Magic escrita por Paul


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Amigos? Sério, mantenha eles perto. Por que são sua segunda família.



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– Sério isso? Perguntou Ismael logo após eu ter acabado de contar o sonho para ele o resto dos meus amigos.
Estávamos todos sentados na sala, cada um com sua tigela de sucrilhos nas mãos. Menos eu, que estava com a caixa inteira.
– Não vou repetir de novo. - respondi com a boca cheia de cereal. - É a terceira vez que conto a mesma coisa pra vocês.
Vini estava sentado ao meu lado, ele não havia falado uma palavra deste que eu comecei a contar meu sonho pra eles. Ele terminou de comer e colocou a tigela sobre as coxas. Seu cabelo estava bagunçado e ele ainda tinha marca de travesseiro no rosto.
– Você esta bem? Sussurrei batendo com meu joelho no dele.
Vini levantou a cabeça e deu um sorriso torto, enquanto balançava a cabeça confirmando que sim.
Me levantei e coloquei a caixa de sucrilhos sobre a mesa de centro.
– Vini, posso falar com você? Perguntei indo em direção a cozinha.
Parei perto da mesa e cruzei os braços.
– Oi. - Vini parou na minha frente, me olhando nos olhos.
– Você ta legal mesmo?
– Só to cansado.
– Você dormiu a noite toda Vini. - puxei uma cadeira e me sentei. - Agora, me conta vai, juro que não vou rir.
Vini se sentou na cadeira em frente a minha. Ele entrelaçou os dedos e colocou as mãos sobre a mesa.
– Ta, lá vai. - ele respirou fundo. - Deste os meus oito anos de idade, mais ou menos, eu sonho com uma coisa. Tipo, é um sonho bobo e sem sentido. - ele parou e deu um sorriso sem jeito, o que o deixou muito fofo.
– Sonhos sem sentido? Vai por mim, ta virando minha especialidade.
– Verdade. - Vini sorriu.
~ Gente, esse sorriso é muito perfeito. Sério, ele mexe comigo de um jeito que vocês não entendem.~
– Bem, o sonho é assim, eu to no bosque e tem umas pessoas lá, tipo, eu não consigo ver elas mas eu sei que elas estão lá. E depois tem um garoto, nunca vejo o rosto dele, mas essas pessoas ficam torturando ele.
– Nossa. - murmurei sem saber o que disser.
– Eu sei. Estranho demais. - Vini desviou o olhar, cruzando os braços. - Mas esse sonho parou.
– Sério? - abri um pequeno sorriso.
– Sim, depois que você chegou, ele simplesmente parou.
Senti meu rosto corando. Devo ter ficado mais vermelho que um pimentão, já que Vini deu um largo sorriso.
– Você fica lindo com vergonha.
– Ah, então quer dizer que eu sou feio quando não to com vergonha?
– Não, eu não quis dizer isso, é só que.
– Eu to brincando. - sorri.
– Eu sei. É só que, eu fico sem jeito perto de você.
– Fica é? - franzi a testa.
– Sim, e sinto ciúmes de você e o Ismael.
– Pera ai, como assim? Perguntou Mael parado na porta.
Vini virou a cabeça e o encarou, com uma cara de tipo. " Dá um tempo cara. Some daqui."
– Bem, não quero ver sangue por aqui. - brinquei. - Ainda to com aquele gosto de sangue na boca.
Vini se levantou e saiu da cozinha.
– Qual o problema desse cara? Perguntou Mael com um sorriso travesso no rosto. - Sério, eu não faço a mínima idéia.
– Dá um tempo pra ele. - respondi jogando uma bolacha em Mael. - Ou ele vai acabar explodindo, e vai te bater. E eu vou deixar.
– Nossa Paul, belo amigo você é. - Mael deu uma piscadela e saiu rindo. - Vamos pra escola garoto das Trevas. - gritou ele sei lá da onde.
– Me chama assim de novo e eu juro que vou lhe dar uma voadora. - gritei em resposta.
Sai da cozinha e subi para meu quarto.
Os colchões ainda estavam espalhados pelo chão.
– Folgados. - murmurei abrindo meu guarda-roupa.
Alguém bateu de leve na porta.
Me virei e encarei Marck.
– Então maninho. - disse ele entrando. - Acho que chegou a hora de temos uma conversinha.
Fechei a porta do guarda-roupa e sorri.
– O que você quer saber? Perguntei sorrindo.
– Idiota. - disse ele me atirando um travesseiro. - Então, seu sangue é um tipo raro? Que pode dar poderes a outros seres sobrenaturais?
– Isso, e não esqueça que eu posso trazer um cara das Trevas, que pode acabar com o mundo. - sorri. Eu estava ficando farto de ter que fingir meus sorrisos. Na verdade eu estava mais assustado que tudo. - Isso é divertido, não é?
– Para de fingir ta, eu sei que você está assustado.
~ Droga! Por que ele tem que me conhecer tão bem?~
– É, eu to bem assustado Marck. - murmurei sentando ao seu lado na cama.
Marck abriu os braços e me abraçou. Velho, a quanto tempo a gente não se abraçava? Acho que a última vez foi quando eu tinha uns sete anos de idade e tava com medo do palhaço da festa de aniversário da minha melhor amiga.
– Vai ficar tudo bem maninho. - sussurrou ele. - Vamos dar um jeito nessa situação. -
Deixei algumas lágrimas caírem. - Eu prometo.
Marck me soltou de seus braços e bagunçou meu cabelo, do mesmo jeito que ele fazia quando íamos no Mc Donalds, ou quando eu brigava com Jack.
– Se ele acordar, você pode dar uma voadora nele? Perguntei.
– Claro, ninguém mexe com meu irmão e sai sem levar uma surra.
– Marck, ele é mais velho que todos nós juntos. - comentei segurando o riso.
– Verdade, mas e dai? As juntas dele não devem estar funcionando direito. Ele vai precisar de muletas depois que acabarmos com ele.
Foi impossível não rir.
– Você é o melhor irmão do mundo. - comecei a rir enquanto me levantava. - Acho que ele pode nos quebrar usando a bengala.
– Ah, qual é, os Monters são poderosos. Vamos chutar a bunda dele e manda-lo pro lugar donde ele veio. Ou vai vir, sei lá. Mas você me entendeu.
– É assim que se fala irmãozão. - levantei a mão para um High-Five.
– Vamos lá tampinha. - disse Marck batendo em minha mão. - Vamos enfrentar a escola, e depois nos preocupar com o vovô e as bruxas do mal.
Dei outro abraço rápido em Marck e corri para o banheiro.
...

A viagem até a escola foi rápida. Sério, pareceu durar um piscar de olhos.
Vini nos deu uma carona, ta, tudo bem que a galera teve que se espremer para caber no banco de trás. Mas isso não pareceu incomodar ninguém.
Descobri que Vini tinha o mesmo gosto musical que eu. Já que durante a viajem ele colocou " Wake Up- Versão acústica do The Vamps" e eu fui cantando, enquanto meus amigos e meu irmão riam de mim. Ta, eu canto pouco, mas acho que canto bem, já que eles aplaudiram quando acabou. Mas aquela musica foi feita para mim.
Olhei para minha turma, quando saímos do carro. Sério, parecia que nos conhecíamos a anos, e não a apenas três dias.
Fiquei meio incomodado pelo fato do resto da escola ter ficado me encarando e cochichando.
– Vejo vocês na aula de história. - Disse Mael se afastando rapidamente.
– Eu vejo vocês no almoço. - disse Mitchel me encarando. - Tenta não fazer com que bruxas fantasmas te ataquem de novo, beleza?
– Sim senhor. - imitei aquelas saudações do exército.
– Eu também vejo vocês no almoço. - disse Marck.
– Okay. - sorri enquanto ele se afastava.
Olhei para Vini e Stelar.
– Sobrou nós agora.
– Pois é. - disse Stelar dando de ombro.
Ficamos em silêncio enquanto caminhávamos para a sala de química.
– Vinicius. - A voz cortou o ar.
Me virei para ver de quem tinha partido.
Aquele amigo de Vini, o loirinho, estava parado perto de um dos armários, com os braços cruzados.
– Ah, oi Dylan. - disse Vini sorrindo.
– Os garotos do time querem falar com você. - disse Dylan em um tom seco.
Cara, como eu podia ter me esquecido que o Vini era capitão do time? Ele deve ter deixado de fazer algo, pra ficar lá em casa.
Olhei para Stelar.
– Vejo vocês daqui a pouco. - Vini me deu um beijo na bochecha e saiu em disparada pelo corredor.
Todos ficaram me olhando.
– Ele tem que parar com isso. - murmurei, enquanto entrávamos na sala.
– Acho fofo da parte dele. - disse Stelar indo para nossos lugares.
– É, mas lembra? Eu não queria que a escola soubesse que sou gay. E eu ainda não terminei oficialmente com o Jack.
Senti uma pontada de culpa. Eu não havia ligado para Jack, nem contado nada para ele. Nem sabia se ele havia passado no teste. Cara, eu sou um péssimo ex/quase-namorado.
– Ainda? Pensei que vocês tinham terminado assim que você se mudou.
– Pior que não, e eu não liguei para ele nesses últimos dias. Ele deve ta preocupado comigo.
– Mas e por quê ele não te ligou?
– Estamos falando do Jack.
– Eu não conheço ele. - disse Stelar rindo.
– Verdade. Mas, ele não liga. Apenas manda mensagens. E eu não peguei no meu celular ainda. - falei tateando o bolso. É eu havia esquecido meu celular em casa.
– Nunca pensei que tantas coisas pudessem acontecer em tão pouco tempo. - Nem eu. - murmurei. - Pensei que as coisas demorasem pra acontecer, mas tudo virou de cabeça pra baixo em questão de segundo.
– Pois é.
– Bem, olha pelo lado bom, ainda temos um certo tempo, quanto tempo vai demorar pro Daungher acordar?
– A mulher fantasma não te falou?
– Não. Ela deve ter esquecido essa parte. Mas mesmo que se ele desperta-se, ele precisa do meu sangue pra ser libertado.
– É. A menos que aquelas bruxas das trevas estejam planejando libertar ele.
Olhei para Stelar, chocado.
– É claro.
– O que? Perguntou ela me encarando.
– A Pietra falou que essas bruxas tão tramando algo, e que ela não sábia o que era. - senti algo se encaixando no meu cérebro. - Deve ser isso. Elas tão tramando para libertar Daungher. E estão atrás do meu sangue para fazer isso. Por isso elas ficaram sussurrando " Sangue e Matar".
– Isso faz todo o sentido. - disse Stelar parecendo tão animada, quando uma criança ganhando um brinquedo novo. - Vamos ter que impedir isso.
– Só não sabemos como.
O professor entrou na sala e tivemos que ficar quietos.


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Notas finais do capítulo

Oiii galera.
E ai, o que estão achando da fic?
Qual seu shipp favorito? Comenta pra eu saber.
Bem, sim, ta tendo Sondtrack agora. Iru ●/
Ceninha do Marck e do Paul. Fica tocando Move my Way do The Vamps.
A cena até ficarem só o Paul a Stelar o Vini, fica tocando Wake Up - The Vamps. Versão Acústica.
Sim. Eu sou apaixonado pelo The Vamps, então vcs vão ver mts músicas deles por aqui.
Espero que gostem.
Sério, to me matando aqui.
Cap novo só domingo.
Bjs do Paul ♡♡



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