Burn escrita por Gabizzie


Capítulo 6
Capitulo 5 — Messy.


Notas iniciais do capítulo

E ai galera beleza? Espero que curtam esse capítulo tanto quanto eu c;



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—Bom dia filha, aqui — Meu pai me entregou um copo térmico para viagem e um saco que exalava cheiro de croissant — Melhor correr se quiser chegar a tempo. — Sorri agradecida e dei um beijo na bochecha do meu velho. — Depois da aula dá uma passadinha no hospital tenho notícias para te dar — Ergui o dedão enquanto ia em direção a garagem.

Comi enquanto dirigia e preciso admitir que o café com leite e chantili do meu pai era o melhor do mundo. Starbucks e Tim Horton’s ficavam no chinelo perto daquela iguaria tão gostosa, acabei com um copo gigante (devia ter meio litro com uns 3 dedos de creme) antes mesmo de adentrar o estacionamento da escola, imagine a minha surpresa ao conseguir estacionar bem ao lado do carro do Cullen perto da entrada e encontrar o moreno encostado com todo aquele ar de bad boy enquanto encarava o nada.

—Acho melhor você correr, faltam 5 minutos para estarmos oficialmente atrasados e perdermos a primeira aula bonitão — Travei o carro e fui surpreendida ao ser puxada pela cintura.

—E eu acho que você não vai se incomodar de perder a primeira aula — Sorriu malicioso.

—Se o motivo for bom... — Dei de ombros. — Mas você precisa me dá-lo antes — Abri um meio sorriso zombeteiro.

Calmo como as marolas do mar nossas bocas se uniram em uma forma de conversa não verbal, senti aquele mel denso e picante por todo meu corpo, começando na ponta do pé e indo até a raiz dos meus cabelos me fazendo o puxar para mais perto. As mãos firmes me tiraram do chão e enrosquei minhas pernas na cintura definida, apoiada capô do meu próprio carro tive a sensação boa de ser beijada com desejo, com uma mão enroscada no meu cabelo fui puxada para mais perto, já com a outra meu corpo fora explorado, minhas mãos pareciam pequenas perto das costas largas que amanhã teriam marcas. Só quando meu pescoço começou a ser atacado e gemi pela primeira vez que o transe foi quebrado e o empurrei.

—Bom o bastante? — Assenti sem palavras. — Ótimo, eu dirijo — Pegou a chave do bolso do meu casaco e pisquei ainda tentando assimilar tudo.

—Algum crédito tenho que lhe dar Cullen, com você, aposto, que não sofrerei de tédio — Comentei rindo e com a velocidade do piloto chegamos ao café em menos de 5 minutos—Pode tirando a carteira — Cruzei os braços e ouvi a gargalhada preencher o ambiente.

—Para você eu tiro tudo — Sussurrou no meu ouvido, me arrepiando dos pés a cabeça, entrei o mais rápido possível e apesar de já ter bebido bastante café, pedi um chocolate quente com bastante chantili (acho que já deu para notar como amo né?), pois precisava de algo para me acalmar, por fim escolhi a mesa com vista para o bosque.

—Vai, desembucha. — Pedi bebericando a fim de não queimar a língua.

—Bem, sinceramente? — Concordei — Cansei de ser o bom menino, já que eu vou para o inferno mesmo, ao menos mereço alguma diversão. — Não pude deixar de sorrir, esse cara tinha sérios problemas de auto estima — Mas — Sempre tem um desses — Vai ter que seguir os meus termos. — O encarei esperando a bomba que viria a seguir — Primeiro: Nada de demonstrações públicas de afeto, nosso lance é entre nós dois e ninguém mais precisa ficar sabendo — Gargalhei nessa parte.

—Você já viu o tamanho de Forks? Quero ver esconder algo sendo a cidade do tamanho de um ovo de codorna — Ironizei.

—Confia em mim — Deu uma piscadela e continuou — Segundo: Você irá notar que sou meio mandão, então quanto a isso, geralmente é melhor fazer o que falo e Terceiro: Apesar de todo esse segredo e tudo mais, espero exclusividade, que pode ter certeza, será retribuída.

—Você só pode estar de pornô com a minha cara — Falei me levantando.

—Nunca falei mais sério loirinha — Afirmou sorrindo.

—Larga de ser babaca Cullen — O deixei ali — E se vire para chegar na escola sim? — Peguei minha chave de volta e sai para o ar frio.

Naquele dia decidi ir embora durante a hora do almoço e o que fiz foi ligar para o meu pai avisando, que de primeira não engoliu muito, porém como íamos nos encontrar não fez tanto alarde em torno do assunto. Ao dirigir para o hospital não pude deixar de notar como o meu carro cheirava ao Cullen, algo que me remetia a amêndoa tostada e gastei boa parte do percurso tentado assimilar o cheiro, até que me veio a mente do nada. 1740, o perfume da casa Histoires de Parfums, que foi nomeado assim devido ao nascimento do Marquês de Sade nesse ano. Não que esse tenha sido o ano de criação do perfume. As notas principais dele são couro, tabaco, especiarias e immortele, daí o cheiro de amêndoa tostada, essa flor é característica por isso. Como o dono, o perfume exala sedução e, por que não?, exclusividade.

—Eu tenho uma notícia que pode ser ótima ou péssima — Foi a primeira coisa que ouvi ao chegar ao refeitório do hospital.

—Bem, se depende do ponto de vista e do meu humor, pode apostar que vai ser terrível — Brinquei me sentando e meu pai passou um prato com aquela comida sem sal para mim.

—Bem, vai ter um seminário muito importante que começa nessa quarta feira e com a sua chegada aqui eu tinha me esquecido completamente. Do hospital iremos eu e mais dois médicos, então queria saber se você consegue se virar sozinha por uns dias? Vou ver se consigo arrumar alguém para te ajudar, levar comida e dar uma checada em você pelo menos uma vez por dia... — O interrompi.

—Relaxa pai, eu já sou bem grandinha — Afirmei sorrindo. — Se é importante para você, é importante para mim também. — Garanti, apertando a mão que sempre me amparou.

—Você é uma filha de ouro Maggie — Ganhei um beijo nas costas da minha mão e sorri com o afeto.

Nosso momento só fora interrompido com a passagem do doutor Cullen pelo corredor, que logo fora convidado a se juntar a nós. E isso só me fez pensar que essa família está destinada a forçar sua entrada na minha vida, imagine como minha opinião só se fortaleceu quando o doutor comentou que também iria e ofereceu a esposa para me servir de babá, só faltou dizer que o quarto de hospedes estaria pronto para me receber.

—Já vai — Gritei descendo correndo apenas de toalha secando meu cabelo, ou tentando, era quinta feira e tinha quase certeza que era a senhora Cullen com o meu jantar.

—Já que você estava me evitando, achei melhor te atacar quando a guarda estivesse totalmente baixa — Nem oi, nem nada, mas ele estava certo preciso admitir, depois da palhaçada de segunda tentei ao máximo me manter distante.

—Boa noite para você também Emmett, sim estou bem obrigada e quanto a você? — Ironizei.

—Para, trouxe um prato delicioso feito especialmente para você, Risoto de camarão aos quatro queijos com palmito , segundo o seu pai é o seu preferido e nem preciso dizer que Dona Esme cozinha muitíssimo bem, além de uma meia dúzia de filmes maravilhosos. E é claro de sobremesa tiramisu. Deixa-me entrar logo, prometo que me comporto — Ao sentir o cheiro não pude resistir e para piorar ele fazia uma cara de cachorro que caiu da mudança, sei que me arrependeria depois, sei que estava sendo um joguete nas mãos hábeis dele, sei de tantas outra coisas, entretanto na hora não quis saber de nada.

—Peggy, não vou resistir — Se rendeu com um gemido me puxando para a única gaiola onde gostaria de ficar presa no meio do segundo filme que assistíamos.


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Notas finais do capítulo

Então gente, só para lembrar que daqui exatos 10 dias começa a maratona de capítulo todo dia por uma semana! Uma forma de fechar o ano bem e começar o outro com o pé direito.
Quem quiser elogiar, criticar (construtivamente e com o devido respeito) e até mesmo conversar a caixa ai em baixo está para isso.
Beijos.



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