Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 6
Um visita indesejada aparece




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O restante da semana foi bem tranquilo. Depois daquele dia não encontrei mais o Steve, mas recebi várias mensagens como Bom dia, estou ansioso para nosso almoço, lembrei de você hoje, entre outras. Mas o sábado finalmente tinha chegado.

Arrumei a casa, preparei o almoço e coloquei um vestidinho branco com estampa de joaninhas na Sarah. Tomei banho rapidamente e vesti uma roupa simples.

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Assim que terminei de me arrumar, ouço a campainha e vou atender a porta.

–Steve eu não esperava que ... Ah! Oi, Sharon. Falei um pouco surpresa.

–Oi Helena. Atrapalho algo?

– Não.

–Que bom. Bem... não sei como começar,então serei direta. Eu poderia ficar um tempinho na sua casa? Tive um problema com minha fechadura e o chaveiro disse que irá demorar um pouco para poder chegar aqui.

–Sem problema, pode entrar.

–Seu apê é lindo. Falou com um falso sorriso.

–Obrigada.

– Onde está sua filha?

– No quarto. Dormindo como sempre.

–Uma pena queria vê-la. Mas, sabe de uma? Você tem algum álbum de fotos?

–Tenho. Você espera um minutinho?

–Claro. Sorrindo novamente.

Assim que Helena saiu, Sharon tirou vários objetos pequenos de sua bolsa e esconde-os em partes da sala e da cozinha. Pegou seu celular e digitou um comando. E em menos de dez segundos recebeu uma mensagem: Escutas instaladas. Guardou o celular e depois se sentou no sofá.

–Ah. Desculpe a demora. Quase não acho o álbum.

Mas antes que Sharon falasse alguma coisa a campainha toca.

–Licença. E anda até a porta.

–Toda . Sorri -Vadia. Falando a última palavra bem baixo.

–Como? Fala Helena que para na hora e gira seu corpo.

– Toda.

Helena fica com um sentimento de dúvida, mas retorna e atende a porta.

–Achei que não viria mais. Falei fazendo um pequeno bico.

– Pequena emergência no trabalho.

–Tudo bem. Terminei minhas obrigações domesticas a pouco tempo mesmo.

Steve me olha tentando fazer uma cara de indignado, mas logo dá um pequeno sorriso.

–Onde coloco essas coisas? Levantando as sacolas.

–Me dá que coloco na geladeira. Não seja tímido, entre.

Steve entrou e assim que viu Sharon foi falar com ela.

–Oi Sharon. Esticando a mão para cumprimentá-la.

–Oi Steve. Ignorando a mão suspensa, se levantando e dando um abraço e um beijo na bochecha no momento em que Helena chega.

–Você vai almoçar conosco também?

–Na verdade não. Estou esperando um chaveiro, você acredita que estou com problema na fechadura de novo?

– Melhor comprar outra.

–É uma boa ideia. Foi bom encontrar vocês. Acho melhor eu ir, não quero atrapalhar nada, sabe? Falando como se estivesse contando um segredo.

–Não atrapalha em nada. Fique e coma conosco. Disse Helena em um tom normal.

–Se não for problema...

–Não será. Falou Steve.

Os três foram até a cozinha e Sharon sentou-se o mais próximo possível de Steve, pegando os utensílios que já estavam na mesa para Helena.

–Acho melhor você pegar outros. Sorrindo sarcasticamente.

–Já tinha separado. E sentou-se de frente para Sharon e do outro lado de Steve.

–Então? O que temos para hoje? Falou Steve com uma voz animada.

–Lasanha.

–O nome é estranho, mas o cheiro está ótimo.

– Não é comida congelada não né? Eu tenho nojo desse tipo de comida, aquele gosto artificial me dá ânsia de vomito. Acho coisa de gente preguiçosa. E deu aquele sorriso.

– Você está querendo insinuar algo? Controlando-me internamente para não perder a cabeça.

–Oh! Desculpe, não quis te ofender. Fazendo cara de desentendida – Mas recorrer a esse tipo de comida na sua situação é normal, não deve sobrar muito tempo para dedicar a essa ou qualquer outra atividade.

–Não ofendeu. Não sou esse tipo de pessoa mesmo. E antes que diga que os vegetais que coloquei na lasanha estão cheios de agrotóxicos ou algo do tipo, são todos orgânicos. Falei com a voz um pouco tensa.

– Calma. Relaxe. Acho melhor começarmos a comer logo antes que isso fique congelado.

Helena ignorou Sharon e ao ver Steve visivelmente constrangido com o que acabará de ocorrer, tentou retornar a um clima tranquilo.

–Steve? Não seja tímido. Sirva-se. Sorrindo docemente.

Após o almoço que ocorreu sem nenhuma conversa. Helena pegou duas taças e tentou inutilmente abrir a garrafa de vinho.

–O que você está tentando fazer?

–Abrir essa bendita garrafa.

– Deixa que eu faço isso.

– Tudo bem. É ... Sharon?

–Sim?

–Não acha melhor ver se seu chaveiro não morreu no caminho não?

–Como?

–Seu chaveiro está demorando mais do que o esperado.

– É. Realmente. Acho que devo ir então. E olhou para Steve esperando que ele pedisse para ficar, mas não obteve resposta como ele estava concentrado tentando abrir a garrafa. Então derrotada, ela pegou sua bolsa e saiu sem se despedir.

Helena estava desconfiada em relação à Sharon. Uma hora era a miss simpatia que dava boas vindas ou que parecia gostar de crianças pelo modo como ela se referia a sua filha, e em outra uma mulher venenosa aparentemente com ciúmes do Steve e que tentava sutilmente manchar a imagem de uma rival. Rival? Ela é louca? Pensou Helena, não fazia nem um mês que tinha se mudado e muito menos mantido muitos contatos com Steve. Respirou fundo até sentir o alivio tomar o lugar da tensão que estava em seu corpo –Calma Lena, acabou! Falou para si mesma, e foi pegar as taças andando até Steve.

–Sharon?

–Ah, ela teve que ir, achou que o tal chaveiro estava demorando muito e foi ver se aconteceu algo.

–Ok então. Vamos beber aqui mesmo?

–Não, vamos para sala. Estará mais fresco lá.


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