Estava agora na carruagem de Beauxbatons em direção a Hogwarts. Como eu possuía 17 anos estava na idade permitida para poder concorrer a campeã representante da minha escola.

Parecia que o destino estava ao meu lado. Eu iria para Hogwarts a escola onde o meu alvo estava.

Todos os dias da minha vida eu fui ensinada a odiar uma pessoa, a pessoa que tirou meus pais de mim, me deixando viver com minha avó.

Meus pais foram comensais da morte, assim como minha avó. Eles foram mortos por aurores quando eu tinha 4 anos. Desde então eu vivi com minha avó.

Ela me ensinou a odiar o assassino de meus pais.

Ela disse que quando chegasse a hora ele iria ter o que merecia, e que eu iria fazer o trabalho. Eu devia fazê-lo sofrer, fazer ele sentir o que eu senti todos esses anos.

Sempre que fechava meus olhos eu revivia a morte de meus pais. Eles morreram porque não quiseram deixar sua filha sozinha e ir para Askaban. Mas o assassino não escutou, não quis saber de uma criança. Me lembrava todos os dias o quanto meus pais imploraram para que não me deixasse sozinha.

Mas o auror não escutou. Ele lutou com os meus pais e a luta me deixou órfã, enquanto ele voltava para sua esposinha e seus filhos.

Minha avó me ensinou que para fazermos alguém sofrer temos que da pessoa algo que a faça sofre, tirar algo com a qual ela não poderá viver, assim como ele fez comigo.

Cresci com o ódio no coração e jurando que iria fazer sofrer aquele que me tirou tudo o que eu tinha.

Quando a Madame Roux nos contou que doze de nós iríamos para Hogwarts para participar do torneio tribruxo eu entrei em êxtase.

A pessoa que o auror que matou meus pais mais amava estava em Hogwarts.

Todas as pessoas acreditam que ele era um santo, mas eu não acreditava nisso, iria fazê-lo sofrer assim como sofri todos esses anos por sua causa.

Sempre que fechava os olhos ainda podia ver aqueles olhos verdes impiedosos.

Quando chegamos em Hogwarts a carruagem que tinha o tamanho de uma casa e que estava sendo guiada por cavalos brancos pousou.

Madame Roux nos deu umas ultimas dicas de como nos portar. Antes de descer olhei meu reflexo na janela. Minha pele extremamente branca, que ficava ainda mais clara em contraste com os meus cabelos pretos e lisos que iam ate a altura da cintura, e meus olhos pretos. Minha imagem não estava muito feliz, mas não devia estar mesmo, afinal agora eu iria ver o filho do assassino de meus pais.

Fui a ultima a desembarcar. Madame Roux caminhou ate a diretora de Hogwarts uma bruxa que eu não sabia o nome.

- Francis Roux que bom vê-la. – ela disse.

Madame Roux sorriu, mas eu não ouvi sua resposta, pois havia avistado os olhos do assassino de meus pais, mas não era ele. Os olhos tinham o mesmo tom de verde, aquele mesmo verde intenso, mas não era os mesmos, o dono desses olhos que eu encarava tinha minha idade. Era ele Alvo Severo Potter, a pessoa que eu treinei toda a minha vida para destruir, o filho preferido de Harry Potter.

Tinha que me controlar não era o certo matá-lo onde havia tantas testemunhas. Deveria esperar o tempo certo.

- Sarah. – ouvi uma voz me chamar.

- Sim madame? – me virei olhando para ela.

- Vamos entrar para nos aquecer.

- Claro.

Caminhei ate ela ficando ao seu lado.

Enquanto passava podia sentir vários olhares em mim. Afinal eu era bonita, uma das mais bonitas de minha escola.

Quando passei por ele pode ouvir ele conversando com alguns amigo.

- Essa Sarah é bonita heim Potter?

- É sim. – ouvi ele dizendo.

Me virei e encarei olhando seus olhos verdes. Por um segundo perdi minha linha de raciocínio.

- Obrigada. – disse e me virei.

Enquanto me afastava ouvi os garotos zuando com ele.

- Que legal em Potter. Ela é muito linda e gostosa.

Ouvi sua risada sem graça antes de todo o som sumir, e poder sentir o calor do salão comunal.

Madame Roux nos mandou sentar em alguma das mesas das casas.

Escolhemos uma e ficamos esperando os alunos de Durmstrang e de Hogwarts entrar pela porta do salão comunal.