Era domingo e uma tempestade se instalava nas ruas de Seattle. Phoebe ja se acomodava na cama entre Christian e Ana. A pequena tinha medo dos trovões e com apenas quatro anos ja demonstrava os traços do pai, mas nunca deixando de lado a doçura e timidez de Ana.

—- Boa noite meus amores.

—- Boa noite papai e mamãe.

—-Boa noite filha. -- disse a mulher abraçando a menina e sorrindo. O homem apagou a luz e abraçou as duas, quando um trovão deixou o quarto claro à menina se encolheu nos braços da mãe.

—-Sonhe, sonhe, sonhe meu amorzinho. Quando você fechar seus olhinhos coelhinhos coloridos irão lhe guiar para um caminho de chocolate. -- Anastácia cantou e em questão de minutos a menina dormiu. -- Ela dormiu querido.

—-Agora é a sua vez, durma. -- comandou para a mulher que com um sorriso nos lábios com o fato do homem ainda ser autoritário. -- Eu te amo.

—-Eu te amo mais.

E então o deixando o cansaço domina-la Anastácia envolveu-se na escuridão. Christian pegou no sono minutos depois de ter certeza que sua filha e esposa estavam bem.

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No Outro Dia

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Phoebe acordou animadamente naquela manha de segunda-feira, hoje finalmente seria o dia de sua apresentação na escola. Ela seria a Abelhinha principal todos contavam com ela e ela mesma conta com si, precisava dar o seu melhor.

Já com o uniforme e de café tomado a menina corria pela cobertura atrás dos pais para se despedir, pois só os veriam na hora da apresentação. Assim que esbarrou com a mãe a menina sorriu largamente e beijou-lhe a face.

—-Bom dia mamãe.

—-Bom dia minha abelhinha, pronta para a peça? -- disse Ana caminhando com a filha nos braços, ela estava sentindo um aperto no coração, uma dor quase insuportável porém ignorou e ficou na filha que tagarelava sobre sua animação.

—-Sim, eu quero realmente que você e o papai me vejam. --sorriu com as bochechas coradas. -- Espero que vocês gostem!

—-Iremos amar. -- assim que a voz do homem chegou aos seus ouvidos, Phoebe saiu dos braços da mãe e partiu em disparada em direção ao pai.

—-Ainw que bom, pois eu ensaiei muito e quero que todos gostem.

Disse enquanto o pai pegava a menina nos braços e a abraçava.

—-Todos amaram não se preocupe. -- Ana falou abraçando os dois.

—-Tenho que ir logo, até mais. --falou beijando novamente cada um e saindo correndo logo em seguida para a entrada do apartamento.

—-Tchau meu amor.

Só deu tempo de Ana se despedir e então ela sumiu entrando no elevador com Taylor.

—-Nem deu tempo de me despedir.

—-Tudo bem querido, você verá ela daqui a algumas horas.

Ambos sorriram e foram para a mesa tomar seu café.

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Meia Hora Depois

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Christian olhava impaciente para o relógio em seu pulso, Taylor já deveria ter voltado. Ligou novamente no telefone do segurança e nada, já estava irritado com a irresponsabilidade dele. Ligou novamente e quando o celular a tendeu, pronto para proferi cada xingamento uma voz desconhecida e desesperada falou do outro lado.

—-Alô? Se for da família do moço que sofreu o acidente, quero avisar que ele está no hospital principal da cidade, o carro capotou e só o achamos dentro do veículo, havia uma mochila azul céu com estrelinhas e decifrei ser de uma criança, não achamos o corpo e é melhor o senhor ou senhora ir ao hospital rapidamente.

Após o homem do outro lado se calar que o mundo caiu ao redor de Christian. O carro havia capotado. A criança não foi achada. O Taylor estava em um hospital. Não acharam a filha dele, nem o corpo.

Ele soltou o celular que caiu fazendo um som quase surdo aos ouvidos dele, Ana correu até o marido vendo seus olhos marejados e sem uma expressão no rosto.

—-Christian o que houve? O que aconteceu com a nossa filha?

A mulher perguntava e a cada minuto seu coração se apertava, porque ele não a respondia?

—-Ana, amor... -- ele sussurrou a assustando ainda mais. -- Um acidente...

Ele não precisou terminar para que ela entendesse tudo desmontou de uma vez só. Sua filha, seu pequeno anjo, sua joia mais precisa tinha sofrido um acidente.

Ela caiu de joelhos e começou a chorar descontrolamente.

—-Amor, isso... -- o homem havia se ajoelhado ao lado da mulher e tentava falar, porém as lágrimas e os soluços não deixavam o nó que se formava ao imaginar o corpo frio e sem vida de sua filha. -- Não...

—-Não o que Christian?...

—-Não... Acharam...

—-O que? Não acharam o...

Ela não terminou, pois ele assentiu, ela viu tudo girar e perder a cor antes de desmaiar.