Fomos para mesa, Bruce sentou de frente para Natasha, Tony para Pepper, eu para Steve e Thor para Clint. Sarah ficaria com Happy que afirmou várias vezes para min que não seria nenhum problema.

–Então você trabalha para Pepper. Certo? Perguntou Natasha. Abrindo um sorrisinho malicioso.

–Sim.

–Mas como conhece o Steve?

–Bem, moramos no mesmo prédio e quando me mudei a pouco tempo ele foi até meu apartamento me dar boas-vindas. Falei normalmente, bebendo em seguida um pouco de vinho.

–Quem diria, Capicolé não perde uma. Falou Tony entre risinhos.

Pepper tinha desistido de falar algo, mas lançava constantemente olhares fuzilantes para Tony.

– Está solteira no momento? Continuou Natasha.

–Sim. Falei corando um pouco.

–Gosta de homens mais velhos? Perguntou Tony com um sorrisinho.

– O que? Perguntei confusa.

– Qual o nome deste prato? Perguntou Steve na tentativa de mudar o assunto, mas Tony não deixaria isso acontecer.

–Você namoraria o senhor Rogers?

Fui pega de surpresa e comecei a tossir um pouco do vinho que tinha acabado de beber. Aquelas perguntas estavam mais complicadas que a da minha entrevista de emprego. Parei um pouco para respirar e observando Tony percebi que ele gosta de exagerar em suas brincadeiras, principalmente em relação ao Steve, então dancei conforme a música.

–Sim. Por que não? Qualquer mulher seria sortuda em ter o Rogers como companheiro.

Tony ficou de boca aberta por um tempo. Não esperava que eu fosse responder, sorri vitoriosa. Enquanto isso Natasha me olhava estranho, como se eu fosse um enigma a ser desvendado.

–Bem Steve, esse prato se chama escondidinho.

– Está ótimo. Você tem que me passar a receita depois. Falou Bruce.

–Claro.

Depois disso jogamos mais um pouco de conversa fora, como Tony havia desistido de provocar o Steve, falamos sobre comidas, locais para viajar, alfinetamos Tony e Pepper de quando eles iram ter filhos, demos indiretas para Natasha e Bruce de quando eles iam assumir o Romance e fomos depois ficar um tempo na sala bebendo um pouco de café.

Pepper colocou um som ambiente de piano e Steve me chamou para dançar. Assim que fomos para o local, a música tinha acabado de mudar, só podia ser o Tony.

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–Vamos dançar mesmo assim. Falei enquanto colocava a minhas mãos em seu pescoço.

–Tudo bem. Colocando as mãos em minha cintura.

–Steve, por que o Tony vive te provocando?

–Não faço a mínima ideia na verdade. Mas esse é o jeito dele mesmo.

–Ok. E o Capicolé que ele falou durante o jantar seria?

–Longo história. Deu um pequeno sorriso- Posso te contar durante o almoço que está me devendo.

–Ah! Mas isso é chantagem. Falei tentando parecer ofendida, mas logo cai no riso- Próximo sábado no meu apê, topa?

–Sim. Levarei sobremesa e vinho.

–Tudo bem. Encostei meu rosto no peitoral do Steve, colando nossos corpos, e continuamos a dança.

Enquanto isso Bruce e Natasha observavam discretamente o casal dançando.

–Você nem disfarçou.

–Eu sei. Mas algo me diz que ela é a pessoa certa para o nosso amigo. Falou Natasha bebendo mais um gole de café.

–Também tive essa impressão. Steve não parava de olha-la durante quase todo o jantar. Além disso, ele parece adorar aquela menininha.

–Sim. E em relação a isso. Você deseja filhos Bruce?

–Bem, antes do acidente eu costumava sonhar com a minha família, mas agora acho que isso não tem mais a menor possibilidade de acontecer.

–Entendo. Falou Natasha um pouco triste.

Steve e Helena dançaram mais algumas músicas e decidiram ir embora. Sarah estava dormindo quando Happy foi leva-la para sua mãe.

–Eu começo a desconfiar que esse sono todo não é coisa da idade.

– É bem provável que não. Riu Happy. Você talvez não acredite, mas não demorou nem cinco minutos e ela tinha adormecido.

Nos despedimos dos outros e em pouco tempo já estava em casa.

– Você realmente pensa aquilo? Que qualquer mulher teria sorte em ter a min como companheiro? E que... bem, você namoraria comigo?

– Claro que sim! Falei com um sorriso. Apesar de querer dar o troco em Tony, não estava mentido sobre aquilo que eu tinha dito. Você tem uma luz, Steve. Algo que não sei explicar.

Ele ficou um pouco paralisado e eu andei até ele, fiquei nas pontas dos pés e dei um beijo em sua bochecha.

–Boa noite, Steve. E entrei em casa.

Fechei a porta com um grande sorriso e tentando respirar porque uma grande euforia crescia em min. Acho que finalmente minha vida começa a seguir um bom caminho.