Friendzone escrita por moonrian


Capítulo 4
Enxerido de Cabelos Loiros


Notas iniciais do capítulo

Yoo, pessoas o/
Eu sei que demorei pakas, mas tive uns probleminhas aqui e não consegui pensar em nada além deles nesse tempo :v Mas agora que está tudo resolvido, cá estou eu para postar um novo capítulo contendo pessoas lindas e divosas *-*
Bem, eu não planejava inserir personagens de The Lost Canvas nessa fic, mas eles entraram sem que eu os convidasse :3 kkkkk
Quero agradecer a Haleth e a Mei pelos reviews inspiradores que me motivaram a estar aqui *-* Muito obrigada mesmo!
Agora tenham uma boa leitura.



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Quando o sinal para o fim da aula soou, Camus junta seus pertences calmamente e guarda tudo cuidadosamente em sua mochila escura, alheio as conversas aleatórias e ao soco no ar de felicidade que Manigold dá, arrancando risadas de alguns alunos.

Então um de seus colegas de classe, Afrodite Erikson, aproxima-se dele e colocando uma mecha de seu loiro cabelo cacheado atrás da orelha pequena, lhe pergunta sobre o trabalho de história que é para daqui a três dias. Assim que Camus responde com um dar de ombros e conta sobre seus planos de fazer a tarefa sozinho, o pisciano o convida para fazer parte de seu grupo de estudos com um sorriso meio lascivo nos lábios, dizendo-o que é apenas porque havia pouca gente fazendo parte dele – e havia pouca gente porque o loiro é muito seletivo quanto a quem ele se uniria em trabalhos.

Camus não se opõe a fazer trabalhos em grupo quando algum dos alunos vem a lhe chamar para fazer parte de um, apenas gosta de elaborar qualquer que seja a tarefa que receberá sozinho e do seu jeito – pode chama-lo de individualista, mas desde que esse seu defeito nunca trouxe maus resultados, ninguém vem a se opor.

Porém, Afrodite não quer deixa-lo fazer sozinho, insistindo que seria injusto com o aquariano e que ele mesmo deve ajuda-lo.

Camus não é tolo, sabe muito bem os motivos por trás da insistência do rapaz em ser prestativo, além de não ser segredo para ninguém que o pisciano não é do tipo voluntarioso.

— Então quando e onde podemos nos ver? – Pergunta Afrodite, jogando o cabelo brilhante que poderia muito bem fazer propaganda da L’Oréal Paris, para trás. – Para que possamos nos decidir sobre as coisas do trabalho.

Camus avalia o loiro meio andrógino de cima a baixo, vendo se valia a pena.

Afrodite tem um corpo esbelto e era possível ver que era bem definido. Lábios rosados e bem desenhados, rosto de traços suaves e até femininos demais para um rapaz da sua idade, entretanto viesse a ser mais bonito do que todas as garotas da escola. Seu cabelo loiro platinado parece macio e sedoso, provável fruto de horas e horas de hidratação que o rapaz dedica a suas madeixas, que tinham um doce aroma de rosas.

Camus decidiu que valia a pena.

— Eu te ligo e você me passa o endereço da sua casa, quem sabe? – Sugere o aquariano.

O rosto do pisciano se ilumina com um sorriso, embora o mesmo soubesse o tempo todo que o ruivo não o rejeitaria de maneira alguma.

“Quem em sã consciência nesse mundo rejeitaria Afrodite Erikson?”, pensa ele com orgulho.

O rapaz de cabelos loiros então puxa um cartão rosa claro do livro que carrega em suas mãos e entrega para Camus, enquanto o último se pergunta se Afrodite realmente anda com o número dele já escrito e preparado para possíveis casos de uma noite. Olhando para a forma como o rapazola o olha, ele não dúvida nada.

— Ligue para mim, então – diz o pisciano e então dá uma piscadela desavergonhada antes de jogar os seus cabelos e sair andando altivamente para fora da sala, deixando seu perfume de rosas para trás.

Camus observa o movimento de quadris de Afrodite enquanto este caminha para longe, pensando que talvez devesse ligar para ele esta noite mesmo antes de lembrar que além de não inflar tanto o ego de casos de uma noite (gostava de fazê-los esperar sua ligação), não poderia graças a um compromisso.

O ruivo guarda o cartão rosa no bolso lateral da mochila e caminha calmamente para fora da sala, enrolando o longo cabelo vermelho em um coque alto e desajeitado, pois o calor naquela cidade está parecendo uma amostra grátis do inferno.

Quando está próximo do portão do colégio, avista Milo de braços cruzados e recostado a um Mustang Boss 1969 preto, rindo abertamente enquanto um rapaz de cabelos escuros bagunçados é impedido de socar um garoto loiro de cabelo rebelde que estava sentado no chão e segurava o queixo – provavelmente levou um soco – por um rapazinho de cabelos castanhos e rosto de bebê.

O briguento, que Camus sabia se chamar Ikki porque este está sempre se metendo em confusão, rosnava algumas obscenidades para o garoto loiro de olhar demoníaco que ele não sabia o nome, apenas que todos o chamavam de Máscara da Morte por algum motivo que desconhecia. O sotaque japonês do leonino estava tão carregado por causa da fúria que Camus não consegue entender muita coisa – apenas algo sobre “por as patas sujas” em alguém e sobre canceriano ser um “fracote e mau-caráter”.

— Não exagere na surra, Ikki – fala Milo de maneira brincalhona, – você já deu a lição que ele merecia.

Ikki leva seu olhar irritado para o loiro de olhos azuis rebeldes.

— Eu dei apenas um soco nesse idiota! – retruca Ikki exasperado.

O loiro revira os olhos.

— E aparentemente um soco foi o suficiente para deixa-lo desmontado no chão. E você não pode socar todo mundo que mexer com seu irmão – dá de ombros.

— Eu posso sim! – replica o leonino – E esse filho d’uma puta chamou o Shun de viadinho...

Camus olha para o garoto baixinho e magrelo segurando o braço de Ikki, os olhos suplicando para que seu irmão parasse, e o aquariano até que compreendia a posição do pequenino; pois aquela algazarra atrairia a presença do diretor Shion, e ninguém tem coragem o bastante para enfrentar o homem após uma travessura. Mas o leonino não aparenta estar amedrontado com a possibilidade de ir para a diretoria ter uma conversinha com ele, na verdade parecia estar inclinado a se virar e voltar a socar Máscara da Morte, que agora exibia um sorriso cruel nos lábios manchados com sangue.

— Seu irmão não é exatamente hetero... – Argumenta Milo, tentando trazer um pouco de razão a Ikki.

Não que Milo achasse certa a maneira com que aquele garoto desconhecido havia tratado o irmão caçula do leonino, mas como esse ano havia prometido a Shaka que não semearia mais o caos, tenta fazer o papel de voz da razão.

— Mas ainda assim foi errado e ele tem que pagar.

— Para começar o seu irmão não é um inválido, ele sabe se defender; o que quer dizer que resta apenas duas opções: ou Shun é um idiota que suporta calado ofensas e espera que o irmão dele resolva todos os seus problemas, ou ele não achava que valia a pena sujar as mãos com esse monte de estrume.

Milo permite que o leonino reflita sobre o que acabara de dizer e olha ao redor, finalmente consciente dos curiosos que cercavam a baderna que Ikki havia criado. Mas então um chumaço de cabelo vermelho intenso chama a sua atenção e ele rapidamente encontra os olhos castanhos avermelhados frios de Camus de Lenfent.

O rosto do escorpiano se parte em um enorme sorriso que faz o ruivo se lembrar daquele gato de Alice no País das Maravilhas, e fica surpreso por este ser direcionado a ele em parte por ser um pouco fora de contexto e parte porque não esperava ser encontrado por Milo quando estava ao fundo daquele monte de gente.

— Camus! – Milo chama em alto e bom som, deixando os espectadores, Shun e Ikki catatônicos com a mudança de assunto repentina.

O loiro passa por todos ainda com os lábios enticados naquele sorriso meio cafajeste que o francês não gostou; Milo alheio aos diversos olhares acompanhando sua figura que caminha despreocupadamente na direção do aquariano.

O escorpiano para na frente de Camus, ainda agindo daquela maneira estranha que fazia parecer que eram amigos a eras.

— Como você pode ver, por mais que eu não busque encrencas, elas aparentemente têm grande apreço por mim – dá de ombros. – Não posso culpa-las, é claro... – afirma cheio de si. – Mas agora me diga: como foi sua aula?

Camus pisca duas vezes para o rapaz com aparência de anjo e sorriso malicioso a sua frente, a primeira sendo atribuída a estranha abordagem de assunto que o rapaz de olhos azuis ardentes resolvera utilizar e a segunda com o quão cara-de-pau o grego é para vir e falar com ele de maneira tão intima quando eles acabaram de se conhecer – e não por opção do francês, por ele o assunto entre eles teria acabado na cafeteria.

— A mesma de sempre. – responde de maneira sucinta.

Milo parece achar graça da resposta do rapaz.

— Esse é o meu Camus; um homem de poucas palavras! – Anuncia alegremente.

O rapaz de olhos castanhos avermelhados ergue levemente uma sobrancelha ruiva para o pronome possessivo que fora colocado antes de seu nome. Como assim o grego maluco fica dizendo por aí que ele é seu Camus?

Mas se Milo percebeu sua reação não demonstra, pois este já vai enlaçando a cintura do francês com um braço e guiando-o pelo caminho de volta ao carro preto, ambos desatentos aos olhares perplexos e/ou hostis que as fãs do aquariano lançavam para o loiro abusado – na verdade Camus está muito mais envolvido na grande questão de que distúrbio o rapaz mais moço deve ter para acreditar que ele lhe dera tal intimidade.

— Quer uma carona para casa? – Oferece Milo, maneando a cabeça em direção ao lustroso Mustang mais a frente.

Camus olha receoso para o carro preto, não confiando nas habilidades de direção daquele loiro demoníaco e cara-de-pau; na verdade Milo não é um tipo que inspira confiança sequer pilotando carrinho de mão, ainda mais um monstro de quatro rodas.

— Dispenso. Além do mais, eu não estou indo para casa.

Eles param de frente para o automóvel, mas Milo não tira aquele braço da cintura de Camus, e o rapaz já estava ficando ainda mais incomodado com aquela posição comprometedora com que se encontravam. Ele não tinha nada com o rapaz nascido sob o signo solar de Escorpião, mas aquilo estava deixando os alunos do Colégio Santuário com uma pulga atrás da orelha.

Milo acredita que essa resposta deve ter sido a frase mais longa que ouvira o francês dizer.

— Não interessa o destino, eu o levarei. Nós somos amigos, não é? – ‘somos?’, pensa Camus com escárnio. – E como você foi tão legal comigo a sua própria maneira reservada, acho que devemos esticar nosso tempo juntos com você me permitindo a tarefa de leva-lo ao seu destino. Além do mais a minha casa vai estar inabitável nas próximas três horas com Ikki e meu irmão abalando as estruturas do meu lar e preenchendo o lugar com chamados débeis por uma divindade e gemidos ininteligíveis. – Põe a mão ao lado da boca, fingindo contar um segredo quando na verdade sussurrava alto o suficiente para que todos os alunos que se mantinham em silêncio para ouvir a interação dos dois pudessem ouvir – Eu não sei se Ikki é tão bom assim que leva meu irmão para mais próximo de Deus e nem quero saber, por isso eu prefiro me poupar um trauma e ir contigo para seja lá onde você for.

Se fuzilar com os olhos funcionasse, Milo Karedes seria uma peneira; e não apenas porque grande parte das fãs de Camus de Lenfent não estava apreciando nem minimamente à ousadia do grego para cima do francês, mas também por causa de Ikki que não gostou nem um pouco de ter seu plano de fazer sexo selvagem com Shaka depois da aula exposto daquela forma.

Felizmente para o leonino ninguém sabe que Milo é na verdade o irmão caçula do professor de química Shaka, afinal seu relacionamento não seria bem-visto pelo corpo docente; mas ainda assim foi muita estupidez do escorpiano desvairado e impulsivo anunciar que ele é seu cunhado.

Enquanto Ikki se lamenta dos espectadores que poderiam se tornariam testemunhas em seu julgamento de assassinato a Milo Karedes, Camus pesa os prós e contras de aceitar a oferta do grego de leva-lo, mas após chegar à conclusão que permanecer a recusar seria um desperdício de saliva quando o escorpiano está tão determinado a lhe dar essa carona, solta um suspiro resignado antes de dar de ombros como resposta.

Um canto dos lábios rosados de Milo se ergue, satisfeito, e então ele abre a porta do carona com um floreio exagerado que faz Camus revirar os olhos e o grego dá uma risadinha com a reação do ruivo.

O escorpiano joga sua chave da casa para Ikki, que a pega no ar sem qualquer surpresa, e após o loiro lançar uma piscadinha para seu cunhado ele entra no carro, coloca seus óculos espelhados e parte para fora do colégio com o fã-clube do ruivo fulminando seu carro com o olhar.

Como uma pessoa com aparência tão angelical pode parecer tanto à personificação da encrenca, Camus não tem ideia.

Milo liga o rádio em uma estação que está tocando uma música da banda Foo Fighters, “The Best for You”, enquanto o loiro batuca o volante no ritmo.

— Para onde deseja ir, Sr. Lenfent? – Brinca Milo, fingindo ser o chofer do ruivo.

Camus não ri da piada e na humilde opinião de Milo, ele não acredita que o aquariano ache graça de muita coisa na vida.

— Para a biblioteca no centro da cidade.

— Dever de casa?

Camus sacode a cabeça, negando.

— Uma visita ao meu irmão e aulas de reforço para um garoto do primeiro ano.

O carro para no sinal vermelho e Milo aproveita o momento para virar seu rosto e ver a expressão estoica de Camus, interessado nas informações recebidas.

— Você tem um irmão? – O escorpiano faz uma retórica – Isso é bem legal! O que ele faz?

— Ele trabalha na biblioteca.

— E vocês moram juntos?

— Não, ele mora na casa da sua fraternidade universitária.

O sinal abre e Milo avança, voltando a sua atenção para o caminho à frente.

— Qual o nome do seu irmão?

— Dégel.

Milo vira à esquerda.

— Você mora com seus pais, Camus?

Camus remexe um pouco no banco, desconfortável com aquele interrogatório sobre sua vida.

Ele não compreende porque Milo está tão interessado em sua vida.

— Não. Sou emancipado e moro sozinho.

Milo parece surpreso.

— Emancipado? Seus pais deixaram você se emancipar?

O escorpiano também sonha em conseguir uma emancipação, mas obviamente o pai dele nunca permitiria tal coisa, então é obrigado a aturar as tiranias de Shaka até que finalmente possa sair de sua casa.

— Meu irmão me emancipou.

Milo compreende as informações implícitas naquela pequena frase, como o fato de o irmão mais velho do ruivo, o tal Dégel, ter sido o responsável legal dele até que o mesmo o emancipou; o que deixa também levantada a questão sobre os pais do aquariano, quem o loiro agora suspeita que devam ter falecido.

De qualquer maneira, acha que não seria uma boa ideia menciona-los com o rapaz ainda.

Não demora muito para que cheguem finalmente a enorme biblioteca de pedra que o fez lembrar vagamente daqueles castelos feudais que vira na aula de história e durante suas viagens de férias a França e a Inglaterra.

— Bem legal esse lugar – fala Milo tirando o cinto de segurança e com os olhos ainda presos na enorme construção.

— É ainda mais impressionante por dentro. Sempre que venho aqui acabo entendendo porque Dégel prefere a companhia dos livros a das pessoas.

Milo vira para Camus com um meio sorriso provocador.

— Você também parece do tipo que os prefere.

Camus dá de ombros.

— As interações humanas são superestimadas.

O escorpiano dá uma risadinha, ainda meio perplexo pelo francês saber fazer uma brincadeira e então segue o ruivo para fora do carro.

Eles atravessam a rua quando o sinal fecha e sobem as escadas até as portas de vidro escura, que ao abrirem faz um sininho prata no batente soar. Eles entram num saguão com um brilhante assoalho de madeira marrom, e atrás do balcão está um rapaz mais velho e muito parecido com Camus, embora seus traços fossem mais suaves e serenas do que a eterna expressão séria e severa no rosto do francês de cabelos vermelhos; e o cabelo do mais velho, que está preso em um rabo-de-cavalo frouxo, está tingido de verde – mas a raiz ruiva já começava a aparecer.

Dégel está sentado atrás de um balcão usando óculos de leitura e lendo um livro grosso do escritor Edgar Alan Poe, parecendo muito concentrado nas suas palavras para ter notado a chegada dos rapazes; isso é o que Milo pensava. Quando estão a dez passos do balcão, o rapaz fecha o livro e ergue os olhos azuis para eles.

— Olá, Camus – saúda Dégel com os cantos dos lábios se repuxando minimamente em um sorriso suave que desaparece tão rápido quanto surgiu e então volta seu olhar para o loiro. – Vejo que trouxe um amigo.

Milo abre aquele sorriso pecaminoso.

— Sou Milo Karedes.

— Dégel de Lenfent – aperta os olhos para o loiro, desconfiado – Eu não o conheço de algum lugar?

Milo lança um olhar de “viu só?” para Camus antes de responder o aquariano mais velho.

— Foi o que eu disse para o seu irmão, mas ele acha que eu o confundi.

— E devo estar acerto, pois você provavelmente me confundiu com o meu irmão – argumenta Camus, antes de se voltar para Dégel. – Hyoga já chegou?

— Sim e está indo na sessão de livros didáticos de língua estrangeira. Eu te acompanho até lá.

Dégel se põe de pé para sair de trás do balcão, mas Camus recusa a ajuda.

— Sei onde fica, não é necessário me levar.

— Sei que sabe, mas quero conversar com você. Faz tempo que não nos falamos.

Camus suspira baixinho, já sabendo o que está por vir.

Ele tenta impor um passo veloz mais para dentro da biblioteca, onde jaziam as enormes estantes de livros dispostas ao público – a biblioteca sendo um espaço de dois andares extensos e que pessoas desatentas podem se perder facilmente –, querendo encontrar Hyoga de uma vez antes que seu irmão inicie o interrogatório desconfortável sobre coisas que o aquariano mais jovem não gosta de falar. Mas Dégel o alcança muito facilmente e acompanha seu ritmo sem qualquer esforço.

— Seu médico me ligou. Por que você não tem ido a fisioterapia, Camus?

A pergunta atrai a atenção de Milo, que anda mais atrás para observar os dois irmãos, o escorpiano esperando que seja qual fosse a resposta de Camus contivesse algumas respostas para suas dúvidas.

O francês de cabelos vermelhos dá de ombros, indiferente.

— Para que? Minha mão nunca mais voltará a ser a mesma, Dégel.

— Mas ela pode ficar melhor do que está agora.

— Chega desse assunto.

Camus vira bruscamente em um corredor entre as estantes, tentando deixar seu irmão para trás, e dessa vez Dégel o deixa ir, seu olhar observando as costas demonstra apenas um pouco da enorme melancolia e preocupação.

Milo para ao lado do aquariano mais velho, observando a forma pensativa em que este observa o caçula fugir de suas perguntas, pensando que essa é a melhor hora para conseguir responder alguma das suas.

— O que aconteceu com a mão dele? – Inquere Milo.

Dégel parece voltar a realidade assim que o escorpiano dá voz as suas dúvidas, então volta seu costumeiro olhar inexpressivo para Milo.

— Não é da sua conta.

Então se vira e retorna para o balcão, deixando para trás um Milo confuso e ainda mais cheio de dúvidas.


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Notas finais do capítulo

Mas que fora foi esse, minha gente! Quem diria que Dégel é desses hahaha
Gente, eu provavelmente vou dedicar alguns capítulos para o romance de Dégel, mas ainda vai demorar um bocado, está bem? Então fiquem de boas que no momento vai ter muito Milo e Camus :3
Acho que Milo foi muito fela da mãe ao anunciar ao colégio sobre os planos safadjenhos de Ikki e Shaka hahahaha Eu amei u.u Mas Ikki não :v
Então, espero que vocês tenham gostado do capítulo e eu ganhe de presente alguns reviews :3
Beijos e até a próxima o/



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