Aftermath escrita por Scoutt


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Lhes apresento Lady Breanna, o que será q ela vai aprontar? Não faço ideia.



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Ariza começou a recitar seus nomes, alternando seus olhos na cor da determinada jóia.

Espaço... – seus olhos ficaram azuis. – Mente... – amarelos. – Realidade... – vermelhos. – Tempo... – verdes. – Poder... – roxos. – Alma... – laranjas. – E, Chaos. – seus olhos ficaram totalmente negros, Breanna colocou as mãos sobre a boca. Loki riu incrédulo. Ariza voltou seus olhos ao tom normal.

─ 7 jóias do infinito. Impossível. – Loki balançava a cabeça. – Apenas li sobre Chaos, em livros mais antigos que o tempo, na biblioteca do infinito onde apenas se entra com mágica para ter acesso em informações que há muito sumiram do universo físico. Chaos foi destruída a milênios, como...?

─ A Deusa uniu seus fragmentos. Mas antes que Chaos pudesse se restaurar por completo, ela caiu na Terra e foi absorvida.

─ Pela Terra? – Breanna ariscou.

─ Não. – Loki olhou para Breanna, depois para Ariza – Por ela. – Ariza assentiu – Como você sobreviveu a tal coisa criança?

─ Minha mãe me protegeu, deu a vida por mim. – suas Ísis ficaram negras de novo – Era uma criança que não iria sobreviver, sua mãe sabia e pagou o preço a mim para que a salvasse, e essa criança me salvou. Agora devo fazer aquilo que a deusa quer, salvei o universo de um grande mal, uma grande guerra. Thanos estava unindo as jóias, ele iria destruir tanto tentando chegar a um ideial, mas agora não conseguirá nada, mas a criança ainda tem poder demais para sua mente jovem, eu ainda não tenho poder para subjugar as outras e a defender, você precisará a ajudar Loki. Esse é o plano que a Deusa criou para você. – os olhos de Ariza passaram ao azul de sempre – Me ajude.

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Loki olhava, atônito, a menina a sua frente. Muito mais poderosa que ele jamais seria, mas tão jovem que em equivalência a sua idade tinha apenas dias de nascida. O que ele ensinaria a ela? O quê sua mãe faria? Ele sentia falta da mãe, se sentia culpado, ele queria fugir dali e ir para algum lugar distante onde pudesse fingir que nada aconteceu.

Mas você não pode.

─ O quê? – ele olhou para a menina. Tinha certeza que ouvira a voz dela, ela sorriu.

Você não pode fugir. Aquilo que está em sua mente nunca irá te abandonar. Mesmo que eu apagasse totalmente, ainda haveria uma lacuna a preencher e lhe conhecendo, você preencheria da pior maneira Loki.

Loki percebeu. Ela estava na sua mente. Tão poderosa, nada poderia destruir aquela menina além dela mesma. Freya a ajudaria, ela saberia o futuro, mas ruim ou bom ela ainda a ajudaria, como sempre o ajudou. Ariza sorriu.

─ Eu me chamo Ariza. – ela estendeu a mão para ele, Loki a pegou.

─ Loki. – ele sorriu para ela.

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Thor olhou a cena, ainda mais perdido, ele não lembrava qual a última vez que vira Loki sorrir com uma aparência tão verdadeira... Ah, sim, talvez na frente da mãe, ele sempre sorrira para Freya, de forma tão doce que Thor quase o desconhecia quando o via com a mãe. Aquela menina tinha todo o tempo em si, talvez fosse isso, ela sabia de tudo, mas tratava Loki como se não soubesse de nada que ele fez ou faria, justamente como Freya, sem julgar, sem temer, apenas vendo o homem a sua frente e o cumprimentando com um sorriso. Tola, uma menina tola, talvez ele também a matasse no futuro...

Thor... Você não precisa de um martelo, precisa saber disso. Perceba a estática da sala aumentando conforme você se deixa possuir pelo ódio contra seu irmão. Odin nunca o falou? O martelo servia apenas para limitar seus poderes e o fazer pensar menos no que seria ser realmente digno.

Thor piscou e uma Ariza de olhos azuis brilhantes estava na sua frente, ela levantou uma mão e tocou sua testa e tudo ficou negro em sua visão.

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Quando Thor caiu, todos os presentes se viraram.

─ O poder das jóias estava o afetando. – Ariza falou traquilamente – Deixe-no no chão, ele vai levantar em breve. – Loki riu, Breanna o deu uma cotovelada com a força de um elefante.

─ Ai. Você poderia parar de me bater senhora?

─ Nem em mil anos. Você merece um castigo por pelo menos um milênio! – Ariza pegou a mão de Kallan e o arrastou para longe da discussão que ele olhava com curiosidade.

─ Agora eu lembro ainda melhor. Você está tão ranzinza quanto no dia em que lhe salvei daqueles soldados!

─ Pois devia ter me deixado para morrer! Seu finório!

─ Ora, mulher louca. Você não me chamou assim naquela noi... – Loki levou uma belíssima bofetada, seguida por um soco no estômago.

─ Está tudo bem deixar eles sozinhos? – Kallan perguntou para Ariza, quando chegaram perto da porta.

─ Está, isso vai terminar melhor do que você imagina. Só espero que Loki esteja inteiro quando precisar dele.

─ Talvez eles se gostem? – Kallan arriscou.

─ Bem, existem pessoas aqui na Terra que dizem que se amam, mas matam umas as outras, espero que não sejam um desses.

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serendipidade (se.ren.di.pi.da.de) sf. 1 Acontecimento favorável que se produz de maneira fortuita; acaso feliz.

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O ano na Terra era 1240, Loki andava pelas planícies de um lugar conhecido como Escócia, uma terra de bárbaros, sem dúvida. Ele havia sido xingado de “inglês estúpido” e coisa piores ao longo do caminho por grandes homens bêbados, parecer um inglês era sua menor preocupação, ele estava odiando aquelas roupas que vestira para se misturar a época, andava a esmo procurando sentir a jóia do poder, a qual mudava de direção mais vezes que ele podia confirmar, afinal onde aquela jóia estava? Com algum ser mítico da floresta que voava de um lado para o outro? Seria uma explicação plausível naquele lugar creio de crenças pagãs.

Enquanto andava ouviu gritos e risadas, mas o que lhe chamou a atenção foi a voz de mulher sobre os risos xingando nomes que ele nunca imaginaria na boca de uma dama daquela época e pedindo para alguém se manter longe, seguidos de falas de que o socorro chegaria para ela, ora, ele sempre achara as mulheres humanas interessantes, porque não observar de perto?

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A garota estava encurralada em uma clareira, soldados de algum lugar ou mercenários vestidos de soldados riam de seu desespero. Havia sangue em suas roupas e a parte superior de seu vestido estava rasgada, dando vista ao seu corpete e outras roupas brancas, Loki a observava animado, ela era mais baixa que os homens, mas mais alta que as mulheres que vira em suas andanças daquela semana, tinha os olhos queimando de fúria e uma faca em mãos.

─ Ora moça, o que você fará com essa faca? – um dos homens perguntou – Matará um de nós? – debochou, e todos riram.

A jovem riu também, e colocou a faca na própria garganta.

─ Vocês querem diversão? Se divirtam com uma garota morta então! – ela arranhou o pescoço com a ponta da faca, e um filete de sangue escorreu manchando a roupa branca à mostra.

─ Moça, você não precisa de tanto, ora vamos.

─ O quê? Também querem me entregar desonrada a meu pai para pedir algum dinheiro? Mas nunca que permitirei tal coisa! Ora se uma McCoucy se prestará a isso!

Antes que ela pudesse por a cabo a ideia de cortar sua garganta, os homens caíram. Loki pulou da árvore onde estivera observando a cena e observou a garota apontando a faca para si.

─ Não se aproxime! Quem é você? Um bruxo? Um demônio? – ele riu.

─ Acho que me achariam de tudo isso. – com um florear de dedos a faca que a moça segurava foi lançada em uma árvore próxima a ela – É assim que você paga seu socorro? O ameaçando com facas?

─ Quando um desconhecido aparece, a primeira coisa que se deve fazer é desconfiar. Principalmente se ele lhe salva de algo, quem diz que não pode ser outra armadilha? – uma moça esperta, sem dúvidas.

─ Apenas lhe salvei por motivos que nem eu conheço. Talvez tenha sido um acaso feliz para a senhorita, ou um momento de loucura para mim.

─ Não confio em ti, estranho, mas agradeço por ter me salvado destes homens. Se não tenho dúvidas são enviados de meu tio, para acabar com minha vida e colocar minha prima em frente ao noivado.

─ Bem, eu não perguntei. – Loki começou a andar para qualquer direção.

─ Ora! Que homem mal-educado! – Breanna chegou perto da árvore onde a faca estava, arrancou-a e cravou na sola do pé do homem que matara sua dama de companhia e correu atrás do estranho, ao menos ele tinha lhe salvo a vida.

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─ Posso saber por que a senhorita está me seguindo? – Breanna tentava amarrar tiras do vestido acima das roupas de baixo.

─ Bem, um inglês sozinho é menos perigoso que 7 escoceses bêbados.

─ Eu não sou um inglês.

─ Ora, escocês o senhor não é. Seus cabelos são muito pretos, seu rosto tem ângulos harmoniosos e sua tez não possui uma única marca de sol fora que é muito bonito para ser um desses escoceses que conheci em vida! – ela caminhou rápido a frente dele, escondendo sua tez rubra – É uma trapaça encontrar um estranho que seja tão charmoso quanto um demônio!

─ Talvez eu seja um demônio da trapaça. – Loki sussurrou para si mesmo, talvez aquela moça pudesse o ajudar em sua busca, afinal ele mesmo não poderia pegar a jóia depois dela ter ficado tantos séculos parada, reunindo poder.

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Loki caminhou e passou a moça, então parou na sua frente.

─ Permita-me me apresentar formalmente. Sou Loki de Asgard.

─ Asgard? Isso é algum país nórdico?

─ Pode dizer-se que sim.

─ Você não parece aqueles bárbaros nórdicos. Eu sou Breanna McCoucy, 3ª filha mulher do Lorde McCoucy, a única que ainda vive.

─ Muito interessante Lady Breanna. – ela não o corrigiu, devia chamar-lhe de Lady McCoucy, mas ela sabia que os nórdicos daquela época não tinham tanta educação, ou era o que dizia sua preceptora.

─ O que faz o senhor nessas terras tão distantes? – Loki sorriu.

─ Procuro uma jóia familiar que foi perdida há muito tempo. Talvez ela seja famosa por aqui? Uma grande pedra roxa, como uma ametista.

─ Hmm, conheço uma história, mas acho que não passa de uma história. O clã McNab possui um colar antigo, dizem que pertenceu a um rei, uma jóia roxa horrorosa que dizem carregar uma maldição de enlouquecer aqueles que a usam. – Bingo!

─ Tenho a sensação que essa é à joia que procuro. Saberia a senhorita se os McNab a venderia?

─ Os McNab? Aqueles saqueadores horrorosos? Eles lhe prenderiam, roubariam seu dinheiro e o venderiam como escravo!

Ah como Loki amava os escoceses, sua vontade era aniquilar todos e levar a joia do poder embora, mas não podia chamar a atenção de Odin. Por isso usaria aquela lady, se infiltraria sutilmente em sua mente e a faria o ajudar sem pestanejar, mas tal manipulação sutil tinha seu próprio preço.


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Notas finais do capítulo

Amo o Loki, mas Breanna bateu foi pouco u.u



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