Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 23
As 10




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Ally fica sem saber o que responder, está confusa e inibida:
– Eu... Eu não sei do que você está falando. - Ela gagueja tensa.

– Vou explicar. No dia que eu te dei sua câmera, na piscina, nós acabamos brigando e você disse que eu tenho gosto de vômito, eu sei que estava mentindo, então agora eu só quero saber o meu verdadeiro gosto. É simples. - Ele diz se aproximando.

Ela fica parada com expressão de confusão e tensão:
– Está bem, vou deixar essa pergunta para depois, vou fazer outra. Número 1. Há duas semanas na cafeteria Vale Café você foi para junto de mim porque um homem estava te cantando, seduzindo, assediando... Enfim, eu quero saber por que com tanta gente você foi logo para junto de mim. - Questiona sério.

– Porque... Porque entre as pessoas que estavam lá você era a que eu mais conhecia e... confiava. - Explica receosa. - Eu não estou dizendo que confio plenamente em você, só estou falando que entre...

– Eu entendi Ally, eu entendi! - Ele a interrompe.

Vendo ele sair da sala ela o questiona:
– Não vai me fazer as outras perguntas?

– Vou fazê-las durante o decorrer do dia. Não se preocupe, vai dar tempo de fazer todas. - Ele sorri marcante e sai.

Às 13h00 da tarde Sra. Blacker chama todos para almoçar, Ally e Nick são os primeiros a chegar, ela se senta num canto da mesa e ele no outro de frente para ela:
– Número 2. - Ele diz de repente.

– Agora? - Indaga Surpresa.

– Agora! Quero saber se você já sonhou comigo. - Informa.

– Por que quer saber isso? - Reclama.

– Apenas responda. - Frisa.

– Sim, já sonhei, mas faz muito tempo. - Responde rápido.

– Quando?

– No dia que você me beijou na quadra. - Assim que ela termina de falar Nane e Sophie entram na cozinha e eles silenciam.

A comida está deliciosa e saborosa; carnes, queijos, saladas, massas e tortas, para Ally poder comer. Depois de todo mundo terminar a refeição, Ally se propõe a arrumar à cozinha:
– Deixe que eu arrumo tudo Sophie! - Diz meiga.

– Não precisa querida, eu faço isso com Ana. - Explica.

– Vocês já fizeram um almoço delicioso, merecem um descanso. Pode deixar que eu ajeito aqui! - Insiste.

– Está bem. - Ela olha para Nick. - Mas... Nick! - O chama.

– Sim mãe.

– Ajude Ally a arrumar à cozinha, está bem? - Pede esperta.

– OK. - Ele conclui sério.

Eles começam a tirar as coisas da mesa e colocar na pia. Ele limpa as cadeiras e a mesa com um pano enquanto ela lava os pratos:
– Eu te ajudo. - Ele diz por a ver enxaguando a louça.

Ela lava, ele seca e guarda. No ponto mais alto da concentração deles surge o número 3:
– Número 3. - Informa de costas para ela. - Quanto nojo você tem de mim?

Já próximo dela os dois se chocam por Ally virar e escorregar na água no chão. Os copos na mão dela caem e se quebram; os dois ficam colados. Nick está com o braço na cintura dela porque a segurou na hora do escorregão e Ally segura forte o braço dele:
– Eu não tenho nojo de você. - Responde hipnotizada.

Com os olhares alinhados eles ficam paralisados, os olhos verdes dele a encantam e os olhos escuros dela o atraem:
– Bom saber disso. - Ele conclui a pressionando lentamente.

Nane entra inesperadamente na cozinha, eles se soltam num impulso:
– O que aconteceu aqui? - Nane questiona vendo o vidro no chão.

– A Ally deixou uns copos caírem. - Ele explica.

– Desculpe Nane. - Ela pede constrangida. - Eu vou limpar.

– Tudo bem querida, são só copos! Tome cuidado para não se cortar. - Nane diz e sai.

Quando ela se abaixa para pegar os cacos ele se agacha e pega a mão dela:
– Deixe que eu faço isso! - Diz calmo.

Ela sente o coração acelerar e as mãos tremerem por ele estar com o rosto perto do dela:
– Está bem. - Se levanta e sai.

Minutos depois na sala Nane chega alegre:
– As flores chegaram! - Ela ama flores. - Querido, será que pode pegar para mim? - Pede à Nick.

– Sim, claro vó. - Responde. - Me ajuda? - Pergunta a Ally.

– Hã.. Sim. Ajudo. - Ela diz e acompanha ele.

Eles descarregam o carro:
– Número 4. Você é virgem? - Novamente ele a surpreende.

Espantada ela derruba uma sacola com as flores e olha pálida para ele:
– Calma, é só uma pergunta, só tem que dizer que sim ou não. - Ele explica pegando a sacola dela do chão.

– Bem... Eu nunca namorei, e só fiquei com dois garotos na minha vida. - Acentua. - O que acha!?

– Dois? Certeza? E aqueles garotos ao qual beijou na barraca do beijo? - Questiona.

– Eles... Eles não foram nada Nick. Só beijei de verdade o... a minha antiga paixão e você. - Gagueja.

– Hum, OK. Então a resposta é sim. - Afirma. - Eu já sabia.

– E por que perguntou? - Indaga chateada.

– Queria saber como seria sua reação, e como você responderia. Você não foi conclusiva, deu muitas voltas. - Diz voltando para casa.

À pedidos de Sophie e Nane os dois começam a colocar as flores nos vasos da casa. Iniciando pela sala:
– O que acha de pôr vermelhas, amarelas e brancas nesse vaso e rosas, brancas e lilás naquele outro? - Ela pergunta distraída.

– Hum... Pode ser. - Ele a olha. - Número 5. Por que você se entrega com tanta facilidade para mim?

– Hã!? - Resmunga. Sem concentração aperta uma rosa e espeta o dedo. - Aiii!

– O que foi?

– Eu furei o dedo. - Responde.

Ele toca suave a mão dela e vê um pouco de sangue escorrendo:
– Eu já volto. - Vai em direção à cozinha.

Muito rápido ele volta e a vê colocando as flores no vaso:
– Cadê o dedo? - Pergunta.

– Aqui. - Estende a mão.

– Isso pode doer um pouco. - Ele pega uma pinça e puxa o espinho.

– AI!– Ela o olha torto.

– Eu avisei que poderia doer. - Abre um band-aid e coloca no machucado. - Pronto.
– Obrigada! - Agradece.

– De nada. Agora, me responda a pergunta! - Reponta.

– Pergunta!?

– Sim. Por que você se entrega com tanta facilidade para mim! - Frisa.

– Você não vai parar com essas perguntas? - Questiona constrangida.

– Não. - Diz frio.

– Até aonde pretende ir? - Ela levanta um pouco o tom da voz.

– Até o número 10 Ally, até o número 10! - Ressalta. - Por que você se entrega com tanta facilidade para mim!?

Ally levanta o rosto com expressão fechada:
– Porque eu não conheço outros homens, tenho só você como conhecimento. Se eu conhecesse outras bocas, outros beijos, outros corpos, com certeza não seria tão idiota assim. Teria experiência! - Diz fria e zangada.

Ela pega as flores e vai para outro vaso. Vendo como ela respondeu ele a segue até o salão:
– Número 6. - Ele a olha e ela parece esperar pela pergunta. Esperar séria. - Você me odeia?

– Hum? - Resmunga franzino a testa.

– No dia da chácara, quando brigamos, você disse que me odiava...

Com um sorriso irônico ela o interrompe:
– Eu não te odeio Nick e nem odiei. - Diz ríspida.

Por achar que Ally estava se zangando Nick para as perguntas por um tempo. No lanche da tarde todos se reúnem na mesa, conversam e comem sorrindo. Ao acabar a refeição Ally fica lendo na mesa perto da piscina:
– Número 7. - Ele diz chegando por trás dela. - No dia da barraca do beijo você estava me provocando de propósito, não estava?

– Sim. - Ela o olha irritada e levanta da cadeira. - As meninas disseram que você estava sendo afetado com ciúmes por eu estar beijando os homens e eu quis fazer um teste.

– E qual foi o resultado? - Ele pergunta vendo ela sair.

– Eu só respondo se essa pergunta for à número 8. - Grita se afastando. - É, acho que não é! - Completa irônica.

O clima entre os dois fica tenso, o jantar passa e o relógio gira sem parar. Ela começa a guardar as coisas que levou dentro da bolsa; óculos, livros, celular, fone de ouvido, touca, cachecol... Ele a vê se preparando para ir embora e vai a interrogar:
– Vai embora? - Pergunta sério.

– Vou. - Frisa.

– Então está na hora de acabar com isso. - Ele a puxa pelo braço.

A leva até o corredor que vai para a sala e a cozinha, e a encosta na parede:
– Número 8. No dia da barraca do beijo, quando caímos na neve, você ficou esperando eu te beijar, não ficou? Queria que eu te beijasse, não queria? - Questiona grosso.

Séria e fria ela não responde, fica calada:
– Me responda Ally! - Frisa muito ríspido. – Diz!– Grita.

– Sim! - Responde enraivecida.

– Número 9. Quem você mais gostou de beijar, eu ou a sua antiga paixão?

Ela o olha indignada:
– Não seja ridículo Nick. - Diz saindo.

Ele a puxa e a bate com força na parede:
– Eu ou ele!? - Sublinha sério com o rosto bem perto.

– Não sou obrigada a responder.

– Pelo o que parece está com medo da resposta, será que superei aquele molequinho?! - Debocha sarcástico.

– Cale a boca! - Reclama chateada.

– Então me responda!– Ele grita.

– Foi você!! - Grita batendo no peito dele.

– Número 10. Qual é o meu verdadeiro gosto? - Ressalta nervoso.

– Eu não vou responder isso. - Assegura teimosa.

– Qual é o gosto do meu beijo Allyson!?– Grita intimidador. Qual é o gosto?

– É chocolate quente droga! Seus lábios são quentes e seu gosto adoçado como chocolate quente! - Diz enfurecida enquanto o olha fria.

– Não lhe matou você me contar essas coisas, matou!? - Ele diz saindo da frente dela.

– Eu quero ir embora! - Ela diz zangada pegando a bolsa.

No caminho para casa um pleno silêncio reina, irritados eles nem sequer se olham:
– Chegamos. - Ele informa.

– Finalmente. - Ela sai do carro e anda até a porta.

A fechadura não vira e ela bate na porta irritada. Ele sai do carro antipático para ajudá-la:
– Me dê a chave. - A pede rancoroso.

– Eu não preciso da sua ajuda! - Ela grita quase chorando.

– Porra, por que está com tanta raiva de mim assim!? - Questiona sem empatia.

– Eu estou frequentando a sua casa, estou próxima da sua família, você já me conhece bastante e mesmo assim não sabe a hora de parar Nick. - Reclama. - Não consegue me respeitar nem debaixo do teto que você e sua família mora.

– O modo como trato você não tem nada a ver com minha família. Eu te respeito Ally, se não respeitasse teria feito várias burrices hoje. - Explica com a voz alterada. - Só porque estamos mais próximos e minha família está apegada à você não quer dizer que eu vá lhe tratar de um modo diferente. A Nane e minha mãe podem até começar a te considerar da família daqui um tempo, mas você nunca vai ser um "parente" para mim, você sempre será uma mulher aos meus olhos Allyson, uma mulher! Sendo assim eu lhe desejo, por ser a bela mulher que é!– Grita.

– Deseja à mim e milhares de outras mulheres! Sai beijando elas em qualquer lugar e qualquer hora.- Sublinha.

– Eu só fico com aquelas garotas para amenizar o desejo que eu tenho por você sua estúpida! - Diz ofegante de nervosismo.

Ela treme de raiva:
– Vai embora daqui Nicolas!– Grita com fúria, bate na porta que abre e entra.

Já dentro do carro ele para no sinal socando o para-brisa:
– Imbecil! Você é um imbecil Nicolas! - Reclama consigo mesmo.


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