E ele não se regenerou.

Sara conseguiu!

— Ótimo, parece que a Sara conseguiu. — suspirei aliviado. Agora ficava fácil acabar com aquele maldito.

E estava me preparando para fazer isso, mas fui impedido.

— Naruto, espere, por favor. — Sakka pediu, mesmo que estava sendo trazida apoiada no Shibi San.

— Vocês ainda não estão mortos?! — Mukade perguntou irritado.

— Não. E quero ver você fazer algo a respeito sem aquele tanto de marionetes e ter Chakra infinito. — o pai de Shino parecia um pouco irritado.

Só parecia.

Mas quem parecia mais era o Chouza San.

Você pode levar em conta o fato de que ele cresceu e acertou um golpe em cheio na marionete gigante, a fazendo voar e detonar a parede.

— Isso foi pelos malditos choques! — respirou fundo e voltou ao seu tamanho normal. Pelo que parecia não era só ele que queria dar o troco.

— Ninpou: Chinsei Konchū Tekunikku (Técnica dos insetos Calmantes) — pelo que parecia, ele só planejou paralisar Mukade.

Acho que neste momento estou com um pouco de pena, já que eu meio que tenho noção do que vem a seguir.

— Arigatou, Shibi San. — Sakka (como imaginei) deu um passo a frente com um sorriso aterrorizante. — Sabe, Mukade? Você deveria se sentir honrado. Você vai ser a primeira pessoa a ser acertado por isso...

Tremi de medo. Será que...?

— Eu mesma inventei este Hadou.

Fo. Deu.

Dos males da terra, da crueldade interna. Julgai-o, e fazes cumprir todo o seu pecado. Transformai tudo a seu favor, e que o culpado jamais esqueças do seu destino. Trazei a justiça, tristeza... e morte...

Te juro.

O cabelo dela começou a voar, e seus olhos estavam brancos de tanta energia que ela estava liberando. Engoli a seco, este Hadou com certeza deve ser acima do cinquenta.

Ou melhor, do oitenta!

— Hadou no Hachijuu: Kūkan Yugami (Distorção Espacial) — sua voz soou alta de mais. Pelo que parecia, até suas cordas vocais foram afetadas pela liberação de poder.

E então juro que irei me dedicar ao máximo para tentar descrever o que aconteceu.

Primeiro: pense no efeito da gravidade. Então. Nesse caso, é como se uma bola fosse criada bem no centro daquela marionete e puxou tudo que estava a sua volta no raio de cinco metros (deixando a salvo a nós, meros mortais).

Mas esse “puxe” durou apenas dois segundos. Mas fora rápido, agressivo. Deformou quase todo o chão, parede e Mukade, claro violentamente.

Mas não acabou por ai. Depois esse “centro de gravidade” simplesmente explodiu e o levou para longe, quase no centro da ponte, na outra sala onde Sara foi para poder selar o Ryumyaku!

Assoviei novamente.

— Irresponsável. — escutei Shibi reprovar.

Bem, faz sentido, já que ele estava a apoiando para não cair no chão. Havia desmaiado novamente.

Alguém andou exagerando levando em conta que estava quase morta há menos de uma hora atrás.

— Mas fez bem... — completou.

Acho que ele aceitou de boas a “filha adotiva”.

Que bom.

Mas... E meu pai?

Será que...

Acho melhor que não pensar nisso.

ϧ Sara ϧ

Anrokuzan ainda estava vivo, mas parece que ninguém percebeu isso.

— Naruto...! — gritei com todas as minhas forças. Estava muito longe, mas não podia atravessar a ponte. A marionete tentava andar, mas estava muito deformada, então parecia alguém bêbado saindo de um bar de madrugada.

Eles apareceram.

E pareciam não crer no que viam.

— Vaso ruim não quebra! — o mais gordinho reclamou.

— As cinco nações Shinobis... — murmurou e todos ficamos em silêncio. Tínhamos que ficar atentos no que parecia ser a última tentativa dele de fazer algo. — A história deveria ser minha!

Sua armadura estava desmanchando, tudo estava completamente quebrado.

O que mais ele queria tentar, Kami?

— Não posso morrer assim! Vocês todos... Vocês todos irão desaparecer! Irão comigo e o Ryumyaku! — então, mesmo com nítida dificuldade, se jogou ao lado da ponte, onde aquele gigantesco Chakra adormecia, e explodiu, destruindo a mesma.

— Naruto! — gritei para ele, correndo.

Não tinha destruído tudo ainda, então eu tinha uma pequena esperança de sair dali. Mesmo que pequena.

— Não corra! — pediu mesmo de longe enquanto olhou para o outro loiro.

Pela primeira vez pensei no quanto são parecidos.

O mais velho encostou-se ao outro e eles apareceram do meu lado.

— O que?! — me assustei.

— Ainda bem que te marquei quando te salvei na primeira vez, Sara. Vamos. — me pegou no colo e aparecemos do outro lado da ponte. — olhou para o outro que já tinha ido fazer alguma coisa no Selo.

Acho que ele queria impedir que o Ryumyaku entrasse em erupção, como a lava de um vulcão. E ele fez isso mais fácil do que imaginei que poderia ser.

E depois ele apareceu do lado de Naruto novamente.

Eles ficam aparecendo e reaparecendo quando bem entendem... Se eu não estivesse vendo, não acreditaria.

— Hiraishin é mesmo útil, em. — parece que Sakka acordou.

Espero que ela não desmaie de novo.

Mas a batalha acabou, não acho que exista motivos para isso.

Só que também não é motivo para ficar brilhando e parecer que o corpo está desaparecendo.

— Que diabos? — Naruto perguntou olhando a si mesmo.

— Agora que a batalha acabou, parece que o selo está se responsabilizando de levá-los ao seu tempo. — o outro loiro explicou.

— Ah sim... — Naruto respondeu sem graça.

Tinha alguma coisa ai.

— Abraça ele logo, eu em. — Sakka reclamou.

Oi?

— Não é da sua conta. Não se meta. — respondeu, mas seu olhar estava triste.

— Naruto... Desculpa... — o outro loiro (eu deveria ter aprendido o nome dele, seria bem melhor para descrever) se “meteu” na conversa.

— Pai, não tem nada do que se desculpar...

PAI?!

— Ei, pelo que parece eu não vou poder ficar o tempo desejado com você. Mas quero que saiba de algo: sempre vou ter orgulho de ter você como filho. — sorriu.

Que lindo...

— Obrigada... Nunca irei me esquecer disso. — o abraçou.

Também nunca irei esquecer vocês, Naruto.

— Mas vamos esquecer toda essa missão, tudo bem?

ϧ Minato ϧ

Tudo tinha que ser esquecido.

Mudaríamos muito o futuro assim.

Mas parece que a rainha não gostou muito disso.

— Como irá fazer algo assim, Minato? — Shibi me perguntou, mas não parecia querer abandonar a sua “filha”.

— Um Fuuinjutsu. — respondi colocando as mãos no chão.

Os dois já estavam indo embora, eu tinha que ser rápido.

— Sakka... Eu quero que você também saiba... — meu companheiro se virou para ela que parecia um pouco sem graça. — Também tenho muito orgulho de ser seu pai.

Ela não se aguentou.

Começou a chorar e o abraçou.

— Arigatou... Você foi o único motivo para que não conseguissem destruir todos os meus sentimentos quando estive na ANBU. E é uma das melhores coisas que alguém pode ter feito por mim.

Então eles realmente pareciam que iriam embora e iniciei o Selamento.

— Sayonara... — disseram juntos, segurando um na mão do outro e eu finalmente me perguntei.

Onde Kakashi se enfiou?

ϧ Sakka ϧ

Quando “voltamos”, senti logo algumas presenças a nossa volta, mas não pareciam ser hostis.

Ah, sim.

A dor de cabeça dos infernos voltou também, parece que é uma consequência de viajar no tempo.

Mas... Espera.

Como eu me lembro?

Abri os olhos meio avoada e bati com a testa em alguém. Possivelmente na testa também.

— Ai... Me desculpa... Shibi San?

Como ele veio parar aqui? É o desse tempo?

Estou um pouco confusa.

— Ah quanto tempo, Sakka. — respondeu em seu tom de sempre. — Você e Naruto desapareceram por dois dias, então eu e a Tsume fomos enviados para rastrear vocês.

— E onde está ela? — Naruto perguntou se levantando, mas deu um sorriso maroto.

Agora eu entendi o porquê dele “fazer questão” de pegar na minha mão quando voltamos... Ele tabulou o Fuuin.

Trapaceiro.

Obrigada.

— Ela foi chamar a antiga rainha Sara e sua filha, já que se tivéssemos qualquer problema com o Ryumyaku, elas seriam as únicas que poderiam fazer alguma coisa. — explicou.

Será que também veremos a Sara desse tempo?

Ela deve ter se tornado uma ótima rainha.

— Chegamos. — uma voz masculina anunciou.

Ele era meio gordinho e tinha um sorriso gentil. Não demorou muito tempo para identificarmos que era Sarai.

— Desculpem, mas minha mãe não pôde vir. Tivemos uma pequena reunião de emergência com o povo. — ela relatou. — Mas aparentemente nada aconteceu, e qualquer coisa, com isto, até meu pai poderia ajudar com o Ryumyaku. — mostrou a arma de Chakra de Konoha.

É verdade, eu havia dado uma para Sara.

— Isso? — meu parceiro perguntou interessado.

— A minha mãe disse que a recebeu em um sonho. — contou. — Enquanto um herói lutava por ela, uma heroína a entregava e dizia para ela ser forte. Ser forte por minha vó. — sorriu. — Ela é muito grata a eles, e eu também.

— Na guerra, Rouran foi destruída, mas a determinação de Sara salvou o povo. — Sarai dizia com orgulho.

— Ficamos felizes com isso. — admiti.

Sara já tinha feito o futuro dela.

Olhei para o Naruto e ele entendeu...

Agora é nossa vez.


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Notas finais do capítulo

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