Um amor humilde escrita por Beatrix Costa


Capítulo 9
Revelações e lágrimas... de alegria :)


Notas iniciais do capítulo

Penúltimos capítulo!!!
Espero que gostem! :)



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Anteriormente…

–Eu… eu acho que sei quem raptou a vossa amiga e… o meu filho – disse Jessica muito nervosa mirada por todos naquela sala que esperavam desesperados por informações de Maura e do bebé.

Jane dirigiu-se a ela e exigiu-lhe que explicasse o que estava a dizer. A jovem ficou calada durante alguns segundos fulminada pelo olhar da detetive. Quando decidiu falar, a primeira coisa que disse, foi que havia mentido num dos interrogatórios que tinha feito no caso da morte do pai.

–Eu… eu disse que não sabia quem era o pai do meu bebé… mas eu sabia. O pai do bebé é o Edward – revelou a adolescente assustada.

–O Edward Walker!!! – exclamaram Frost e Jane simultaneamente.

–Sim… ele… ele… - Jane percebeu logo que Jessica não queria revelar o que quer que fosse que se tinha passado entre ela e Walker naquela sala cheia de gente.

Levou-a para a sala de interrogatórios sob o olhar atento de todos os agentes. As duas estavam agora sozinhas naquela pequena sala que só continha uma mesa, três cadeiras e uma grande janela para que as pessoas que se encontrassem do outro lado pudessem ver e ouvir as conversas entre os suspeitos e os detetives. Jane pediu-lhe que se sentasse e ela obedeceu. A detetive percebeu que algo não estava bem. Tentou insistir com ela mas, perante as lágrimas de desespero e a respiração acelerada da rapariga concluiu como as coisas se tinham passados entre ela e Walker.

–Jessica… O Edward magoou-te não foi – afirmou Jane ao que a menina olhou a detetive nos olhos e abanou a cabeça em tom positivo.

–Porque é que não fizeste queixa?

–Tive vergonha… e medo.

–Contaste-lhe que estavas grávida dele.

–Claro que não! Como é que eu ia dizer ao homem que me… que me… violou (disse ela baixinho) que ia ter um filho dele.

–Porque é que achas que ele raptou o teu filho e a minha amiga?

–Porque… bem, quando o Jack nasceu e eu sai do hospital, percebi que não ia conseguir sustentá-lo a ele, à casa e a mim só com o dinheiro da fábrica. Eu pedi ajuda ao Edward e ele reagiu muito mal – Jessica mostrou à detetive umas marcas que tinha no pescoço, as quais revelavam a reação de Walker à revelação da menina.

–Foi por isso que deixas-te o teu bebé à nossa porta não foi…

–Sim… eu sabia que vocês iriam cuidar bem dele e também sabia que ele me queria fazer mal… só nunca me passou pela cabeça que ele o encontrasse e quisesse levá-lo – disse ela chorosa.

Jane saiu da sala de interrogatórios depois de garantir a Jessica que iria trazer o seu bebé de volta. Já no carro, no caminho para a empresa de Walker, Jane, Korsak, Frankie e Frost especulavam sobre o paradeiro de Maura. Frost tentava rastrear todas as localizações do telemóvel de Walker dos últimos dois dias. Era difícil, havia muitos códigos de bloqueio. Os quatro detetives entraram na empresa perante o olhar assustado dos poucos empregados que lá se encontravam visto que era noite. Entraram no escritório dele e assim que o viu, Jane aproximou-se o mais que pôde e com a sua voz alta e grave gritou-lhe umas palavras de ameaça.

–ONDE É QUE ELES ESTÃO WALKER? NÓS JÁ DESCOBRIMOS TUDO.

–Mas de que é que estão a falar… eu já disse que não sei nada sobre o paradeiro da vossa amiga – respondeu ele irritado.

–Pára de mentir sacana… Nós falamos com a Jessica, ela contou-nos tudo.

–É melhor dizer-nos tudo Walker – exigiu Frost.

Jane pensou por uns segundos e agiu. Tirou a sua 9 mm do cinto e apontou-a ao “soldadinho” de Walker.

–Tens dez segundos para nos dizer o paradeiro deles – ameaçou Jane com calma.

Todos a olhavam assustados. Eles sabiam que aquilo era proibido, especialmente Jane, que parecia saber muito bem o que estava a fazer.

–A detetive não se atrevia a…

–Teste-me e vai ver do que eu sou capaz.

–Eles… estão na minha quinta em Block Hills. Dentro do estaleiro – revelou ele nervoso – agora pode por favor desviar isso daí.

–Estava descarregada – revelou Jane para o alívio de todos depois de voltar a meter a arma no cinto com um minúsculo sorriso nos lábios.

Korsak ficou a fazer a detenção…

–Edward Walker, está detido pelos crimes de violação da menor Jessica Morgan e pelo rapto da medica-legista Maura Isles e do seu filho Jack Morgan. Tem direito a permanecer em silêncio (…)

Jane, Frost e Frankie dirigiram-se com o carro a alta velocidade para a quinta onde Walker aprisionara Maura e Jack. Chegaram lá com o coração cheio de esperança. A patologista ouviu um barulho do outo lado da porta e encostou-se a um canto muito assustada abraçada a Jonathan, mas assim que a porta se abriu e deixou entrar, juntamente com a luz da lua, os três detetives, o coração de Maura encheu-se de alegria e das lágrimas que recomeçaram a fluir continuamente pelo seu rosto. A patologista (com Jonathan ao colo) levantou-se com dificuldade e correu para Jane que fez o mesmo assim que a viu. A detetive pediu imensas desculpas à patologista que as aceitou e deu-lhe toda a razão por se ter chateado. Os seus corações suspiravam de alívio. Também Frost e Frankie se juntaram àquele abraço caloroso.

No hospital…

Tinham passado dois dias e as coisas estavam relativamente recompostas… Jack estava com a mãe, que agora tinha a ajuda de uma associação para jovens mães. Walker estava onde merecia… na prisão. Frankie tinha contado a todos sobre a detenção de Abigail que havia feito e Jane sentia-se extremamente orgulhosa do irmão. Frost tinha recebido uma visita da mãe, da sua namorada e do filho, com quem iria passar a consoada. Já Korsak, tinha recebido uma medalha pela sua 200ª detenção ao longo de toda a carreira. A amizade de Jane e Maura tinha-se fortalecido ainda mais. A patologista sentia-se melhor, mesmo estando muito aborrecida pelo facto de estar deitada há dois dias numa cama de hospital devido à pancada que Walker lhe tinha dado.. Segundo as enfermeiras iria voltar para casa mesmo antes do Natal. De repente alguém bate à porta. Maura pede que entre. Era Angela! A mãe de Jane deu forte abraço a Maura assim que a viu.

–Ei… não te estás a esquecer de nada? – questionou-lhe Jane fingindo-se ciumenta.

Angela abraçou a filha tão fortemente que a detetive se arrependeu logo de ter dito aquelas palavras.

–Nunca mais vos deixo sozinhas estão a ouvir!

–Nunca mais ficamos com um bebé que apareça à minha porta – disse Maura na tanga provocando risadas da parte de Jane.

–Já reparas-te que com o TJ foi exatamente a mesma coisa… se calhar é um sinal qualquer – brincou a detetive.

–Talvez – disse Maura que começava a pensar no assunto e se recordava da visita de Frankie lhe havia feito no dia anterior confessando-lhe os seus sentimentos. Maura tinha feito o mesmo e sentia que havia soltado algo que tinha estado preso dentro de si durante muito tempo. Estava feliz.

–Mas de que é que vocês estão a falar… Pelos visto não sei da missa à metade – afirmou Angela com um olhar fulminante para as duas.

–Pois… É melhor sentares-te mãe, a história é longa – disse Jane.

Angela alapou-se no cadeirão vazio daquele quarto de hospital para ouvir mais uma das perigosas aventuras da filha e da patologista.


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Notas finais do capítulo

Desejo um Feliz Natal a todos os meus leitores. Bjs e continuem a ler e a seguir por favor :D



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