Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 20
Convivência




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Nick e Ally se soltam, ela vai conversar com Sra. Clarisse e ele sobe para o quarto. Fecha a porta, cheira a camisa e a tira jogando na cama, se sentando com a mão na cabeça:
– Essa garota me enlouqueceu! - Cochicha.

De 17h30 ele desce, olha a casa toda e não vê ninguém, sai na varanda avistando sua mãe e sua avó no portão:
– O que vocês estão fazendo aqui? - Pergunta chegando perto delas.

– Viemos dar tchau para Ally! - Diz sua mãe caminhando para dentro.

– Dar tchau para Ally? Ela estava naquele táxi? - Indaga confuso.

– Sim, ela achou melhor não te incomodar pedindo para deixá-la em casa, então chamou um táxi. A Ally é uma garota muito especial, tem seus problemas e defeitos como todo mundo, mas é linda por fora e por dentro, não gosta de incomodar. - Ela comenta e fecha a porta.

Nick fica admirando o tempo, até os pequenos flocos de neve começarem a cair.
Ally chega em casa, sobe para o quarto e abre a porta da sacada:
– Olá Luna! - Ela dorme em sua cama, a acaricia e a beija.

Pega sua bolsa e acha o presente de Nick, o abre, vê um celular lindo branco, com 15 capinhas diferentes, sendo 8 de seus cantores, bandas e grupos preferidos:
– Nossa, como ele sabia que eu gosto deles!? - Indaga curiosa para Luna.

Liga o celular, começa a mexer por ele, vai nas músicas e vê várias:
– 1.200 músicas! - Exclama surpresa. - Taylor Swift, One Direction, BigBang, GOT7, High4, SHINee, Ed Sheeran, IU, Eddy Kim, Eric Nam, IKON, EXO... Caramba!

Vai para a galeria:
– 1.500 fotos! - Cai na cama espantada.

Rodando pelas fotos vê que tem o álbum de cada um:
– Meu Deus, como é possível?!

Se lembra dos contatos, e corre para os ver, nota que o WhatsApp está instalado:
– A memória deve estar explodindo! - Acentua.

Nas configurações acessa o armazenamento:
– Cartão de memória de 128GB!! - Grita assustada. - Oh Meu Deus! Todas as minhas músicas, todas as minhas fotos, meus contatos, cartão de memória que jamais poderia comprar! Esse garoto está cada vez mais... Imprevisível! - Sorri.

Mexe na caixinha e acha 5 fones de ouvido diferentes, 3 carregadores e mais um cartão de memória, curiosa o conecta no notebook:
– Vamos ver se tem lago aqui. - Diz para Luna. - Não acredito! - Exclama de boca aberta. - 128GB também, com todas as músicas e fotos! Estou... Sem palavras! Como ele fez isso!? - Pega o celular na mão e o admira.

Eles ficam o final de semana inteiro sem se ver ou se falar, no café da manhã de segunda-feira Nane conversa com Nick:
– Querido, Ally vai vir se consultar comigo algumas vezes de manhã e algumas vezes depois da escola. Quando ela vier de manhã você a leva para a escola já que estudam juntos, e quando ela vier depois da escola você vem com ela. Tudo bem?

– Sim. - Ele responde e come uma maçã.

– Hoje ela vai vir depois da escola, então...

– Venho com ela. - Ele completa.

– Sim, isso! - Nane sorri e beija seu rosto. - Te amo querido!

– Também a amo vó! - Ele beija sua testa.

Na escola os dois permanecem como se fossem estranhos um para o outro, já perto de acabar o intervalo chega uma mensagem para Ally:

"Nick:
Allyson, me espere no portão. Você vai comigo já que a casa ao qual vai é a minha."

– Nick?! Como eu tenho o número dele!? - Seu raciocínio para. - Claro! Ele mesmo colocou! - Sussurra.

Termina a aula e ela fica no portão como ele pediu, após 5 minutos ele aparece, a olha e sorri:
– Vamos! - Chama.

– Por que está sorrindo? - Caminham para o carro.

– Porque você me esperou! - Entram.

– Não era pra esperar? - Indaga ela.

– Era sim, só achei isso... Interessante! - Levanta a sobrancelha.

– Por que?

– Porque você me obedeceu. A propósito, por que não me respondeu? - A olha.

– O quê? - Ressalta sem entender.

– Eu mandei uma mensagem para você, e você não me respondeu. Por que?

– Eu não tenho como responder. - Explica.

– Tem sim, você tem crédito. - Afirma sério.

Ela o olha espantada, e permanece com a cabeça encostada na janela até chegar. O dia segue calmo, às 17h30 Ally novamente chama um táxi e vai embora, ele de novo não a vê saindo:
– Ally já foi. - Diz sua mãe vendo ele descer a escada. - Você passa o dia nesse quarto e nem se despede dela, além do mais Ally não gosta de te incomodar para levá-la para casa. - Parece zangada e chateada.

– O que quer que eu faça? - Pergunta ranzinza e insensível.

– Quero que seja mais sociável! - Responde séria e grossa o deixando sozinho.

Terça cedo Nick toma banho, se arruma e vai tomar café, chegando na porta da cozinha escuta uma voz doce, meiga e familiar, entra:
– Bom Dia. - Deseja.

– Bom Dia! - Diz Ally que levanta o rosto rindo.

– Do que estão falando? - Pergunta sério.

– De como você era chato até dos 3 anos. - Responde sua mãe.

– O quê?! - Indaga assustado. - Ah não mãe, nem ouse falar de mim criança. - Diz frio.

– Está bem, já falei tudo que queria mesmo!

Ele olha para Ally e a vê sorrindo escondendo o rosto envergonhada, pega um pedaço de bolo de milho e sai, no corredor sorri de lado e vai para a piscina. Na cozinha elas conversam:
– Ally, será que pode me ajudar a tirar a neve da calçada? Eu sei que isso é pedir demais mas é que nevou tanto esses dias que acumulou muita neve e a Ana está de folga hoje. - Pede Sra. Blacker.

– Posso sim, sem problemas! - Responde meiga.

– Está bem! Você pode ir na frente, eu já estou indo, vou apenas pegar umas luvas. - Avisa.

– Okay!

Ally pega a pá, vai para a calçada e começa a tirar a neve. Com o silêncio da rua ela acaba se concentrando, jogando a neve para o lado fica totalmente distraída.
– Allyson! - Grita uma voz do seu lado.

– Nick! - Exclama. Ele está coberto de neve que ela jogara. - Caramba, desculpa!

Ele balança o cabelo e a roupa:
– OK. - Diz ríspido. - Pegue, se agasalhe! - Entrega um doudoune e luvas a ela.

– Obrigada. - Agradece. - Cadê sua mãe?

– Não sei, ela mandou eu te ajudar com essa neve, disse que estava ocupada. - Explica.

Nick puxa seu rosto, sente a pele dela gelar de tensão pois a olha bem:
– Sua boca está muito roxa, está com muito frio? - Questiona sério largando-a.

– Não. Deve ser a mudança de temperatura. Lá dentro estava quente. - Conclui.

Em sincronia os dois tiram a neve da calçada, até que um caminhão limpa-neve entra com tudo na rua fazendo grandes ondas de neve, Nick a puxa e fica em sua frente, mesmo assim a pressão do impacto os derruba. Cobertos, ele está sobre ela, suas respirações começam a ofegar quando notam a cena, a mão dele está por dentro da roupa de Ally, suas pernas entrelaçadas e rostos próximos, então ele se levanta:
– Você está bem? - Pergunta preocupado.

– Estou sim. Esse caminhão surgiu do nada! - Ela destaca.

– Sim, é verdade. - Concorda.

Eles se limpam, chacoalhando a roupa; tentando a ajudar ele mexe em seu cabelo, o levanta e limpa o doudoune, mas o pescoço dela o chama a atenção.
"Nick, não faça isso"
Ele pensa tentando controlar seu desejo ao a ver tocando cada parte do corpo tirando a neve.
"Você precisa guardar seu desejo, você... O fato de você morder a boca não ajuda Allyson."
Continua se questionando enquanto a admira, ele morde os lábios e passa a língua entre a boca entreaberta, de repente ela escorrega no gelo e cai no seu peito; ficam se olhando.
"Tenho que a beijar!"

– Crianças, está na hora de entrar! - Grita Nane na porta.

Nick se afasta agradecendo sua avó mentalmente, entram e vão para a escola. Durante a aula flashes do dia do filme ficam passando em sua mente, sente o corpo de Ally, o beijo, o gosto doce de chocolate com morango; passa mão na boca e morde muito seus lábios. Já na área verde no intervalo a observa lendo como sempre, sente o sangue esquentar quando ela prende o cabelo, morde a boca e depois o lápis, tendo o autocontrole quase transbordando ele puxa uma "amiga" e pergunta:
– Há quanto tempo eu não te beijo?

– Uns dias. - Responde irônica.

– Errado! - Ele ressalta e a beija, segura forte seu corpo, vorazmente devora sua boca e a solta. - A resposta certa é alguns segundos. - Diz e sai.


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