Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 33
Alma


Notas iniciais do capítulo

Então pessoas tô aqui tendo mini ataques depois de ver o trailer novo de Guerra Civil, mas fazer o que né? auahaua
Mas vamos lá, só algumas coisinhas antes de começar o capítulo, para quem quiser, eu fiz um questionário online com 4 perguntinhas sobre essa fic para que eu possa ter uma noção em números de como está o andamento dela e tal e sobre a fic da Sarah, tem a imagem da capa não oficial lá.
https://pt.surveymonkey.com/r/998GFXC
E por fim, como demorei de postar... coloquei algumas cenas no começo dos capítulos anteriores para dar uma pequena relembrada do que aconteceu.
Enfim, boa leitura :D



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Nos capítulos anteriores...

Helena passou a mão pela capa dura do livro, ainda impressionada com sua beleza e sem mais demora, o abriu. Soltou o livro... e no momento seguinte, caiu já desacordada.  

...

Helena não se lembrava como havia chegado naquele lugar. Estava no meio de uma floresta fechada, com pouco luminosidade já que parecia que estava anoitecendo também.

—Steve!!! Gritou com toda força.

—Ele não está aqui...Criança. Ouviu uma voz feminina. Virou-se no mesmo momento e deu de cara com uma mulher.

—Quem é você?

—Eu sou a primeira... A primeira Ocean. Sua ancestral.

...

—Espere um momento...Você é uma mutante! Helena conseguiu se pronunciar por fim.

A mulher sorriu amavelmente e caminhou até Helena, segurando a sua mão em seguida. – Mutante é como vocês nos chamam hoje. Soltou um riso sem graça. -Mas no passado éramos conhecidas como... Bruxas...e esse é o seu legado, Helena Ocean.

...

—Lembra que eu ti disse havíamos estudado a natureza, e os nossos poderes.

Helena assentiu com a cabeça e Luna continuou. –Eu enfeiticei a min mesma para que quando eu ou minhas descendentes engravidassem, pudessem apenas ter meninas, assim mesmo que o meu DNA fosse se perdendo com o tempo... a mitocôndria, que é uma organela com DNA próprio seria a mesma, já que ela é passada por meio da mãe.

—Acho que eu lembro disso de algumas aulas do ensino médio, mas se venho de uma linhagem como a sua, porque minha verdadeira mãe e a minha avó Lena ficaram doentes e morreram se vocês podem se curar?

—Porque nem sempre os genes que tem as “informações” responsáveis por nossos poderes estão ativos.

—Então quando eu peguei naquele livro.

—Se eu coloquei algo que pudesse te “ativar”? Sim. Mas não seus poderes, e sim a min. Você tem a minha mitocôndria Helena, com uma parte da minha informação genética intacta, é assim que estou falando com você, porque estou em você! O livro só foi uma abertura para isso, porque este é um momento oportuno e necessário.

—Oportuno e necessário para o que?

—Para que procure e ajude as outras, você já deve ter percebido os inúmeros acidentes com mutantes que vem ocorrendo e deve ter uma noção que alguém pode tomar medidas drásticas contra aqueles inocentes... Helena, eu não pude reunir o Coven novamente, mas agora isto está em suas mãos... esta é a sua decisão. 

 ...

Fim do flashback, Pov Helena Ocean.

Acho que estava em um quarto de hospital, pois quando acordei, havia alguns eletrodos espalhados pela minha cabeça. Me sentei na cama e comecei a tirar aquelas coisas dali. Estava um pouco desorientada, mas comecei a perceber que talvez eu não estivesse exatamente em um hospital, pelo menos não um convencional, parecia ser bem moderno aliás.

Me levantei e sai dali já que estava vestida com as minhas roupas, me sentia bem o suficiente e queria saber onde estaria Sarah e Steve.  Quando sai daquele lugar, dei de cara com um extenso corredor. Ali definitivamente não deveria ser um hospital, tinha mais um ar de algo...militar.

Andei por quase cinco minutos até que parei ao ver escrito S.H.I.E.L.D, um desenho de um tipo de ave acima e a frase Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão. Ignorei aquilo por um tempo e continuei caminhando até que fosse possível encontrar alguém para dar qualquer informação.

Não sei quanto tempo se passou e eu já começava a ficar com receio de que fosse a única pessoa naquele lugar, o que infelizmente ou não, não era verdade porque logo o ambiente foi mergulhado em uma luz vermelha e um alarme começou a tocar, junto com uma voz feminina que repetia um código e um comando

—Atenção agentes! Código 78, repito. Código 78, fiquem alertas. Isso não é um treinamento. Isso não é um treinamento.

Não sabia que diabos era esse código 78, mas coisa boa não poderia ser. Então rapidamente girei em meus calcanhares e comecei a voltar pelo caminho que eu tinha vindo, se Steve estava ali, ele provavelmente teria ido até o quarto em que eu estava quando ouviu o tal aviso.

Paro de andar assim que me deparo com um pequeno volume encostado em um canto e um calafrio passa através do meu corpo, porque não havia nada daquilo antes. Fui me aproximando lentamente e decide usar a técnica não olhar e apenas correr e era o que eu justamente iria fazer se daquele pequeno volume eu não tivesse percebido que ali era apenas uma criança agachada.

Respirei aliviada e fui me aproximando aos poucos dela.

—Oi. Precisa de ajuda anjinho? Falei docemente para tentar ganhar a confiança dela.

Não obtive nenhuma resposta e continuei, afinal a pobre coitada parecia estar praticamente tremendo de medo. –Olha... porque não fazemos um acordo? Você não precisa falar nada, mas pode vir comigo até um local...seguro e depois eu posso falar com a sua mãe para que ela deixe você tomar um sorvete comigo e a minha filha, que tal? Novamente não tive qualquer resposta.

 -Anjinho eu não sei onde estou, nem o que é esse código 78, mas não deve ser coisa boa. Venha comigo por favor!  Disse em súplica. –Eu também estou com medo...Falei essa última parte quase sussurrando.

A criança finalmente me encarou e relutante movimentou os lábios como um princípio de resposta. Ouvimos o som de passos se aproximando e ela se levantou rapidamente e foi até min, envolvendo seus braços no meu corpo.

—Não deixe eles me pegarem, por favor! Disse quase em desespero.

—Vai ficar tudo bem. Falei para deixa-la calma, enquanto afagava seus cabelos. Podemos sair daqui? Ela levantou a cabeça e olhou por um momento diretamente em meus olhos, afirmando que sim ao fazer um movimento afirmativo. Peguei-a delicadamente no colo e continuei o caminho para o quarto. Cantarolei uma canção de ninar e isso parecia fazer com que ela se sentisse melhor.

Cheguei no quarto em que eu estava e quando ia abrir a porta, sou surpreendida por uma voz masculina.

—Senhora! Solte a mutante agora mesmo e se afaste.

Me viro em direção aquela voz e encontro um homem vestido em uma roupa militar preta, apontando uma arma em minha direção.

—Mutante? Eu vejo uma criança! Falei firmemente. –Abaixe a droga dessa arma! Você perdeu o juízo?

Ele me ignorou e começou a falar em um comunicador. –Localizei o alvo, mas o mesmo se encontra sob o poder de uma desconhecida.

—Pergunte a Steve Rogers se eu sou alguma desconhecida para ele, seu idiota! Abaixe logo essa arma.

—Não são essas as minhas ordens senhora. Contribua e talvez você não saia machucada dessa história. Essa criança que tanto defende é perigosa e já feriu diversos agentes. Solte-a, ela não é assunto seu.

—Agora é, pois eu não deixarei que se aproxime dela.

—Fez uma péssima escolha! Disse destravando a arma. –Agora vou repetir pela última vez. Solte a mutante!

—Não! Senti Alma ficar com o corpo quente nessa hora. Será que a mutação dela era... Sai dos meus pensamentos quando vi o tal homem se movimentar.

Ele começou a se preparar para atirar, mirando a arma na direção da minha cabeça quando do nada ele abaixou o braço, me deu as costas e foi embora. Respirei aliviada e finalmente entrei no quarto.

Alma logo voltou a ficar em uma temperatura normal e Steve apareceu pouco tempo depois junto com o Bruce Banner. Ele estava visivelmente preocupado e assim que entrou no quarto, andou rapidamente em minha direção e depositou um beijo em meus lábios e outro em meu pescoço, abraçando-me forte em seguida.

—Helena! Você está bem? Perguntou ao se afastar um pouco, segurando delicadamente meu rosto com suas duas mãos.

—Sim Steve. Estou bem, mas tenho urgência em outro assunto. Não sei qual a sua posição aqui e não devo saber, mas um louco tentou fazer mal a essa menininha. Falei apontando para a criança que eu havia deixado na cama.

—Helena... Rogers pronunciou com receio.

— Por favor, você também não Steve...

—Helena você pode se machucar... Bruce se manifestou.

—Eu não vou me machucar.... Afinal o que está acontecendo aqui?

—A menina... causou alguns acidentes que teve como consequência um número significativo de feridos. Ela é uma mutante forte e não tem controle. Steve respondeu.

—Isso é verdade? Perguntei amavelmente para ela.

—Sim. Respondeu bem baixinho.

—Mas você não quis fazer isso não foi?

—Não...

—Estão vendo? Ela não fez de propósito e deve ter um jeito de controlar isso. Olha eu sei que a situação está ficando complicada, isso tudo dos mutantes, mas vocês também não estão sabendo lidar, estão deixando a histeria tomar conta.

—Helena... Steve tentou disser algo.

—Poderia ser a Sarah Steve! Poxa, eu sou mãe! Como você acha que a família dela pode estar neste exato momento?

—Mas não é a nossa Sarah... Lena estamos de mãos atadas.

—Talvez não. Vocês pelo menos avisaram aos pais dela que ela está aqui, antes de tudo?

—Ela é órfã... Bruce comentou tristemente. Aquilo fez crescer um incomodo em meu peito.

—Mas isso não dá o direito de fazerem o que bem entenderem com ela.

—A menina estava incontrolável... Bruce tinha um tom triste.

—Ela está incontrolável agora?

—Não. Bruce respondeu envergonhado.

—Você não acha que ela ficaria incontrolável se vocês justamente a mantivessem pressa como pretenderam fazer agora?

—Foi o que aconteceu na verdade... Ela conseguiu sair... do quarto em colocaram ela, provocou uma queda de energia que acionou as luz vermelha de emergência... Bruce era completamente tomado pela vergonha.

—E porque não pensam em outra alternativa?

—Não chegamos a nenhuma outra Helena. Bruce respondeu.

—E se eu ficasse responsável por ela? Falei sem refletir.

—Você não pode Helena...você tem a Sarah e a menina não tem controle dos poderes dela... Steve se manifestou.

—Mas... eu poderia. Bruce comentou meio sem certeza. Acima de tudo ela é uma criança... e você sabe Steve que posso ficar seguro.

Parecia que havíamos feito um acordo não formal ali, então fui falar com a menininha. -Lindinha... Falei enquanto colocava a menina no colo. Eu conheço este homem a algum tempo...Disse apontando para o Bruce. –Ele é uma boa pessoa querida e está disposto a cuidar de você, te ajudar a tentar controlar seus poderes...

—Mesmo? Ela perguntou com receio.

—Sim.

—Se eu ficar com ele, aqueles homens maus nunca mais irão atrás de min?

—Sim. E depois... sempre que eu puder irei te visitar. Disse tocando a ponta de seu nariz.

—Promete? Ela perguntou com receio.

—Sim. Disse e lancei um sorriso amável para ela.

—Então eu... irei com ele. Me abraçou forte e estendeu seus braços na direção de Bruce.

—Qual o seu nome? Bruce perguntou por fim, a recebendo.

—Alma.

—É um lindo nome pequena Alma. E se permitiu sorrir no fim.

Eu sentia que Bruce ainda estava um pouco incerto sobre a decisão que ele tinha tomado, mas após descobrirmos que a mãe de Alma tinha morrido algumas horas antes do momento do acidente que ela provocou, tivemos a certeza de que os poderes realmente poderiam estar ligados a emoções e Bruce pelo que Steve havia me confidenciado em um sussurro, era um especialista em controlar elas.  

Eu até entendia que o posicionamento do Steve tinha sido puro e simples medo de que eu me machucasse, mas no final, acho que ocorreu tudo bem. Não fiquei com raiva dele, já que de certo modo ele tinha razão. Eu tenho a Sarah e Alma ainda não poderia controlar seus poderes. Mas pelo menos, a menina não passaria mais um minuto naquele lugar. Bruce a levaria para uma chácara que seria um local ideal para que ela pudesse começar a tentar controlar seus poderes.

Nos despedimos, Bruce e Alma foram embora e eu permanece mais um tempo naquele quarto com Steve.  Percebi que ele ainda sustentava aquele olhar de preocupação e troquei alguns selinhos com ele, enquanto bagunçava seus cabelos.

—Steve estou bem mesmo. Sério.

—Você ficou bastante tempo desacordada... Fiquei tão desesperado Helena que liguei para o centro médico desta base.

—Me desculpe...Falei envergonhada.

—Você não tem culpa nenhuma...

—Obrigada Steve. Ficamos abraçados até aquele clima ruim passar. Me Soltei dele e olhei por um tempo dentro de seus olhos. –Engraçado...

—O que?

—Você me lembra o Capitão América. Steve ficou um pouco pálido na hora. –É brincadeira amor. Disse rindo. Às vezes você se comporta como um velho de 90 e poucos anos.

Extra capítulo

Assim que entrou naquela chácara, Viúva Negra se surpreendeu ao ver uma cena que nunca em toda a sua vida pensaria que chegaria a ver um dia. Bruce sentado no chão, enquanto uma garotinha loira terminava de amarrar a segunda maria Chiquinha em seu cabelo. Eles riam alto, e nem perceberam a presença da mulher ali.

—Bruce, não se mecha. Assim a maria Chiquinha vai ficar toda torta.

—Tem certeza de que isso é uma boa ideia Alma? Eu vou ficar parecendo a Miley Cyrus.

A viúva não se conteve e se uniu as risadas deles também. Alma parou de rir e se sentou ao lado de Bruce, segurando o seu braço.

—Quem é a nossa nova amiga Bruce?

—Ela é Alma. Alma essa é a minha...

—Namorada?

—Bem... é... Sim. E ao disser aquilo ele despertou um pequeno sorriso em Natasha.

—Pode me chamar de Naty.

—Ela é do bem Alma. Bruce falou ao ver que a menina ainda tinha receio.

Alma se levantou e esticou sua mãozinha para um cumprimento. –É uma prazer conhecer a senhora.

—Igualmente. E pegou na mão dela. –Será que você poderia fazer esse penteado no meu cabelo também? Natasha perguntou apontando para Bruce.

—Claro. E a menina sorriu abertamente. –Só irei buscar mais elásticos no meu quarto.

Horas antes

—Agente Romanoff serei direto com você.  Tenho uma missão especial que quero que cumpra o mais rápido possível. Nick Fury falou assim que Natasha entrou em sua sala.

—E qual seria essa missão?

—Se aproximar e capturar a mutante Alma que está sob os cuidados de Bruce Banner.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Gostaram da Alma?
Será que a viúva vai cumprir sua missão?
E Bruce se arrependerá de sua decisão? Afinal tem o outro cara...
rsrs, enfim.
Vou colocar o link do questionário novamente caso não tenha sido possível acessa-lo na outra parte, relembrando que postei nele uma capa ainda não oficial da fic da Sarah. https://pt.surveymonkey.com/r/998GFXC
É livre, quem quiser dar sua opinião por lá, será bem vindo.
Bjs e até o próximo cap.