Nossa Primeira Série escrita por Matthew McCarty


Capítulo 4
Dia Divertido


Notas iniciais do capítulo

Agradeço aos que seguem minha fanfic.

Boa leitura!



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– Muito bem, crianças – exclamou Momoi, entrando na sala e sendo seguida por seus alunos. – As mesas são individuais e tem o seu sobrenome marcado, vamos começar procurando suas mesas.

As 20 crianças de 6-7 anos se espalharam pela sala, olhando mesa por mesa. Os que encontravam a sua, se sentava ali. Dez minutos depois, todos estavam sentados em seus respectivos lugares.

– Oh! Que rápidos vocês são! – elogiou ela e as crianças sorriram orgulhosas de si mesmas. – Como hoje é seu primeiro dia de aula, eu quero fazer coisas divertidas com vocês. Vamos começar desenhando! – as vozes animadas das crianças se elevaram enquanto ela distribuía as folhas de papel. – Vou pedir para desenharem em uma das folhas o que vocês mais querem no mundo, agora mesmo. Pode ser um brinquedo, uma viagem, o que vocês quiserem. E na outra folha, quero que vocês desenhem o que querem ser quando crescer. Vocês conseguem?

– Sim! – depois da resposta em uníssono, a sala se animou, as crianças conversando enquanto desenhavam nas duas folhas. Um lápis de cor azul caiu perto do pé de Seitarou, que se agachou e o pegou. Ao olhar ao redor, viu o dono do lápis com a mão estendida.

– Esse lápis azul é seu? – perguntou ele, desinibido como a mãe.

– S-Sim – Kouta, ao contrário, era um pouco tímido com pessoas que não conhecia.

– O que você está desenhando? – Seitarou se levantou e seus curiosos olhos verdes se focaram na folha de papel do colega. Kouta ficou um pouco nervoso pela proximidade. – Pessoas com roupa azul?

– É um uniforme... – confessou o menino. – Da Kaijo, a escola que meus pais estudaram.

– O uniforme deles é uma bermuda e regata azuis?

– É o uniforme do time de basquete – explicou Kouta, ainda tímido. – Eu... O que eu mais quero é entrar nessa escola e jogar no time de basquete.

– Você gosta de basquete? Legal! Eu também amo jogar basquete! – Seitarou se animou muito, terminando por falar muito alto e ganhando uma reprimenda da professora. Ele sorriu amarelo para ela. – Vou voltar pro meu lugar. Depois me mostra seu outro desenho?

– Está bem – Kouta sorriu um pouco e voltou a desenhar. Algumas mesas adiante, Yoshiki revirava seu estojo.

– Não acredito que esqueci meu apontador! – que vergonha, que vergonha! Esquecer o apontador no primeiro dia de aula era vergonhoso. E pedir um emprestado para a professora seria horrível. Mas ele precisava daquela cor para completar seu desenho... Um garoto passou ao lado dele e deixou um apontador em sua mesa. Quando Yoshiki olhou para ele, o menino ruivo piscou o olho em cumplicidade. Yoshiki sorriu timidamente, pois aquele gesto o tinha salvado de uma humilhação maior. Mais tarde devolveria o apontador para o garoto de cabelos vermelhos. Quando este voltou a se sentar, lá no canto da sala, o garoto que se sentava do lado dele o encarou.

– Como você soube que ele precisava de um apontador? – perguntou Hikaru para o de cabelos vermelho-sangue.

– Era óbvio – foi o que respondeu, sorrindo tranquilo. Sempre fora observador e conseguia notar coisas que muitos adultos não faziam. Bom, Noa tentando comer escondido um chocolate era óbvio até para a professora, que foi brigar com ele. – Eu falei pra ele não comer na sala de aula.

– Você já conhecia a Himuro-san? – perguntou Hikaru, lançando um olhar pra menina no fundo da sala.

– Himuro-san? – questionou o ruivo, um pouco divertido.

– Sim. Ela é muito bonita... Você não acha? – Hikaru ficou um pouco confuso ao ouvir a risada contida de seu colega. – Porque está rindo, Furihata-kun?

– Não é menina. Ele é um menino – corrigiu o outro, provocando um rubor tremendo nas bochechas do pequeno Kagami. Masaki só conseguiu rir mais ainda.

No fundo da sala, Noa fuzilava Masaki com os olhos. “Masa-chin está rindo com aquele garoto feio e eu aqui ouvindo gritos da professora” Um bico enorme podia ser visto no rosto do pequeno, que depois do sermão da professora, preferiu continuar desenhando.

A alguns quilômetros da escola...

Estacionando o carro, Aomine abriu o portão de casa um pouco confundido. Quantos anos tinham se passado desde a última vez que tivera notícias de Kise? Nove ou dez? E agora o reencontrava. Ele estava casado com Sakurai e tinham um lindo filho juntos. Kise também tinha casado, com aquele que fora capitão da Kaijo, e também teve um filho. Enquanto ele deixara o basquete e se tornara um policial respeitado na cidade, Kise continuara modelando e agora também era piloto de avião, para viagens unicamente nacionais, assim podia voltar para casa toda noite.

Fechando o portão, Aomine encarou a casinha de dois andares onde morava com sua amada família. Um dia, no passado, tinha planejado tudo aquilo com Kise. Quis construir uma vida, casar e ter filhos junto ao loiro e só com ele. A vida, porém, mostrou que aquele não era o caminho a ser seguido. Somente anos após perder o loiro que ele conseguiu entender que sua vida era ao lado de seu frágil e dedicado Sakurai. Com um sorriso, adentrou a casa e o cheiro de comida invadiu todo seu sistema. Mas desta vez, ao contrário da maioria das vezes, aquilo o irritou. Passando pela sala, chegou até a cozinha e abraçou seu esposo por trás, começando a arrastá-lo para fora dali.

– D-Daiki-kun! Daiki-kun! A comida vai queimar – reclamou o castanho tentou se explicar o pequeno.

– Calado, Ryo. Você está doente, deixa que eu cozinho hoje – pegando o menor no colo, Aomine subiu pelas escadas, ignorando os protestos deste.

– Eu já estou melhor, Daiki-kun! – repetia Sakurai, até ser jogado na cama e preso ali pelo corpo grande e pesado de seu marido.

– Eu sei que está, mas você vai ficar aqui deitado – os lábios do moreno começaram a deslizar pelo pescoço do menor. – Descansando... Enquanto eu faço a comida... Que depois eu vou vir cuidar de você.

– Cuidar de mim? – respondeu Sakurai, a voz derretida.

– Cuidar muito bem de você – com a rapidez e força que lhe eram características, Aomine beijou os lábios de Ryo com vontade.

As lembranças sobre Kise ainda flutuavam sobre a mente do azulado e ele queria apaga-las com a sensação de ter o seu verdadeiro amor entre seus braços.

Na escola...

– Pega! – Hikaru tocou no ombro de uma menina e saiu correndo pelo pátio. Momoi, que os observava desde um banco, se perguntava como as crianças eram capazes de lembrar exatamente quem estava com o “pega” durante a brincadeira. Especialmente porque essa pessoa mudava o tempo todo. Normalmente, aquela era a brincadeira que a maioria das crianças gostava, mas um deles preferira ficar ao lado dela, ajudando a organizar os desenhos de seus colegas.

– Não deseja brincar, Masaki? – perguntou ela, sorrindo amável para o ruivo.

– Deixar a professora fazer tudo isso sozinha parece errado. E eu não gosto de ficar suado – confessou o pequeno, como se falar daquele jeito tão correto fosse normal.

– Você fala muito bem para sua idade, Masaki.

– Mamãe trabalha num orfanato e eu aprendi muitas coisas lá – Momoi olhava maravilhada para o pequeno. Mesmo sem a companhia do pai, Masaki desenvolvera uma personalidade muito semelhante à dele. Ou talvez...

– Masaki, porque você tem olhos de cores diferentes? – perguntou ela, curiosa.

– Herdei do... Meu pai – o menino fez uma expressão não muito boa ao mencionar seu pai e isso preocupou a rosada. – Eu vou brincar agora – Masaki praticamente correu para longe da professora. Ela suspirou, preocupada, mas logo uma voz alta a tirou de seus pensamentos.

– A roupa não conta! – gritava Yoshiki, uma surpresa para Momoi.

– Claro que conta! E é você que pega agora! – foi a resposta de Hikaru, o que também a surpreendeu. – Você está com raiva só porque sou mais rápido que você!

– Ninguém é mais rápido do que eu! – um sentimento nostálgico invadiu o corpo da rosada, ao mesmo tempo em que analisava a situação. Yoshiki e Hikaru até o momento tinham se mostrado tímidos e calmos, porque agora estavam se enfrentando daquela maneira?

– Vamos resolver isso com uma corrida, então – a voz de Masaki se intrometeu e os dois assentiram, aceitando o desafio. Desafio... Sim, talvez fosse isso que trouxesse o lado agressivo dos dois. Exatamente como Daiki e Kagami. Aquele ano seria divertido.

Muito divertido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo!

Agradeço seus comentários e leituras.



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