Um amor humilde escrita por Beatrix Costa
Notas iniciais do capítulo
ÚLTIMO CAPÍTULO!
O amor e a alegria estão no ar... espero que gostem :)
Anteriormente…
–Pois… É melhor sentares-te mãe, a história é longa – disse Jane.
Angela alapou-se no cadeirão vazio daquele quarto de hospital para ouvir mais uma das perigosas aventuras da filha e da patologista.
Passaram-se alguns dias. Era noite de consoada e a casa de Maura estava cheia de gente e alegria. Frost encontrava-se lá, juntamente com a mãe, a sua namorada e o seu filho. Korsak também lá estava juntamente com a que ele chamava “a sua treinadora de vida”, Kiki. Tommy levara Lídia e TJ para passarem o primeiro natal em família. A pedido da detetive, Jessica e Jack estavam também presentes. Maura tinha também convidado Hope e a meia-irmã Cailin. Angela e Frankie não podiam faltar, assim como Jane e Casey. A patologista sentia-se como nova, mas os dois dias que dispensara a preparar o jantar de natal (ato que a detetive achou que estava completamente errado visto que Maura tinha descansado pouco depois de ter saído do hospital) juntamente com Angela e Jane tinham sido stressantes. Compensou, pensava Maura. Todos conversavam alegremente. A campainha tocou. Maura foi atender e, do outro lado, esperava-lhe uma grande surpresa. Constance e Arthur, os seus pais adotivos estavam vestidos com roupas quentes e elegantes com sorrisos atrapalhados.
–Não nos convidas para entrar? – questionou Arthur.
–S… sim, claro – disse Maura que estava apática.
Eles entraram perante o olhar atento de todos, especialmente de Jane e Hope. Maura pediu a Constance e Arthur que subissem com ela até a um dos quartos. Era a primeira vez que os pais tinham aparecido juntos em sua casa. As divergências entre Maura e Arthur eram fruto de erros do passado. Ela questionou-lhes o porquê de estarem ali e eles responderam que depois de saberem do seu rapto, falaram e pensaram muito. Sentiam que estavam a desperdiçar a vida.
–Nós decidimos fazer as pazes… Não vamos voltar a estar juntos e não me parece que algum dia eu consiga esquecer o que o teu pai me fez mas… eu acho que podíamos tentar ter uma relação… cordial – disse Constance.
–Maura… não espero que me perdoes mas a tua mãe tem razão… podemos tentar. O que achas?
A patologista não sabia o que dizer. Tinha as lágrimas a escorrerem-lhe pelos olhos e as mãos suadas do nervosismo. Ela não disse nada e abraçou-os. Não sentia o calor dos braços do pai há muito tempo e visto que Constance não era muito daquelas coisas também foi bom reviver a proximidade que tinha com a mãe em criança. Convidou-os para jantar e de imediato os dois aceitaram.
–Só mais uma pergunta… se eu não vos disse nada, como é que souberam que eu já estava em casa? – questionou-lhes Maura.
–Para além dos noticiários… Pode-se dizer que tens amigos que só te querem ver feliz – revelou Constance.
Maura percebeu logo quem os tinha informado de que ela iria passar a consoada em casa. Os pais desceram e a patologista ficou sozinha. Cerca de um minuto depois, Jane surgiu por detrás da porta.
–Foste tu não foste? – perguntou a patologista com um sorriso na cara e com as lágrimas de alegria ainda a escorrerem-lhe pelos olhos.
–Não, foi a minha mãe – brincou Jane.
–A sério?
–Não minha sonsinha… Claro que fui eu – revelou Jane enquanto a abraçava
–Ah, ok.
As duas sentaram-se na cama do quarto de hóspedes. Jane disse a Maura que tinha ficado muito assustada quando ela tinha desaparecido e por sua vez a patologista respondeu que quando estava presa não aguentava a ideia de morrer sem o perdão da amiga. As duas conversaram um pouco e, a certa altura, revelaram simultaneamente: “Tenho uma coisa para te dizer”. Riram.
–Ok… primeiro eu – ofereceu-se Jane – Eu aceitei o pedido do Casey… Nós vamos casar.
–Então tu vais-te embora?! – questionou-lhe Maura preocupada.
–Não amiga… ele vai ficar a trabalhar na sede dos militares em Boston a ajudar os combatentes com stress pós-traumático.
–Isso é ótimo Jane! Parabéns!!! E eu terei todo o gosto em ser a tua dama de honor.
–Ahahaha… claro que sim… mas o vestido escolho eu.
–Pois… depois vemos isso. Bom, agora eu – Maura estava nervosa – Eu e o Frankie estamos juntos. Nós percebemos que ignoramos os nossos sentimentos sem razão nenhuma. Ele pediu-me em namoro e eu aceitei.
–E novidades…
–O quê? Tu já sabias?!
–Não… que ideia – ironizou a detetive – Era impossível suspeitar das visitas constantes ao hospital, dos risinhos e da cama desarrumada quando tu disseste que lhe ias mostrar uma coisa no quarto que demorou cerca de uma hora – Jane fez questão de levantar o tom de voz neste último ponto.
–Desculpa… devia ter-te dito mais cedo.
–Pois devias… – disse Jane fingindo-se insultada – Mas o que está feito feito está, e eu espero que trates bem do meu maninho, caso contrário é melhor dormires com o olho aberto – brincou Jane com uma cara séria.
–Sim, senhora de detetive – perante este comentário Jane soltou uma gargalhada bem sonora.
Desceram até à sala para o jantar. Estava ali uma mesa cheia de coisas boas, desde o bacalhau e o peru até às saladas e aos patés, que Maura havia preparado devido à sua mania das refeições saudáveis. Não podia faltar a cerveja e o vinho. A patologista estava sentada em frente à mãe adotiva e ao lado da biológica. Ela podia jurar que as duas tinham cruzado olhares de desconforto várias vezes. A certa altura Hope levantou-se e falou.
–À cerca de um ano, eu reencontrei-me com esta pessoa maravilhosa que está aqui ao meu lado (Maura corou) … Eu nunca pensei poder disfrutar de uma consoada com as minhas duas filhas (alguns dos convidados lançaram olhares a Cailin que sorria continuamente), e por isso eu quero propor um brinde ao Natal, à família, mas especialmente à Maura, que apesar de todos os… contratempos digamos (Jessica abraçou o filho, que estava ao seu colo), nos recebeu de braços abertos e com o seu grande sorriso que eu espero que se mantenha durante muitos anos.
Constance estava a chorar, por ver que a sua filha estava, não só com o tal sorriso nos lábios, mas também com um brilho especial nos olhos. Jane, que estava ao lado de Casey e Angela, também se levantou.
–À Maura – gritou a detetive – a melhor patologista de Massachusetts e a melhor amiga que eu podia ter – As duas trocaram sorrisos animados enquanto todos se levantavam com os copos na mão.
–À Maura – brindaram todos, cheios de alegria nas almas.
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E é o fim... espero que tenham gostado desta primeira fic que eu escrevi. Adorei esta experiência e vou continuar.
Obrigada e espero que leiam a próxima... Boas leituras!!!