A Caminho do Amor escrita por Eduardo Prado


Capítulo 26
Capítulo 26- Peocupações


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, no capítulo anterior, esqueci de colocar a parte da peça. O erro foi resolvido e, agora, é só ler. Houve algo muito importante no final do capítulo, então é melhor ler. Desculpa!
Boa leitura.



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Posterior a peça, tive que chamar a mãe de Tiago. Ela ficou com um rosto de preocupação.

—A doença deve ter chegado em um nível forte.- Ela me avisou.

Fomos correndo ao palco, que todos os atores e o pastor com sua esposa estavam ao redor dele. Estavam orando.

—Preciso ligar para uma ambulância.- Eu disse, pegando o meu celular.

—Eles não vão chegar a tempo.- A mãe de Tiago observou.- Alguém o carregue e leve-o para o carro.

Os amigos de Tiago o levaram para o carro e Tiago agradeceu. Eu entrei no banco traseiro, onde ele estava sentado e seus pais foram na frente.

—Gabi, não precisa vir.- Tiago disse.

—Relaxa.- Eu falei, enviando uma mensagem ao meus pais.- Eu só vou avisar meus pais.

**

No hospital, Tiago foi levado diretamente ao leito e chamaram o médico especializado. Após a mãe dele responder que ele não responde mais aos exames, o doutor olhou para ela.

—Vou tentar fazer o meu melhor. O quadro de seu filho é de risco.

—Tudo bem, doutor. Seja que Deus quiser.- A mãe dele falou.

Eu estava do lado de fora, muito preocupada com Tiago. Nunca reparei muito nas pernas de Tiago, mas eram finas. Estranhamente finas. Estava vendo o doutor examinar e vi a escápula de Tiago. Estava muito destacada e grande. O doutor teve que o ajudar a se sentar.

—Filha!- Meu pais disse assim que me viu.- Como você está?- Ele me abraçou.

—Estou bem, pai.

—Gabi, o que houve?- Minha mãe me perguntou.

—O quadro de Tiago piorou. Ele está muito ruim. Mas tenho fé. Vamos esperar e ver o que o doutor irá falar.

**

Depois de examinar Tiago, que era em torno de uma hora da manhã e meus pais já foram embora, o médico veio ao nosso encontro.

—Então, doutor. Como ele está?

—Ele está muito mal. Já mandei colocar o aparelho que o ajudará respirar. Daqui para frente, vou contatar um fisioterapeuta para o ajudar. A perna dele está com os músculos atrofiados, porque você não o levou ao fisioterapeuta?- O médico perguntou a mãe de Tiago, que estava com lágrimas nos olhos.

—Eu não sabia. Ele escondeu de mim.

—Tudo bem. Vamos tentar o ajudar com tratamento. Esperamos que tudo ocorra bem.

—Eu posso vê-lo?- Perguntei.

—Pode, mas acho que ele dormiu.- O médico avisou, mas eu entrei no leito de Tiago.

—Tiago?- Eu o chamei.

—Oi, Gabi.- Ele abriu os olhos bem devagar.

—Como está?

—Com dores nas costas, na cabeça e me sentido fraco e muito cansado. Nunca imaginei que estaria tão cansado assim.- Ele riu.

—Ti, não ri agora.- Ele riu de novo, depois que eu disse.- O que foi?

—Você nunca me chamou de “Ti”.

—Verdade.- Eu me sentei.- Eu amei a música de você cantou.- Comentei.

—Obrigado, amor.- Ele abriu um sorrisinho fraco, mas charmoso. Ele fechou os olhos.- Eu amei a sua música. Tocou muito o meu coração.

—Obrigada.

—Sua voz é linda.- Ele disse.- Posso te pedir um favor?

—Pode.- Falei, pensando que aquilo poderia ser o último dos pedidos dele para mim. Uma lágrima escorre em meus olho e passam pela minha bochecha quente.

—Prometa que você irá usar sua voz para louvar somente a Deus.

—Sim. Eu estou até pensando em me tornar cantora. Senti algo único no momento em que cantei.

—Sim... Sinto isso todas as vezes que canto. É como... se eu me completasse.

—Você precisa de descansar agora.- Levantei-me da cadeira e cheguei perto dele. Dou um beijo na testa e sinto a pele quente.- Dorme com Deus.

**

De manhã, Tiago não acordou cedo. Ele devia estar muito cansado. Eu não consegui dormi bem, então pesquisei um pouco sobre a Doença de Pompe e descobri que, por causa das dores musculares crônicas, Tiago devia estar muito cansado.

Fiquei com ele a manhã toda. Nós estávamos de férias e eu fiquei muito feliz de não me preocupar com a escola.

—Quer que eu busco nosso boletim?- Perguntei a ele.- Deve ter saído.

—Se... não for demais.- Ele respondeu fracamente.

Precisava de mudar de pensamento e peguei um ônibus para ir à escola. Minha mãe me ligou e perguntou como eu estava e depois me disse que o meu irmão poderia ligar a qualquer hora do dia.

Chegando lá, peço a secretária que pegue o nosso boletim, mas primeiro tive que mostrar a minha carteirinha, pois ele era novata.

Olhando o meu boletim, fiquei tão feliz. Um sentimento que tinha me deixado na noite passada. E depois olhei do Tiago e não me senti tão bem assim com as minhas notas... Senti uma vontade enorme de orar a Deus e pedi a Ele que desse forças a todos nós e que curasse o Tiago.

**

Depois de uma semana, Tiago saiu do hospital em uma cadeira de rodas. O médico disse que ele estava melhor. O tratamento estava dando certo e parecia que a doença estava deixando Tiago.

Eu estava radiante. E uma ideia surgiu em minha cabeça: vamos viajar. Ter um tempo só para ele e eu. Estava doida querendo ir à praia.

Meus pais hesitaram no início, mas depois deixaram. Com os pais de Tiago foi um pouco mas difícil. A mãe dele sempre colocando empecilhos no caminho, contudo ela deixou, com a condição de que nossos pais viajassem. Aceitamos.

**

Estávamos todos prontos, com malas e tudo. Tiago estava em sua cadeira de rodas, mas alugamos uma van. Iríamos ao Rio de Janeiro.


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