Magic escrita por Paul


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Não temos medo do escuro. E sim daquilo que se esconde nele.
A escuridão é amiga.



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Liberdade. Talvez essa fosse a palavra certa para me definir naquele momento. Eu me sentia livre, me sentia bem, completo.
Joguei a cabeça para trás e soltei um longo uivo.
...
Finch ouviu o uivo e correu, ele ignorou a dor, só continuou a correr. Seus pelos se arrepiaram ao ver o majestoso lobo negro, correndo ao seu lado. Ele era maior do que todos os outros que ele já tinha visto, olhar para seus pelos era como olhar para um céu sem lua e sem nenhuma estrela.
Finch correu ao seu lado, assim como o outro lobo branco ao seu lado, mas o mais curioso é que havia um garoto montado sobre o mesmo.
Os três uivaram em um único tempo, o que devia significar que eram amigos agora, mesmo sem trocarem uma palavra.
Quando o lobo negro finalmente parou, os outros dois se viraram e fizeram o mesmo.
...
Marck sentiu seu coração disparar, quando avistou o outro lobo correndo a seu lado. A pelagem castanha, lembravam a cor de uma amêndoa. Mas como ele não atacou nem Paul, e muito menos Andrew, ele imaginou que devia se tratar de um amigo.
Quando Paul parou de correr e se virou para os outros dois, Marck pulou das costa de Andrew e correu até o irmão. Ta, tudo bem que ele sobre as quatro patas, era quase do tamanho de Marck. Mas mesmo assim, ele abriu os braços e abraçou o irmão pelo pescoço. Paul colocou a cabeça gentilmente sobre o ombro esquerdo de Marck.
– Estou orgulhoso de você. - sussurrou Marck, acariciando gentilmente o pescoço do lobo.
Andrew havia voltado a ser humano, e estava vestindo a cueca.
– Pegue as roupas. - disse ele jogando a mochila para Marck.
– Mas já? - Marck segurou a mochila com uma das mãos.
– Estivemos correndo por 3 horas e meia. - respondeu Andrew sorrindo.
– Mas pareceram minutos. - disse ele abrindo o zíper e puxando uma calça lá de dentro.
– Eu sei, o tempo passa rápido, quando nos divertimos. - Andrew deu de ombro, e como se só agora tivesse dado conta do outro lobo, se virou e olhou para ele. - E quem é você?
O lobo castanho se contorceu e virou o garoto apático, de olhos cinzentos.
– Eu sou Finch. - disse ele cobrindo o membro, com uma das mãos. - E quem são vocês?
– Eu sou Andrew, aquele é o Marck o grandão ali é o Paul.
– Primeira transformação dele? Perguntou Finch sem jeito.
– É sim. - respondeu Marck. - Precisa de roupas também?
– Se você poder me arrumar. - Finch deu de ombro corando.
Marck enfiou a mão dentro da mochila e pegou uma boxe preta, e depois jogou para o garoto, que pegou com a mão livre.
– Valeu. - Finch sorriu e se vestiu.
...
Eu estava escutando toda a conversa, e rindo por dentro.
Então veio aquela coçeira. Na verdade era uma sensação boa, como dormir ouvindo o barulho da chuva, enquanto você esta embaixo das cobertas quentinhas. Dessa vez não ouve dor, apenas alívio, e quando me dei conta, eu estava deitado no chão, completamente nu, em meio a folhas secas.
Marck se ajoelhou ao meu lado e sorriu. Seus olhos brilhando de orgulho.
– Você conseguiu. - disse ele, me ajudando a sentar.
Senti meu rosto corando, e algo dentro de mim se agitou.
– Roupas. - sussurrei.
– Ah, claro. - ele me passou uma boxe cinza e um shorts jeans. Me vesti tão rápido, que nem eu mesmo acreditei.
Levantei e sorri.
– Agora sou oficialmente um lobisomem? Perguntei de modo brincalhão.
– Sim. - Andrew e Marck responderam juntos.
– Você é um Alfa, não é?
Olhei para o garoto parado ao lado de Andrew. Seus olhos eram cinzas, acho que literalmente, o cabelo preto quase caindo sobre a testa, ele era branco até demais.
– Finch né? Perguntei, me lembrando de ter ouvido a conversa.
– Sim. - respondeu ele corando.
– Eu não sei se sou um " Alfa" cara, e nem quero ser. - dei de ombro. - Mas e você? Como veio parar aqui?
– Bem, tinha uma bruxa, ela tentou me matar, eu matei ela, ouvi você uivar, e corri. E aqui estamos.
– Bruxa? Como assim? Perguntou Marck.
– Ela tava naquela lanchonete. Eu sabia que tinha algo de errado, então fiquei observando eela até que ela levantou e caminhou até o bosque, ai eu a segui. E depois lutamos, e eu acabei ganhando. - ele olhou para o próprio corpo, sem ferimento nenhum. - Bem, acho que eles curaram.
– O que você ta fazendo em Collen? Perguntou Andrew cruzando os braços.
– Antes dos meus pais morrerem, eles me disseram que eu devia achar a tumba de Daungher, e impedir que ele acorda-se, porquê assim seria mais difícil dele acordar, e caso eu não consegui-se eu devia encontrar um garoto chamado Ismael.
– Pera. Como eles sabem do Mael? Perguntei franzindo a testa.
– Vocês conhecem o Ismael? Perguntou ele parecendo chocado.
– Sim. - respondeu Marck. - Por que?
– Vocês podem me levar até ele?
– Sim. Mas pra que?
– Me levem até ele. E eu explico tudo quando chegarmos lá. - Finch nos lançou um olhar sério, mas que ficou engraçado, pelo fato de ele estar só de cueca.
...
Vinicius não conseguia parar de andar de um lado paro o outro. Já ia fazer quatro horas deste que eles haviam saído, e até agora nenhum sinal deles.
– Você vai acabar deixando uma marca no chão, desse jeito. - disse Jack.
Vinicius virou a cabeça e lhe lançou um olhar irritado.
– Por quê você ainda está aqui mesmo? Perguntou ele.
– Porque o Paul ainda é meu ex-namorado, apesar de eu duvidar disso. - Jack deu um sorriso metido. - E a casa é dele, e ele não me expulsou. Então eu vou ficar até quando eu quiser.
– Ei, que tal os dois idiotas calarem a boca? Perguntou Sterlar, sentada ao lado de Mitchel.
– Não adianta, S. Quando duas crianças querem brigar por causa de algo, é impossível fazer elas pararem. - disse Mitchel rindo.
– Pois é. - Disse Ismael levantando os olhos do gremório, e os encarando. Ele lançou um sorriso metido, e tirou os óculos. - Isso vai soar estranho, mas eu entendo o lado do Vini. Faz quatro horas. Eles já deviam ter dado pelo menos uma notícia. - ele fechou o livro e colocou sobre os ombros.
Vinicius estava preste a falar, quando tudo escureceu. Todas as luzes se apagaram, o ar ao seu redor pareceu congelar. A luz da lua, que entrava por entre as janelas, não estava ajudando muito.
– O que aconteceu? Perguntou Mitchel.
– Acho que foi um apagão. - respondeu Jack.
– Não foi não. A rua toda tem energia. - disse Stelar olhando pela janela. - Pera, tinha. Ai caralho.
– O que foi? Perguntou Vinicius se juntando a ela.
– Tem alguma coisa no fim da rua. Ta vendo?
Ele seguiu o olhar dela, e sentiu seu sangue congelar lentamente.
– Todo mundo pro andar de cima. - disse ele sério.
– Como é? Perguntou Ismael.
– Anda.
A sombra na rua se aproximava lentamente, estava apenas a alguns passos da casa. Era difícil dizer o que era aquilo, já que a única iluminação provinha da luz da lua.
– Corre gente. - Gritou Stelar, iluminando o chão com a lanterna do celular.
Vinicius puxou as cortinas e correu em direção a escada, puxando Ismael pelo braço.
– Sobe, sobe. - gritou ele, enquanto os amigos e Jack subiam a escada as presas.
Ele foi o último a subir, estava no último degrau, quando a porta da frente se abriu, com um estrondo. Vinicius não teve coragem para se virar e ver o que era a coisa, continuou correndo, até passar pela porta do quarto de Paul. Ele a fechou com cuidado. Era difícil dizer quem era quem em meio a penumbra do lugar. Seu coração batia loucamente dentro do peito.
– Fiquem em silêncio. - sussurrou ele.
Os passos no andar de baixo eram altos.
Dentro do quarto, o medo era palpável, o único som vinha da respiração dos cincos, ali dentro.
O som dos passos começou a ecoar pelo corredor. Como se a coisa estivesse subindo as escadas. Vinicius levou a mão até a boca e recuou um pouco da porta.
A coisa, ou pessoa estava no corredor. Os passos se aproximando do quarto.
Os passos cessaram, assim que aquilo parou em frente a porta.
Alguém segurou a mão de Vini e a apertou com força.
A pior coisa, foi o silêncio que se estendeu. Ninguém ousou se mexer, até as respirações pareciam controladas.
A pessoa, seja lá quem fosse, apertou a mão de Vinicius com tanta força, que estava começando a incomodar. Mas ele se negou a reclamar.
O medo aumentando a cada segundo. E então a porta se destrancou. E começou a se abrir lentamente...


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Notas finais do capítulo

Gente, daqui pra frente, os caps vão começar com uma data, porquê, vai ser tipo uma contagem regressiva para o despertar de Daungher.
E outra coisa.
Estamos entrando na reta final.
:'(
Mas tenho uma notícia boa. Guardem os sentimentos. Pq teremos uma segunda temporada. Porém, não sei se vou postar aqui mesmo. Ou começar como uma nova história.
Me ajudem a escolher.
Aqui ou nova história?

Amodoro vcs
♡♡



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