PV EDWARD

Eu estava voltando de uma caçada, quando senti a brisa trazer o cheiro fraco de Bella. Era madrugada e ela não estava em casa?! Resolvi seguir seu cheiro e saber o que fazia uma hora dessas fora de casa e a encontrei sozinha no píer.

Bella estava linda naquele vestido e seus cabelos soltos balançavam com a leve brisa.

Espera! Esse vestido era o mesmo que ela usava na visão de Alice.

Então ela havia saído com aquele cara, no fundo eu gostaria que Alice estivesse errada com relação a essa visão, mas por outro lado se Bella estava aqui sozinha então o encontro realmente não deu certo. Será que a compressão já havia vindo à tona para Bella? Eu queria muito saber, mas na dúvida resolvi averiguar isso amanhã, e decidi também ficar aqui até que ela decida ir para casa e a seguirei escondido para me certificar que chegou bem em casa e amanhã a vejo na sorveteria e quem sabe até lá Alice não possa me adiantar alguma coisa quando eu chegar a nossa casa.

— Não pode ser? – Bella sussurrou. – Não pode ser...

Ela fechou os olhos e em seguida pude ver lágrimas cair. Segurei-me para não ir até ela, me doía vê-la sofrendo.

— A cópia do assassino de meus pais não pode ser minha única opção, não pode! Eu sempre quis construir minha própria família. Mas como fazer isso se não posso ficar com a única pessoa que pode me dar isso. Por quê? O que eu fiz? - Bella encara o céu com raiva- O que eu fiz Deus para merecer tudo isso de ruim em minha vida?

— Bella! – não me contenho e me aproximo dela. Ela olhou para mim e seu coração acelerou vendo Demetri em mim de novo.

— Não! Isso tem de parar! Você tem de lutar contra esse bloqueio.

— O que faz aqui? – perguntou se virando para encarar o mar de novo.

— Não desvie do assunto e olhe para mim.

— Eu não estou bem, por favor, não insista nisso agora.

— Você nunca estará bem enquanto não superar isso, enquanto a ligação não se fizer de sua parte. Então olhe para mim!

Ela se virou devagar e subiu seu olhar para meus olhos de maneira receosa.

— O que vê em meu olhar Bella? Por acaso é frio, como de um assassino?

— Não ele é acolhedor, transmiti segurança.

— Pode perceber que apesar da mesma aparência sou outra pessoa?

— Eu sei que é outra pessoa. E nesse tempo que convivemos, vi que é uma pessoa incrível, que nada tem a ver com aquele monstro, me sinto horrível por vê-lo em você, mas a sua aparência me faz lembrar-se a todo instante do que ele fez. – Bella sacudiu a cabeça como para espantar a lembrança dolorosa da morte de seus pais.

— Infelizmente eu não posso mudar minha aparência para resolver essa situação, à única forma é você ser capaz de sempre olhar para mim e ver apenas Edward Cullen. Você tem de olhar verdadeiramente para mim. – seguro seu rosto entre minhas mãos. – Olhe em meus olhos- e ela o fez- e veja a mim Bella seu vampiro.

— Demetri! – fala um vampiro num tom raivoso que se aproximou rapidamente de nós pegando-me totalmente de surpresa, eu estava tão concentrado em Bella que me desliguei de tudo a minha volta. Virei-me para ele e me pus à frente de Bella.

— Demetri Volturi, finalmente te encontrei fora daquele ninho de cobras que é aquele castelo dos Volturi.

— Acredite você não é o primeiro que me confundi com Demetri, eu me chamo Edward Cullen.

— Oras! Demetri inventando desculpa boba!

— Não é descul...- não consegui terminar de falar, pois ele já partia para cima de mim, o empurrei para longe, não queria lutar tão próximo a Bella, ela podia ser facilmente machucada.

Atacamo-nos, ele começou a ficar frustrado já que eu era mais rápido além de ler sua mente, então eu conseguia me esquivar de seus golpes e o contra atacava, eu poderia facilmente vencê-lo. Quando estava prestes a dar o golpe final senti meu corpo paralisar. Mas o que estava acontecendo?

— Não esperava por essa, não é Demetri?

Eu não conseguia me mexer, ele estava mexendo com minha mente e me paralisou.

— Você pode tentar, mas já aviso será inútil, estou controlando sua mente não conseguirá se mexer. - diz o vampiro vendo minha expressão de frustração por não conseguir me mexer.

— Por favor, me escuta eu não sou...

— Perdeu seu direito de falar também. - fala o vampiro debochando, ainda infiltrado em minha mente controlando meu corpo.

Como eu ia sair dessa? Será que Alice viu isso? Se chegou a ver, ninguém da nossa família poderia fazer nada, ele ia usar o dom neles também. Bella. Oh! Deus não permita que esse vampiro faça nada de mal a ela.

— Queria muito te matar arrancando pedaço por pedaço, tamanho o ódio que sinto por você, mas se estiver com seus amigos Volturi por aqui é melhor eu terminar isso de uma vez. Vou apenas arrancar a sua cabeça e queimar tudo, é uma pena pular toda a parte da tortura. Mas você morto é tudo o que desejei fazer durante anos e agora finalmente terei o prazer de fazer e vingar a morte de minha irmã causada por você seu monstro, em retaliação por eu não ter aceitado fazer parte da guarda.

Olhei para Bella era meu fim, mas ela seria a última coisa que veria antes de partir.

— Não! Não faça isso, por favor.- implorou Bella por minha vida.

— Ora humana tola ele é um monstro.

— Não é. – retrucou Bella desviando o olhar do dele para o meu - Ele é Edward Cullen meu vampiro.

Senti meu coração se aquecer, a ligação da parte dela havia sido feita, só lamento não podermos viver esse amor.

— Ele não é quem te disse ser, lamento que tenha tido o azar de fazer a ligação com um monstro. Acredite lhe farei um favor a livrando dele. – diz o vampiro posicionando seus braços ao redor de meu pescoço.

Eu te amo minha Bella me despedi mentalmente esperando que ela visse isso em meu olhar. Vi uma lágrima escorrer de seus olhos, e em seguida seu olhar de angústia e tristeza se torna concentrado e de repente Bella cai de joelhos parecendo fraca.

Desesperei-me querendo ir até ela, foi quando percebi surpreso que tinha o controle de meu corpo novamente.

— Mas o quê? – o vampiro fala confuso, quando percebeu seu dom falhar. Aproveito-me do momento, inverto as posições rapidamente e arranco a cabeça dele. E fui até Bella.

Bella arfava com se estivesse feito um grande esforço, ergui seu rosto, ela estava pálida e suava frio.

— Edward... – Bella sussurrou meu nome e desfaleceu em seguida, a pego em meus braços e ouvi minha família e Filipe se aproximar.

— Pai me ajuda!

Carlisle a examina.

— O pulso dela está fraco. O que aconteceu filho?

— Esse vampiro achou que eu fosse Demetri, sua mente estava tomada de ódio ele só pensava em me matar, quer dizer matar Demetri, tentei explicar que eu não era ele, mas não quis nem ouvir e partiu para cima de mim, eu estava na vantagem por conta do meu dom e minha agilidade superior aos demais vampiros, mas ele tinha um dom, ele entrou em minha mente e me paralisou, por mais que eu quisesse eu não conseguia me mover.

— Meu Deus filho quanto perigo! Como se livrou dessa? – perguntou mamãe apreensiva mesmo vendo que nada me aconteceu.

— Quando ele estava prestes a arrancar minha cabeça vi Bella cair de joelhos parecendo fraca, quis ir até ela e foi quando me dei conta que podia me mexer novamente, aproveitei que o vampiro estava pasmo por seu dom de repente ter falhado, arranquei a cabeça dele e vim até Bella que desmaiou.

— Não acredito que Bella conseguiu estender o escudo metal dela em você ainda sendo humana! – diz Filipe surpreso.

— Sim deve ter sido isso. – falo igualmente surpreso, assim como todos também ficaram.

— Isso deve ter sido esforço de mais para ela.

— Ela vai ficar bem pai?

— Vamos leva-la ao hospital, farei exames.

— Pai? – praticamente implorei por uma garantia de que Bella ficaria bem.

— Desculpe filho, eu realmente preciso dos exames antes de lhe afirmar qualquer coisa.

— Alice?- perguntei na esperança de que ela pudesse nos dizer alguma coisa. Ela se concentra em ver algo.

— Não veja nada com relação aos exames. Mas se serve de consolo. Ainda a vejo com você. Não perderá sua humana e agora mais do que nunca muito em breve vampira.

Vi todos ficarem felizes por mim ao compreender a frase de Alice. Bella enfim havia feito à ligação comigo.

— Obrigado por acalmar meu coração mais uma vez Alice.

— Á disposição maninho.