Estávamos na metade da segunda partida quando meu estomago decidiu roncar e, para minha surpresa, Emmett trouxe aparatos para fondue da cozinha. Curtimos o comecinho da noite juntos, enquanto comíamos fondue e jogávamos conversa fora. Emmett me surpreendeu ao dizer que apesar de ser musculoso e tudo mais, quase não conseguia fazer dieta e treinava muito para manter o corpo assim, também me falou como foi ser adotado pelos Cullen e pelo que eu descobri Carlisle é de uma pequena cidade no Alasca e apesar da família do doutor ser rica e ter pago a escola de medicina para ele, o mesmo conquistou tudo sozinho em Nova Iorque.

Conhecera a esposa na big apple, onde conseguiu o primeiro grande emprego e, na época, se aproximaram quando Esme foi decorar o primeiro apartamento que Carlisle comprou. Nem um ano depois o jovem casal já estava casado e grávidos de Bella, a primeira e única gravidez, que foi cheia de risco e quase matou as duas. Dois anos depois, em Chicago, o casal se tornou pais novamente, dessa vez de Renesmee e Edward. Esme se apaixonou tanto por ser mãe que não pensou duas vezes em acolher Jasper quando os pais do loiro vieram a falecer em um acidente de avião, Carlisle perdeu a irmã e o cunhado, mas ganhara outro filho.

Por último em Detroit, onde viveram até voltar para o Alasca adotaram o jovem Emmett, o mais velho a ser adotado e o mais velho dos filhos, na época com 8 anos e por razões que meu moreno não contou viveram lá só até a adoção ser concluída e no ano seguinte já estavam no Alasca onde adotaram a última Cullen, Alice.

Ele me falou também da reação de Carlisle e Esme quando viram os filhos adotivos se envolvendo, primeiro foi Jasper e Alice que chocaram todos e depois de muita conversa, passagem pela terapeuta e até uma consulta com o advogado para confirmar se isso não era ilegal os dois passaram a aceitar, foi por isso que vieram a Forks e quando estavam empacotando tudo e se mudando, Bella e Edward se assumiram também. Por sorte essa cidade os ajudou a recomeçar e trouxe tanto para Renesmee quanto para meu moreno o amor.

—Toma um banho comigo? — Pediu com cara de manhoso quando já era quase de madrugada e fiquei tensa no mesmo minuto. Contudo só de ver os olhos pidões que não resisti. Foi quando nos unimos, após um banho relaxante na cama do meu moreno, nunca achei que poderia sentir tanto prazer e alcançar uma plenitude tão intensa quando nos braços do moreno.

—Emm — O chamei quando acordei do breve cochilo pós sexo — Preciso ir, se meu pai chega do plantão e não me vê em casa, ele vai ficar preocupado. Mesmo que ele tenha achado que passaríamos a noite juntos, quero estar em casa quando ele chegar — O vi assentir e nos vestimos.

—Posso te pedir mais um voto de confiança? — Franzi as sobrancelhas com o pedido, mas concedi. — Então vem — Me levou a garagem e tirou a capa protetora de uma moto, uma máquina mortífera de duas rodas seria um nome mais apropriado para aquilo. Quase morri do coração durante o percurso até minha casa e o fiz prometer que não iriamos mais andar naquilo, claro que eu gostei, era maravilhosa e a velocidade muito libertadora, mas sei lá, mal chegamos e nos jogamos no sofá que foi o que me bastou para dar uma vertigem e ir correndo vomitar.

—Nunca mais em toda minha vida eu quero isso Emmett — Reclamei depois de vomitar pela segunda vez.

—Desculpa baby — Pediu segurando meus cabelos. —Mas foi bom não foi?

—Na hora tudo é bom! — Reclamei vomitando de novo antes de sair do lavabo e me surpreender em encontrar meu pai tirando o casaco. — Ei pai — O olhar surpreso dele não causou a mesma surpresa em mim, apenas senti vergonha já que a única peça de roupa que cobria meu corpo era a camiseta imensa de Emmett já que tinha sujado o que vestia com a primeira gorfada.

—Emmett dormiu aqui? — Questionou ao ver o moreno apenas de calça de moletom.

—Errrr.... — Eu mordi meu lábio inferior — Sim, acabamos adormecendo no sofá enquanto víamos um filme — Por sorte a sala estava bagunçada o que tornava minha mentira plausível, me impressionei com a velocidade que levei para mentir. — Acordei agora, acho que comi algo ontem que não me fez muito bem — Admiti dando de ombros. — Você deve estar cansado, vai deitar que nós nos viramos aqui — Falei indo até ele e dando um beijo na bochecha que começava a ficar barbuda.

—Seu Nathaniel, se o senhor não se importar gostaria de levar Peggy hoje para Seattle. Temos o baile de inverno essa semana marcando o fim das aulas e ela precisa de um vestido e eu de um terno... — Olhei para ele com a maior cara de wtf?

—Claro, claro. Pegue um pouco de dinheiro no cofre no escritório antes de ir filha — Disse subindo as escadas, estava tão cansado que nem se ateve ao fato de eu ter mais de cinco vestidos de festa no meu armário.

—Que diabos Emmett? — Perguntei o puxando até meu quarto quando vi que meu pai já devia estar ressonando tranquilo. — Eu tenho vários vestidos dos coquetéis que fui com minha mãe e o marido dela, alguns até exclusivos! — Rebati ácida indo para meu banheiro tomar uma ducha e quando o vi começar a tirar a calça já cortei — Negativo, se vamos sair vai buscar seu carro enquanto eu me arrumo — Resmunguei.

—Volto já — Me deu um selinho e vestiu a camiseta que tirei.

Tomei um banho calmo e relaxante, me vestindo de uma forma confortável, fiz uma trança e notei que já estava na hora de retocar meu cabelo. Quando terminei o sol já tinha nascido e Emmett manobrava o carro na porta de casa, entrei e combinamos de ir naquela fatídica cafeteria, mas dessa vez foi muito agradável.

No caminho descobri que a ida à Seattle era mais para comprar lente de contatos nova o que me deixou extremamente surpresa já que achei que os olhos de Emmett eram nesse tom topázio mesmo. Descobri que isso foi um “favor” de Alice, que se encarregara da última compra, pelo que ouvi, ele e a irmã tinham problemas de vista (a baixinha usava óculos apenas para descanso e em casa somente) e quando o moreno ficou sem lentes de contato (já que ele precisa usar óculos o dia todo e odeia isso) pediu para ela comprar e a irmãzinha comprou pares suficientes para três meses que finalmente se acabavam.

—Que cor é o seu olho realmente Emmett? — Perguntei curiosa e o vi mexer na lente, revelando lindos olhos azuis. — Uau — Falei admirada.

—Pode ficar tranquila que eu pretendo comprar lentes transparentes, as boas e velhas lentes transparentes — Suspirou e parou em um posto. — Quer ir à conveniência enquanto abasteço? — Neguei e o vi descer.

Retomamos nossa viagem e quando chegamos a Seattle fomos direto para a ótica do Emmett, ele sempre compra as lentes dele lá, depois passamos no Pike Place Market para uma volta e uma parada na primeira Starbucks do mundo, andamos mais um pouco e almoçamos no Hard Rock Cafe onde comprei mais um moletom pra minha coleção entre outras coisinhas. Depois fomos ao Premium Outlet de Seattle e ajudei Emmett a escolher uma gravata na Burberry, que combinasse com meu vestido claro, e comprar algumas coisas como relógio, um sapato novo e comprei uma abotoadura para dá-lhe de presente, o que não foi difícil o deixei na loja da Under Armour e corri de volta na Burberry, ainda me deu tempo de comprar e ir pra loja da Ugg onde ele me encontrou tempos depois.

Comemos pizza em um restaurante chamado Villa que tinha lá mesmo e me surpreendi quando fui dar as abotoaduras e ganhei um colar da Swarovski. Era tão simples, mas me tirou o fôlego, era um colar dourado com a palavra love com cristais. O beijei, muito.