Ally: Jogo de Amor escrita por Ella
Domingo, 20 de Setembro.
O cronômetro do centro marca 0° graus, a casa Blacker se encontra aquecida ao máximo. Ally vê a neve cair da janela da sala, pensativa:
- O que está fazendo? - Nick a pergunta chegando inesperadamente.
- Apenas pensando. - Diz doce.
- Está preocupada com seu pai? - Pergunta se sentando ao seu lado.
- Não, até que não. Ele está ficando mais forte. São apenas pensamentos. - Explica o olhando meiga.
- Ah! Então, vamos sair! - Sugere.
- Sair? Para onde? - Questiona.
- Não sei. Só é tedioso ficar em casa num dia de domingo. - Ressalta.
- Okay. Pense em algum lugar, sendo assim. - Acentua aceitando.
- Gosta do Parque de Gelo? - Interroga criando idéias.
- Parque de Gelo!? Não conheço. - Responde.
- Não?! Vamos nele então. - Se levanta. - Está na hora de conhecer!
- Está bem. - Sorri se levantando. - Vou me arrumar. - Diz saindo.
- Certo. - A vê subindo a escada.
Ela se arruma rápido, depois de um tempo ele a vê descendo a escada usando um vestido preto de bolinhas com um cinto vermelho na cintura, uma jaqueta jeans, um cachecol de lã, uma touca azul marinho, sapatilhas de couro, luvas e um grande doudoune fofinho:
- Está bem agasalhada! - Exclama sorrindo.
- Estou! - Concorda.
Ele sorri cativante:
- Bem, vamos! - Pega seu doudoune de cima do sofá.
- Okay!
No caminho Ally admira a paisagem branca que proporciona a neve, ela não conhece o local onde vão e isso a deixa ansiosa. Ao chegarem Nick compra o ingresso dos dois e entram:
- O que acha? - Ele a pergunta por a ver admirando o lugar.
- É lindo! - Exclama hipnotizada. - Está tudo cheio de neve e gelo! - Acentua. - Tão incrível!
- Eu sei! - A encara.
- Então, o que vamos fazer? - O encara de volta.
- Huum. - A para charmoso. - Podemos começar nos divertindo um pouco! - Sugere tramando.
- Como? - Indaga.
- Assim! - Esparrama uma bola de neve que estava na mão em sua cabeça.
- Ei! - Sorri.
- Sua vez! - Se afasta encantador.
- Idiota! - Exclama pegando neve das árvores. - Vai pagar!
Ela corre atrás dele boba com sua atitude. Eles correm e jogam bolas de neve um no outro até que caem no meio do parque; respiram ofegantes:
- Você é muito linda! - Diz estirado e sujo.
- Por que disse isso assim do nada? - Questiona cansada.
- Só para não esquecer disso! - Se senta. - Boba! - Joga neve em sua testa bobo.
- Bobo! - Se senta e o empurra.
- Hey! - Resmunga.
Ela sorri cativante se pondo em pé:
- O que fazemos agora?
- Sempre querendo saber! - Acentua se limpando.
- Claro, curiosidade eterna! - Concorda.
- Hum! - A encara sedutor. - Vamos caminhar, comprar lembranças, fazer momentos!
Nick pega em sua mão, sem entrelaçar os dedos, mas a segura doce enquanto termina de tirar os últimos flocos de neve de seu cabelo. Após explorarem um pouco, eles entram em lojinhas que rodeiam o parque e compram pequenas e meigas lembranças. Ally admira cada detalhe das prateleiras:
- Gostou? - Nick pergunta chegando por trás.
- Sim! São bonitos! - Coloca o bibelô de volta na prateleira. - Vamos em outra loja! - Sorri leve.
- Hum, ok. - Concorda.
Andando devagar ela vê algo que a chama a atenção e corre até a vitrine:
- Que lindos! - Exclama encantada.
- Gosta de globos de neve? - Interroga.
- Amo! São muito lindos! - Destaca.
- Escolha uns então. - Fala. - Venha! - Estende a mão.
Sem reação ela o pega a mão:
- Está bem! - Sorri.
Na loja vários globos de neve a chamam a atenção, porém apenas um, detalhado e singelo a conquista de verdade:
- Quero este! - Informa com ele em suas mãos.
- Certeza? - Indaga.
- Absoluta! - Assegura. - É este!
- Ok então. Vamos ao caixa! - Diz pegando a cesta com as outras coisas que compram.
A transação é feita e Nick paga como previsto.
- Guarde as coisas no meu carro, por favor! - Ele pede à um rapaz da loja.
- Certo Sr. Blacker! - Pega as sacolas, balança a cabeça e sai.
- Sr. Blacker? - Ally ri meiga.
- Sim, isso mesmo Srta. Fllower! - Brinca. - Tem um lugar muito lindo aqui, venha conhecer!
- Está bem! - Aceita ainda rindo.
Os dois caminham lentamente entre as árvores belas, pisam na neve fofinha e admiram o céu pálido de um dia muito frio:
- Tem um caminho de árvores aqui! - Ela exclama e vapor sai de sua boca.
- Sim! - O vapor também escapa da boca dele. - É um ótimo lugar. É o mais calmo e reservado daqui!
- É belíssimo! - Vê cristais de gelo nas árvores.
- É! - Pega em sua mão. Ela o olha.
- O que pretende Sr. Blacker? - Questiona sendo puxada docemente.
- Eu? Nada! - Vê um casal se beijando e sorri de lado.
O casal se beija loucamente, Ally e Nick ficam inibidos, se encaram sem jeito e sorriem:
- Vamos sair daqui! - Ele sugere.
- Vamos! - Ressalta.
Ele a leva para um canto mais escondido e afastado, às árvores os esconde:
- Você vem muito aqui? - O pergunta.
- Não tanto. Mas já vim uma quantidade razoável de vezes. - Conta.
- Ah! - Sorri desfiada.
- O que há princesa? - Se aproxima.
- Nada príncipe. - Ironiza.
- Sua ironia é instigante! - A encurrala em uma árvore.
- Nick! - O encara boba.
- És tão bela minha garota! - Alisa sua bochecha enamorado.
Ela toca sua mão e a sente quente, eles começam a entrelaçar os dedos conforme afastam a mão do rosto. Com os dedos entrelaçados ele a beija o dorso, tira o cabelo dos olhos dela, e encosta a testa uma na outra.
- Você está tão... - Ela fala de olhos fechados.
- Tão?
- Tão doce! - O abraça.
Bobo ele sorri a segurando na cintura:
- Agora sou seu Blacker! - A admira.
Seus olhares se fixam e suas bocas quase se tocam:
- E eu sua garota! - Beija sua bochecha.
- Me sinto estranho! - Resmunga.
- Estranho? - Questiona.
- Hum! - A segura forte com a mão na cintura e a puxa encontra o corpo levantando-a os pés levemente.
- Wow!
- Assim está melhor! - Diz atraente mordendo a boca.
Sua vontade no momento é de morder os lábios de Ally devagar, mas ele se controla:
- Seu bobo! - Bate no seu ombro leve.
- Humm! - Morde os lábios novamente.
- Vamos caminhar! - Pede doce.
- Está bem! - Se afasta. - Vamos!
Perto de uma confeitaria, eles param para pensar no que querem comer:
- Quer bolo? - A pergunta.
- Não sei. - Caminha para mais perto da confeitaria.
De repente ela se esquiva dando passos bruscos para trás. Vira pálida:
- O que foi?! - Indaga.
- Nick... Eu... Eu acho que vi o Thomás! - Exclama.
- O Thomás? Tem certeza? - Fica preocupado.
- Eu acho que sim. - Diz confusa.
- Onde o viu? - Toca seu rosto.
- Passando para trás da confeitaria. Não vi o rosto, mas era muito parecido! - O olha. - Era ele, eu sei que era!
- Tenha calma. - Tenta a manter estável. - Acho que está na hora de irmos embora!
- Sim... Sim. - Concorda ainda pálida.
- Venha! - A pega a mão. - Precisa se acalmar, vamos tomar algo na cafeteria do centro.
- Está bem! - Acentua.
Chegando na cafeteria Nick percebe que Ally ainda está tensa em relação a seu susto mais cedo:
- O que quer tomar? - Pergunta já sentados na mesa.
- Eu não sei. Vou... Vou no banheiro. - Diz se levantando avoada.
- Ok.
Enquanto caminha ela pensa no seu susto:
- Era ele. - Resmunga de cabeça baixa.
Ao levantar o rosto ouve uma voz familiar por perto. Suas pernas tremem:
- Tho... Thomás! - Gagueja o vendo no balcão.
Thomás a encara com uma xícara de café na mão, uma mulher passa na sua frente e ele some. Assustada Ally corre até Nick:
- Vamos embora, vamos embora! - Pede o puxando.
- Calma Ally, calma! - Se levanta. - O que foi?!
- O Thomás, ele está aqui, está aqui! - Exclama tremendo. - Vamos, vamos embora, vamos! - Pede quase chorando.
- Calma, calma. - A abraça. - Nós vamos, vou só pagar o café que pedi, está bem. Já vamos para casa!
- Está bem! - Diz receosa.
- Espere aqui! - Pede.
- Humrum! - Balança a cabeça.
Já em casa, 21h30 da noite, Nick conversa com Ally na sala. Ela está sentada em seu colo no sofá, enquanto mexe em sua mão:
- Viu mesmo ele então?
- Sim! Ele estava no balcão da cafeteria e de repente sumiu. - Se encolhe. - Fiquei assustada, ainda estou!
- Eu sei! - A abraça. - Mas não precisa ficar com medo. Eu estou aqui! - Beija sua testa. - Está tudo bem!
- Preciso falar com você! - O encara séria saindo de seu colo.
- O que foi? - Indaga.
- Nick... - Respira fundo. - Eu vou voltar para casa!
- O... O quê? - Gagueja.
- Eu estou pensando nisto já faz um tempo, não é uma escolha de uma hora para outra. Nick... O meu pai vai receber alta daqui um tempo, eu quero ajeitar a casa, quero me acostumar com minha vida novamente, antes dele chegar. - Explica. - Está sendo maravilhoso ficar aqui, com você, mas eu não preciso mais de cuidados, estou bem, saudável novamente! - Ressalta. - Vou sentir muita saudade deste lar, mas está na hora de voltar para o meu.
Sem reação ele fica abatido:
- Quando pretende ir para sua casa?
- Amanhã! - Responde.
Nick respira fundo, a puxa e abraça:
- Se eu pudesse te impedir! - A aperta.
- Não é questão de querer, é questão de precisar. Porque eu quero ficar aqui, com vocês; Nane, Sophie, você. Mas preciso da minha vida real! - Esclarece.
- Não vai! - Ele sussurra baixo.
Ally o abraça mais forte sentindo seu cheiro marcante. Ela respira profundo e entrelaça os dedos no cabelo dele, seu coração palpita louco.
- Já que é a última noite que dorme aqui, me deixe dormir com você. - A olha. - No seu quarto, ou no meu... Tanto faz!
- No meu! - Sorri leve. - Mas não pense em futilidades!
- Não é minha intenção. Só quero te admirar moça. - Mexe em seu cabelo.
- Está bem! - Volta a abraçá-lo.
No quarto eles se admiram deitados um ao lado do outro:
- Já falou com sua mãe sobre esta sua decisão? - Ele pergunta brando.
- Sim. Falei com mamãe e Baby. Baby disse que pensava que eu moraria aqui para sempre. - Ri baixo. - E mamãe falou que se eu quisesse passar mais esta semana aqui, tudo bem. Mas ficaria ainda mais difícil me acostumar, no final as duas concordaram com minha decisão. - Conta.
- Hum. - Resmunga.
Ele coloca a mão por baixo da sua blusa do pijama e a puxa:
- Você sabia que esse dia iria chegar Nick. - O diz abaixando o rosto.
- Eu sei! - Beija sua testa.
Nick a abraça enquanto Ally apóia a cabeça em seu peito, sente o coração forte e intenso dele.
Segunda, 21 de Setembro.
Na escola de Ally e Nick se tem uma parada importante durante toda a semana. Ainda na casa Blacker, Sophie e Nane ajudam Ally a guardar as últimas coisas dentro das malas, sem saber o que fazer Nick apenas tenta se distrair na sala vendo TV.
Cinco e meia da tarde, as malas de Ally estão todas perto da porta, ela desce a escada pela última vez:
- Bem, é isso! - Exclama tentando não parecer triste. - Chegou a hora.
- Infelizmente chegou querida! - Sophie a abraça chorando doce. - Queria que morasse comigo para sempre!
- Não irei ficar longe, vou visitá-las sempre, assim como antes! - Ressalta.
- Venha todo dia se quiser filha! - Nane a abraça. - Já sentimos sua falta! - Beija sua testa.
- Eu amo vocês! - Ally chora. - Obrigada por tudo que fizeram por mim, muito obrigada!
- Nós que agradecemos querida! Te amamos, vai com Deus! - Exclamam.
- Vamos! - Nick a chama já na porta.
- Tchau! - Diz meiga.
- Tchau Ally! - Falam juntas.
O caminho não é agradável, porém não é tenso. Ao chegar na casa Fllower, Nick ajuda a levar as malas para o quarto:
- Tem mais alguma coisa?
- Não, apenas isso. - Responde sério.
- Está bem! - Acentua.
- Eu já vou. - Diz saindo.
- Espere! - Pede. - Te levo na porta!
Ele para e a espera. Ela o leva até a saída como diz:
- Vai ficar bem? Tem comida nos armários? Está tudo fechado faz um tempo. - Relembra sério com as mãos nos bolsos da calça.
- Vou ficar bem. Qualquer coisa peço uma pizza! - Tenta brincar.
- Ok. Até mais! - Exclama impulsionando sair.
- Ei! - O para.
Ally o abraça, mas ele não a retribui, deixa os braços caídos. Lentamente Nick começa a sentir seu cheiro doce, vai encostando os braços em sua cintura devagar, até que a abraça forte contra o corpo:
- Eu vou sentir muita sua falta! - Ela diz boba.
- Eu também. - Resmunga com o rosto escondido em seu cabelo. - Eu também!
Eles se colam por longos minutos, quando de maneira lenta começam a se soltar. Um beijo na bochecha de Ally encerra a despedida:
- Fique bem minha garota! - Pede alisando seu rosto. - Por favor!
- Vou ficar! - Encosta a mão por cima da mão que toca seu rosto.
Um sorriso tímido cessa o até logo, a porta da casa se fecha e o carro parte levando Nick.
Ally fica parada no meio da sala olhando tudo ao redor, respira fundo várias vezes pensando, coloca a mão no peito concluindo.
- Meu coração já dói de saudades Nicolas! - Murmura.
Horas mais tarde Clara aparece e deixa Luna na sua devida casa.
***
Como teve dito, Ally passa os dias seguintes em casa, arrumando tudo e se acostumando ao lar onde nasceu. Não visita Nane e Sophie neste tempo, mas fala com elas em seus momentos livres. Nick tem pouco contato com Ally, mesmo ligando não consegue falar mais de 3 minutos com ela, sua saudade cresce rápido, sintomas esperados.
***
Quarta, 23 de Setembro.
Noite, quase meia-noite, Ally termina de tomar banho e se deita na cama cansada. Seu celular apita:
"Nick:
Venha aqui!"
"Ally:
Ainda não posso."
Ela lamenta suspirando:
"Nick:
Está deitada?"
"Ally:
Estou. Por que?"
"Nick:
Só para saber."
"Ally:
Ah!"
O vê visualizar, a conversa fica aberta mas não vê ele digitar:
"Ally:
Não tenho dormido bem."
"Nick:
Por que?"
"Ally:
Me acostumei a dormir com você.
Seu cheiro, seu abraço, seu colo (/-)"
"Nick:
Me fazendo ter um ataque cardíaco estando do outro lado do telefone!
Que poder você tem princesa!"
"Ally:
Kkkk
Não sente falta de dormir comigo?"
"Nick:
Criança... Não durmo desde que foi embora."
"Ally:
'--' "
"Nick:
Kkkk
Está com sono?"
"Ally:
Estou.
Por que?"
Assim que manda a mensagem o celular toca; é Nick. Ela sorri tímida e sonolenta:
- Olá! - Fala envergonhada.
- Era esta voz que queria ouvir! Esta voz doce e afetada com o sono. - Fala conquistador.
- Me deixando envergonhada! - Esconde o rosto no travesseiro.
- Se eu pudesse te abraçar agora, não te soltaria mais! - Informa atraente.
- E por que soltou das outras vezes? - Questiona.
- Allyson! - Realça.
- Hum? - Resmunga quase dormindo.
- Eu nunca te soltei de verdade, eu nunca vou soltar você! - Sublinha e afirma.
- Hum... - Fecha os olhos.
- Eu quero você! - Frisa com a voz firme.
- Eu também... Quero você, Nick! - Cochicha já sem lucidez. - Eu quero... Você! - Apaga de sono.
- Acabou de me matar Allyson Fllower. Acabou de me matar! - Ele destaca e desliga o celular.
Nick sorri enfeitiçado, se deita na cama de uma só vez. Coração dispara sem controle!
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