Burn escrita por Gabizzie


Capítulo 8
Capítulo 7 — Hurted


Notas iniciais do capítulo

Galera, milhões de desculpas e explicações nas notas finais.



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Meses depois

“Ouvi dizer que seu pai tem plantão... Oito da noite na sua casa?” assim que recebi o bilhete não tive dúvidas, definitivamente aquela caligrafia pertencia a Emmett, era uma sexta feira e haveria jogo dos Spartans contra algum outro time.

“Eu não ralei para um caralho a fim de conseguir minha vaga no time das líderes de torcida para perder um jogo importante”. Ok, o jogo nem era importante (ou era?), mas foda-se, eu estava cansada de ser um joguete nas mãos do Cullen e ele precisava saber disso. Já me bastava Parker não aceitando que segui em frente.

“E depois do jogo?”

“Devo considerar esse silêncio um sim?”

“Levo até suas comidas asiáticas...”

“Qual é Peggy?”

—Mas é hora de encarar a verdade. — Sussurrei quando bateu o sinal — Eu nunca ficarei com você — Fiz o mesmo que ele naquela estúpida festa a fantasia.

—Primeiro — Segurou meu braço me impedindo de ir — Que nunca é muito tempo e segundo que você já ficou. — Me deu uma piscadinha antes de me soltar.

—Ah é querido? — Perguntei irônica — Fala mais alto que toda a Forks High não te ouviu ainda — Soprei um beijinho e sai rebolando.

—Não liga para o Emmett, ele é um babaca. — Uma baixinha de cabelos pretos apareceu ao meu lado e a reconheci na hora por causa dos olhos topázios.

—Notei — Abri meu armário. —Alice não? Prazer, Peggy — Trocamos um aperto de mão.

—Olha, vai parecer loucura. Mas nem tudo é o que parece sim? Além do mais, fique atenta ao seu celular — Me beijou a bochecha e saiu sem dizer nada. Nem dois minutos depois recebi uma ligação.

—Filha? — A voz do meu pai era preocupada. — Preciso que saia agora da escola e vá diretamente para casa. Sem parar no caminho, sem passar no hospital. Estou saindo daqui agora e é muito importante que você vá. — Olhei pelo caminho que a Cullen tinha seguido.

—Pai? Você não está fazendo sentido. Do que se trata ao menos? — Questionei curiosa.

—Bem, em casa nos falamos. Só me obedeça Margarett. — No segundo em que ouvi meu nome completo e não Maggie, entendi a gravidade da situação e com um bufo, Jesus, não me orgulho disso, sai pelos corredores da FHS com mais pressa do que quando chego atrasada ( o que, considerando meu histórico, não é raro).

O que mais me surpreendeu foi que durante o caminho, recebi uma mensagem anônima e muito surpreendente: “Tudo vai ficar bem”. Isso me fez refletir que para tudo ficar bem, primeiro precisaria dar errado e essa perspectiva não agrada ninguém tenho certeza disso. Pode apostar que, ao manobrar na entrada da casa, encontrar um carro daqueles alugados não ajudou em nada.

—Pai? — Questionei entrando e travei diante da cena no sofá da sala.

Havia canecas que ainda soltavam fumaça dos chás não bebidos e no mesmo ambiente se encontravam as três pessoas que, na minha mente, não se encontraria juntas, a menos que fossem terrivelmente obrigados a isso. Não pude deixar de notar a similaridade de quando deixamos Forks, apesar de, na época, eu mal ter 5 anos.

Novamente na sala de estar, estavam meu pai, minha mãe e Max Lockhart, advogado da minha mãe desde que ela começou a andar e isso não é uma metáfora. Afinal de contas, o renomado doutor também exerce a função de avô e isso, de muitas maneiras, sempre deixou as coisas muito mais esquisitas. Só que naquele tempo o choroso era meu pai.

—Ótimo, você vai se divorciar de Ricardo? Ou pior, Ricardo vai se divorciar de você? — Questionei afundando na poltrona macia e, sem pensar duas vezes, virando o conteúdo do copo de whiskey que repousava na mesa de centro em frente ao vovô Max de uma vez só.

—Primeiro que sua mãe não está em condições de falar e segundo que não acho uma boa ideia você ingerir álcool Maggie, achei que quando se envolveu com Parker tinha parado com isso — Dei de ombros para o meu pai e voltei a olhar em expectativa para os adultos.

—E ela parou — Vovô Max garantiu e olhei para ele com toda doçura do mundo, devia muito a aquele homem. — E respondendo a sua pergunta querida, sim, sua mãe vai se divorciar de Ricardo. Ela está requisitando o fim do casamento mediante a quebra de uma das cláusulas do contrato. — Segurei o riso.

—Deve-me adivinhar — Brinquei — A de infidelidade? — Arqueei uma sobrancelha e meu avô me deu um sorriso por debaixo de todo aquele bigode.

—Docinho, você sabe que vou adorar tê-la estagiando em qualquer verão — A brincadeira já era velha, mas nunca deixava de me arrancar sorrisos.

Apenas não respondi devido ao fato de que, nesse exato momento, meu celular resolveu apitar. Era o Google Alert programado para minha mãe e o atual marido e no momento em que vi a origem da matéria já supus que não seria nada de bom e pode ter certeza que não era. Uma coisa reconheço sobre esse povo do TMZ, são como piranhas na água, ao menor sinal de sangue. Já atacam.

—Vovô, talvez o senhor queira ver isso aqui — Sentei ao lado dele — Isso não vai ficar nada bom para o caso da mamãe — Argumentei mostrando a matéria que, deixava bem claro, as infidelidades de ambos. Com um pequeno e espetacular adendo. Minha mãe fora aquela que traiu primeiro e se isso fosse comprovado... Mesmo sem os detalhes do acordo, tenho certeza que ia ser algo bem feio. E bem sangrento. Um prato cheio para as piranhas, digo, a imprensa.

—Merda... — Nós três falamos ao mesmo tempo e, em um perfeito timming, a campainha tocou. Claro que como mais nova fui logo atender e tentar me safar dessa teia cada vez mais complicada, agora a surpresa de encontrar a pessoa que encontrei ali. Bem isso, ah isso, não tem preço. — Ricardo? — Meu queixo foi parar no chão.

—Maggie, eu juro que nem tudo é o que parece — O estado do pobre coitado me dava pena e como um flash me lembrei das palavras de Alice.

Oh boy, essa garota definitivamente sabe de algo e esse algo vai ser compartilhado. Não importa o que tenha de ser feito, a Cullen Chick não vai se safar dessa. Já estou ficando cheia dessa família e se tem uma coisa que aprendi nos anos vividos em LA é que nenhuma merda, por menor, ou maior, que seja fica escondida por muito tempo. Pode-se varrer para de baixo do tapete, mas uma boa chacoalhada... Ah... Isso resolve tudo.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu queimei minha mão (presentão de natal né?) e não tô conseguindo escrever, logo não tem capítulo, vou fazer o máximo possível para postar dia 1, mas acho difícil.
Mil perdões.
Beijos.



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