E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 26
Uma Promessa em forma de Hino


Notas iniciais do capítulo

Hey du;
Depois de noites mal dormidas imaginando, noites cansativas escrevendo e dois quilos ganhos; eu consegui estar postando mais um capítulo.
Eu realmente estou fazendo o meu possível para estar sempre postando esses capítulos. Mas, garanto que estou fazendo da forma que eu mais gosto; sem prazos, só surpreendendo.
Porque esse é meu jeito escritora de ser♥

Porém, toda via, entretanto; novamente avisando: isso só foi possível ao computador que se manteve todo o tempo ligado e por isso aqui estamos :3



~Enjoy ^~^



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Mika

Eu acordei, ainda estava no hospital; estava muito cansada, tonta, e com muita falta de ar.  Talvez um pouco confusa.
Não tinha mais Arc-en-ciel, nem mais “coloré”, eu estava bem; até agora... Então estava tudo bem! Estava mesmo tudo bem?

Eu estava no hospital, medicada, monitorada, dentro de um quarto, não sei que dia é hoje, nem tenho noção de tempo; quando eu cheguei ali eu tinha certeza e noção que eu estava entubada; com um tubo na minha traqueia, já que eu não conseguia respirar sozinha.
 Mas, aparentemente, na verdade por assim dizer, com toda certeza, já se passou mais de dois dias; já que retiraram o tubo da minha garganta e ao menos hoje, eu estava respirando com ajuda de um cateter nasal, mas, mesmo assim, eu ainda parecia estar me sufocando. O braço ainda ardia, o pulmão não conseguia puxar ar sozinho, eu estava em pânico, eu estava com medo.

Será que fazia muito tempo em que eu estava naquele quarto de hospital?

Aconteceu tudo muito rápido. Realmente muito rápido

...

...

Luco ligou para a ambulância.
Dégel fez as compressões.
Stefano “me ameaçou”. Não foi uma ameaça, mas também dizer que vai “cuidar de mim e que ninguém vai interferir soa como “ameaça. ”
Verônica corrigiu meu nome.
Pandora disse que eu falava português.
Eram aqueles cinco de novo na minha vida. Na minha vida? De repente?

Eu ainda estava cansada, mole, eu vi aqueles caras com rostos mortos, olheiras, cansados, mas, eles estavam ali, rindo... Rindo... Se divertindo... Mortos vivos de quem não se via á sei lá quanto tempo, quantos anos, meses, eu não faço ideia; não lembro. Eu estou perdida no tempo nesse quarto de hospital.

...

Olhei para aquele teto, era de noite, a janela estava fechada, só tinha a luz dos aparelhos brilhando, eu estava arfando, eu recebi alguma droga? Meu Deus... Tentei me virar de lado, mas, não consegui estava presa na cama, estava amarrada. AH! Mais que.

—Você acordou! – Uma voz ecoou pelo quarto.

—Quem é? – Olhei assustada. – Cainan? Niedja? –Não conseguia enxergar. – Oi... – Então de repente as luzes se acenderam. Uma cachoeira de surpresa e decepção me tomou por completo. – Guilherme? – Oh desilusão. – O que você está fazendo aqui? Perdão, sim, acordei.

—Como você está? Sim, sou eu. Você está me enxergando? – Ergui uma sobrancelha.

—Estou. – Essa pergunta é tão frequente quando se toma remédios fortes. Fazia quanto tempo que ele estava ali?

—Que susto você nos deu garota. Por um momento eu imaginei que dessa você não passava. – Que sensível. – Eu só estou aqui porque sou o seu acompanhante.

—Me desculpa, nunca quis dar um susto desses. – Disse sarcasticamente. – Nunca mais eu vou fazer isso... – Parei. – Quantos dias se passaram? Há quanto tempo estou aqui? – Ele olhou para o relógio, na verdade, porque justo ele?

—Quinze dias. – Ele disse tranquilamente olhando para mim. Arregalei os olhos e tentei me levantar mas, não conseguia.

—O que? Eu fiquei quinze dias aqui? Em coma? – Ele segurou na minha mão.

—Se acalme. – Ele sorriu. – Não, desculpe; estou apenas testando se o seu coração, e pelo visto ele está indo bem. Está forte. – Eu o encarei. – Faz oito dias amanhã. Você acordava, mas, não estava consciente. – Oito dias... Eu jurava que era apenas, dois dias, oito? Eu fiquei inconsciente oito dias? Eu dei esse susto em geral?

—Como assim? Não estava consciente? – Eu tossi. Agora mesmo que eu não estava com ar suficiente. Eu precisava me controlar.  

—Você estava acordada, mas, com muito medicamento para dizer algo. Reagir... Os médicos, seu médico na verdade; disse que seria bom não forçar conversar com você.

—Aan... – Fiquei em silencio. – Você ficou aqui o tempo todo? – Ele sorriu; puro deboche.

—Não. Eu tenho trabalho e namorada. – Menos mau. – Nos dois primeiros dias ninguém podia entrar. Mas, depois eu pude ser o seu acompanhante, ver a bateria de exames que fizeram em você... – Ele me encarou. – Você tem se esquecido de tomar os remédios do coração? – Olhei para o teto. – Mika! Isso é perigoso!

—Eu tomo os meus remédios! – Ele fez um olhar sério e torceu o nariz. – Não me chama de Mika.

—Ok. Mikaele; não pode ficar sem tomar o remédio. Você quase morreu. – Revirei os olhos, tomo meus remédios todos os dias. – Seu corpo inteiro estava com válvulas entupidas, válvula pulmonar em choque, você teve um derrame pleural. –Por isso ficou difícil respirar. – Fizeram drenagem em você, no seu pulmão direito! Entende como esquece de tomar os remédios do coração? – Então eu estava com lado do corpo aberto. Maravilhoso.

—Alguém veio me visitar? – Eu estava encolhida na cama; se eu fiz uma drenagem pulmonar, o que eu devia fazer era evitar de ficar nervosa.

—Seus amigos. – Ele disse no tom mais tranquilo do mundo.

—Que amigos Guilherme? Eu tenho amigos? – Ele fez um ar de surpreso; mas, eu estava com dores e tonta.

—Bom; teve Katherynne, Shin, Niedja, Simone, Dion, Alexandra, Matheus, Élisabeth, Matheus, Éponine – Ela não é minha amiga – e seu namorado Cainan, eles que são os seus amigos – Fiquei em silêncio.

—Eles vieram me visitar? Todos eles? – Tanta gente...

—Sim. – Sinto repulsa por Éponine. Ela veio por que aquela demônia? – Andreia passou por aqui muito rápido, ficou no seu lugar no 4º andar monitorando tudo. – Victor...  Eu me sobressaltei. – Algum problema?

—Não... Nenhum. Estou cansada. Enjoada. – Ele sorriu. – Remédio demais...

—Então eu vou deixar você descansar. – Ele se recostou na poltrona. – Pode dormir.

—Você não tem que ir para casa?

—Você quer ficar sozinha? – O olhei quase suplicando. – Porque?

—Porque você tem trabalho e namorada! – Touché, sempre tem que se usar uma resposta de uma pergunta, para outra responder outra pergunta. Ele me encarou insatisfeito, mas, eu sorri.

—Eu saio cedo, não se preocupe mademoiselle independente. – Eu sorri para ele de volta, mas me sentia estranha, incompleta, digamos assim, eu não estava feliz, ou me sentia infeliz.

Eu estava feliz, aquela noite foi magnifica. Como eu posso estar tão confusa? Infeliz?
 (...)
Ele me viu passando mal. Que droga. Porque? Porque raios isso aconteceu? Poderia chorar horrores, eu queria chorar muito pelo fato que ocorreu, mas, Guilherme estava ali, ia perguntar o que era, o que eu tinha, porque eu tinha, essas coisas, e eu não queria dar satisfações para ele; por mim, ele nem teria ficado de acompanhante para mim nesses dias, sei lá quantos dias foram. Não queria ele. Dos irmãos do Cainan, Guilherme sempre quis ter o controle de tudo, em especial, achar que só os métodos dele funcionam e as represálias também.
Brigar comigo quando eu estou internada e tão errado me repreender; estou mais indignada por isso. Até porque nem Cainan faria isso (...) Claro que ele faria né Mikaele, Cainan não é muito diferente de Guilherme; a única diferença é que um é meu namorado e o outro é só meu cunhado.  

Confesso; não queria o Guilherme ali, mas também não queria mais ninguém ali. Nem Victor, nem ninguém, talvez os meus pais. Nem precisava ser os dois; não gostaria de incomoda-los, então um deles já estava bom.
Faz tempo que eu não venho parar no hospital. É horrível! Para começo de conversa, apenas meus ais estão acostumados com isso, então Guilherme só faz o trabalho dele.
Na verdade; parando para pensar, talvez refletindo agora com uma dosagem menor de remédios no corpo podemos raciocinar; eu pude ver melhor. Ou me tocar nesse erro. Françoise é quem nos acompanha em consultas, exames acompanhamento médico, coisas de alto calibre, coisa assim. E outraaaa: “O que Guilherme acha que eu sou? ” Porque ele está aqui? Qual o real motivo?  Não quero pensar que é porque ele está com medo de ‘eu’ poder ‘trair’ o irmãozinho dele. Chega até ser engraçado pensar nisso. Desde o dia; noite do beijo, ele está vidrado em me perseguir, coisa assim, sendo constantemente observada pelo meu mal comportamento. Como se me obrigar a casar com o irmão dele fosse sua tarefa, seu emprego. E não ter que ensinar ninguém. E outra, eu sou de maior, não poderia estar acompanhada, isso o que me deixa confusa, muito confusa.

(...)

A não ser que ele assinou como meu responsável; nesse caso toda a minha responsabilidade foi a merda, ultrapassada pelo Guilherme. Que inferno. O que não é de hoje, mas, dessa vez se superou de todas as formas.
Quando se está no hospital, tomando altas medicações, soro, ás vezes pela boca, outras vezes na veia, acaba que não dá para dormir muito bem a noite porque simplesmente de três em três horas, ou até quatro; vem alguém fazer o seu controle  de saúde, tipo, medir pressão, temperatura, e dependendo do estado dar um remédio para controlar o próprio coração; e nesse vai e vem de auxiliares de enfermagem se você dormir, você não sonha; não dá tempo de entrar em um estado de sono REM. Eu não sonho  por isso fiquei assustada quando vi o Guilherme, alguém no meu quarto.
 Dá um susto; estilo “assombração” no espelho. Então de repente você apaga e em seguida acorda. Daí pensa; foram três horas? Cinco minutos? Sete horas? Um segundo? Uma semana? É a coisa mais assustador do mundo, você ir dormir sem ninguém no mesmo lugar que você e acordar e ter um cara do teu lado, que parece querer forçar a sua felicidade de um jeito que agrade á ele.
  Sim; ele é um amor, um anjo para Niedja, protetor e carinhoso. Não que ele seja um demônio, longe disso; ele só está pegando pesado comigo. Muito pesado. Tanto quanto... Cainan pegaria...
Cainan! Óbvio! Só pode ser ele que está pedindo para Guilherme fazer isso comigo. Aliás, eu não tenho direito a acompanhante, sou de maior.

.

Depois de ficar batendo a cabeça com tanta coisa, já estava disposta para dormir, ou ao menos tentar dormir, sei que não vou conseguir dormir plenamente com essas coisas irritantes que me tem acontecido. Uma delas, só hoje.

*

Quando eu acordei; já era de manhã, os raios do sol passavam por entre as persianas, talvez não era muito cedo, mais antes das 10 horas com certeza era. O Silva mais velho já tinha ido embora, finalmente: Sã, calma, bastante melhor do que antes, acordada e sem ninguém. Ninguém(...)?

—Bonjour. Salut. Comment ça va? – Fechei os olhos, respirei devagar e fundo, me acalmei antes de virar a cabeça para encontrar o dono da voz, abri os olhos e então eu me deparo com um sorriso.

—Ça va?

—Armin? – Ao menos era o Armin, ao menos era só ele.

—Mika!

—Céus, o que você está fazendo aqui? Quem deixou você entrar? C... – Antes de eu terminar com meu ataque de euforia, ele me interrompeu.

—Eu vim ver os meus metais. Consulta pós operatória. – Ele sorriu com a mão no maxilar, parecia estar muito tranquilo. – E outra, acho que o hospital é público... e visita também, é totalmente autorizado se não tiver restrição; né? E soube que Guilherme não estava aqui, ou seja, podia te ver.

—Aah; desculpe... – Respirei fundo. – Eu...

—Você viu eles? - Ergui uma sobrancelha e virei para ele para entender a frase de verdade. – Escuta vim na verdade te pedir uma coisa.

—O que?

— Presta atenção; mais muita atenção mesmo... – Ele levantou um pouquinho a minha cama para eu estar um pouco mais sentada do que deitada. – Está confortável?

—Estou... – Ele sorriu aliviado.

—Ótimo. Obrigado. – Como assim obrigado? – Como estão os seus exames? Quais são os resultados?

—Armin... – Chamei sua atenção.  

—Eu preciso ter certeza de que você está bem fisicamente antes de te contar qualquer coisa...

—Bem, e estou em um hospital, qualquer notícia que for transmitida aqui não terá nenhum problema. Se der algo ruim, poderei ser socorrida. – Ele pareceu que estava pensando sobre o assunto. – Não é? Ok.

—Verdade. Presta atenção; Stefano, Pandora, Verônica, Luco e Dégel estão aqui, em Paris, na França... – Ele disse rápido, falou algo que eu já sabia. – Vão; ou melhor retomaram ao Curso de Artes Cênicas, vão ficar no nosso dormitório; eles estão junto com o Conrado agora. Tudo de uma vez só. De novo.

—Mas, eu já s...

—Eles me ameaçaram! Eles vão me matar!

—Para tudo! Como? Eles falaram na sua frente?

Choque

—Aan... Bem... – Eu o interrompi.

—Você está só com medo. Eles não fariam algo assim. – Até porque acabaram de chegar, não é? – Eu sei que já faz uns dias que eles vêm chegando; se instalando silenciosamente e misteriosamente, e se até agora não fizeram nada, suponho que não o farão.

—“Você destruiu o nosso céu. E nosso sonho era voar cada vez mais alto. Há alguma maneira de mudar esse trágico destino? O clamor irritado de luto do Ceifeiro colorido queima nosso sonho. ” – Ele leu o que estava escrita em um papelzinho que ele tirou euforicamente do bolso.

—Que... Forte, profundo; intimidador...

—Lógico que é!

Na minha opinião, ele veio ver o seu odonto-cirurgião e para aliviar alguma dor, tomou algum remédio, ou um calmante bem delirante, daqueles um pouco fortes e que deixam as situações bem engraçadas; lógico que Verônica, Luco, Dégel, Pandora, Stefano e Conrado são assustadores mas, olhando do ponto de vista; Armin também é assustador já que eles andavam todos juntos. O fato de Rowell ter permanecido em Paris por um tempo a mais que eles que foram mandados para outro país, se não para outro continente, não significa que ele não vai dar a louca... Tipo, como está dando agora comigo; em um quarto de hospital; lendo algo ‘bonitinho’ e surtando, literalmente...

—Então qual é o problema?

—Você viu alguma peça chamada “Deux Coeurs’?

—O que?

—Dois corações, deux, dois, coeurs, corações...

—Aan... Não!?

—Lógico que não!

Mas o que raios esse cara está falando? Por vezes eu tenho muito medo d que Armin fala, age, pensa; tudo acaba saindo do controle dele e eu estou de cama! Simples! Céus.

—Armin, você pode me explicar? Para de falar de “lógico que sim ou lógico que não”... Só respirar e me dizer o que é. Nervoso ou não? Ou vai ficar dando voltas? – Então ele respirou fundo.

—D’accord.  Essa frase é de um poema. Como um Prólogo de uma peça; um musical, que eu mesmo escrevi e eles roubaram de mim. – Aquilo era uma acusação muito séria.

—Como você sabe que aquele verso é o mesmo seu?

—Porque eu escrevi essa parte. E um monte de outras partes, porque eu fiz 70% de tudo. 30% foi dividido, e estou perplexo por usarem minha obra contra mim próprio. – Ele estava ofegante, estressado, andando de um lado para o outro. Nervoso, segurando o maxilar como se fosse arranca-lo fora ou fazer as suas placas saírem da sua boca po vontade própria. Ou contra a sua vontade. – Eu estraguei o céu... Irônico! Icônico! E não capaz disso...

—Olha Armin...

—Não! Me ouve! – Ele estava quase ajoelhando; estava com uma feição estranha.

—Ok.

—Só tem eu nisso tudo! Não é perca de tempo; não é paranoia minha, até porque eu não tenho neurônios o suficiente para ficar de paranoia. – Eu ri. – Eu vejo fatos. Meus neurônios são todos para a arte e desfrutar de coisas excelentes.

—Sim, claro... – Hesitei um pouco. Ainda tenho medo de ficar a sós com ele, mas; ele estava aparentemente aflito, e eu também. Ambos; por momentos diferente, mas, o que eu poderia fazer? Ouvir, até porque não posso me levantar da cama. E outra, independente de tudo, ele sempre foi um amigo pra mim; errado ou certo. – Eu estou te ouvindo...

—Sabe como prossegue a história?

—Não.

—Lógico que não (...) – Ele fez uma cara de desculpas. – Se não mudaram nada na minha peça; começa com uma guerra que dura mil anos; mas, os atuais governantes querem paz, e no dia do tratado de paz que resolveram fazer, ocorre um assassinato de um lado em especifico... Depois da “traição” – Ele fez aspas com os dedos – Ele começa a buscar vingança... – Eu refleti sobre a história confusa de Armin

—Olha ... É lógico que estão fazendo... Se é que estão fazendo.

—Eles estão!

—Ok; então se estão fazendo sei lá o que e usando sua obra contra você; vai dar em uma vingança contra ti pelo que você fez contra eles, certo?

—Fiz porque fizeram comigo.

—Roubaram porque você ficou doente; mas, era uma parceria, era metade do outro também. E outra, ninguém atropela ninguém. – Ele então paralisou e ficou me encarando, de um modo incrédulo. Como se eu tivesse dito: “O que? Não acredito que você está falando isso para mim.

—Pardon... O que? Foi o que te disseram? Que lhe falaram? Que EU atropelei alguém? EU? – Eu não sei se ele estava mais nervoso ou mais frustrado com o que eu acabei de falar.

—Sim. – Cochichei.

—Não! Não! Não! Eu não atropelei ninguém!

—Armin; está tudo bem; se isso aconteceu; me contaram não precisa jogar a culpa em outra pessoa ou se fazer de vítima quem você fez de vítima.

—Hãn. – Ele sorriu de uma forma que não acreditava que eu disse que ele se fazia de vítima. – “Quem” te contou?                 Os Silva? Cainan? Guilherme? Eles te contaram? Ah! Sério? Será que você acredita mesmo na versão deles, mas, não na minha?

—Eu não sei qual é a sua!

—Claro... Que não ouvem a minha. – Ele se sentou na poltrona de acompanhante na qual mais cedo Guilherme estava e passou as mãos no rosto. – Ninguém ouve... O que eu fiz; fiz porque achei certo. Começa por aí.

—Armin, como assim? Para! Por favor!

—Eu não fiquei doente para começo de conversa.

 Ele falou sério. Sei quando ele fala sério, pois, é o único momento que eu vejo seus olhos rodearem o local em que estamos; parece mentira. Mas, é como se ele analisasse o lugar antes de contar algo e enfim olhar no menos olhos.
não que das últimas vezes ele mentiu pra mim, mas, quando é sério, ele age de uma forma diferente.

—Ah não?

—Não.

—Então (...)

—Eu fui intoxicado. – Ele respirou fundo; parecia estar em uma agonia, pois, olhava toda hora para a porta, como se estivesse temendo que eles aparecessem. Afinal, eu também tinha medo.

—E como você sabe? Pode ter certeza? – Ele olhou pra cima tomando ar.

—Só eles sabiam, talvez ainda lembre-se do que me dá alergia alimentar; choque anafilático e de modo ingerido intoxicação.

—Eles? Eles quem?

—Luco e Conrado; talvez também Dégel e Stefano. Só os meninos...

—Aan... –E eu... Mas, não lembro.

—Eu só sensível a alguns corantes em comida, umas frutas e legumes. Um ou três; e se você deixar estragar... Se deixar(...) Eles venderam a minha ideia! Sei que é horrível; mas, basicamente eles me envenenaram; para tirar tudo de mim. A fama e tal.

—Ora Rowell deixe disso. – Disse tentando o acalmar.

—Deixar? E se tivéssemos deixado você morrer naquela vez em que tomou um remédio errado e não acordava? – Eu me assustei. – Se eu te desse aquele remédio; seria um modo de te envenenar. E eles fizeram isso.

Eu já não sabia mais o que dizer.

—Mas precisava atropelar alguém em modo de vingança? Irrita-lo para ele ser atropelado?

Ele apertou a barriga com os braços como se desse um abraço nela.

—Não fui eu quem atropelou o Kanzaki, tá? Nem o irritei; eu nem estava no meio da discussão. – Ele parecia meio fraco de contar essas coisas. – A história que te contaram, contaram errado, a que eu contei, é a certa. Eu estava no carro, mas, quem estava dirigindo era o Guilherme; Guilherme Silva. Não sei porque; mais, assim como eu; ele queria os Colorés longe de Paris. Longe da França. Por isso ele nem fala comigo.

—Oh Armin... – Eu comecei a ficar agoniada.

—Cada um se vinga de uma maneira. Não era Conrado que ele queria atropelar...

Dégel?— Basicamente murmurei de susto.

—Isso! – Ele se levantou passando a mão na nuca. – Mas, a culpa nunca cai para cima de alguém da Elite. Eu poderia ter morrido. Conrado poderia ter morrido. Era para o Dégel ter morrido. Um cabelo colorido te torna cumplice de uma tentativa de assassinato. Ou o próprio assassino. Eu nunca peguei em um carro. Muita gente da minha família já morreu por acidentes de carro; e eu sobrevivi. – Ele agora estava olhando para a janela com olhar distante.

Talvez eu não ouvi tudo corretamente, talvez eu não perguntei aos envolvidos, mas, naquela situação, eu não teria dado ouvidos a ele, e duvidaria, já que estava com Cainan do meu lado.

—Ninguém irritou Conrado para ele sair correndo para o meio da rua; eles só estavam todos juntos; ele me viu na janela do motorista; pois, eu queria ajuda-lo. Mas, Guilherme pisou fundo. Era um carro da escola. Mesmo que alguém tivesse o irritado, você acha mesmo que me culpariam assim, do nada? Eu estava em um carro que atropelou um aluno do colégio, no dormitório. Lógico que iam me afastar, eu estava no carro, só eu né? Ninguém me perguntou o que eu fazia, se eu estava ali só por acaso, ou fui obrigado. Ninguém é extremamente bom.

—Como eu posso acreditar que isso é verdade? Tudo isso?

—Você pode perguntar para seu namorado ou seu cunhado. Ou acreditar em mim; se eu não mandasse eles para longe, estariam mortos. – Ele se aproximou de mim. – Desculpa toda essa história que acabou saindo do meu contexto. Mas, a partir de agora, me promete; promete pra mim que vamos ficar juntos?

—Juntos? – Eu estava tonta. – Como assim juntos?

—Não me deixa sozinho agora. Eu tenho medo. Não sou tão corajoso.

—Rowell... – Ele apertou minha mão como se eu fosse sair correndo.

—Eu sei que eu não fui muito legal contigo ultimamente, e que foi errado; mas deixa o Silva. Fica comigo, seja o meu porto seguro. Por favor... eu não peço só porque estou com medo; mas, contigo eu não tenho medo, você é o meu pilar! Minha sustentação, por favor...

—Eu... – Estava assustada. – Sei que deveria dizer ao contrário ao seu pedido mas, não me lembro o que eu devia dizer.

—Você nem ama mais o Cainan. Você correspondeu o meu beijo. Se foi ou não errado. Desculpe-me. Eu quero ficar com você. Não deixa céu deles me matar.

Você nem ama mais o Cainan. ”  Está tão visível assim?

Dizer coisas como “Eu tenho medo de fantasmas” é algo um tanto infantil, minha princesa.— Não... Não faz isso comigo Armin Rowell. – Seus olhos cheios de lágrimas, no entanto(...)

Estão insinuando para mim algo diferente. – Eu tampei a boca, Armin deu um sorriso, não um largo, um bem curtinho, nem chegou a ser um sorriso. E ele continuou.

Como um grande vento(...)- É algo automático conosco mesmo. Mesmo sem nada demais. Ou tudo de mais...

Meu coração bate.

Eu odeio ficar sozinho. Porque eu vou derreter nesse mundo solitário. Eu adoro estar com você.

Porque isso me aquece...— Porque ele fez isso? – Porque você faz isso? Porque fez isso?

—Porque se não fosse assim, você não iria concordar comigo.

Então ele ficou ali, me olhando com cara de cachorrinho abandonado; eu fiz uma promessa com o meu; nosso próprio poema e ela sabia disso. Assim, sem mais, sem menos, só fiz porque esse poema é lindo. E sou errada nisso tudo?
Deus; não é assim que eu queria estar, mas, eu quero agora. Por que o conheço á um tempo, porque não é errado. Mesmo sendo(...) Meu Deus; eu posso ser feliz agora?
 Sem uma idade para me impedir?

—Não... – Eu comecei a chorar, muito, deixando lágrimas correrem soltas horrorosamente. Ele se assustou com o meu não. – Eu não vou te deixar Armin Rowell. Não por dó. Porque eu gosto de você, e eu quero te proteger, não fica com medo. Você me deu um poema.  E desde esse dia dentro do meu coração está preenchido de você. – Ele sorriu.

—Sério?

—Me desculpa por não verificar todas as fontes de uma história, não procurar entender os dois; ou até mesmo os três lados. Me desculpa não perceber coisas simples.

—Fico admirado que você confie nas pessoas, eu mesmo só confio em você.

—Obrigada. Mas, não é tão fácil assim; a gente tá um pouco frio ultimamente, não vou esquentar do nada.

—Eu vou te dar uma música então. Não. Uma peça. Melhor; um musical. – Eu ergui uma sobrancelha

—Primeiro, eu não estou totalmente apaixonada; estou te protegendo. Não sei como...

Daí ele realmente me deu um sorriso onde dava para ver aqueles metais.

—Merci Beaucoup... Merci.

—De rien.

E se for errado; estou só um pouco mais certa dessa vez; acho eu.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem mais esse capítulo, tenho que dizer que esse foi o capítulo mais difícil para ter uma conclusão; mas, o que umas noites em claro não fazem não é?
Agora, aqui está. E agradeço por doar do seu tempo lendo :3
Obrigada pela leitura. J'adore vous tous.

~♥~Um Beijo da Autora. ~♥~



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