E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 3
O que aconteceu?


Notas iniciais do capítulo

É nunca se esquece da primeira conversa, nem de uma briga...

~Enjoy.



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Mika

Eu sou idiota, eu sou idiota, eu...

—Pode me explicar o que aconteceu? – Perguntou Cainan no meu quarto andando de um lado para o outro me intimidando. – O que foi aquilo? Aquele negócio de não falar, aquele negócio de travar? O que foi aquilo?

Ah Cainan, como eu queria explicar, mas o que eu explicaria se eu não sei o que aconteceu? Só sei que foi um baque de memória... Eu perdi a fala a razão, foi uma perca de memória. Eu simplesmente não consegui falar nada. Apenas olhar naqueles olhos me fez perder a fala, não conseguia lembrar o que nós havíamos ensaiado, não consegui dar as boas vindas aos meus estudantes do dormitório então fui direto para o meu quarto e pedi para Simone falar por mim Françoise, disse que eu poderia tomar um remédio e como eu estava no meu quarto Cainan havia acabo de entrar afobado brigando comigo.

—Ensaiamos tantas vezes que nem sei. Como pode se esquecer na frente á inúmeros novos alunos? Já fizemos isso diversas vezes; essa é sua quinta vez. E sabe? Isso já mostra que você nunca conseguirá ser uma atriz se não se concentrar. Mikaele? Mikaele? – Ele me sacudiu, mas eu não estava em sã consciência.

Eu estava em outros olhos castanhos. Em outra dimensão se possível. Aqueles olhos, aquele rapaz. Seus olhos tão dominantes, aquele cabelo tão arrumadinho, engomadinho, tão social, enlouquecedor; olhos perdidos, um rosto que mostrava segurança estava inseguro. Fez-me arrepiar toda e aquela sensação gostosa de estar com borboletas no estomago frio na barriga, algo inexplicável. Uma sensação nova, a mesma sensação que senti com o Cainan, porém mais forte. Uma coisa que me prendeu algo que abriu meus olhos que me convidava á uma vida cheia de loucura é romance. É apenas um motivo que eu quero casar. Aquele rapaz me prendeu a atenção não que outros não prendessem. Mas, era especial, diferente. Será que... Não... Eu...

—Mikaele? – Chamou Cainan me cutucando, parei e voltei aos poucos á realidade. – Eu não gosto de ver você assim. – Ele inchou as bochechas. –Não gosto mesmo de te ver assim, pensativa, fala comigo! Odeio te ver assim. Você sabe! – Ele direcionou o meu rosto no seu á ponto de me beijar. – Fala comigo doce.

E antes que ele pudesse me beijara, acordei em mim e desviei, foi tão estranho, pois eu nunca havia recusado um beijo dele, nunca o ouviu pedir beijos, pois sempre tínhamos a química perfeitos, pois nos beijamos; a maioria eu o beijavam metade ele, mas naquele minuto outros lábios pareciam muito mais interessantes. Novos. Em essencial, um novo.

—Espera Cainan... Não. – Me afastei. –Eu acho que dormi pouco. – Coloquei a mão na testa, comecei á tremer e á suar, meu coração palpitava rápido. Estava tensa. Foi então que ele me abraçou. Se fosse ontem estaria em chamas, mas aquilo me sufocou. – Solta!

—O que foi? Sempre te abraço quando não está bem. Vamos deitar bem devagar e... –Neguei.

Uma das coisas sobre o Cainan que aprendi; ele pode ser carinhoso e tal, porém, ele só me elogiou uma vez e eu ainda pedi. É chato, pois ele sempre elogia minhas amigas de formas espetaculares, o que dá á entender que estando com ele já é um elogio. Suspirei. Eu não estava me sentindo bem em ficar com ele depois de hoje, seria como estar traindo-o. “Mas você nem o conhece sua louca!”

— Quero que saiba que odeio seu jeito que está agora. Mas já que está chata e insuportável assim, vou sair com os rapazes do 7º andar, não se esquece de patrulhar o seu corredor e se lembre de que todo o direito de entrar no quarto do estudante se quiser seu bloco de estudantes, tua amiga está contigo esse ano e de novos alunos só há quatro, então verifique duas vezes de noite, duas vezes de manhã é muito pra você? Não, então; sabe onde é meu quarto, sabe meu número, sabe exatamente como me encontrar, e o primeiro passo é seu.

O que aconteceu? Aquilo foi um baque, nossos olhos se encontraram, aquilo foi o suficiente para ver que o tempo todo estive enganada á respeito de ficar com o Cainan. Hãn, e me enganei durante dois anos... É impossível isso. Capaz de eu estar louca por ver meu erro, mais eu pareço estar bem ciente disso.

—Boa noite, Mikaele. – Ele me chamou de “Mikaele” e saiu do meu quarto fazendo a porta bater com violência.

Passei a mão no rosto, suspirei, sentei na cama, olhando para a janela, as paredes lotadas de pôsteres de filmes, minhas bandas favoritas, o chão quentinho pelo meu carpete preto coberto de folhas, recortes, revistas, meu quarto estava uma zona. E cada rosto que eu via estava me encarando profundamente. Isso é tão patético, eu nunca fico de pernas bambas apenas nas vezes em que vejo Cainan vir correndo ao meu encontro e quando me beija ferozmente, quando estou estressada e ele me desestressa tomando um banho quente comigo. E mesmo assim, eu sou virgem. Imagine que mãos ele tem para fazer massagem. Mesmo assim, eram as únicas vezes. E não estava excitada.

E nisso eu fiquei de pernas bambas sem ser tocada.

Foi uma coincidência, ele olhar pra mim, foi apenas uma olhada normal, eu ri, Katherynne era do meu corredor, ela viria fazer companhia para mim assim que pudesse. Nervosa? Eu nervosa? Sou tranquila, tranquila, estou só me fazendo de forte depois de encontrar aquele olhar no meio da multidão que me deixou hipnotizar, me encantou do nada. E foi tão estranho, amor á minha primeira vista; Respirei fundo se eu puder vê-lo mais uma vez, com certeza meu coração sairia pela boca.

Uma hora e meia depois dos meus pensamentos, comecei a minha patrulha carinhosa pelo corredor dos alunos destinados á 8ª série, metade deles estavam na 7ª série e a partir de setembro começaria na 8ª série; eu também me confundo com esse sistema super enlouquecedor, porque metade dos alunos tem 14 anos nesse andar, então já vem a questão louca. Quartos numerados dos dois lados do corredor resultando em quarenta quartos para alunos da oitava série ou para alunos de 14 anos em 2015; de quarenta quartos, apenas vinte e nove quartos estão ocupados hoje, o restante estava nas férias de fim de ano, voltariam até o final de semana. Eu estava com a lista dos alunos da 8ª série em uma mão e o bloquinho que Cainan me deu em outra. Bati na primeira porta e fui recebida por um ruivo natural, algo muito raro por aqui. A o menos eu nunca monitorei um aluno ruivo andando por esses corredores. Provavelmente é a primeira vez dele aqui esse ano. Mas além de tudo ele é uma graça.

—Bonsoir! – Falei dando um sorriso, ele era irlandês; mas como eu não sei falar irlandês falamos um francês bem básico ou em linguagem de sinais, nem lembrava que sabia disso, também tinha no folheto que eu dei á ele. No folheto havia todos os idiomas que participam do programa, para a minha, a nossa comunicação. Isso acontece nas primeiras vezes.

Trocamos poucas palavras para nos conhecer, Rupert Aiken de catorze anos, primeira vez na França – Sabia –, estava se sentindo regular por não querer estar ali, iria embora assim que pudesse. Ah, claro, o ar acondicionado que ele pediu para aumentar, estava frio. Informei á ele que havia dois irlandeses no 8º andar para auxilia-lo qualquer coisa, se ele fosse para casa ele devia informar á recepção em 72 horas. E lhe dei “Bonne nuit!”.

Quarenta alunos sobre minha responsabilidade, alguns calouros também todos sobre minha responsabilidade. Quatro novos calouros, o resto são alunos canadenses, alemães, japoneses, brasileiros, espanhóis, vários vindos do 7º andar, todos adoráveis. Vi todos os quartos com alunos e depois fui ao quarto da minha amiga, só de bater na porta sei ou não se Katherynne está dentro, ou ela abre correndo ou joga alguma coisa na porta avisando que já vai abrir, e como ela não abriu e a porta estava completamente trancada me dei conta que em uma noite de sexta feira com certeza ela foi passear com o amor da vida dela.
Outro quarto que fui visitar foi de um garoto que chegou hoje, Leonardo é um baixinho bem legal, mas por algum motivo eu não fui com a cara dele e nisso significa que se eu não fui com cara dele, ele vai me encher meu saco 24 horas por dia. Fui a todos os quartos e então tive certeza que aquele jovem de olhar encantador deveria estar mais acima do meu andar, o que me desanimou dando a possibilidade dele ser mais velho que eu, ou estar no andar de baixo e ser mais novo. Suspirei e fui para o último quarto, tão perto da escada que dá para o sexto andar e longe do meu quarto, se esse for problemático vou odiar ter que vir aqui sempre.

Victor Azevedo
Brasileiro
13 anos

Bato na porta três vezes e então abro a porta; vazio. Dou uma varrida com o olhar pelo quarto, malas organizadas em um canto, tudo arrumadinho. Um brasileiro, com certeza deve ter TOC. Alexy tem TOC é horrível. Bem, como eu já fiz isso de ficar fora do meu quarto na primeira noite, decido voltar mais tarde, onde tenho mais chances de encontra-lo. Voltei para meu quarto no fim do corredor. Fechei a porta e senti que meu rosto estava queimando, como sempre, sempre desde que vi aquele garoto bonito. Lindo. Por que estou tão entusiasmada desse jeito? Isso é tão errado... Mas, amar não é errado; estar apaixonada é um erro sendo que já está junto com alguém e querer outra pessoa? Poderia até ser errado, mais foi inesperado. Eu tenho culpa? Deitei na cama e fiquei suspirando, eu devia ir ver o Cainan? Não há necessidade ainda. Deitei na cama nervosa e acabei cochilando, mas não consegui sonhar com nada, eu estava na verdade angustiada, faltava alguém, aquele menino; ok, garoto, rapaz, homem, moço... Eu não sei ele estava me enlouquecendo ele não podia ter sumido. Ah sim ele poderia ter sumido. Na minha responsabilidade não.

Olhei para o relógio, 11h45min, e se ele não estive lá? Eu ia me ferrar.

Bati novamente as três vezes e sem resposta entrei no quarto com o cartão de destrancar portas automaticamente. Dei uma boa olhada novamente, sem rastros, além de um livro de literatura infanto-juvenil na cama, posso até deduzir que ele gosta de ler e tenha essa bela mania, pois eu também adoro ler. Mas, o negócio é “cadê ele?”. Vou anunciar á Françoise que estava faltando um calouro, estou ferrada pela minha incompetência.

Assim que saio do quarto dou de cara com um garoto me fazendo desequilibrar e cair de bunda no chão entre o quarto e o corredor, aquilo doeu. Após o choque da batida ergui a cabeça, nossos olhares se encontraram um choque de volta á realidade, olhos bonitos, me encarando, foi como se uma rajada de amor, de frio e de calor fossem jogados na minha cara fazendo todos os meus cabelos se arrepiarem, era ele. Ele era lindo, encantador, aquele cabelo tão pagável, tão tocável, pele clara nariz afinado, queixo afinado, em algo sensual, uma cicatriz no cantinho da sobrancelha direita, lábios beijáveis. Céus! Que... Que. Entusiasmo assustador é esse; Senhorita?

—Pardon! – Exclamo me controlando para manter o coração dentro do meu corpo, estava assustada. – Eu não te vi, eu sou a monitora desse andar... Des. Des. Culpe; eu não vi você. – Entendi a mão para ele e quando ele aceitou o cumprimento –Que toque— aproveitei para acariciar seus dedos. Ele é irresistível, ferozmente masculino, vorazmente belo, terrivelmente sedutor fui tomada por uma forte onda elétrica que percorreu todo o meu corpo que fez meus pelos se arrepiarem. Oh! Que aperto de mão delicioso, dentes espetaculares, perfume enlouquecedor, exótico dele mesmo. Oh garoto.

—Mas eu vi você entrando no meu quarto. Tudo bem, eu estava no quarto com meu irmão, desculpe eu devia ter avisado. – Ele disse calmamente. Que tranquilo.

O observo confusa, ele é tão educado e belo, sorridente...

Ele é deslumbrante, se no mundo não houvesse nada para ver, eu não me importaria de vê-lo para sempre. Meu coração está disparado, como eu me deixo ser levada tão fácil? Respiro fundo e o olho fraca, qualquer palavra e eu me entrego á ele, como se ele fosse o único homem do mundo e nós nem nos conhecemos.

—Hãn; por favor, qualquer coisa... – Engasgo. – Não se esqueça da sua chave, as portas se fecham sozinhas; só eu tenho a chave mestra, do quarto andar. E até meia-noite deve se estar no quarto. Por favor, se ficar preso do lado de fora há uma cópia na recepção e se deve pedir e devolver o mais breve o possível. Evitemos qualquer prejuízo não deixe a porta destrancada, não nos responsabilizamos por objetos de valor roubados. Devíamos, mas não podemos. – Ele sorriu e só então percebei que eu ainda estava segurando a mão dele. E a soltei rapidamente. Fiquei com o rosto quente, se eu fosse branca estaria tão vermelha quanto à coloração da pele é capaz de ficar. – Desculpe.

—Não precisa se desculpar. – Ele disse com um sorriso. Honestamente não há como não se apaixonar por ele, eu olhei-o tranquila e encantada.

—Você é real?

—Dizem que sou.

Engoli secamente. Não, não, não, não poderia estar fazendo isso de novo, eu fiz com o Cainan, mais aquilo saiu sem querer, pare de agir como se não tivesse ninguém, sua louca! Ainda estávamos no chão e não posso ficar com ele, não mexa com esse puro aqui. Levantei-me meio boba e ainda mais sendo ajudada por ele.

—Merci! – Agradeci e tomei a famosa posição “cão chupando manga.”. – Bem, está tudo bem com você? – Ele acenou positivamente. –Algo te incomoda? – Ele deu ombros.

—Sei lá.

—Eu sou Mikaele, qualquer coisa que precisar pode me chamar, sim?

—Bem; aqui está um forno, eu só queria que o ar estivesse um pouco melhor. E eu sou Victor. E eu sei quem você é. – Sorriso. – Aliás, meu irmão pode dormir aqui comigo? – Pisquei os olhos um pedido diferente.

—Eu sei. – Para de ser besta. – Aan Victor, se ele for desse andar, não precisa de autorização, se ele não for preciso de autorização dos outros monitores e se for daqui eu libero tranquilamente. Mas ainda é meio complexo isso, e você devia estar dormindo.

—Devia. – Ele me diz mexendo os ombros em um gesto sexy; normal para ele, sexy para mim. E então foi aí que ele se aproximou de mim. Estávamos tão perto que nossas respirações se misturaram; minhas pernas ficaram bambas, encostei-me à porta ofegante e tive que me controlar, que respeito para os outros calouros. Decorei bem seu corpo agasalhado, como ele devia ser por baixo dessas roupas?

—Então, porque não dorme? Sem ofensas.

—É que eu não estou com sono!

Pensei um pouco.

—O primeiro dia é sempre o mais difícil, eu chorei bastante com saudade da minha família; mas o pior é o fuso horário, difícil de acostumar nos primeiros dias você não sabe se é noite ou dia, mais aos poucos vais se acostumar. Meu quarto é no fim do corredor. – Disse contendo os tremores cada vez mais. – Pode bater lá se tiver qualquer dúvida ou se sentir mal. Eu... Preciso informar á enfermaria, se for pior seus pais.

Ele acenou positivamente e me deu um sorriso, oh sorriso tão lindo, tão mortal, tão fascinante, impossível, belo, maravilhoso, encantador, belo. Céus essa pequena cicatriz em sua sobrancelha me faz perder o fôlego. Isso é ilusão. É ilusão!

—Ok! Qual é a senha do wifi daqui?

Desculpe estou distraída por sua causa, sua obra prima de garoto brasileiro, pré-francês, ah, todo lindo, eu não queria ir embora, mais não posso ficar, tenho que ir para o meu quarto, mas posso fazer deste o meu. Para de ser idiota, imbecil, existe uma regra sobre essas de dormir fora do próprio quarto. Ah Françoise se imaginasse tal coisa, isso acabaria com a minha monitoração? Tiraria-me do programa?

—É: “France4Paris8” – Dei ombros nem sei por que a senha é essa. – Bonne nuit! – Exclamei acenando e indo para o meu quarto.

—Aan...

—Boa noite. – Disse sorrindo.

—Boa noite.

Q não ouvi a porta se fechando senti um aperto no peito, e fui parando e me voltei para o Victor, ele não estava se sentindo bem e nem feliz. –Aan... Chocolate quente? Bebe? Quer?

Ele me olhou e ficou sem saber o que dizer, ficou hesitando m dizer algo, ele ficou em duvida se queria ou não. Como já devia estar cansado, fiz com a mão para que ele esperasse um pouco dei meia hora e desci no refeitório. Ele não funciona á noite, mas nós monitores temos acesso.

Meu chocolate quente leva leite condensado, canela, leite, chocolate em pó, Marshmallow, chantilly; é um chocolate quente cheio de calorias e uma vaga aberta para as diabetes, mas é o que todo mundo gosta.

Quando desliguei luz quase derrube a xícara quando ia saindo da cozinha e Cainan esbarrou em meu ombro. Eu quase quebrei a xícara, segurei-a com as duas mãos e ia a queimando, o encarei ele parecia curioso e furioso, estava vermelho e sua fisionomia estava horrível, na real? Ele estava alterado, ele ia começar á brigar comigo. Arfei e coloquei a xícara no balcão, a quentura praticamente me feriu.

—O que houve? – O que ele estaria fazendo na cozinha?

—O que houve? – Ele avançou. – Ainda pergunta o que houve... Vou lhe dizer; você muda do dia para a noite, de uma hora para hora, me ignora, está á me esquecer de me deixa triste e não quer m dizer o que você tem? Eu sei que você tem alguma coisa te conheço. – Ele pegou no meu braço e se aproximou de mim testa á testa. – O que você está me escondendo Marilyn Monroe?

—Nada; Tim Burton.

Ofeguei assustada, Marilyn Monroe e Tim Burton são palavras alarmes como “Cuidado” “Atenção”, “Há algo errado.”. Não estava me sentindo bem como ele estava conseguindo me fazer me sentir mal e desconfortável apenas de olhar para aquela face avermelhada dele. Então prendi a respiração e comecei á ouvir.

—Você acha que pode tudo, acha que sabe demais; lembre-se que foi por minha causa que você está como monitora lembra? Você se acha perfeita, você não é perfeita, ninguém é. Vou te lembrar de que eu poderia ter escolhido ficar com qualquer garota, e garotas bonitas, mas não; eu preferi ficar com você porque sempre te achei legal e tão, mais quem você pensa que é para ficar me evitando? Você me deve explicações tanto como eu devo á você. Seja franca consigo mesma!

Ouvi aquelas palavras ásperas, que me deixavam mal, me rebaixava e me feriam e nisso ele nem deixou explicar o que eu tinha. Ele não precisava agredir suas palavras, cada uma dele corta, ele sabe fazer isso muito bem. Ele apertou meus ombros, e gritou comigo que eu era falsa e idiota; que eu não sabia raciocinar direito minhas atitudes nem nada, foi horrível. Quando tudo acabou ele pediu que antes de eu dormir fosse ir falar com ele, ele usou as seguintes palavras;

—É melhor ir me ver antes de dormir vadia. E não é um pedido! É meio que uma ordem. Não dê uma de esperta.

Ele me empurrou de leve e eu dei dois passos para trás, e suspirei.

O que aconteceu? O que está acontecendo? Como tudo isso foi acontecer? Eu tenho certeza que olhar para ele, ele naquela manhã e ter uma visão naquela tarde me fez mal. Fez mesmo? Naquela manhã estava nos braços mais gostosos do mundo. Á tarde estava olhando nos olhos que eu queria olhar pelo resto da vida. E ficar quieta me fez ser humilhada, diminuída, eu fiquei tão sentida que chorei. Como ele consegue ser tão ignorante? Eu não consigo ficar firme, caio no chão e choro até minha cabeça doer, se ele me machuca porque eu o tenho ao meu lado? Porque não quero ficar sozinha? Isso dois e a solidão que ele me deixa. Ele só quis sentar comigo na nossa primeira aula de francês, e mesmo que nessa hora, nesse momento eu não consigo nem olhar para ele. Quem diria? Antes não desgrudava, nesse instante eu não estava pronta para ver o Cainan, mas sei que se não for estarei encrencada. Sempre que brigamos tudo vira um verdadeiro inferno, ficar sem nos falar, sem nos olhar, é algo incompreensível.

O que está acontecendo comigo que se tornou tão insuportável à convivência? Um instante olhando naqueles olhos castanhos e meu mundo virou de cabeça para baixo, isso foi ruim? É ruim se precisar de outra pessoa quando outra te trata mal? Céus! O que estou falando? Eu só estou confusa, e em duvida, mais não consigo explicar para mim o que houve, Estou mesmo apaixonada? Eu sou um casal com o Cainan desde que cheguei aqui e não seria justo abandonar ele agora. Ou seria justo?

Eu estava confusa e tão fora de mim que me esqueci do Victor. Enxuguei as lágrimas e fui em direção ao quarto andar de escada, com a xícara em mãos, uma pena... A xícara estava morna e o chocolate frio.


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Notas finais do capítulo

Bien, eu espero que tenha gostado desse segundo capítulo que tenham entendido mais um pouco, qualquer dúvida podem perguntar; Mikaele não ignora e nem é nervosa ou agressiva. É domável e creio que Victor não seja tão inseguro assim, só creio... E comentem nem que seja um "Oi" ou pra dizer que a fic tá um droga; mas, estou aqui esperando... E o amor da minha vida também. Vamos?
Até o próximo capítulo .
~♥~Beijos da
Autora.~♥~



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