Rebel escrita por Blake


Capítulo 10
American




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– Alexia, Lisa, Marcus, Bae e Kyle – Taylor ditava o nome dos novos membros da HYDRA, de fato, eles decidiram ficar ao notarem que estavam sendo caçados. Tinham adquirido uma feição até mais assustadora, com exceção de Bae, o coreano, esse continuava com a mesma cara de personagem de gibi.

Alexia foi a primeira a dar um passo para frente, mostrando-os sua habilidade, controlava a luminosidade, qualquer tipo de luz, e os deixou no mais completo breu, ok, poderiam achar alguma utilidade para aquele poder.

Lisa foi a próxima, ela se esticou inteira e conseguia se movimentar com rapidez pela sala, era algo bem bizarro, mas igualmente impressionante. Com certeza uma habilidade útil.

Marcus foi o próximo, ele pediu uma barra de ferro, que rapidamente o foi dada e ele derreteu o objeto com as mãos, iria lembrar-se de mantê-lo longe das maçanetas, ótimo potencial.

Bae pegou um copo entre as mãos e rapidamente o congelou. Já poderiam economizar com a conta de energia, tinham achado uma geladeira humana.

Kyle alegava poder deixar qualquer estrutura invisível, então Taylor o desafiou a deixar a mesa na qual estava sentada invisível e foi exatamente o que o homem fez, dando a impressão que Taylor flutuava, riu em divertimento. Todos úteis.

– Alexia, você foi designada para a enfermaria – delegou e a ruiva apenas concordou – Lisa, você ficou com a guarda – a mexicana pareceu feliz, era do tipo que gostava de ficar ao ar livre pelo visto – Marcus e Kyle ficarão comigo – falou e eles sorriam, o que não agradou nem um pouco Ward, o moreno apenas assistia – Bae, você ficará com o Alex – o coreano parecia estar fazendo uma prece silenciosa para isso acontecer, pois sorriu largo e suspirou aliviado. Dois geeks.

Após todos terem sido designados para suas respectivas funções, dirigiu-se para a dupla da qual seria responsável.

– Primeiro, podem tirar esses sorrisinhos idiotas da cara – falou friamente e eles rapidamente acataram – Segundo, me sigam – ordenou, saindo toda altiva à frente dos dois, guiando-os até a sala de treinos.

– Qual é o seu nome mesmo ? – Kyle ousou questionar.

– Me chame de Dama, se você valer meu tempo, talvez eu te diga meu nome – respondeu com certo sarcasmo. – Eu preciso de dois pitbull’s para o que eu planejo, então se vocês não forem os pitbull’s que eu espero, serão realocados para outras funções, ok ? – questionou de modo enérgico e os dois apenas balançaram a cabeça, concordando.

– E o que você planeja ? – Marcus indagou com certo receio.

– Uma viagem – respondeu com um sorriso misterioso e só então começaram o treino.

△REBEL

– Sabe o que eu descobri ? – Riley brotou ao seu lado, nunca conseguia antecipar quando ela iria surgir, mas conseguiu disfarçar o susto que tomou, pelo menos daquela vez.

– Eu tenho sérias dúvidas se quero saber – respondeu, sem diminuir as passadas, havia acabado de sair do treino com os dois Inumanos e estava indo até a piscina.

– Como eles se transformaram, eu descobri – ela soltou e já ia distanciando-se, mas foi impedida quando Taylor pegou em seu pulso. A morena sorriu largo, sabia que a menina não iria controlar-se de curiosidade – É um óleo de peixe – continuou e encarava a garota, de forma ansiosa ... Taylor bem sabia o que aquele olhar sugeria, mas tinha sérias dúvidas sobre aquilo.

– Não sei se é uma boa ideia, se isso matar a gente ? – falou de forma incerta.

– Se isso nos transformar em algo magnífico ? – a outra rebateu.

Se olhasse bem, tinha uma grande possibilidade de ser uma alien mesmo, o que tinha a perder ?!

– Você não vai pilotar – anunciou e desviou sua rota até a parte onde ficavam as motos e carros. A mulher subiu na garupa, comprimindo Taylor mais forte do que o necessário.

– Quem disse que eu iria querer pilotar ? – ela sussurrou e beijou o pescoço da loura.

Taylor se arrepiou inteira com o toque, mas se concentrou na estrada a sua frente.

– Quem foi o louco que te passou o endereço da onde morava ? – indagou quando estavam na cidade propriamente dita, já que o covil hidrônico era enfiado no inferno, virando a esquerda no fim do mundo.

– Bae – ela falou como se fosse óbvio e tirou o capacete, deixando os longos cabelos acobreados caírem em cascata por suas costas. Riley era a perdição de qualquer ser humano, tudo nela gritava a palavra “perigo”, mas nem assim Taylor conseguia libertar-se daquele magnetismo.

Entraram no prédio, e para onde olhavam havia algum asiático – Me lembre de comprar meus biscoitinhos da sorte – falou com certa ironia, enquanto galgavam até o apartamento do gordinho estranho.

– Please lord, que não tenha nenhuma boneca inflável – essa era a prece de Riley antes de abrir a porta, ignorando as faixas com os disseres “não atravesse”.

O apartamento fedia, como se alguém tivesse morrido ali, e a careta que fez foi quase involuntária. Se dirigiu para a minúscula cozinha, enquanto Riley ia até o computador.

– Já devem ter levado tudo – falou, enquanto procurava a tal lata de óleo de peixe.

– Ele disse que comprou duas latas, da mesma remesa, eles só devem ter levado uma – a outra rebateu, tateando a parede, parando apenas quando sentiu uma saliência – Bae, seu gostoso – exclamou, sorrindo largamente ao puxar quatro maços de dinheiro da parede.

– Que merda é essa ?! – falou sem entender nada, estava mais impressionada pela quantidade de dinheiro do que pela lata que trazia nas mãos, enfim havia encontrado.

– Nosso querido amigo não é tão santo quanto aparenta – Riley explicou, beijando os lábios de Taylor.

Puseram todo o dinheiro numa mochila que encontraram e já iam saindo do apartamento quando ouviram passos e pessoas conversando em inglês, qual a probabilidade daquilo ser uma coincidência ?! Se entreolharam e num piscar de olhos Riley já havia atravessada a janela, usando a escada de emergência para descer, Taylor estava na sua cola, utilizando um pouco do seu le parkour para saltar de uma estrutura para a próxima. Atingiram o chão em exatos trinta segundos e em segundos aceleravam com a moto pelas movimentadas ruas de Nova York.

Ainda olhou por cima do ombro, vendo May estática na janela pela qual acabara de escapar, abaixou o visor do capacete e segurou mais firmemente à Riley.

△REBEL

Coulson bem que tentou segui-las, mas, ao atingir o térreo, já não tinha noção da direção que elas haviam tomado. Aquele fora o primeiro vislumbre que tivera de Taylor em longos e sufocantes meses, ela parecia bem e isso era quase uma vitória, considerando que não tinha nada no qual sustentar suas esperanças.

– O que ela queria aqui ? – Hunter, sempre muito perspicaz, tentava encontrar alguma lógica naquela situação, sem muito sucesso.

– Quem queria aqui ? – uma altiva e muito elegante mulher questionou, os olhos inteligentes avaliavam o grupo a sua frente. Skye enfim pudera fazer sua careta pessoalmente, o que não passou despercebido por Rosalind que decidiu ignorar.

– Agente Price – Coulson tomou a frente da situação.

– Agente Coulson – ela respondeu de forma dissimulada, sem abandonar aquele sorriso misterioso – Posso estar enganada, mas acho que SHIELD invadiu minha jurisdição, isso é considerado um crime federal, você sabe disso ? – perguntou de forma cínica, avaliando o rombo na parede às costas de May.

– Tenho certeza que podemos resolver isso de uma forma mais diplomática, afinal, temos intenções similares – o moreno tentava uma abordagem mais “amigável”.

– É mesmo ? E quais seriam suas intenções, agente Coulson ? – aquela mulher era um poço de mistério e tudo nela evocava poder.

– Recuperar os Inumanos ? – ele chutou, arrancando um riso desdenhoso da outra.

– Minha intenção é proteger as pessoas, mais exatamente as pessoas desse magnífico país chamado Estados Unidos da America – ela o respondeu de forma fria.

– Em outras palavras, matando os Inumanos – Skye não conseguiu ficar calada por muito tempo.

Rosalind Price caminhou na direção dela e esperou até estar bem próxima a jovem para sorrir – Eu ouvi muitas coisas sobre você, Skye – sussurrou, enquanto Hunter e Tripp se punham entre as duas.

– O que você quer ? – May enfim tomara a situação, já que Coulson parecia estar naufragando com aquilo.

– Paz mundial – respondeu cheia de sarcasmo – O que eu quero para não denunciá-los, você quis dizer ? – questionou numa retórica e parecia quase divertir-se com aquela situação.

A chinesa permaneceu olhando-a de forma imparcial, não estava num bom humor e se Rosalind soubesse a vontade que estava de matá-la, não iria estar tão debochada.

– Eu quero seus arquivos sobre Grant Ward e Rick Bishop – ela enfim deu seu preço.

– Acha que conseguirá tirar algo de lá ? Nós já estudamos aqueles arquivos e não encontramos nada, por que acha que conseguirá ? – mais uma vez a língua de Skye venceu seu bom senso.

Price sorriu, parecia realmente se divertir com aquilo – Eu gosto de você – foi a única coisa que disse, num ar bem ameaçador.

– Tudo bem, lhe daremos os arquivos – Coulson concordou com os termos e o grupo já preparava-se para sair, mas antes que atravessassem a porta, Rosalind pegou no braço de Skye, deixando todos nervosos no recinto, inclusive May, que tateou sua arma.

– Espero vê-la novamente – a mulher falou e só então libertou a menina, mandando um dos seus soldados seguir o grupo e pegar os arquivos.

△REBEL


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