Rebel escrita por Blake


Capítulo 11
Little hide




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/655167/chapter/11

– Qual o problema ? Conseguimos escapar – Riley perguntou, sentando-se ao lado da loura, já haviam tirado uma boa distância da cidade e agora apenas aproveitavam a vista, meio perdidas sobre o que fazer em seguida, beber o óleo ou torrar o dinheiro do coreano.

– Nada – mentiu de forma pouco convincente.

Riley apenas a lançou aquele olhar de “desembucha logo, cara pálida”, Taylor suspirou e revirou os olhos.

– Eu vi minha mãe – admitiu, com os olhos distantes.

– O que ? - a morena questionou de forma incrédula – Que merda, Taylor ... – finalizou, encarando a jovem ao seu lado num ar apreensivo.

– É, você entendeu bem a situação – respondeu com ironia.

– Pelo menos ela não atirou – a outra pontuou.

– Isso supostamente deveria me animar ?! – perguntou sarcasticamente.

– Yeh, não queira saber como é ter uma mãe mexicana, a mulher ameaçava me matar por qualquer coisa – Riley brincou, ela, de alguma forma, conseguia levantar o humor de qualquer pessoa.

– Isso definitivamente melhorou meu humor – tentou soar engraçada, mas possivelmente não tenha tido muito sucesso, pois Riley a puxou para um abraço apertado.

– Eles nunca deixarão de te amar, Tay – sussurrou ao ouvido da jovem.

– Talvez eles devessem – finalizou, comprimindo Riley mais fortemente contra o próprio corpo.

△REBEL

– Aquilo foi muito assustador – Skye iniciou, estava até trêmula ao entrar na SUV.

Todos tiveram que concordar, a reação de Rosalind, de fato, foi bem assustadora.

– Ela sabe sobre seus poderes, Skye – o diretor declarou, más notícias eram a nova constante da sua vida.

– Mas eu não apresento ameaça a ninguém – a jovem se remexeu inquieta no banco, virando-se para ter certeza que não estavam sendo seguidos.

– Ela não sabe disso – May respondeu, já sentia a cabeça esquentar, como se não tivessem problemas o suficiente, ainda teriam que se preocupar com um possível sequestro ?

– Skye – Coulson iniciou ao notar o carro começar a dar uns leves tremores – Fique calma – ele pediu, pousando a mão sobre a mão da jovem, num ar paternal – Eu prometo que você ficará bem – ele a certificou, olhando-a longamente e ela pareceu acreditar, pois maneou a cabeça em concordância.

– Ela que venha se meter com nossa pinscher – Hunter soltou, lançando uma piscadela para Skye.

– Pinscher é sua mãe – a jovem retorquiu, querendo pular por cima de Barbara e Tripp para bater no moreno.

– May, olha o que ela tá falando sobre você – o homem falou, fazendo May trincar os dentes em desaprovação, enquanto ele apenas ria, com certeza, o mais anormal do grupo.

– Não tenho o desprazer de ser a sua mãe – a chinesa respondeu, já mais descontraída.

– Nem tua mãe de verdade assume isso, se lembra que ela falou que você foi adotado ? - Barbara disse entre uma risada, fazendo todos a acompanharem na gargalhada, enquanto Hunter ficou emburrado no canto.

– Ela estava bêbada – tentava se “justificar”, enquanto bufava.

– Diretor Coulson ? – a voz de Jemma soou pelo viva-voz do carro e todos rapidamente pararam com as brincadeiras.

– Sim, agente Simmons – respondeu.

– O endereço dos demais Inumanos foi isolado pela equipe da Sra. Price – a britânica era a educação em pessoa, o que chegava a ser cômico em algumas situações, tipo, quando ela chamava o “inimigo” num ar tão digno.

– Obrigado, agente Simmons – o homem respondeu num ar meio cansado, Rosalind Price seria um grande empecilho.

Ninguém ali tinha pretensão de ir nas demais residências, já haviam tido suas cotas de ATCU pelo dia, dariam prosseguimento ao que foram realmente fazer, fora achar a existência de outros Inumanos. - Acho que vocês já sabem o que fazer – Coulson afirmou, virando-se para encarar o quarteto as suas costas.

Skye concordou com o sorriso mais largo já visto, aquela seria sua “primeira” missão.

– Lincoln e Alisha – delegou aqueles dois para Skye e Tripp – Eric e Olivia – apontou para Barbara e Hunter.

As duplas concordaram com um aceno confiante e foram deixadas numa estação de ônibus.

– Vocês têm uma semana para localizá-los e trazê-los, reportem-se todos os dia e tomem cuidado – os advertiu uma última vez e tanto Skye, quanto Hunter, reviraram os olhos.

– Ok, dad – anunciaram em uníssono com certo deboche. Eles bem que poderiam ser irmãos mesmo, eram infantis como tais.

Coulson e May ficaram encarando o quarteto se misturar entre os demais passageiros e foi impossível reprimir o longo suspiro que deram, assim como a sensação incômoda que se apoderou de ambos.

– Eles ficarão bem – May, numa espécie de telepatia, certificou Phil, antes de acelerar a SUV, de volta a base.

Aquela missão era completamente “fora do radar”, ou seja, as demais divisões da SHIELD não tinha nenhum conhecimento, até porque o que Coulson tinha em mente para aquele grupo também seria bem “pouco ortodoxo”. Deixaria assim por hora.

△REBEL

Aquela era a primeira vez, em longos meses, que Coulson e May decidiam ir para casa, afinal com a base praticamente vazia, não viam motivos para permanecerem lá.

Mantiveram-se em silêncio por todo o trajeto até a casa de classe média alta, num bairro pouco populoso da cidade caótica. A casa era ladeada por um jardim bem aparado e tinha dois andares, utilizando-se de muita madeira e tons rústicos na sua constituição. Lola repousava placidamente na garagem, assim como a Harley de May, se Coulson amava carros, May amava motos. Eram uma agradável antítese um do outro.

O homem abriu a porta, tateando a parede até encontrar o interruptor.

Como esperado, tudo estava impecável, mas o silêncio sepulcral instaurada na residência era algo incômodo. Era apenas uma casa, não mais um lar.

Ficaram alguns minutos parados no corredor que antecedia a espaçosa sala e May foi a pessoa a tomar a dianteira, livrando-se da jaqueta que encontrou no chão repouso. Coulson a acompanhou após alguns instantes, indo até o próprio escritório onde mantinha seus licores guardados num cofre desde que Taylor passara a roubá-los. Era até irônico àquela altura.

Pôs a garrafa de um whisky que Taylor era particularmente fã sobre a mesa, e ficou encarando o líquido que outrora tivera um tom amendoado forte mas que pela diluição que Taylor fizera porcamente, hoje estava mais para um amarelo desbotado, o gosto de água era nítido e trouxe à Coulson divertimento, pois nem um cofre conseguiu barrar sua inteligente e engenhosa filha.

– Do que está rindo ? – May indagou, trazia uma xícara de chá entre os dedos e havia posto uma roupa mais informal.

– Taylor sempre roubava essas bebidas – ele comentou, ainda sorrindo.

– Possivelmente tenha uma resistência ao álcool maior que a nossa – a chinesa emendou e também deu um sorriso fraco.

– Eu não posso colocá-la numa prisão, Mel – declarou, num tom distante – Tem de haver outro jeito – concluiu, com certa amargura.

Melinda estreitou os olhos, não podia acreditar no que estava ouvindo. Para May, a justiça não fazia distinção, se alguém fez algo errado, deve pagar, independente de quem seja. Aplicava essa política na sua vida e não a mudaria apenas por ser sua filha. - Não vamos mais passar a mão sobre a cabeça dela Phillip, você acima de qualquer um sabe que Taylor tem entendimento do que está fazendo, ela não é uma criança ingênua que foi iludida. Ela foi atrás da HYDRA, ela procurou por isso – a chinesa dizia com certa fúria, embora essa fúria não fosse exatamente direcionada a Taylor.

– Você diria a mesma coisa se fosse Lily ? – ele indagou, pois a reação de May não era condizente com o sentimento que o torturava por todos aqueles meses.

– O que você está insinuando ? – a mulher questionou entre dentes, aproximando-se perigosamente do moreno.

– Você chegou a amá-la ? Taylor eu digo – ele não se retraiu.

– Você é um escroto! – a mulher gritou e jogou a xícara longe, não queria nas mãos nada que pudesse se tornar uma arma, ou tinha a impressão que iria usá-la.

– Isso não é uma resposta – Coulson prosseguiu num ar feroz.

– Eu a amo sim, Phillip, mas meu amor não irá ignorar as atrocidades que ela tem feito, meu amor me fará visitá-la toda semana naquele reformatório e quando ela pagar por seus erros, meu amor estará a esperando na porta – respondeu, sem desviar os olhos dos azuis de Phil – Você ainda não caiu em si, nossa filha é uma assassina, quanto antes você compreender isso, melhor para nós e melhor para ela – finalizou, deixando Coulson completamente catatônico no escritório.

– Tem de haver outro jeito – sussurrou para o nada, enquanto bebia do próprio gargalo. Não salvara aquela menina para vê-la terminar num reformatório imundo. Melinda podia achar que Taylor tinha todo o entendimento da vida, mas Phil duvidava que alguém de dezesseis anos, por mais inteligente que fosse, soubesse pelo menos um terço do que realmente acontecia no mundo.

△REBEL

Taylor e Riley decidiram torrar parte do dinheiro de Bae antes de beberem o tal óleo, a explicação óbvia era, se morressem, pelo menos haviam se divertido antes.

A morena rodopiava Taylor pela pista de dança de uma boate gay e já estavam mais altas do que Snoop Dogg no ano novo.

– Quem é que vai dirigir, eu estou vendo três de você, RiRi – a mais nova comentou, agitando os braços no ar de acordo com a música.

Riley segurou nas bochechas de Taylor e puxou o rosto da jovem com voracidade para próximo ao seu, num beijo caótico, repleto de sabores inebriantes.

– Não precisamos voltar, eu e você contra o mundo, baby – a mulher respondeu, ainda saboreando os lábios da garota e Taylor não sabia se aquilo era a bebida falando, ou realmente Riley estava a convidando para fugir.

Afastou a cabeça um tanto confusa e estreitou os olhos, as luzes coloridas tornavam bem difícil manter o foco, mas Riley notou a cara de dúvida da loura, pois rapidamente sorriu, embora tenha sido um riso forçado ... Geralmente ela era bem mais espontânea.

– Eu estou brincando, minha Dama – falou alto, próximo ao ouvido de Taylor, aproveitando a proximidade para beijar o lóbulo da orelha da menina, descendo os beijos pelo pescoço da mesma – Vamos para outro lugar – convidou de forma sugestiva e puxou a mais nova pela mão, tirando-as daquele caos alucinógeno.

Taylor encostou-se a parede da boate, fechando os olhos e controlando a ânsia de vômito. Não era uma ânsia em decorrência da bebida, sabia disso, já tinha pegado resistência àquilo, talvez fosse o LSD, não era uma usuária assídua.

– Você está bem ? – Riley indagou genuinamente preocupada e fez a garota sentar-se no meio-fio, enquanto olhava-a num ar meio arrependido por tê-la dado aquela pílula. As vezes era difícil lembrar que a loura tinha apenas dezesseis anos.

Concordou fracamente com a cabeça, sem muita certeza se estava realmente bem. A morena chamou um táxi, e isso é a última coisa que se lembra, na manhã seguinte acordou num quarto de hotel, com Riley a vigiar seu sono.

– Bom dia – desejou, passando os dedos sobre o rosto da mulher ao seu lado.

– Bom dia – a outra respondeu, dando um beijo sobre a bochecha da loura e sorrindo bobamente.

– Temos que ir – falou, erguendo o tronco sobre a cama e jogando os lençóis para o lado.

– Ei, qual é a pressa ? – a morena indagou, de forma manhosa e puxou Taylor novamente para a cama, dando-a diversos selinhos.

A mais nova a olhou com um sorriso canalha sobre o rosto; volúpia e perdição, as duas palavras que definiriam muito bem Riley Carter. A morena tinha quarenta e sete quilos, muito bem distribuídos em 1,63 m de pura depravação. Os peitos eram firmes, assim como a bunda arrebitada e para lá de sensual, os lábios carnudos eram um convite ao toque, os olhos cor de oliva eram a porta para um mundo repleto de prazer, os cabelos pareciam projetados para serem puxados, os dedos longos se encaixavam com perfeição a natureza felina da mulher. Riley era tão erradamente certa. Essa perdição em forma humana habitava a terra por exatos vinte e três anos, mas parecia ser versada na arte do sexo a muito mais tempo.

Foi impossível resistir àqueles olhos desejosos e sem muita demora peças de roupa começaram a se espalhar pelo chão.

△REBEL


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não vai ter sexo explícito nessa fic... Ou eu acho que não .q



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rebel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.