E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 49
Sobre Ir Para um Lugar...


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo do mês!! O 49 ♥~♥
Salut les mûres et les amours!!
Dedicado para Aquela cherié que sabe que é minha Fã nº1
Claro, estou parabenizando-lhe pelo trabalho que você conseguiu. Atrasada? Sim... Mas, esse capítulo era um presente para isso♥
E confesso: Eu estou com uma saudade imensa de todas as suas loucas cobranças por mais e mais capítulos.. Porém, seu trabalho não lhe dá o luxo de ficar fazendo mais cobranças. Sil vous plaît, depois desse, cobre mais kkkkk

Estou de volta depois e um breve tempo sem postar; queria tudo bem bonitinho; aliás, se eu estou só escrevendo como se o tempo estivesse acabando tenho que fazer algo direitinho. Enfim, tem alguns capítulos escritos, porém, precisam serem editados, e o maior trabalho é editar, e o maior desafio com certeza é postar. Porque a "Galáxia" quer ler. Aliás, não teríamos chegado aqui sem ela. Você sabe que é a minha excepcional né? Obrigada por tudo♥

♪Justin Bieber ~ Sorry♫
♪5 Seconds of Summer ~ Teeth♫

PS: Os capítulos de fim de semana não foram postados antes porque o computador simplesmente olhou pra mim e disse "Não quero" Amadoooo....

~Enjoy. ♥



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Mika

Os pássaros estão voando sobre os céus da Europa, me diga por que, EU não posso? Vejo a minha vida através de seus olhos...

 

Era inesperado...

—Qual música é? – Nieh perguntou enquanto nos acomodamos no fundo do teatro, tinha bastante gente... Os donos estavam ali!

L’amour est um oiseau rebelle. – Respondi. Conrado conduzia e Joana cantava, e sua postura estava profissional.

—Eu nem sabia que Kanzaki era regente. – Nieh franziu a testa.

—Armin é o próximo? – Kathy perguntou baixinho, neguei. Não sabia a ordem.

Quando a música acabou, Conrado agradeceu com um largo sorriso recebendo aplausos, em seguida saindo do palco com sua “orquestra”.
 Então, Igor entrou cumprimentando a plateia, com um sorriso simpático como um brasileiro nato, e começou sua apresentação.

Sem Armin.

Igor escolheu Les Miseráveis, One Day More; onde ele não apenas conduzia como também era a música. Se pudéssemos ver sua expressão, aposto que ele estaria sorrindo, pois ninguém da orquestra ou coral estava nervoso. E dava para imaginar ele cantando. Quando ele terminou, os aplausos pareciam tão altos quanto os para Conrado; Igor agradeceu, e saiu do palco pulando. Típico dele.

Confirmado, cada um tinha sua orquestra.


Demorou até Armin entrar no palco, visivelmente nervoso, usando uma roupa social como Conrado e Igor. Entretanto, assim que ele cumprimentou a plateia foi interrompido.

Excuse me, Mr. Rowell? Armin Rowell? – Alguém da primeira fileira, chamou sua atenção...

Yes. It’s me. Armin Rowell!— Ele deu um sorriso, entretanto, paralisou.

(Você sabia que tinha que se apresentar primeiro? Sabia disso?)

—Aan... – Ele segurou sua gravata com força. Respirando fundo. – (Sim senhor. Porém, eu estava trabalhando. O atraso não foi proposital.)— Ele segurou a batuta com força. –. (Não queria atrasar. Vim o mais rápido que.)

(Se não queria se atrasar porque já não estava aqui?)

(Não foi isso qu.)

Enough! (Basta) – A voz ecoou no teatro. Alguém disse de forma autoritária o interrompendo, e foi possível ver Armin tremer. – (Sua apresentação Senhor Rowell. Agora! Por favor!)

Ele acenou.

(Porém, não é provável que vai ter uma boa nota; Sua carreira de regente pode acabar aqui.)

Ele estava pálido.

Eles são bravos. – Kathy cochichou.

Armin respirou fundo, olhou para o chão. Cumprimentou novamente a plateia com calma, virou-se para sua orquestra. Eles diziam “tudo bem” com as mãos.

Que situação. – Sussurro.

—Bom, o pior já passou. – Kathy comenta. – Ele só está um pouco atrasado. (...) Ele disse que tinha ciência de que a apresentação era hoje? – Ela nos encarou. – Ele é burro é? Ele sabia ou recebeu a notícia em cima da hora? Ele veio o mais rápido que pode! – Ela dizia se sentando nos degraus, para poder ver a apresentação melhor. Havia lugares, porém, do outro lado do teatro.

Ele escolheu Mozart e Simone para cantava: The Queen Of Night, ela é ótima. Armin começou ler as partituras, e interpretar a canção.  Ele podia estar se acalmando ou disfarçando.

Quando sua apresentação acabou, Armin parecia falar com os músicos, antes de se virar e agradecer a plateia recebendo aplausos.
Ele estava pálido, tenso e sério; junto com um sorriso de medo (?).  Ser questionado foi algo inesperado; depois de anos apresentando.
Os músicos saíram do palco, e em seguida, Conrado e Igor subiram. Houve uma salva de palmas dada pelos convidados e em seguida Françoise se juntou a eles no palco.

Merci à tous, {Obrigada a todos, que puderam comparecer na apresentação acadêmica musical de Conrado Kanzaki, Igor Ribeiro e Armin Rowell; hoje, sexta-feira, 24 de abril. Agradeço seu tempo; onde puderam desfrutar das sinfonias apresentadas desses três brilhantes alunos. Juntos agradecemos por avalia-los.  Agradeço novamente pela paciência, pelo seu tempo, perdoe qualquer inconveniência e desavença desses jovens artistas tão nervosos para mostrarem seus talentos artísticos. Garantimos que todos se esforçaram ao máximo para produzir uma apresentação de alta qualidade para vós. Somos gratos por cada um de vocês tirarem seu precioso tempo para nos prestigiar. Merci beaucoup.}

Os três agradeceram outra vez, e Conrado e Igor foram cumprimentar os convidados, desceram do palco e se dirigindo a eles. Menos Armin que demorou um pouco para ir.

—Que cara de morto... – Indagou Kathy. – Que ele tem?

—Eu não sei. – Falei. – Decepcionado? Magoado!?

—Nervoso, decepcionado, independente; tem que parecer feliz, mostrar que nada o abalou! – Falou Kathy. – (...) Nós vamos ter que nos apresentar com eles?

—Não sabemos. – Nieh disse. – Mas, por precaução; sem atrasos na nossa apresentação!

Então Conrado se aproximou e disse algo para Armin; ele sorriu e saiu de perto, fazendo com que Armin recuasse a cumprimentar todos os músicos; indo em direção a um dos convidados, que levantou a mão para que Armin prestasse atenção e respondesse algo. Pareceu que ele se sentiu péssimo, sua expressão corporal falou por ele.

—Se esse não for o pior dia da vida dele, nem quero imaginar como seria. – Respondeu Kathy em pé na escada. – Eles são assustadores. – Puxei Kathy para o lado pois havia gente querendo sair do teatro; o foco eram os regentes.

—Ah, com certeza é. – Disse Nieh.

—Alguma coisa não está batendo. Como Lafayette que é da orquestra de Armin, ia confundir os dias? – Coloquei a mão na boca. - Lafayette é o cara mais programado do mundo.

—Ele pode ter errado o dia. Isso ocorre.

—24 é par, 13 é ímpar. Começo e fim de mês; não está batendo. Se ele tivesse noção disso, talvez não estaria nessa situação

—Se Alexy não tivesse achado Armin; ele teria perdido. – Disse Nieh.

—No único dia que o palhaço não vai para o teatro ocorre isso. – Kathy disse de braços cruzados.  – Que azar. Agora tem que ficar irradiando carisma e falsidade. Podemos ir?

Foi então que Armin gritou: “Mr. Gold”, indo em sua direção, ignorando o resto e encarando o homem, que o fitou por alguns segundos. Parecia nervoso, subimos nas poltronas e vimos ele se preparando para começar uma conversar com ele.

—Ah que droga!

Era um homem que se destacava, sua roupa era chique. Seus cabelos eram pretos, com fios grisalhos, e bem penteados; aparentava ser um astro de filmes antigos, mesmo estando um pouco longe de nós. Então reparei em Armin que estava petrificado. Ao mesmo tempo que ele aparentava ser dono de tudo, parecia também ser um caça talentos, um diretor, uma pessoa muito rica, empresário...

Armin tinha a sua atenção, e pareciam resolver algo sério. Pois sua postura também estava impecável, tronco reto e queixo levantado. Eles pareciam estar combinando algo, mas, àquela expressão... Era.

Assustadora.


A conversa demorou e só quando acabou ele relaxou os ombros.  Armin não sorriu nenhuma vez, estava em um estado de medo; porém, houve algum acordo, ambos apertaram as mãos, e logo depois Armin foi direção à Françoise; falando freneticamente com ele, estava curiosa; então bem depois, ele veio em nossa direção.

—Os caras quase jantaram você hein. – Kathy riu. – Está tudo b.

—Estou indo para New York!

...

Sentei na cadeira surpresa, boquiaberta.

—O que?

—Nova York? – Perguntou Nieh. – Você vai pra lá? Estados Unidos?

—Como é? – Kathy o olhava sem entender. – Tipo vai? Assim...?

—Quando. – Ofeguei. – Você vai? – Tentei entender essa loucura.

—Sim, eu vou; só vou! Amanhã de manhã estarei a caminho! – Ele disse afobado.

—(...) Mas. Você nem planejou nada.   Nem avisa nada! – Cadê a lógica nessa decisão? – Viagem tem que ser planejada. E daí você não avisa nada; e simplesmente pensa: “ah, porque não vou pra NY? ” E além de tudo você diz “Vou amanhã”. Não dá tempo de... – Perco a voz.

—De dar uma despedida, ou coisa do tipo! – Kathy diz afoita. – Você é idiota, ou o que? Não parou para pensar e.

—Eu decidi depois do meu teste, mas, estou avisando agora! – Ele se aproximou de mim tocando na minha bochecha. – Pra você não achar que eu tô escondendo algo de você!

—Que ousadia! – Exclamou Kathy dando um tapa na mão dele para afastar ela de mim. – Você bebeu?

—(...) Como é que você vai pra um lugar, sem organizar as coisas, nem nada? Sem conhecer ninguém? Tem dinheiro para fazer essa viagem que você criou agora? Tem psicológico pra isso? Você. – Ele me interrompeu.

—Mas, eu conversei com o Mr. Gold!

—E daí? – Kathy sussurrou.

—Falei com o Françoise também; então tive uma ideia, oportunidade.

—Huum; você tem uma oportunidade né? – Nieh perguntou sem entender nada. – Devíamos estar preocupadas?

—Claro que sim! Estou tão indignada quanto a Mika. – A encarei, estou? – Ele vai viajar do nada, porque teve uma ideia de mula!

—Kathy!

—Ah para! É sim. – Ela observa Nieh. – Uma ideia de mula, com essa cabeça de bagre! Tanto faz, uma ideia ruim! – Ela passou a mão no rosto. – Do nada? Quero ouvir o resto dessa palhaçada!

—Realmente é uma ideia de mula! – Juntei as mãos olhando para Armin. – Mas. – Ele estreitou os olhos. – O que fez chegar à essa loucura?

—“Mr. Rowell” e “minha carreira poder acabar”.

—Como é que Lafayette pode errar o dia? – Nieh perguntou.

—Ele disse que foi o dia que passaram pra ele. – Ele mordeu o polegar. – Eu devia ter conferido; mas, estava ocupado. Eu...

—Então, é só esperar a nota e dar um fim nessa ideia de mula teimosa!

—Hãn, acho que isso não vai rolar Kurz. – Ele olhou para o lado.

—Nada que nós dissemos, vai fazer ele ficar em Paris. – Falei, ele ficou em silêncio. – Correto?

—Oui. –Ele pressionou os lábios e olhou em volta. Respirei fundo. – Mas.

—(...) Acho que agora podemos te parabenizar pela apresentação.

—.. Obrigado. – Ele estava com um brilho diferente no olhar. – Eu não pensei em outra melodia senão em Moz.

—Quem é o Mr. Gold pra qual você se vendeu? – Kathy pergunta e ele se vira rapidamente.

—Ele é importante, e eu não me vendi! – Kathy negou.

—Defina importante.

—O teatro William leva seu nome; “Goldblum. ”

—Ele é o dono?

—Ele financia em um geral, etc.

—Que intimidade chamar ele de “Gold”. – Kathy cruzou os braços. Armin abaixou a cabeça.

—Goldblum é grande. Só queria chamar a atenção dele.

—Foi o que brigou contigo? – Nieh perguntou.

—Repreendeu. – Ele respirou fundo.

—Hah! Bem feito! – Kathy revirou os olhos. – Bom; e o que fará agora Senhor Rowell? – Ele estralou os dedos.

—Eu preciso arrumar minhas malas, meus documentos... – Ele olhou pra mim. – Aan. Eu não quero que você fique nervosa.

—Mas, quem disse que eu estou nervosa? (...) Talvez Kathy esteja nervosa.

—No seu lugar eu estaria furiosa. – Falou Kathy.

—Porém, não tem porque eu estar furiosa. – Decepcionada, pega de surpresa, chateada; me incluo nesses termos; Armin pigarreou.

—Na verdade, vocês podem achar que é egoísmo; mas eu tive uma ideia e.

—Acho que não teve “Mr. Rowell”, - Ela se aproximou dele. – Você acha que teve uma ideia e vai realiza-la. – Ele observou o deboche de Kathy. – E essa ideia vai mesmo favorecer você agora? Talvez, mas pode tirar outras coisas também. – Ele respirou fundo colocando as mãos nos bolsos da calça; visivelmente nervoso. – Você se comprometeu de ensaiar um monte de gente, você é responsável pelos teatros e. – Ele a interrompeu batendo palmas e estralando os dedos como se tivesse esquecido disso.

—Verdade Kathyzinha... – Kathy franziu a testa e foi para trás. – Eu preciso... – Ele me olhou e respirou fundo, antes de seus olhos brilharem. – Preciso de gente para me ajudar! – Ele deu um pulo. – Ela precisa saber!

—Quem? Leprechaun? – Murmurei; no mesmo instante ele parou e me observou. – (...)

—Quem? Não! Simone! Ela precisa saber!

—Porque Simone precisa saber? – Nieh indagou.

—Ela cantou comigo! Vai ficar feliz!

—Ou talvez, fique triste e chateada. – Armin parou de se mexer. – Aquela tristeza que dói. – Falei.    

—... – Ele me olhou. – Você quer conversar sobre isso? – Eu queria, mas, ao mesmo tempo não.

—Simone talvez sim. – Então ele sorriu, como se estivesse me agradecendo, ou nem sei mais...

—Obrigado por terem vindo. De verdade... – Então ele saiu do teatro em seguida.

—O que ele fez?

—É a oportunidade dele. – Fitei Nieh. – Tipo, era o que ele estava esperando... Ele achou, então finalmente vai! – Como um contra golpe do destino.

Ele apenas ia.

*

Durante o jantar, a “fofoca” de que Armin Rowell ia passar sua última noite no dormitório francês para tomar um voo que, o levaria para outro país, já havia se espalhado, e ele não estar no refeitório aumentou a força da fofoca. Porém, ainda era uma incerteza, não era alguma coisa que dava para confirmar; Porém, Igor também não estava no refeitório, era tudo incerto. Ir para outro lugar como Nova York. Assim, do nada; só porque ele conversou com um dos donos dos teatros, disse algo agradável depois de ser repreendido; pode ter feito uma proposta, sendo agradável como sempre, simpático; porque ele é.

Mesmo, irritando eles ao chegar atrasado, o que pode ter resultado em bajulação, elogios, e até suborno, tudo por uma segunda chance.

Pode ser. Só sei que estou desnorteada.

Eu me apeguei muito a Armin. Pelo tempo em que convivemos juntos, mais ainda quando namorávamos. Me acostumei a ter ele, mesmo sabendo que não seria para sempre; era apenas algo que estava em nossas mentes, e naquele momento, ele ia embora.
Parece que ele vai embora e não vai sentir  minha falta. Armin sempre esteve ali, era tão presente, sempre foi; e agora sua presença vai desaparecer.

Porque ele teve uma ideia!

—Eu ainda estou chocada. – Kathy comentou enquanto eu estava presa naquele pensamento de perda. – Ele vai mesmo, sem pensar no que vai deixar ou as consequências... – Ela me encarou.

—Que foi?

—Está me ouvindo? – Acenei positivamente, e Kathy fez um bico. – Repete o que eu falei.

—...  Ainda está chocada!?

—(...) Mais isso é óbvio! – Ela olhou para o prato de sopa. – Vocês conversaram?

—Vocês quem? Sobre?

—Ah, pelo amor de Deus! Vocês não se falam desde a apresentação?

—O que eu falaria com ele? – Respirei fundo. – Aliás, o que quer que eu fale com ele? Não somos mais um casal, não sou dona dele. O que posso dizer a ele?

—Amadaaa? Vocês são amigos! Parceiros! Fale pra ele ficar!

—Não acho que ele vai abandonar essa...

—Armin não tem parente lá! O avô mora em Ottawa! Canadá! – Ela estava indignada. – Sem parentes nos EUA!

—Eu... – Ela respirou fundo. Foi então que alguém sentou do meu lado, de costas para mesa.

—Então é verdade? Armin vai dar o fora? Vai te deixar sozinha? – Kathy logo franziu a testa.

—Oh Antonie; o que quer? – Encarei Antonie que me deu um sorriso. Charmoso.

—Nada; mas, queremos saber.

—Vocês já não sabem? – Kathy perguntou. – Joana e Conrado estavam lá!

—Conrado parecia meio desfocado hoje, já Joana estava no camarim. – Ele sorriu se virando pra ela. – Pensamos... Ninguém melhor para responder do que vocês duas. – Dei ombros. – Só queria uma confirmação.

—Refaça os passos e tenha sua confirmação! – Kathy estava afiada...

—Mas, no final do ano escolar? Ele vai embora? – Antonie riu debochadamente. – Era uma das últimas coisas que eu imaginaria vindo dele. – Ele chega mais perto de mim. – Mas, ele é uma caixinha de surpresas, mesmo hein?!

—(...) Porque raios estou me importando? – Kathy bateu na mesa, e encarou Antonie. – Porque estamos nos importando com uma ação egoísta de Armin Rowell? Será porque é traição? Lógico; ele é egoísta, ele é.... – Antonie sorriu para ela. – Tá rindo porquê?

—Ele sempre foi egoísta Kurz, sempre. Mas, com um rostinho bonito daquele; quem desconfiaria? Achei que seria mais esperta que isso Katherynne...

—(...)

—Kat.

—Saí! Ou eu vou te agredir. – Antonie levantou as mãos e se levantou sorrindo.

—Claro. Porém, é Luco que gostar de ser agredido por talheres. Poderia agredir Armin, aliás, é ele que vai embora! Eu, vou continuar aqui...

Ela mordeu os lábios, ergueu a cabeça e em seguida respirando e me encarou.

—Eu não sei porque. Mas, sei que ele está fazendo uma escolha errada. Sabemos que isso foi uma ideia equivocada! – Ela colocou a mão na testa. – Eu Não gostei da ideia péssima e atrapalhada dele. Você nem tá preocupada?

—Eu...

—Não me diz que desistiu dele. (...) Está deixando ele ir? – Ela revirou os olhos. – Porque ele faria isso?

—Eu não sei. – Passei a mão no rosto. – Não faço ideia do porque ele quer fazer isso...

—Cadê a responsabilidade? Ele ia ensaiar um monte de gente, virou responsável pelos teatros; Armin é um filho da puta e está sendo irresponsável! – Kathy estralou o pescoço. – Ao menos é uma oportunidade para eu falar mal dele.

—Estou vendo. – Era uma mistura de não saber o que fazer com “inesperado”. – Mas, é uma escolha dele.

—Muito burra por sinal.

—Ora, nessa idade Mateus nem estava mais no dormitório. – Retruquei.

—Mateus não quis entrar no mundo musical! Ele foi indo direto. – Expirei alto e em seguida olhei para meu jantar.

—E o que eu vou falar pra ele?

—Porque ele quer fazer isso? Ele vai perder a vaga no colégio, não vai participar da seleção de Cannes. – Ela fez uma pausa. – Não vai estar na sua apresentação. Você estava na dele; aí ele não vai na sua? Ainda acha ruim quando eu digo que ele te chutou!

—Tempo!  – Apertei as têmporas com força.  – Céus, Artes Cênicas não devia ser uma corrida, nem uma competição pra ele fazer is(...)

—Na verdade, sempre foi. Não sei o que ele combinou, mas, pareceu suborno.

—Inacreditável.

~>

Depois de jantar e do monitoramento das 22h30, fui falar com Armin. Respirei fundo, bati na sua porta três vezes, e fiquei esperando ele abrir a porta.

—Bonsoir. – Ele parecia surpreso em me ver, muito surpreso. Geralmente era ele quem batia na minha porta, não o contrário. – Tudo bem? Posso entrar?

—Bonsoir. Aan (...) Mas. – Ele olhou para dentro do quarto. – Você quer entrar? – Dei dois passos para trás.

—Tem companhia?

—Mackenzie. - Joguei a cabeça para trás, respirei fundo.  

—Então deixa pra lá. – Falei e ele virou para dentro do quarto.

—NÃO! Digo, espera um pouco! – Ele disse e se voltou para dentro do quarto.

—Já volto. Não mistura meus documentos por favor; deixa tudo em fácil acesso. Não mexa em nada que eu não autorizei. – Ele respirou fundo. – Agradeceria quando terminar, voltasse ao seu quarto. Obrigado! – Ele fechou a porta e se virou pra mim. – Que surpresa!

—Bullevard está ajudando? – Ele mordeu os lábios e começou a mexer a perna. – Você a chamou? (...). – Sem ciúmes; apenas conversar. – Digo...

—Ela simplesmente apareceu. – Ele gesticulou com as mãos. – Eu nem a queria aqui. Ela tentou me convencer de não viaj.

—Você realmente vai... – Ele parou de falar e se encostou na porta.

—Mas, eu já tinha dito que ia. – Armin ficou me observando sem entender, nem eu me entendi.

— (...) Achei que era brincadeira! Não achei que era verdade; não aceitava que fosse verdade.  – Fiz um bico e fiquei quieta. Armin colocou as mãos no bolso.

Eu sinto muito. – Falou baixinho.

Ficamos em silêncio não sei por quanto tempo, tensão em nossos corpos e aquele silêncio ensurdecedor; até que ele arrastou o pé no chão fazendo barulho.

—Vamos no terraço?

—No Partidor de Corações? – Ele riu ficando vermelho, acenando em seguida.

—Não é um lugar poético, mas é encantador... – Ele se encolheu. – Você pode?

—Ela vai ficar no seu quarto?

—(...) Logo ela sai.

—Ela parece muito importante para você. – Ele arfou. – E o quarto é seu!

—Não é isso. É que...

—Que...?

—Você não apareceu. – Franzi a testa.

—S’il vous plaît, Armin... Você simplesmente sumiu! A tarde toda, não mandou mensagem e.

—Você viria se eu mandasse mensagem ou ligasse? – (...) – Eu acho que te conheço muito bem, sei que não viria... Porque tive como Katherynne intitulou: “Uma Ideia de mula”. – Ele fez aspas.

—É realmente uma ideia ruim. Detestei isso.  – Apertei as minhas mãos.

—Como você detesta um sonho meu? – Dou um pulo.

—Esse não é um sonho seu!

—E qual é o meu sonho, Mikaele? – Que afronta!

—Já foi: apresentar uma peça, escrever poemas, fazer um filme, ser cantor, de repente ranger uma orquestra; agora eu já nem sei... Mas, primeiramente, era terminar os estudos, foi o que você sempre me disse. – Digo quase chorando. – Porque você é uma caixinha de surpresas Mr. Rowell! –Armin suspira.

—Você nunca mudou de ideia? Nunca quis experimentar, algo mais...

—Mesma linha; Atriz! Cannes! Hollywood! – Ele pareceu desconfortável, e eu sensível. – (...) Armin, você não pode agir no impulso; por isso você tem placas de metal na boca! Não pode ignorar o resto, sair sem dar uma explicação Você não pode voltar quando bem quer e fingir que está tudo bem! – Ele olha para o corredor vazio.

—Sabe que está certa! Podemos conversar lá em cima?  - Cruzo os braços.

—Você partiu o meu coração; é um garoto péssimo! – Comecei a subir as escadas.

—Eu sei. Desculpe.

Quando chegamos ao terraço; podíamos ver o brilho da Torre Eiffel ao longe, e as luzes de Paris. Admiramos a paisagem, sinto uma pontada no estomago. Cá estávamos, Armin e eu; com o vento dançando sobre nossos cabelos; ele olhava as estrelas.

—Sem mentira, é cansativo organizar viagens; arrumar malas, documentos, vistos, passagens. – Ele respirou fundo. – Principalmente de última hora.

—Precisa ir imediatamente?

—Prometi que iria o mais rápido que pudesse. O mais rápido que posso, é amanhã. – Suspiramos. – Sou horrível. – Ele se aproximou de mim. – Me perdoe.

—Quando saí?

—Cinco, meu voo é ás sete. – Olho para a cidade.

—Contou para Simone?

—Contei.

—O que ela disse? – Ele suspirou então me sentei no chão.

—Desgostou da ideia, falou que é meio de ano, igual vocês. – Ele riu sem graça. – Discutimos um pouco, não foi nada legal; falei que daria notícias...

—Estão brigados? – Ele deu ombros olhando para o lado.

—Possivelmente.

—Arrumou tudo...?

—Sim (...) Sei que você ficou incomodada. E eu soei muito egoísta. – Outro sorriso sem jeito.

—Foi uma coisa que eu nunca esperaria vinda de você! – Olhei para o chão. – Então, longe de mim quebrar suas expectativas, porque, vim apenas ver como você está.

—Sério? – Ele riu. – Ninguém veio apenas ver como eu estava... – Olho para cima.

—Foi repentino. A vida é sua! – Ele se senta de frente para mim. – Bullevard ficou a tarde toda?

—Alexei estava me ajudando com a documentação; ela chegou, irritou e ele foi embora. Não expulsei ela porque, precisava de ajuda.

—Então; o que você falou pra eles?

—(...) Eu não lemb.

—O assunto da conversa...

—Ah. – Ele puxa a gola da camiseta. – Aquilo...

—“Aquilo”?

—Erh....

—Armin Rowell, o que você falou?

—Fica calma...

—O que você fez?

—Me retirei do teste da apresentação em Cannes. – Tampo minha boca. – Estando focado em reger, poderia ir pra Nova York. – Naquele instante tenho um estalo.

—Você se retirou do teste mais importante e cobiçado para os alunos do Depardieu? Para “reger”? – Quase gritei. – Você trocou uma certeza por uma incerteza? Você se vendeu! Você entendeu isso?

—Não grita comigo!

—E o que você queria? Que eu passasse a mão na sua cabeça? Você vai perder as provas finais, notas, sua vaga... – Fechei os olhos. – Não vai estar na minha apresentação! Nunca mais vamos nos ver.

Ele ficou imóvel.

—Não é verdade!

—Cara, você está fugindo de Paris! – Ele me olha desacreditado.

—Não estou, eu...

—Se você me disser mais uma vez que foi porque você teve uma ideia... – Ele levantou as mãos. – Havia os testes finais, apresentações (...) Seus pais sabem?

—Férias primaveris. Não vão notar! – E fica pior.

—Não vão? Céus... São os Estados Unidos!  Você detesta falar inglês! Queremos ir pra Cannes! E você abriu mão! Posso ser egoísta? Sim! Porque você também é...

—(...) A gente ainda se ama? – Não é possível. Quero dar um soco nele.  

—Que pergunta é essa? (...) Somos melhores amigos!

—Já fomos namorados....

—Por um curto tempo. – Ele está me estressando. – Parecia que você não queria estar comprometido por.... Ser artista demais, ator, músico... Professor demais, Armin demais... – Ele abaixa a cabeça.

—Armin demais?

—Não me deu tempo suficiente para te conhecer e amar completamente. Apenas para gostar muito mais de você. Me apegar a você! Me conquistou, e agora vai me deixar pra trás. – Desvio o olhar. – Tá fugindo do assunto! Foco Rowell!

—Achei que você ficaria feliz por mim! Porque ninguém está?

—Estou feliz por você. Indignada também; te considero meu melhor amigo; nós estamos preocupados, intrigados, nervosos! Estou magoada.

—Perdoe meu egoísmo, meu orgulho... Mas, estou feliz. Sei que é errado.

—Não vim aqui te fazer ficar. É sua decisão, a vida é sua; Eu não sei mais o que dizer... Faça uma boa viagem. Quebre um braço. – Dou um sorriso e começo a me levantar.

—Merci. - (...) – Espera; só isso?

— O que quer que eu diga? – Meus olhos se enchem de lágrimas. – Você vai, e agora a gente só tem que se despedir.

—Você foi a única que não implorou para eu ficar. – Sua voz falha.

—Porque mesmo se eu implorar, você não vai ficar! – A frase quase não sai, as lágrimas caem. – Foi cruel, todos somos egoístas. – Armin se aproxima de mim me abraçando com força; retribuo.

—Pardon. – Batimentos cardíacos irregulares, o apertei.

—Você implorou? – Pergunto.

—Não. Fiz um pedido educado.

—Estava visivelmente nervoso. Eles te detestaram.

—Apenas fui gentil.

—Está deixando a sua família...

—Não pensa assim...

—E como vou pensar?

—Que eu não vou desaparecer. Só vou para Nova York. – Mordo os lábios.

—Precisamos dormir. Você principalmente...

—Fique aí. – Ele colocou a mão no meu peito. – Eu gostaria que a última pessoa que eu visse antes de ir embora daqui, fosse você. – Me arrepio.

—Uau... – Meu rosto queima.

—Posso me arrepender de tudo, menos de uma coisa... – Seus lábios estavam perto dos meus. – Que talvez aja arrependimento. – Armin apertou minha cintura, enquanto com a outra mão segurava minha nuca; eu queria muito aquele beijo, daquele jeito, sobre as estrelas.

Mas, não queria que nosso momento mágico fosse uma despedida. Porque no final, quem iria se machucar seria eu.

Porém, ele beijou o canto de meus lábios e mordeu suavemente minha bochecha.

—Eu não vou ser cruel conosco. Mesmo que esteja querendo muito. – Perco o ar.

—(...) Certo. – Me afastei dele. – Bom, então... Vamos...

Antes de descer ele segurou meu pulso.

—Você sempre será minha felicidade que existe em contos de fadas. – Eu sorri. Então ele sorriu também.

—Obrigado por ter aparecido. – Ele disse enquanto descíamos os degraus. Ele estava assustado, porém, firme em sua decisão.

Leprechaun não estava no quarto dele. Ela apenas desfez as malas dele; Armin riu, não parecia surpreso. Não perguntei o porquê ele teve essa ideia, se ele ia voltar, não queria as respostas, nem queria que ele fosse; só não o faria ficar.

Depois de ver que demoraria para arrumar as roupas, ele foi me levar ao meu quarto, e aqueles corredores sem movimento eram assustadores.

Olho Armin pela última vez.

—Espero que você se cuide. Tenha cuidado... – Digo, e ele me abraça novamente.

—Ligarei pra você, sempre que puder. – Prendo o choro. – Como eu queria te levar comigo... Como...

—Eu vou sentir sua falta; Barbeiro de Sevilha. – O puxo para conseguir beijar sua testa.

—Vou sentir a sua também, Sonho que Sonhei... – O sonho que ele deixará pra trás, dando um beijo na minha testa.

Queria beija-lo uma última vez; porém o nos abraçamos forte, e choramos; o Ato acabou, a peça se encerrou; e só vamos receber os aplausos dessa lembrança.

*

Naquela manhã, ele já fazia falta. Quando a ficha caiu, uma indignação começou a me incomodar. Descendo os degraus indo ao refeitório alguém passa a mão em minhas costas.

—Então é verdade? – Olho para trás. – Armin Rowell arrumou uma oportunidade, e foi embora?

—Foi Le Blanc.

—Ele não implorou.... Implorou?

Eu havia chorado muito... Ele não ia mais voltar.

—Implorou! Talvez bajulou; ficou com medo, entrou em pânico; então, sem pensar muito; ele foi. – Joana me olha surpresa.

—Você tem certeza?

—LeBlanc, o que te interessa se é a verdade ou não? – Devolvo o olhar para ela.

—Não acho que foi isso...

—O dia está corrido. – Desvio dela. – Bonjour.  

Ele desistiu de Cannes! De nós.

Não vou chorar!

Respiro fundo. Não é como se tudo estivesse acabado.

Armin só não vai estar aqui.

Os Coloré devem estar tão felizes.

 (...)

Eu preferia ganhado o beijo...


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Notas finais do capítulo

Bem, não estou preparada para perder...

Obrigada por terem paciência comigo, obrigada por simplesmente lerem, obrigada por me deixarem feliz em escrever...
Desde já á amoras e amores, resisdentes parisienses que habitam no Brasil; desde já agradeço ao seu tempo :3
Obrigada pela leitura. J'adore vous tous.
Até o próximo capítulo ♥♫♥


~♠~Eu sempre digo, estou aqui para vocês. ~♠~
~♦~E Paris sempre vai estar pronta para nós. ~♦~

J'aime vous!!

Talvez eu precise mesmo escrever essa história para me sentir bem♠ e funciona♥

~♥Beijos da Autora♥~



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