You escrita por PepitaPocket


Capítulo 3
A Novata




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/655860/chapter/3

Orihime já havia trocado vários e-mails com Unohana Retsu depois de ter tido seu currículo selecionado, por intermédio de uma agência de empregos.

Foi uma rara questão de sorte, pois acabara conseguindo um posto de trabalho antes mesmo de concluir sua mudança.

Mas, até então ela nunca tinha se encontrado pessoalmente com sua chefe e o receio de que sua potencial empregadora, não gostasse dela por um motivo, a atormentava desde então.

Mas, enfim naquela manhã, ela enfim teria uma resposta definitiva.

Suas economias, durariam no máximo seis meses, então ela precisava com urgência de uma fonte de renda confiável.

E, o emprego era em uma escola técnica para a formação de enfermeiras. Uma oportunidade inusitada, que teria um grande peso em seu currículo.

Ela quebrara muito a cabeça, pensando no que vestir, mas no fim escolhera um vestido amarelo de flores em um tom de rosa mais pálido, e uma sandália rasteirinha.

Ela queria ser o mais autentica naquela entrevista. Na verdade, ela gostava de ser assim em todos os seguimentos em sua vida.

Ajeitara seu cabelo, prendendo-o com uma presilha que muitos achariam infantil. Mas, aquele foi um presente de Sora. E, ela gostava de tê-lo por perto em momentos importantes, pois era como ter o espírito de seu irmão perto de si, um tipo de talismã.

Passara cuidadosamente um pouco de batom, na cor de cereja nos lábios, e fizera alguns retoques com maquiagem, nada que fosse exagerado ou superficial.

Olhara na direção do relógio, e resolvera chamar um motorista por aplicativo.

Considerando seus dois pés azarados, era certo de que não chegaria intacta onde tinha de chegar.

...

— Eu ainda não acredito que você me fez acordar cedo para isto. – Um rapaz parara em frente a escola, com seus cabelos laranjas desgrenhados e uma expressão mal-humorada.

A garota no banco do passageiro, apenas rolara os olhos, impaciente, para aquela crise de mal humor toda.

— Hoje é meu primeiro dia de aula irmãozinho... Queria que alguém importante da minha família, me trouxesse... O que tem de mal? – Karin perguntou baixinho, fazendo uma expressão tristonha.

A mãe deles havia falecido quando eles eram bem pequenos, e o pai deles acabara internado cinco anos antes, por problemas psiquiátricos, restando aos irmãos Kurosaki, apenas um ao outro como apoio.

Yuzu estava fazendo um intercâmbio no Canadá. Ficando apenas Karin e Ichigo. E, Ichigo estava agindo como um morto vivo por causa do término do relacionamento com Senna.

Ele havia trancado a faculdade de letras, e não frequentava nem mais o estágio como revisor no jornal que ele havia conseguido a tanto custo. Seu chefe, Urahara Kisuke era alguém relativamente paciente. Mas, tudo tinha um limite... E, Karin estava com medo que seu irmão colocasse seu futuro fora, em nome de alguém que não merecia.

— Tenha um bom dia irmãzinha... – Mas, Karin não havia desistido de seu irmão ainda, não quando ele lhe dera um sorriso gentil e lhe lançara um olhar lhe desejando o melhor.

— Arigatou. – A garota disse depositando um beijo, na bochecha de Ichigo que ficou um pouco surpreso com a atitude da outra... Já que Karin não era inclinada a demonstrações afetivas como aquela.

...

Orihime ficara impressionada com o tamanho do prédio onde ficava localizada a escola.

Era bem localizado no centro da cidade, e parecia haver uma pequena pessoas usando calças brancas, sapatos brancos e jalecos. Tanto que Orihime se sentiu um pequeno ponto multicolorido se movendo em meio àquela pequeníssima multidão.

Karin sabia que seu irmão normalmente se arrancava assim que ela desembarcava, mas para sua perplexidade, seu irmão não fizera isso naquele momento.

Ele estava segurando firme a direção com os olhos fixados na direção de uma garota que acabava de desembarcar de um chevrolet também branco.

A garota tinha uma beleza notável. Mesmo assim era incomum, seu irmão fixar tanto tempo sua atenção em alguma garota que não fosse Senna.

E, isso pusera um sorriso de esperança nos lábios de Karin.

...

— Seja bem vinda, Srtª Inoue Orihime. – Retsu Unohana deveria ter uns quarenta anos, tinha cabelos negros longos, mas que estavam encurtados por uma trança. Seus olhos eram de um azul profundo, e ela parecia uma mulher séria e retraída, seu tom de voz baixo e cadenciado.

— Arigatou, senhora. – Orihime dissera dando-lhe um sorriso genuíno que não fora retribuído.

Sua chegada ali, chamara a atenção de todos, por conta de seus trajes incomuns, e também por causa de sua beleza arrebatadora, que causaram alguns gracejos por parte da ala feminina e alguns murmúrios indignados da ala feminina.

Não demorou para que ela fosse conduzida até Unohana, que achou que se tratava de uma aluna, das mais perdidas. Mas, para a sua surpresa era uma das candidatas a vaga de supervisora pedagógica.

Seu currículo era espetacular, assim como seu desempenho acadêmico. Não tinha muita experiência, mas suas referencias eram muito boas, e o perfil batia com o que ela estava procurando... Mas, Unohana não esperava se deparar com alguém com uma imagem tão infantil.

— Inoue Orihime, eu sou proprietária desta escola técnica de formação de enfermeiros que ocupavam vagas nas mais renomadas instituições de saúde, ou como prestadores de serviços individuais. O prestígio de nossa escola, tem chamado atenção inclusive de universidades que tem buscado por parcerias. Mas, precisamos fazer algumas adaptações.... E, francamente minha especialidade é na área médica. – Unohana dera de ombros.

E, Inoue balançou a cabeça afirmativamente.

— Eu estive estudando os currículos da escola, e sua aplicabilidade no mercado de trabalho.... Eu fui a campo pesquisar, e sinceramente seria interessante uma atualização... Claro, mantendo sintonia com os valores da nossa instituição... – Orihime falava com uma surpreendente propriedade. Ela adorava aprender coisas novas e compartilhar seu conhecimento, e buscar maneiras de buscar novas técnicas para isto... Por isso escolhera cursar pedagogia, mesmo tendo afinidade com tantas outras coisas.

— Nossa? – Unohana não conseguiu evitar a curiosidade perante as palavras de Orihime.

— Hm. Sinceramente, eu estava um pouco em dúvida se não seria um passo muito ousado para alguém recém-formada como eu, assumir uma vaga fora do nicho principal do mercado, que seria a sala de aula. Mas, gosto de desafios, e gosto de cuidar das pessoas, e acredito que há muitos meios para isto, e aliar a educação com a saúde parece um meio mais do que...

— Impressionante. – Unohana que estava tão séria, repentinamente desmanchara-se em um sorriso.

— Sinceramente quando conheci você pessoalmente, fiquei surpresa... Com o quão chovem e... – A mulher prosseguiu falando suavemente.

— Infantil eu parecia? – Orihime completou a palavra com um sorriso de canto. Meus professores diziam a mesma coisa, mas eu sempre consegui surpreender positivamente as pessoas.

Orihime conseguira dizer isso sem soar pretenciosa, na verdade ela própria parecia surpresa de ter conseguido algo assim.

— Certo, eu tenho algumas sugestões, claro que precisam de uma analise e estudo mais aprofundado, mas sinceramente... – Orihime esforçava-se para manter a calma e eloquência, enquanto falava. – Mas, antes de continuar focando energia nisto, gostaria de saber se tenho chance. – Mas, no fim ela não conseguiu evitar uma mordidinha nos lábios de apreensão.

Que acabou desmanchou-se quando Unohana soltara uma risada espontânea, e um tanto estranha.

— Está de brincadeira? Poderá começar amanhã... – Unohana disse lhe estendendo a mão, com cordialidade, e Orihime teve de se controlar para não dar alguns pulinhos ali mesmo.

— Certo. – Mas, naquele aperto de mão, sua alegria ficou mais do que implícita, assim como o seu entusiasmo.

...

Pelas horas seguintes, Unohana lhe apresentou todas as dependências da escola, que era bem grande.

Ela também lhe mostrou qual seria sua sala, e lhe apresentou a uma colossal pilha de papéis, nos quais constavam todo o registro acadêmico da instituição que já tinha quase vinte anos de atuação no mercado. Ela teve também que passar no departamento de R.H, exame admissional e outras coisas que lhe tomaram um tempo relativamente maior do que o esperado.

Mas, o que lhe importava é que ela estava EMPREGADA.

...

Karin por sua vez, estava um pouco decepcionada com o primeiro dia de aula.

Ela havia optado por um curso técnico, porque não tinha a menor ideia do que iria escolher oficialmente na faculdade, porque não estava preparada para escolher sua profissão para a vida toda.

Gostava da área da saúde e se interessava pela enfermagem, porque seu pai tinha uma clinica domiciliar em casa, antes de ser interditado, mas pensar nele lhe causava dor.

Por isso, tentou pensar em outra coisa.

Foi quando seus olhos se depararam com a exótica garota de cabelos ruivos que tanto chamara a atenção de seu irmão.

Então, um sorriso de canto brotara nos lábios de Karin, que deixara aquela aula chata de história da enfermagem no Japão e fora até o corredor com a desculpa de que iria tomar água.

Apurou o passo, e calculadamente, esbarrou na garota, que acabou de algum jeito se estatelando no chão por causa daquilo.

Aquilo causou uma grande comoção, por parte de alguns alunos e também de Unohana Retsu que vinha vindo com Orihime.

— Srtª Kurosaki, porque não olha por onde anda? – Unohana dissera com calma, mas havia uma severidade assustadora em seu olhar.

A irmã de Ichigo olhara para baixo, aborrecida pelas coisas não terem saído como o planejado.

—Are, are Ichigo Kurosaki finalmente encontra uma namorada, é melhor ligar para o editor da sessão do clima, porque uma tempestade vem por aí.

Repentinamente a lembrança de certo ruivo lhe encheu a mente, e um nome lhe veio em mente.

— Kurosaki? – Orihime perguntou em um impulso, levantando de qualquer jeito e ainda acertando sem querer uma cabeçada em Unohana que havia se agachado para ajudá-la.

— Ah, Gomensai... – Mais uma comoção aconteceu, mas Karin fizera o registro de que a garota reconhecera seu sobrenome, e havia poucas pessoas com este sobrenome no país deles... E, isso acendera uma luz de curiosidade na mente de Karin que não esquecia o modo que seu irmão havia encarado aquela garota mais cedo.

Então, mesmo sem dizer mais nenhuma palavra, Karin tomou uma importante decisão: iria fazer com que aqueles dois se encontrassem, quem sabe assim as portas do coração de seu irmão se abrisse novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.