Ally: Jogo de Amor escrita por Ella
Domingo, 13 de Setembro. (Continuação)
- Está na hora de levantar! - Nick diz a Ally enquanto a admira encantado.
- Já?! Que horas são? - Ela indaga.
- Oito, e alguma coisa. - Responde sem concentração.
Ele alisa seu rosto com suas mãos quentes e macias.
- Vamos! - Beija sua testa e se levanta.
- Está bem. - Boceja.
- Vou me arrumar no meu quarto. Te vejo no café. - Informa caminhando até a porta.
- Certo. Até! - Exclama doce.
- Até! - Sorri leve.
Na cozinha Sophie toma café com Nane quando Ally aparece:
- Bom dia! - Deseja meiga.
- Bom dia querida! - Sophie retribui.
- Bom dia filha! Dormiu bem? - Nane pergunta.
- Sim. - Se senta. - Dormi!
- O colo de Nick com certeza é confortável e quente! - Sophie destaca esperta.
- Oh! - Fica envergonhada. - Você viu?! Bem, nós não...
- Tudo bem querida! Não tem problema! - Acentua.
- Sabemos que não fizeram nada demais. - Nane ressalta. - Mas, vocês estavam dormindo muito fofos!
Ally sorri envergonhada e suas bochechas douram.
Momentos depois ela sobe para procurá-lo já que demora. Chegando perto da porta ouve barulhos:
— O senhor está cansado de saber que não manda na minha vida! — O escuta gritando.
- Ele está brigando com o pai de novo! - Resmunga lamentando.
Quase tocando a maçaneta ela desiste e se senta no sofá da sala de leitura para esperá-lo. Fica tensa ao ver a porta se abrindo. Nick aparece sério, enraivecido e sem camisa; caminha de cabeça baixa e para ao a ver:
- O que houve? - Questiona nervosa.
- O meu pai não consegue esquecer da minha existência! - Acentua grosso. - Ele simplesmente não me deixa em paz! - Reclama parado na frente dela.
- Nick, ele é seu pai! - Exclama receosa.
- Infelizmente! - Cita frio. - Ele me enche de fúria! - Soca a parede.
- Tente se acalmar! - Toca sua mão.
- Me acalmar?! - Indaga rude. - Aish! - Puxa a mão e anda para o outro canto da sala.
O vendo daquela maneira Ally só pensa em como a raiva o afeta psicologicamente. Sua expressão traz preocupação e receio:
- Estou tremendo por dentro! - Ele resmunga encostado na parede de cabeça baixa.
- Nicolas! - Ela o chama amável.
Ao ouvir tal voz ele levanta o rosto com expressão fechada:
- O que foi Ally?! - Questiona ríspido.
- Precisa se acalmar! - Caminha até ele. - Por favor! - Toca seu rosto.
- Allyson! - A olha focando nos olhos.
A ver com o semblante abatido o deixa desprovido. Ela toca seus braços tentando acalmá-lo, os alisa devagar enquanto o encara carinhosa.
- Como se sente? - Interroga esperançosa.
- Ainda com raiva. - Responde sério.
Ally torce a boca e olha para baixo, sua atenção é direcionada para o braço descoberto dele, ela se perde o observando paralisada:
- O que houve? - Ele a pergunta vendo-a hipnotizada.
- Hã?! - O olha. - Nada, eu só não tinha percebido que seu braço é tão forte! - Realça sem malícia.
Ele sorri leve a vendo ingênua:
- Não é tão forte como exclama que é! - Comunica.
- Não, não é. - Concorda ainda o admirando.
Automaticamente ela alisa seu ombro lentamente enquanto desce a mão delicada tocando seu peito. Diante de tanta pureza ao qual ela faz aquilo Nick a admira enfeitiçado. Ally sente seu corpo alisando docemente e hipnotizada.
Já transbordando de encanto a fúria cessa, no rosto dele se tem um sorriso cativante de lado:
- O que está pensando? - Questiona vendo-a em transe.
- Em todas as mulheres que já sentiram seu corpo! - Responde sem hesitar.
- Hum! - Se inibe. - Ally!
- Está tudo bem Nick. - Levemente um sorriso se forma ao olhá-lo.
Ela passa as mãos por sua cintura e encosta a cabeça em seu peito o abraçando:
- Ok. - A abraça um pouco receoso. - Então, vamos visitar seu pai?
— Hoje não. - O solta. - Mamãe ligou e disse que minhas tias vão visitá-lo hoje, se eu aparecer lá, bem...
- Eu sei! - Frisa. - Bem, será bom para você descansar! - Acentua.
- Na verdade! - O olha. - Eu queria passar o dia com você! - Diz envergonhada.
- Comigo!? - Indaga. - Estamos morando juntos, passamos muito tempo um ao lado do outro! - Sorri.
- Seu chato! - O bate fraco no ombro. - Passar o dia com você e morar com você e sua família são coisas diferentes!
- Eu sei! - Sorri atraente. - Estava só brincando. - Levanta uma sobrancelha.
- Hum! - O encara séria.
- Então, podemos começar vendo um filme perto da lareira. - Sugere. - Aproveitar que está frio!
- Pode ser! - Exclama.
- Ok. - A abraça forte.
- Hã... por que você está sem camisa mesmo? - Ela questiona raciocinando.
- Ah! - A solta. - Quando meu pai ligou eu estava me trocando, esqueci de colocar a camisa depois. Saí do quarto sem lucidez! - Detalha.
- Ah.
- Vou terminar de me ajeitar e te encontro lá em baixo. - Informa.
- Okay! - Entende.
Ele beija sua testa e caminha para o quarto.
Na sala da lareira Nick coloca um filme de comédia romântica, e a espera chegar sentado no sofá.
- Oi! - Ela diz tímida ao entrar.
- Olá minha garota! - Sorri.
Ela caminha até ele e se senta em seu colo:
- Colocou o filme? - Questiona.
- Sim. Acho que vai gostar. Também não sei como é, mas mamãe falou que é bom! -Informa.
- Hum. Está bem! - Exclama.
Ele a abraça enquanto a aquece do frio de 1° grau. Os dois veem o filme concentrados e colados, Nick a acaricia sem parar, revisando entre a perna, o rosto e os braços. A porta se encontra entreaberta para não haver distrações. No meio do filme Sophie aparece e os entrega uma tigela cheia de pipoca e uma jarra de suco:
- Obrigada Sophie! - Ally agradece.
- De nada filha. - Sorri e se retira.
- Não vai comer? - Nick a pergunta por vê-la sem interesse.
- Hã... - Fica sem resposta.
- Ally! Tem que comer. - Ressalta.
- Está bem. Vou tentar! - Acentua.
A campainha da casa toca, Doris abre a porta:
- Oi, vim falar com a minha tia! - Felícia informa.
- Entre! - Doris diz educada.
- Claro! - Exclama.
- Vou chamar Sra. Blacker!
- Tá!
Felícia fica olhando a casa entediada:
- Onde será que está o Nick que ainda não apareceu? - Resmunga andando. - Será que está aqui? - Olha pela brecha da porta da sala da lareira.
Ela se surpreende com o que vê. Nick sorri bobo ao dar pipoca na boca de Ally, e ela se deita em seu ombro doce, enquanto sorriem aparentemente alegres.
- Não é possível! - Exclama. - Eles ficaram juntos! - Sublinha espantada.
- Felícia! - Sophie a chama. - Venha logo!
- Tá. - Vai até ela perplexa.
Caminhando até a piscina Felícia não se contém em questionar:
- Tia, aquela que está na sala com Nick. É a Ally, não é?! - Quase afirma.
- Claro que sim! - Assegura.
- Mas, eles... eles estão juntos? Namorando? - Interroga.
- Não é nada oficial, se é isso que quer saber! - Diz séria. - Agora pegue esta encomenda e leve para sua mãe. - A entrega.
- Hã... Ok. - Se mantém perplexa.
- Felícia! Saia sem fazer distração! - Pede autoritária.
- Certo tia. - Responde inibida.
Ao passar pelo corredor e abrir a porta da sala para ir embora ela olha para a sala onde eles estão antes de sair:
- Sejam felizes! - Diz séria e conformada. Fecha a porta seguindo seu caminho.
Enquanto isto Ally começa a perder o foco do filme com pensamentos. Com a cabeça encostada no peito dele ela o questiona com uma pergunta ao qual a martela:
- Nick.
- Sim? - A olha.
- O seu pai ainda implica comigo? - Levanta a cabeça.
- Hã... - Pego se surpresa ele fica sem resposta.
- Pode me falar. Se estou perguntando é porque quero saber! - Impõe.
- Sim, ele ainda implica com você. - Comunica receoso.
- Ah. - Se abate.
- Mas não fique assim! - Toca suas bochechas. - As pessoas mais importantes da minha vida te amam muito! - A olha nos olhos. - Minha garota eu te... - Trava. - Eu te garanto que não precisa se preocupar! - Sorri leve.
- Okay! - O abraça.
Ele suspira forte ao sentir seu cheiro.
Depois do almoço Nane resolve acompanhar Sophie nas compras. Ally toma banho e se arruma enquanto Nick pensa em várias opções de programações para o dia.
- No que pensa? - Ela aparece descendo a escada.
- Coisas para fazermos hoje! - Se levanta do sofá. - E até já sei o que vamos fazer agora! - Anda até ela.
- O que? - O encara.
- Vou terminar de te ensinar a andar de skate. - Morde a boca.
- Ah! - Sorri. - Ótimo!
- Gostou da ideia? - Pergunta vendo sua expressão.
- Sim! - Afirma.
- Ok. Só precisa achar meu skate, qualquer um deles! - Sobe a escada.
- Não sabe onde estão? - Interroga o acompanhando.
- Tenho uma hipótese. Não os uso faz um tempo por isso acho que mamãe os guardou no armário. - Explica.
- Hum! - Resmunga.
Ao abrir a porta ele se depara com uma bagunça gigante:
- Caramba! - Ally exclama.
- Vamos procurar. - Acentua.
- Okay!
Eles vasculham em todos os cantos a procura dos skates. A poeira os faz espirrar e tossir diversas vezes:
- Eu acho que achei! - Ela realça e puxa com força.
- Cuidado! - Destaca.
Uma gigantesca avalanche de bugigangas desmoronam em cima de dela:
- Você está bem? - Pergunta preocupado a levantando.
- Es-estou! - Tosse seco.
Relembrando a cena Nick não aguenta segurar e começa rir, acompanhado por Ally.
- Olha, o que é isso? - Pega um grande pacote.
- Não sei. - Acentua.
- Hum. - Resmunga e senta no sofá na sala de leitura.
- O que vai fazer? - Fecha a porta do armário e vai até ela.
- Quero descobrir o que é isto! - Começa a desembrulhar.
Após cortar as fitas e os sacos plásticos ela encontra algo familiar:
- Um violão! - O admira.
- É o violão de Noah. Ele deixou aqui quando foi para o Brasil! - Comenta. - O que está fazendo? - Pergunta a vendo o ajeitar nos braços.
- Faz tanto tempo que não pego e sinto um violão! - Diz encantada.
- Você sabe tocar!? - Indaga surpreso.
- Bem, eu sabia! - O olha. - Quando eu era pequena, o vovô começou a me ensinar, ele me ensinou tudo ao qual sabia. Quase todos os dias depois do café da manhã ele passava uma hora, uma hora e meia me ensinando atenciosamente. - Ele vê seus olhos fechar se lembrando. Uma lágrima escorre dolorida.
- O que aconteceu? Por que não continuou com o vilão? - Interroga.
- As minhas tias e minhas primas tinham muito ciúmes e inveja, ficavam reclamando e brigando com o vovô, até que teve um dia ao qual elas perderam a decência e quebraram o violão do vovô. - Mais lágrimas amarguradas descem. - Me lembro que depois disso fiquei com muita saudades de tocar. Tinha uma violão, que ficava exposto na vitrine de uma loja no centro, e toda vez ao qual eu passava lá ficava o admirando. Papai e mamãe não podiam comprá-lo, era muito caro! - Esclarece. - Bem, o tempo passou e a abstinência também. São apenas lembranças agora!
- Você tem a chance de tocar novamente. - Frisa.
- Não devo saber mais! - Detalha.
- Vamos, tente. Toque para mim! - Sorri doce.
- Posso tentar uma música. A sua melodia é a única ao qual sei de cor até hoje! - Conta.
- A toque então. - Diz.
- Okay! - Se ajeita.
Com poucos toques ela começa a tocar delicadamente, uma melodia suave surge e vai aumentando gradativamente:
"You're on the phone with your girlfriend She's upset, she's going off about..."
Ally canta e aos poucos vai se empolgando; ele fica hipnotizado, os olhos brilham encantado.
"And you've got a smile
That could light up this whole town..."
Ela recita diretamente para ele, que sorri cativante. De pé e exuberante a canção toma conta da saudade, ela canta sorridente e animada:
"Oh, I remember you
Driving to my house
In the middle of the night
I'm the one who makes you laugh
When you know you're about to cry
And I know your favorite songs
And you tell me about your dreams
Think I know where you belong
Think I know it's with me"
No final o silêncio se prevalece, Ally suspira encarando Nick, que se levanta e vai até ela. Atraente e com o olhar conquistador ele pega o violão e o coloca no sofá, a puxa e abraça muito apertado.
- Venha, agora sou eu que quero te surpreender! - Conta sedutor.
- O que é? - Pergunta curiosa.
- Vai ver! - A puxa pela mão descendo a escada. - Vamos! - Abre a porta.
A caminho da surpresa Ally sente o estômago formigar de curiosidade:
- Não vai me contar? - Questiona ansiosa.
- Não! - Frisa.
- Aish! - Resmunga.
- Chegamos. - Informa. - Venha! - Desce.
Entrando numa galeria ela não entende o porquê de estarem ali:
- Onde estamos?
- É uma galeria de música! - Responde sério. - É por aqui! - A puxa pela mão.
Eles entram numa sala afastados de todos, é uma sala decorada com quadros, tem uma grande janela de vidro ao qual dá para ver o jardim e as flores que enrolam na madeira dão cor ao local.
- O que é isso? - Se direciona para um grande objeto coberto.
- É a minha surpresa e segredo! - Conta e tira o pano. - Sra. Crystal, que é a dona da galeria me deixa usá-lo sempre que quero! - Explica.
- Não.... Acredito! - Fica espantada. - Você sabe tocar piano?! - Indaga.
- Sim! - Sorri e se senta no banco. - Aprendi com Nane. Enquanto Noah aprendia a tocar violão e o Natan guitarra, eu aprendia a tocar piano! - Ressalta.
Ally caminha até ele de boca aberta, literalmente. Vendo a expressão dela ele sorri vitorioso:
- Eu tenho os meus truques românticos princesa! - Exclama sedutor.
Ela revira os olhos sorrindo por achá-lo um babaca e inacreditável. Devagar os dedos dele começam a tocar, ela se senta ao seu lado o admirando:
- É tão lindo! - Resmunga. - Cante! - Pede doce.
- Eu não canto, só toco! - Informa.
- Por favor! - Implora meiga.
- Não minha garota! - Reforça.
- Aish! - Se levanta chateada.
- Aff! - Ele murmura baixo.
Encostada no piano de costas para ele, Ally se surpreende ao ouvir uma melodia se acompanhar por canto:
"Loving can hurt
Loving can hurt sometimes..."
Encantada ela volta a sentar ao seu lado e os dois começam a cantar juntos:
"We keep this love in a photograph
We made these memories for ourselves Where our eyes are never closing
Our hearts were never broken
And time's forever frozen still..."
A tarde se passa com o belo dueto de Ally e Nick.
***
Na casa Blacker tudo segue normalmente, o jantar é posto às 19h00 e a cozinha é limpa logo em seguida do término da refeição. Na sala Nane conversa com Nick, Sophie trabalha no quarto e Ally conversa com a mãe pelo celular na piscina. Às horas se passam rapidamente, por estarem cansadas a mãe e avó dele vão dormir cedo; a casa fica silenciosa, o vento frio e o sereno da noite percorrem todos os cômodos. Perto da lareira, sentada no chão Ally assiste TV calmamente:
- Dessa vez você chegou mais cedo! - Diz Nick que aparece na porta.
- Sim! - Sorri leve.
- Tudo bem? - Se senta ao seu lado.
- Sim, só estou cansada! - Suspira.
- O dia foi exaustivo mesmo. - Acentua.
- Foi. - Concorda.
Ele a puxa e ficam frente a frente:
- Não gostou de hoje? - A pergunta alisando sua mão.
- Gostei sim! - Afirma. - Conheci novas coisas sobre você! - Morde a boca.
- Sim. Também conheci novas coisas sobre você. - Cita.
- Sim! - Exclama.
- Deite no meu colo. - Pede.
- Está bem.
Quando ela descruza as pernas ele a deita no chão de repente:
- Nick! - Se assusta.
Com o corpo acima do dela e os braços dele apoiados ao lado de sua cabeça ela os alisa novamente, distraída. Sua respiração desacelera ao vê-lo sério, seu rosto se aproxima devagar; as borboletas no estômago dela voam descontroladas, o coração acelera e o corpo gela. Nick se aproxima quase tocando os lábios ao dela, suspira sentindo seu cheiro e ela se levanta faltando pouquíssima distância dos lábios deles se tocarem. Ele se senta de cabeça baixa lamentando:
- Me desculpe. - Ela pede. - Eu sei que você quer me beijar, eu sei, mas... Mas eu não consigo. - Explica receosa. - Não dá! Desculpe, me desculpe! - Chora meiga.
- Ei, ei! - A puxa. - Está tudo bem! - Acaricia seu rosto e beija sua testa. - Não chore minha garota, não chore!
Ela o olha doce:
- Eu vou esperar! - A abraça. - Está tudo bem! Ok?
- Okay!
Eles se olham enamorados. Ally encosta a cabeça em seu peito enquanto ele a abraça atencioso e amável. Seu corpo quente a protege do frio; a aquece com amor!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se você se interessa por histórias de amizade dê uma olhada na minha nova história.
Amoridade: Lembranças Danificadas.
Vai encontrá-la no meu perfil ^^
Beijos (*^▽^*)