Rosas Vermelho-Sangue escrita por Unicórnio Radioativo


Capítulo 2
Capítulo II - Loucura


Notas iniciais do capítulo

Agora começa a verdadeira história :D mas, novamente, tá um tanto curto. Apesar disso, tem uns flashbackzinhos muito loucos e explica quem são os personagens. Espero que curtam!



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Luppus estava ficando louco.

Ok, ele já era louco. Mas ele estava ficando mais louco ainda.

Lidara tantas vezes com venenos mortíferos, lidara tantas vezes com a sociopatia que assolava sua mente e o fazia querer matar, matar, matar. Sabia como disfarçar as mortes, conhecia cada uma das vítimas, lembrava de seus rostos e de cada método que utilizara para matar cada um, e, com todo o material recolhido, escrevia suas obras de arte. Claro, ele mesclava a morte, personalidade, nomes e aparência para não ficar tudo idêntico ao seu trabalho sociopático. Ele era esperto.

Mas Luppus Montevidéu nunca lidou com o mais perigoso dos venenos: o amor.

Luppus era apaixonado pela sua Desert Eagle dourada, pelo seu frasquinho de cianeto, pela sua adaga cerimonial que passara por toda sua família até a sua posse, pela sua coleção de facas de combate, pelos seus canivetes, entre outras coisas. Mas nunca por uma pessoa.

E o sociopata não conseguia acreditar que essa pessoa era Alexander von Tyr.

"– Luppus, posso ter o prazer de apresentar meu filho, Alexander von Tyr?

O anfitrião sorria enquanto trazia um homem de pele oliva e cabelos negros como a noite para perto do escritor. Era da altura de Luppus, talvez um ou dois centímetros maior, e não parecia frequentar a academia para tonificar os músculos visíveis. O smokin do rapaz era quase que colado ao corpo, como se quisesse mostrar o seu físico não tão bem-trabalhado, e as mechas negras estavam desarrumadas, mas não de um jeito ruim. Os olhos verdes do rapaz encontraram os azuis de Luppus, e o escritor sentiu seu coração bater mais rápido.

– Prazer, Alexander. Ou, se preferir, Alex. - ele disse, estendendo a mão. Luppus apertou-a, com um sorriso falso no rosto. - Não esperava sua presença nesta reuniãozinha. - os três olharam para trás quando ouviram o nome de Alex ser gritado por uma mulher alta, muito semelhante à ele. O anfitrião foi ao encontro da mulher, e Alex se virou para o escritor dando um risinho. - Mães. Tenho certeza que conversaremos depois... - Luppus flagrou uma piscadinha de olho do rapaz, e só então percebeu que não estava respirando."

Alexander era um esnobe filhinho de papai que Luppus havia conhecido em uma festa de celebridades de Sevenwaters, uma cidade costeira do Reino Unido pertencente à Inglaterra, aonde Alexander e Luppus moravam. Os von Tyr tinham grandes posses, e Luppus tinha uma fama e riqueza significativa, e sempre era convidado para essas festas. Mas, sinceramente, se não fosse por aquela festa, por aquele encontro de gente rica e mesquinha, o sociopata passaria o resto dos seus dias isolado dos sentimentos. E é como ele prefere a vida.

E o sociopata até conseguia acreditar que se apaixonara por alguém, mas não por outro cara. Principalmente Alexander von Tyr.

E Alexander von Tyr mal podia acreditar que estava apaixonado por um escritor de obras psicóticas com uma mente conturbada.

"Alexander não soube dizer o que sentiu quando viu Luppus. Ele era... diferente. Parecia normal, mas o rapaz sabia que havia algo por baixo daquela casca. Seu olhar era diferente, como se analisasse mais as pessoas do que o normal. O cabelo era de um azul royal que combinava com os olhos, e a pele pálida o realçava ainda mais. Era um cabelo arrumado, mas não tanto, e tinha um pouco de comprimento extra que ia até o queixo. Um resquício de um cavanhaque surgia em seu queixo, mas era tão discreto que mal era perceptível. O rosto longo e fino auxiliava na impressão um tanto estranha do escritor. As roupas não eram tão finas, mas eram adequadas para a situação. E o pior, ele sentiu o coração bater forte, e teve de respirar fundo.

Sem contar que Luppus Montevidéu era seu escritor favorito."

Alexander amava os livros de Luppus. Eram extremamente reflexivos, e cada um deles carregava sabedoria e um modo diferente de ver o mundo. Luppus era extremamente cuidadoso com as palavras, uma coisa que era extremamente importante para um autor, e suas obras eram fantásticas. Eram invejáveis, incríveis, com uma pitada de suspense e extremamente misteriosas, assim como seu escritor.

Mas, ainda assim, Alexander tinha um pai que iria o obrigar a se noivar com uma mulher estranha que ele nunca vira mais gorda na vida inteira, uma mãe que lhe enchia o saco toda hora e uma irmã homossexual que sabia os dramas de Alexander (ele era bissexual).

E o que os dois mal podiam imaginar é que seus destinos se cruzariam.

Muitas vezes.

"- Desculpe, só... preciso de um ar. - murmurou Luppus, afastando Alexander com a mão esquerda e andando rápido para fora da mansão. Ouviu seu nome ser chamado pelo rapaz, mas ignorou. Ele abaixou a cabeça, como se não quisesse ser pego, e praguejou mentalmente. "Merda", ele pensou, "O que diabos aquele babaca pensou?".

Luppus, tentando não explodir de raiva, entrou no Corvette negro e fechou a porta com força. Pegou as chaves, ligou o carro e saiu daquele lugar a 150 km/h. Ele respirou fundo, tentando esquecer o que tinha acontecido, e se não conseguisse, ao menos tentar entender o ocorrido.

Ele ainda não acreditava que Alexander von Tyr havia tentado o beijar."


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Notas finais do capítulo

Alex achando que pega o sociopata... HAHHA
Vai demorar, filhão.
Enfim, esse aqui já tem um pouco mais de yaoi, mas é pouquinho. Espero que tenham curtido, não sejam leitores fantasmas, critiquem, falem, BOTEM A BOCA NA BOTIJA MINHA GENTE!



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