Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 62
Cúmplices




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Segunda, 12 de Outubro.

Ally termina de se arrumar para a festa do aniversário de Nane, está no quarto de hóspedes da casa Blacker, foi para lá de manhã para ajudar na arrumação e preparação dos doces. Ela termina de pentear o cabelo, coloca alguns acessórios. Batem na porta e logo entram:

— Ally, está pronta? - Nick a pergunta.

— Quase, só falta colocar a sapatilha. - Responde se sentando para calçar.

— Hum. - A observa.

— O que foi? - Vê seu olhar.

— Amei essa sua roupinha. - Sorri de lado.

Ela usa um cropped de mangas longas e soltas, e uma saia de tamanho médio, ambos preto e branco quadriculados.
— É uma graça! - Malicia.

— Hum. - Termina de calçar e se levanta. - Que bom que gostou. - Ironiza. - Vamos! Estou pronta.

— Ok.

Eles vão para o salão de festa, encontram Sophie e Nane já com alguns convidados. Vão até eles:
— Ally, esta é uma amiga minha de longa data. - Nane apresenta. - Vera, essa é a Ally, a jovem que te falei.

— Olá, é muito linda realmente! - Exclama.

— Olá! Muito obrigada. - Agradece educada.

Nane a apresenta para várias pessoas, diversas vezes. Alguns um pouco mais sérios, outros mais cativantes, e alguns simplesmente educados.
— Querida, vamos terminar os brownies para servir. - A chama.

— Certo.

Elas vão para a cozinha.
Colocam os morangos frescos na hora, para não mudar o sabor. Fazem todos, arrumam nas bandejas e são levados para servir.
— Pode deixar que eu levo essa. - Avisa ao garçom contratado. Ele já está cheio de bandejas.

— Está bem. - Balança a cabeça e sai.

Indo ao salão devagar, ouve uma voz familiar, é doce, jovem e alegre. Ao entrar confirma as suspeitas:
— Joaquim! - Exclama contente em o ver.

— Ally! - Corre até ela.

— Espera! - Grita. Coloca a bandeja na mesa. - Pronto. Pule.

Ele pula no colo dela, a abraça forte.
— Saudade. - Ele diz fofo. - Faz bastante tempo já.

— Também sinto. Temos que nos ver mais. - O coloca no chão e arruma a roupa.

— Ora, ora, sabia que te encontraria aqui. - Felícia comenta chegando inconveniente.

— Ah... Olá, Felícia. - Cumprimenta educada.

— Olá, Ally!— Frisa bem.

— Olá, Felícia! — Nick a imita de propósito.

Ela o olha rápido, o encara:
— Como está prima? - Vai para o lado de Ally.

— Estou bem... E você? Parece ótimo. - Deduz.

— Sim. Estou muito bem. - Segura a mão de Ally.

Felícia olha para as mãos deles:

— É inacreditável... - Revira os olhos. - Quis mesmo ela...

Ele sorri:
— Sim. - Confirma.

— E você... - Se direciona para Ally. - Conseguiu tudo sendo essa dissimulada. - Insulta. - Eu sempre soube que era sonsa, se fingindo de coitada. Acabou enganando todos.

— Eu simplesmente não me importo com o que diz, mas sabe... não sou eu que estou insultando alguém aqui, Felícia. Não sou eu que sou uma mimada mal amada. - Retribui.

— Ok... Vocês não vão brigar no aniversário da minha avó. - Nick se impõe. - Então, até qualquer outro aniversário familiar, Felícia. - Vai se afastando. - E você... Vamos dançar. - Puxa Ally para o meio do salão.

No ritmo das músicas dos anos antigos, eles dançam se balançando e pulando ritmicamente. Numa música mais calma ficam juntinhos, em sincronia se movem rodando devagar, e o estranhamento de serem os únicos dançando muda quando Joaquim começa a dançar e chama todos.
Lentamente Nick vai levando Ally para o canto do salão, onde a luz mal ilumina, as fitas cobrem e tornam o local mais escondido e íntimo.
Ela encosta na parede, e ele fica na sua frente, a admirando apaixonado:
— Está muito linda. - A diz doce alisando seu rosto.

Ally sorri meiga:
— Você está muito lindo. - Arruma sua camisa brincando. - Um galã! - Ironiza.

— Huum. - Aperta suas bochechas vendo seu sarcasmo.

Ele se aproxima mais, eles se encaram. Nick beija sua testa, depois sua bochecha, segue para a outra devagar; dá para ouvir as suas respirações lentas. Beija seu nariz, e desce olhando nos olhos dela, beija sua boca, sela seus lábios com um toque leve e doce. Sem parar de se encararem, ele toca sua bochecha com a mão quente, se aproxima novamente e mais uma vez a beija. Lábios encaixados e ritmos sincronizados, um beijo lento e doce, como o sabor de chocolate quente ao qual Ally há um tempo não sentia.
O vício das drogas comparado ao vício de um pelo o outro não é nada, e naquele momento, a saudade do prazer traz o calor aos corpos deles, fazendo o beijo doce se tornar gradativamente quente e forte.
— Nick... - Ally para. - É melhor pararmos antes que fique quente demais... Estamos no meio da festa. - Relembra.

— É, é verdade. - Olha ao redor. - Tem razão. - A dá um selinho. - Vamos voltar para lá. - Se arruma, a arruma e pega sua mão.

— É, melhor mesmo. - Voltam a dançar na pista de dança.

Música alta enche toda a casa, e quase ninguém fica parado. Já no meio da festa os convidados nem comem mais, só pensam em se divertir. De repente no meio da agitação se ouve um grito, todos correm:
— Joaquim!!

Ele que subiu para ir ao banheiro, cai da escada e se machuca.
— Joaquim, Joaquim! - Ally o chama. - Está bem?

— Estou bem... - Se levanta. - Estou bem.

— Rapaz, está doendo? Consegue mexer todos os membros? - Nick o ajuda.

— Sim. Só meu braço dói. - O mostra.

— Está ralado. É só fazer um curativo. -Ela respira aliviada. - Venha, vou fazer isso.

— Tá bom. - A segue.

— Está tudo bem, gente. Podem voltar para a festa. - Nick informa dispersando os convidados e vai para a cozinha atrás de Ally.

Ela pega o kit de primeiros socorros, e começa a cuidar de Joaquim.
— Se doer avise. - Pede.

— Tá.

Joaquim se comporta como um jovenzinho crescido, sem choro, sem grito, sem manha:

— Vai sarar logo, foi só um arranhão. - Nick bagunça o cabelo dele.

— Pronto. - Termina. - Está inteiro! - Ri.

— Obrigado, Ally. - Agradece fofo.

— De nada, moço.

Ele volta para o salão saltitando.

Nick se aproxima dela... Olha pela janela:
— Hum...com esta chuva vai acabar tendo que dormir aqui. - Diz tendo planos.

— É? - Guarda o kit.

— Sim. - Se encaram. - Seria muito bom. - Chega mais perto.

— Seria...

A chuva engrossa de vez, várias complicações ocorrem e sem aviso, a luz apaga. Todo o bairro fica no escuro.
O pessoal da festa grita e fazem barulho, mas na cozinha o clima é outro. Nick respira forte, juntamente com Ally, as luzes se apagam e tudo fica uma penumbra:
— Opa! - Sai da boca dele.

Nick vai até ela, a pega e encosta na parede, ela o prende com a perna, e se beijam intensamente; seus corpos se esfregam. Ally ergue a camisa dele e o alisa e aperta forte, ele beija seu pescoço, o morde, passa a mão por seu corpo; seios, barriga, bunda, coxas. Nick a levanta e deita na mesa, abaixa sua saia o quanto pode e começa a beijar sua barriga subindo lentamente, beija e morde sentindo seu gosto, enquanto as mãos tocam suas pernas e parte íntima. Chega em sua blusa e a levanta, beija seus seios, os chupa e os morde cada parte; Ally respira ofegante de prazer. Ele a senta e beija devorando sua boca, os corpos deles se movem chamando um ao outro, suas línguas se entrelaçam como cobras acasalando.
Ally beija o pescoço de Nick, morde forte todo ele, morde seus lábios, passa a mão pela sua barriga e desce, toca em seu pênis, brinca com ele e volta a apertar sua barriga. Ela começa a beijá-lo a barriga, depois morder marcando os dentes, as mãos passam pela sua bunda e sobem para as costas.
— Você ficou safada... - Ele resmunga. - Muito gostoso! - Sorri cheio de prazer.

Os dois pegam fogo de desejos, os corpos deles vibram e dançam um colado no outro. Antes que acontecesse algo mais sério, a luz volta, e eles param. Respiram ofegantes:
— É melhor pararmos aqui, alguém pode entrar. - Ele se conscientiza.

— Sim. - Ela morde os lábios e desce da mesa.

Eles tentam se arrumar. Ally o olha:
— É muito bom! - Não consegue se segurar e o beija de novo.

Beijo cheio de sabor.
— Sim, é muito bom. - Se olham. - Mas temos que ir.

— Sim. Vamos.

Eles chegam no salão e ninguém nota a demora deles. Após mais um tempo a campainha toca.
— Sra. Clarisse, esses rapazes chegaram. - Doris avisa.

— Garotos, chegando esta hora?! - Os recebe.

— Foi a chuva, vó. - A abraçam.

— Aquele é o Nick?

— Sim. Vão lá

Eles chegam até Nick, está com a Ally.
— E aí primo?!

— Oi rapazes. - Os cumprimenta. - Demoraram, hein? Perderam até a queda de energia.

— Normal, normal...

— Pois é cara, ficamos presos no trânsito.

— E essa, quem é? - Se refere a Ally.

— É a Ally. - Responde e a olha meigo.

— Aah! A famosa Ally!

Ela sorri:
— Olá! - Diz fofa.

— Olá! É... Realmente é linda!

— Sim, concordo.

— Obrigada!

— E aí, cara? Vamos tomar uma? Relaxar? - Sugerem.

— É.. Acho que estou precisando. - Olha para Ally com cumplicidade. - Eu vou lá... - A dá um selinho.

— Está bem.

O vê ir para a área com as bebidas, sem ter com quem conversar, Ally se junta a Joaquim e dançam várias músicas de kpop juntos.

O relógio marca 01h30 da madrugada, é quando o último primo de Nick vai embora, e quando ele toma o último copo de whisky.
— Nick, vamos.. Vamos dormir, arrumamos tudo amanhã. Quer dizer... Hoje mais tarde. - Ally o chama.

Ele está jogado na mesa, tenta se levantar e quase cai, ela o segura.
— Aish, o quanto você bebeu? - Pergunta já tendo noção.

— Shiii... Foi pouco. - Fala bêbado.

— Humrum... Claro que foi. - Ironiza. - Venha, vou te ajudar. Se segure em mim.

— Querida, quer ajuda com ele? - Sophie a pergunta.

— Não precisa. Eu sei lidar com a criatura. - Brinca.

— Está bem. Boa noite, querida. - Deseja.

— Boa noite, Sophie. - Responde amável.

Ela o leva para o quarto dele, o senta na cama.
— Como se sente?

Antes dele conseguir pensar em responder, Nick começa a vomitar na própria roupa de cabeça baixa.
— Droga! - Ela corre e coloca a lixeira da escrivaninha em baixo.

Nick coloca quase tudo para fora, em um vômito forte, que arranha a garganta.
— Acabou? - O vê parar. Levanta seu rosto afetuosa.

— Humrum. - Resmunga.

— Venha. - O levanta.

— A... Aonde va....mos? - Gagueja tonto.

— Você vai tomar um banho. Está todo sujo, vomitado. - Explica.

Ally o leva para o banheiro, começa a tirar sua roupa enquanto ele tomba.
— Wow. - O segura.

Ela o tira toda a roupa, o deixa nu.
— Pronto. Entre. - O coloca de baixo do chuveiro.

Lava sua barriga, seu rosto, braços, o corpo inteiro, um banho rápido, apenas para limpá-lo; não sente vergonha por estar o dando banho. O enxuga com cuidado, escolhe uma roupa para o vestir:
— Consegue colocar sua roupa? - Pergunta o vendo mais calmo.

— Hum. - A toma a cueca da mão. Mal consegue colocar, veste quase caindo.

— Deixa... Eu coloco o resto. Levante o pé. - Pede cuidando dele.

Após vestido, Ally o deita na cama:
— Tente descansar bastante. - O cobre com um edredom.

— Vai dormir comigo? - Pergunta com a voz branda, já apagando.

— Eu.... Vou dormir aqui no quarto ao lado. - Conta o ajeitando atenciosa.

— Dorme comigo. - Puxa seu braço. Ela quase cai em cima dele.

— Nick! - Realça.

— Dorme! - Insiste.

O vendo naquele estado vulnerável, ela sorri:
— Está bem... Durmo. - Aceita. - Agora descanse.

— Ok... Deita logo.

— Já vou.

Ela tira a roupa, coloca uma camisa dele que vira um vestido. O celular apita, é uma mensagem, Ally olha, e joga o celular de lado na escrivaninha, se deita em seguida. Se cobre, ficam bem perto. Ela o admira quase apagando, alisa sua bochecha e o começa a fazer cafuné.

Terça, 13 de Outubro.
A noite passa rápido, Nick apaga e só acorda às 10h30. Morrendo de dor de cabeça, ele desce até a cozinha onde encontra Ally tomando café da manhã:
— Bom dia, Ally. - Diz se sentando.

— Bom dia. - O observa. - Como está sua ressaca?

— Horrível! Aff! - Reclama com a mão na cabeça.

— Aqui, tome. Está bem forte. - O dá uma xícara com café.

Ele olha e se sente muito enjoado, mas toma:
— Por que bebeu tanto? - Questiona curiosa.

— Começamos a beber, depois a fazer desafios... Quando vi já estava bêbado, e como estava em casa não teria perigo. - Tenta explicar.

— Hum... Entendi. Aproveitou a oportunidade. - Conclui.

— É.. Pode se dizer que sim. Bom... Então, como fui parar no quarto? Não lembro de nada. - Comenta.

— Eu te levei. Cuidei de você. - Conta.

— Minha garota cuidou de mim? Como? - Indaga um pouco surpreso.

— Te levei para o quarto, te dei banho porque você vomitou toda sua roupa, te vesti, e te arrumei para dormir. Aah! E ainda dormi contigo porque pediu. - O relembra.

— Oww... Eu pedi, né? Nossa! - A cabeça lateja. - Droga! Que saco essa dor!

— Vai passar. - Termina de comer.

A olha, vê que está calada:
— Obrigado por cuidar de mim, princesa. - Agradece muito grato e encantado.

— De nada, Moço. - Levemente sorri meiga.

O celular apita três vezes seguidas, ela o pega e mal olha.
— Nunca recebeu tantas mensagens assim como nos últimos dias. Grupo novo? - Ri.

— Hã... Não. - Nega séria.

Ele nota algo estranho.
— É só de uma pessoa? - Interroga ficando sério.

— Eu... - O olha. - Não sei.

— Como não sabe? Ally... Não sabe quem está te mandando mensagens?

— Não.

Ela o olha.
— Não sei. - Assegura.


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