E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 51
Heterocromia


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo do mês!!
Cansada estou? Sim, sabe o que eu passei pra esse capítulo sair? Simplesmente o computador não queria salvar... E enquanto eu não tivesse terminado, pra postar. esse computador não seria desligado. E eu não dormi muito bem.
Então, amoras e amores, acho que eu posso dedicar esse capítulo para minha residente em Paris que mora no Brasil né?
Está dedicado. Á cherié que é minha Fã nº1
Obrigada por tudo♥


♪Fall Out Boys ~ Centuries♫
♪Stromae ~ Tous Les Memês♫


~Enjoy. ♥



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Mika

Você veio junto porque eu amo seu rosto. E eu irei admirar seu gosto refinado!

Meu batimento cardíaco vacilou, eu apenas queria me afastar de Victor. As paredes ao meu redor parecessem se fechar contra mim. Fiquei meio desconcentrada. Era um sentimento que me mantinha impotente em relação a qualquer outra pessoa, como por exemplo Victor; sendo que todo o meu sentimento atual tinha ido de avião para New York; e não!
 Eu não estava orgulhosa desse fato. 
Queria pensar que agora que Armin foi embora, eu poderia dar toda minha atenção para o Victor; mas... Victor não é mais aquele garoto que eu conheci.

Estou sendo egoísta. Eu sei... Em Nova York deve ter tantas oportunidades, senão mais que tem aqui em Paris. Primeiro porque ele simplesmente desistiu do seu ponto de partida, vulgo Cannes; para. New York. Mesmo assim, não está certo. Eu só consigo imaginar como ele pode estar acabado com uma só palavra, de carreira interrompida por uma ordem; ter a juventude roubada por um Serial Killer!
 Então minha garganta se fecha, e preciso apoiar-me em algum lugar.  Essa última ideia absurda, faz tanto sentido pra mim que me desfoco totalmente. O que eu estava fazendo...?

(...)

Tirando os livros das mesas.  
De Paris a Nova York são 08:20 minutos de viagem. Ele deveria ter me mandado uma mensagem por volta de 15 horas...

Ontem a mensagem dele parecia mais sobre um adolescente que viaja a férias para um lugar novo e empolgante. Talvez para ele estivesse sendo empolgante; eis, a questão, que não estava sendo algo tão fantástico para mim.

Mesmo que a vida seja DELE.

 

25/04 – 16:45
{Cheguei!
 Viagem cansativa. Estou bem.
 Estou em um hotel em Washington Heights, em Manhattan.
Quase não têm nuvens no céu, típico clima primaveril.}

25/04 – 17:32
{Desculpe não ficar e ajudar nas aulas de apresentação. Desculpe por tanta coisa que eu não consegui falar pessoalmente.
Estava com medo de ir, eu estava com medo de ficar, eu estava apenas me apoiando em você.}

A culpa não deixa de ser dele por me conquistar, e depois partir. E eu fui burra o suficiente para ser pega nessa conquista louca, meia boca e esquisita. E ficar olhando as mensagens que ele me mandou sem responder nenhuma, não é lá uma atitude muito normal. Ou correta, ou sei lá. Estou hesitando de responder as mensagens de ontem, porque me dei conta que Antonie tinha razão.

19:59
{Eu queria ter te beijado sobre as estrelas. Mas, será que você gostaria de se lembrar disso?

Fico feliz que você foi a última pessoa importante que eu vi na França.}

Cada mensagem serve para me deixar mais vazia, irritada e triste que já estou.

*

Não queria ignora-lo; ele deve estar muito ocupado, para só me mandar mensagens em vez de ligar. Digo que ao menos ele está mandando mensagens, é um belo sinal de que ele ainda está vivo.  Agora eu estou parecendo uma bibliotecária velha, mal humorada só porque o ex foi embora.  

Eu não estou no meu normal, e isso é horrível. Como um cara tem a capacidade de fazer umas coisas dessas comigo?
 A verdade é que ele não pode. É meu subconsciente que quer ele ali do meu lado.

26/04 – 14:31

{Me diga se os meninos estão cuidando bem do teatro...
E como estão os ensaios?
O que decidiram por aí?}

—Bonjour. – Era no horário de almoço quando vejo Simone; ela parecia preocupada com meu bem-estar. –Como você está? – Eu estava do lado de fora da biblioteca pensando em um lugar para comer.

—Bonjour... – Respirei fundo. – Estou bem, e você? Como está?

—Acho que vou me acostumar... – Se logo de cara vamos falar do Armin, que seja bem na cara mesmo!

—Estou impactada demais para dizer que vou “me acostumar”. – Faço aspas. Simone acena. Ela e Armin entraram no Depardieu basicamente juntos, estudaram juntos; por mais tempo que eu. Ela deve sentir muito mais falta que eu. – Mas, isso ia ocorrer uma hora, não é? – Ela inclinou a cabeça.

—Ia perguntar se podíamos almoçar juntas... – Acenei.

—Claro Simone! – Fazia tanto tempo que nós não comíamos juntos, é decepcionante saber que isso só ocorria porque ambas estávamos meio... Chateadas.

—Hey. Vai ficar tudo bem, o show não pode parar porque está desfalcado.

 Fomos a um restaurante português do outro lado do Sena, ele é próximo da Cinemateca, é um ambiente aconchegante; geralmente eu, Niedja e Armin almoçávamos à beira do Sena, ou nos degraus da biblioteca; então estar em um restaurante era uma coisa que eu não estava acostumada.

—Qual seu tempo de almoço?

—Uns 55 minutos. – Ela responde. – Porém, não estava me sentindo bem. – Ela me mostrou o celular.
  

 {Não estou dizendo que estou arrependido.
Só não queria ir com você brava comigo.
Sei que  não ficou nem um pouco feliz...
 Nem que foi um pouco.
Não quero pensar que essa decisão foi burra ou errada.
Katherynne ressaltou isso para mim umas mil vezes. }

Ela respira fundo. Parece aborrecida.

—Você tinha dito algo para ele? Antes de ele ir embora? – Simone nega.

—Já havia dito pra ele que não precisava provar nada, falei que não era pra ele ir, disse que os pais dele iriam surtar! – Ela bebe um pouco de água. – Você nunca ouviu os pais dele ao telefone. Armin fica pálido como papel quando um deles ligam. – Estou chocada. – A vida é dele, mas, a vida não deve ser uma competição que ele compete sozinho.

—Os pais dele ligam? – Ela acena. – Eu não sabia dessa! Nunca vi.

—São em dias e situações precisos... Antes de uma apresentação, após as provas, e quando recebem alguma reclamação. (...) Não é algo que não apoio, mas, em todos esses anos na França, nunca imaginei que por causa de uma apresentação ele iria embora! (...) De todas as coisas que ele já decidiu, não gostei do rumo que essa tomou.

—Pensei a mesma coisa. – Disse. – Antes de você chegar ele tinha acabado de me mandar uma mensagem. – Mostrei pra ela, que não pareceu surpresa.

—(...) Ele queria mesmo ser Regente?

—Eu não faço ideia.

—O que ele estava ensaiando? Não era sobre reger, ele me chamou para ensaiar no final do mês, e não era todo dia.  – Ela bateu uma mão na outra. – Rowell vai aprontar!

—Isso é bom?

—Da última vez, ele virou inimigo dos coloridos! – Seu sorriso vacila, mas, depois ela muda a expressão. – Perdão. Devo perguntar... – Nosso almoço chega nesse momento. – Antes de ir, ele foi gentil e, ou amável e carinhoso contigo?

—Humm. – Fecho os olhos. Foi dolorido. – Ele me chamou de “Sonho que eu sonhei”.

—É uma grande coisa! – Ela diz calma. – Quando falei que ele estava abandonando a família, o clima ficou estranho. – Simone olha em volta. –Esqueço que ás vezes ele é ambicioso.

—Uma caixinha de surpresas??

—Uma caixinha ambiciosa de surpresas. – Simone respirou fundo. – Como estão trabalhando sem ele?

—Obviamente vão contratar outra pessoa. (...)Preciso perguntar… Você vai cantar Mozart nos seus testes? – Ela deu um sorriso.

—Estava pensando em algo como Jacques Offenbach. – Sorri.

—Vai ser perfeito!

Passamos o restante do tempo juntas falando sobre as apresentações; e com o receio que os donos do teatro aparecessem lá também nos nossos testes. Conversamos até eu deixar Simone na Cinemateca e eu seguir para a Biblioteca.
Respiro fundo; eu queria saber mais o que eles conversaram para ela simplesmente falar “esqueci que ás vezes ele é ambicioso”.
Nunca associei Armin com ambição. Associava com arte, talento; não ambição; agora associo com orgulho e ego.
  Sei que Simone está visivelmente chateada com a decisão dele, mas, o que nós podemos fazer? O que poderíamos ter feito? Nada. A decisão foi dele, e precisamos nos acostumar com isso e aceitar.

E esse era o problema.

*

Não me lembro qual foi a última vez que eu havia visto Niedja tão feliz; como ela estava desde que leu aquela carta, que Dégel escreveu e Victor trouxe. Eu estava feliz por ela.
 Mas, também estou receosa, e se fosse um truque?

(...)

Mas, e se não fosse nada?

19:23
{Não existe isso de “férias de primavera” para a minha mãe.
Ela me ligou, e assim como todas vocês, me chamou de irresponsável.
O lado bom é que ela está em algum ponto da Ásia; não vai aparecer aqui.}

Era Armin.

19:36
{Tentei te ligar, mas, a ligação não completava.
Vou comprar um outro chip, e na verdade, espero que quando eu ligar você atenda.
Não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós.  }

Logo a sensação iria passar.

*

Na hora de ir embora, Nieh me pediu para ler a carta novamente, e mesmo que eu achasse aquilo sofredor, era uma dor que ela sofria com alegria; eu só precisava guardar a carta depois.   

—Sei que você não aprova isso. – Nieh falou. – Mas, é. Diferente.

—Guilherme não lhe escreve cartas?

—O que? – A encaro.

—Seu namorado! – Seu rosto fica vermelho. – Ele não escreve cartas?

—Não. Digo, não desse jeito.

—Que jeito? – Ela começou a gesticular com as mãos, estava nervosa.

—Bem... Tipo, você sabe, o jeito que Dégel... escreve é quase que. Sabe; profundo, quase que...

—(...) – Hesitei. – Se você se apegar demais, ele pode ir embora... – Ela acenou.

—É só pelo jeito dele escrever. Encantador demais... – Ela revirou os olhos. – Gosto de admirar bons poemas.

—Eu acho que você gosta do autor deles! – Dou uma risada colocando a minha mochila nas costas.

—Nada disso; nem começa. – Ela dá risada toda vermelha. – É um sentimento tão gostoso. – Ela riu. – Você não entenderia... – Céus, ela estava apaixonada, tão alta...  – É estranho receber essa atenção depois de tanto tempo.

—Só não se empolga. Ele.

—Eu sei; ele é um coloré, pode ser um truque. – Ela parou. – Tsc. Deixa eu aproveitar essa de ter outro pretendente; você não é a única que pode ter isso, tá?

—D’accord. – Respondi rindo. – Pardon. Não vou quebrar a sua magia. Apenas, me devolve a carta para eu guardar.

—Claro.

~>

Assim voltamos ao dormitório, deixamos as coisas no quarto e voltarmos ao refeitório; se eu não estivesse com mais fome do que cansada, teria ido dormir.

—Porque Niedja está tão sorridente? – Kathy perguntou se juntando a nós à mesa.

—Poemas... – Ela respondeu.

—Hm... Sei. Poemas... – Ela colocou uns papeis na mesa. Convites? – Bem; fui convidada, repito CONVIDADA para ir no Baile de máscaras em VERSALLES. E não participar apenas do piquenique. – Estreitamos os olhos.

—Quem te convidou?

—Achei fabuloso. – Ela sorriu. – E eu vou sim!

—Você é de menor.

—Por isso, vocês vão comigo!

—Aan... Quem te convidou Katherynne? – Niedja pergunta novamente.

—Bem... – Ela olhou em volta do salão. – Alexy me convidou, Lafayette te convidou. – Ela apontou para Niedja. – E Antonie mandou eu entregar esse convite para você! – Meu rosto queima.

—Erh... Alexy te convidou?

—Alunos maiores de 19 anos podem comprar um convite e pedir autorização para acompanhante; ele me deu uma, Lafayette deu outra; porém Antonie retirou especialmente para você! – Ela estava animada. – Preciso encomendar um vestido que combine com a minha máscara. – Ela sorriu. – Talvez um bordô ou um azul cobalto...

—Porque não usa o vestido que comprou ano passado?

—Não se pode repetir vestido! Talvez um roxo...

—Porque Lafayette me convidou? – Indagou Nieh.

—Porque eu pedi. – Estamos surpresas. – Olha, eu nunca fui ao Baile noturno de Versalhes. Sempre imaginei que iria com Mateus; mas, estou vendo que isso não vai acontecer. Agora vamos ir!

—Não sei se Guilher.

—Nem ouse dizer nada ao empata rolê.

—Não posso mentir pra ele.

—Ocultar não é mentir.

—Confiamos um no.

—É só uma noite... E outra; Lafayette foi tão gentil, vai desperdiçar o euro dele?

—Quando é isso? – Perguntei.

—Ah! 27 de junho. – Kathy bateu as mãos. – Então não vou economizar em parecer-me com Maria Antonieta.

—Ouh! – Exclamei. – Ou seja, luxuosa!

—Sim!

—E claro; você vai precisar de um Luís XVI – Kathy fez uma careta de repugnância e se virou para o lado. Dando de cara com Luco. – Eu serei seu Luís XVI com prazer.

—Para ser ofuscado por mim. – Ela riu.

Katherynne riu para Luco!

—Ah, claro; Maria Antonieta precisa de um Axel von Fersen. – Ele disse “sedutoramente”.

—Você? Axel von Fersen? O possível amante de Maria Antonieta? – Ela o encarou debochadamente, quando ele acenou, Kathy levantou as mãos. – Não serei sua Maria Antonieta.

—Claro Você está no nível de Diana de Gales, minha musa de espartilho.

—Aan... – Ela mexeu a mão o afastando. Com um sorriso! – Ao menos você tem bom gosto.

—Se tratando de você, eu sempre tive. – Ele retribuiu o sorriso.

 (...)

Eu e Nieh nos encaramos. Então Luco sentou ao lado dela.  Ele não estava com os amigos dele.  Mas, o que (…)?

—Já pensou em usar um vestido verde escuro? – Ele estava tão perto dela. – Com a maquiagem e o penteado certo, vão olhar para você duas vezes mais.

—Uma pena o estilo barroco da realeza não combinar contigo. – Sarcasmo?

—Caso você tenha se esquecido, eu combino com qualquer estilo!

—Claramente eu não te vejo nesse tipo de roupa.

—Mas, verá, Vênus de Resina...

—Perdemos alguma coisa? – Digo depois de uns segundos. Kathy me olha. Quebrei o clima.

—Não. Você não entendeu; – Ela o encara. – Eu não o vejo no Baile noturno de Máscaras! – Luco ficou surpreso.

—Como assim? O Baile no Palácio? – Ela acena. – Mas, você não pode ir, não tem idade. – Kathy riu.

—Posso, porque eu tenho autorização e convite; você não! – Ela apontou para ele. – Agora, se contente com o piquenique barroco. – Ela se levantou em seguida. – Nós alugaremos os vestidos juntas; não me decepcionem. – E saiu deixando nós duas com Luco, com uma expressão indecifrável.

—(...) Você deu autorização pra ela? – Olhei para Luco.

—Não. – Respondi.

—Ela não pode ir; ela pode conhecer alguém e.

—Tomara. – Nieh disse. – Digo; vocês não estão mais juntos, faz tempo!

—Não! – Ele retrucou. – Não tem nada a ver. Temos uma conexão. – Luco se levantou.  – Vocês viram, ela conversou comigo! Estávamos bem!

—Olha...

—Olha monitora; eu não vou perder novamente minha galáxia! Eu amarei ela por muito tempo –Ele olhou para Nieh de um jeito assustador. – Eu não vou deixar mais nada sair do meu controle! (...)

—As coisas estão saindo do controle de Luco.

—Você viu Kathy e Luco? De fato, eles tiveram uma conexão.

—O que foi muito estranho. Tão do nada...  – Nieh riu.

—Que foi?

—Antonie quer você em Versalhes.

—Ele vai ficar esperando... Ergh; eu hein....

—Mas, foi bem fofo!

~>

22:26
{Você está com tanta raiva de mim assim?
Como você está?
 Como as coisas estão?}

22:46
{Sim. Estou te evitando.
Estou magoada ainda.
Que horas são em NY?}

 

22:50
{Estou feliz por ter me respondido.
Como você está? Me desculpe.
Agora são 04:50 da tarde. Estou atrasado 6 horas.}

22:54
{Não sei se dá para te desculpar...
Pois, agora você está em outro continente...
Estou bem senhor atrasado; defina New York para mim.}

 

22:56
{NY respira moda, cultura e arte.
 Estou em uma mistura de diversidades culturais;
É movimentada, mas, também é bela. Apenas grande demais para mim...}

 

23:02
{Achava Paris grande demais?}

23:07
{Nunca achei a França grande demais... Aqui eu sou um detalhe. Na França eu era o “Faz-Tudo-de- Paris”; eu conseguia alcançar o céu. }

23:12
{Você dominava a França. E era bom...
Honestamente? Está tudo estranho...
Está tudo uma bagunça.}

23:14
{Não sei o que dizer agora... Mas, não vou dizer que foi um erro.}

23:16
{Você está preso em um sonho. Quando acordar, tenho certeza que Paris estará de braços abertos para te receber.}

Antes de respondê-lo, ouvi batidas ritmadas na porta, o que era estranho naquela hora.

—Seward?! – Nunca esperava ver ele na minha porta. Ele deu seu sorriso escandaloso que me arrepiou. – Bonsoir. Precisa de ajudar? – Tão suspeito.

—Bonsoir Moniteur...  Você está bem? Não estava deitada, né?

—Pois não, Luco?

—Posso entrar?

—Está tarde.

—Por você estar sozinha?

—Exatamente. – Ele respirou fundo.

—Prometo que será rapidinho.

—Não Luco. Diga daí. – Luco fez bico.

—Não dá!

—Eu es. – Antes de terminar a frase, ele entrou no meu quarto com tudo. – Luco saí!

—Vai alarmar os outros! – Ele fechou a porta. –Preciso de sua ajuda.

—Não deixei você entrar. – Disse irritada.  

—E sei que você me detesta; porém... Eu gosto muito da sua amiga!

—Eu s.

—Não, você não entende. – Ele riu se sentando na minha cama. – Você não sabe como foi bom ser recebido com pratos, depois recompensado com beijo. Mesmo que seus lábios tivessem fúria em vez de desejo... Foi delicioso ter ela se debatendo em meus braços... – Ele ria. Assustadoramente. – Ela ainda tem os cabelos macios, e o humor ácido que amo...

—Quando ela se debateu nos seus braços?

—Ué, quando ela brigou com Simone por causa daquele lá; eu segurei ela, você segurou a Simone. – Eu nem lembrava mais disso. – E o sorriso dela me fez recorrer que; eu quero ela de volta. – Ele pegou meu cobertor e jogou na cara, como um estupido apaixonado.

—Ergh. Luco por favor, solta meu cobertor. – Ele largou e eu segurei o cobertor. – Você sabe porque ela te deixou, porque você fumava, bebia, se drogava...

—Não! Talvez um bom vinho. Mas, eu nunca fumei. Credo; estragar essas pérolas do sorriso? – Ele sorriu. – E eu não me drogava.

—Todos vocês faziam isso. Sabemos disso. – Luco negou.

—Dégel tinha uns remédios que deixava a gente alto. – Ele gargalhou. – Talvez muito alto! Mas, nunca houve drogas. Claro, os remédios são drogas, mas, ilícitas, nunca!

—Vocês tomavam os reméd.

—Você dormiu com Armin? – Ele me interrompeu.

—O que?

—Intimamente com Armin...

—Não!

—O cobertor tem o cheiro dele.

—(...) É apenas um perfume! – Ele pareceu desconfiado, mas riu mesmo assim. – Vocês tomavam os reméd.

—Acho que você devia ter dormido com ele. Talvez ele ainda estivesse na França.

—Meu Deus! Que deselegante! O que você quer Seward?

—Eu quero arriscar tudo para conquistar ela! – Pisco.

—E porque você está me dizendo isso? Porque não fala para seus amigos?

—Tenho outros planos com eles; e você é amiga dela.  Céus, você viu como ela sorriu para mim! – Considero muito esquisito ele parecer sóbrio falando aquilo.

—Não acho que ela queira sair contigo. – Ele pulou com tudo da minha cama fazendo um barulhão. – Shiu! Os residentes de baixo!

—Porque ela está saindo com outra pessoa? Tenho certeza que você sabe quem é! – Nego. – Sabe sim.

—E quem poderia ser?

—Não sei, me diz você.

—Luco; EU NÃO SEI! Só sei que você entrou no meu quarto falando da Katherynne e pedindo ajuda, sendo que você até agora resolveu seus problemas muito bem. – Ele hesitou.

—De fato. Mas, eu tinha tudo com as estatísticas exatas. Katherynne não está nas estáticas, ela é imprevisível, é magnífica é por isso que ela é uma dificuldade excitante. Eu sinto falta dela.

—Você estragou tudo, aceite isso.

—(...) Não! Não fiz nada!

—Não venha dar uma da “João-sem-braço”.

—Eu nem sei quem é esse cara. Mas, eu sei que eu não fiz nada! Isso foi na semana do aniversário dela; do nada ela vai lá e me troca pelo Monitor. – Céus... Virei psicóloga. – E daí que eu estar dopado demais para, prestar atenção que ela estava me trocando?

—Você era bem agressivo. Você dava medo nela. – Houve uma pausa. – Hoje ela te bate bonito...

—♪E eu adoro...♪ – Ele mordeu os lábios. – Uma pena que parou...

—Pelo amor de Deus Seward... – Passei a mão no rosto. – Por favor, preciso dormir! E não posso te ajudar em nada... – Então ele fez uma postura formal e esticou a mão. Estreitei os olhos.

—Me dê seu convite para o Baile de Máscaras; sei que você não pretende ir.

—Não pretendo?

—Sil vous plaît Moniteur... – Ele se ajoelhou na minha frente com as mãos juntas. – Você não quer ir.

—Seward sai do meu quarto! – Ele bufou. – E levanta que está ridículo!

—Certo, e se eu pagar por ele?

—(...) –Hmm. – Quanto você pode me pagar?

—Quantos zeros você aceita?

Sério que eu vou negociar com o Seward?

Bom, eu nem queria ir mesmo...

*

27/04 – 07:10
{Sabemos que essa semana vai ser turbulenta.
E sabemos que você é capaz de  conquistar a plateia
Eu sei que as estrelas brilham pra você.
Concentre e não mude o programa, mando vibrações positivas para todos.
Cabeça erguida, vista sua armadura, tudo ficará bem.
Tenham uma boa semana..
}

Minha cabeça doía, como raios, Armin fica a madrugada acordo para mandar mensagens? Ele devia dormir. Logo d manhã Françoise entregou para cada Monitor o cronograma de apresentação dos testes para passarmos de ano. Eles eram deveras assustadores, e muito exaustivos. Mas, cá estávamos nós, para isso mesmo.

—Teve notícias do Armin? – Nieh pergunta se sentando do meu lado de manhã. Estou atolada em papéis.

—Nova York é linda, ele sente remorso. A mãe dele brigou com ele. Nos desejou uma boa semana.

—Uma boa semana.... – Kathy disse sarcasticamente juntando-se a nós. – Eu já falei mal dele o suficiente. Vou focar nessa semana! – Ela respira fundo.

—O que você decidiu fazer? – Pergunto.

—Chorar! – Rimos. – Brincadeira. Já temos um cronograma? – Levanto a mão.

—Sim; as apresentações do 4º andar serão ás quintas. Não tem ordem para música, interpretação ou dança. Dueto é permitido SE, apenas SE você ajudar sua dupla na apresentação dela. Serão 3 quintas-feiras que ocorrerão suas apresentações.  As suas são as sextas Nieh.

—Tipo, quatro apresentações? Minha nuca doeu.

—Semana que vem é a semana das provas. Sugiro que escolham o mais difícil para vocês primeiro.

—E o que você vai fazer?

—Não pensei muito nisso... Minha cabeça estava ocupada com outra coisa.

—Outra coisa? Começa com A e termina com Rowell?

—Na verdade começa com L e termina com Seward. – Kathy ergueu os olhos.

—Não entendi.

—O que foi aquilo ontem? A interação de vocês dois?

—Ah! – Ela exclama com a mão no peito. – Apenas uma coincidência. Juro que já falei mal dele o suficiente para sair com ele. – Ela se aproxima de nós se curvando na mesa. – Estou saindo com o Amajiki! – Ela diz sorrindo.

—Mas, o clima entre você e Seward ontem... – Ela riu.

—Bom, Luís XVI não gostava de Maria Antonieta. Diana de Gales se separou de Charles; não teve boas referências. Deixei ele falar.  – Ela negou com a cabeça. – Aquela heterocromia dele me apavora. – Fico uns segundos em silêncio.

—Espero que a máscara disfarce.

—Que?

—Eu tirei 92.98! – Igor bate na mesa animado. – Como Regente!

—Oh céus!! – Nieh diz.

—Aaah! Meus parabéns!!

—Parabéns!

—E quanto seus músicos tiraram? – Perguntei depois de comemorarmos euforicamente.

—Mesma nota que todos os cantores. 95.52. – Ele fez uma pausa. – A média era 95, mas, eram uns sete cantores. Simone e Joana eram apenas uma.

—Você viu quanto Conrado tirou?

—94.89.

—E Armin?

—Armin? Ele não tem nota. É como se ele nem tivesse apresentado.

Kathy deu uma risada.

—Finalmente! Ele teve um fracasso. (...) Então, que história é essa de máscara disfarçar?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por simplesmente lerem...
Ás amoras e amores, residentes parisienses que habitam no Brasil; agradeço ao seu tempo :3
Obrigada pela leitura. J'adore vous tous.
Até o próximo capítulo ♥♫♥


~♠~Eu sempre digo, estou aqui para vocês. ~♠~
~♦~E Paris sempre vai estar pronta para nós. ~♦~

J'aime vous!!


~♥Beijos da Autora♥~



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