Não seria uma luta fácil, pensou Steve Rogers enquanto fazia uma última verificação em seu escudo e uniforme. Ele não conseguia disfarça o quanto estava preocupado, tinha receio se sobreviveria para rever as suas garotas.

Natasha com a boa percepção que tinha, logo notou que seu amigo não estava preparado para a batalha que começaria em breve, pelo menos não mentalmente. Ela caminhou em sua direção e constatou o estado de Steve.

Colocou a mão em seu ombro e perguntou se estava tudo bem com ele. Acabou não tendo nenhuma resposta e perguntou novamente.

—Steve! Falou firmemente, chamando a sua atenção. Ele virou-se para ela um pouco confuso. –Está tudo bem?

— Sim, Natasha. Respondeu um pouco envergonhado, como se estivesse distraído por ter pensado coisas indevidas.

—Não é o que parece. Está desconcentrado, malmente percebeu quando me aproximei de você.

—Acho que...é...a verdade é que estou com medo de não sair bem dessa, logo agora que...

—Logo agora que? Natasha falou como um incentivo para que Rogers continuasse.

—Logo agora que estou tão feliz, que estou me acostumando com esse tempo, esse lugar.

—Entendo seu ponto de vista. Natasha falou amavelmente enquanto pegava uma de suas mãos em sinal de apoio. –Tem medo de perder tudo isso. Sei como sua adaptação não está sendo nada fácil, mas pense que tudo que já conquistou até aqui já é uma vitória e use isto como um combustível para que lute e vença mais essa... por você e ... por elas.

Steve ficou relutante no começo, mas logo abriu um sorriso mínimo e gesticulou um tímido obrigado Natasha, dando um abraço um pouco desajeitado em seguida. 

Depois de quase uma hora, Steve, Natasha e Tony haviam chegado no local onde estaria ocorrendo o ataque dos seguidores do Mandarim.

—Estranho... comentou Tony. Isso deveria estar um completo caos agora.

—Completamente. Natasha olhava atentamente para o máximo de direções possíveis. –Não nem sinal de... Parou de falar bruscamente. –A menos que... Olhou mais uma vez tentando notar qualquer sinal dos inimigos...-Isso seja uma armadilha. Fiquem atentos!

Os três se juntaram de modo a formar um tipo de triângulo, no qual cada um teria sua retaguarda protegida.

—Os outros não deveriam já estar aqui? Steve perguntou tentando disfarça o seu medo.

—Eles deveriam ter chegado antes de nós na verdade. Natasha comentou.

—Mandarei algumas armaduras verificar este local.

Depois de quase uma hora, Clint Barton e Bruce Barnes haviam chegado. Segundo eles, mais um acidente com mutantes havia ocorrido, e eles acabaram sendo necessários na contenção do mutante.

—Manipulação do fogo. Clint respondeu a Stark sobre a mutação.- Acho que era um adolescente, não deveria ter mais que vinte.

—Infelizmente esses “acidentes” estão ficando cada vez mais comuns. Logo teremos que tomar uma providência quanto a isso. Tony comentou.

—Calma Tony. Teremos que ter cautela em relação ao que faremos ou...não. Lembre-se que a maioria é jovem e não tem culpa.

—Senhor...acho encontramos algo. Manifestou-se uma das armaduras do Tony enquanto se aproximava. –Parece que havia um laboratório em pleno funcionamento, a aproximadamente 3 km deste ponto em que estamos.

—Havia? Stark falou de modo que ele continuasse.

—Sim. Pelos danos que pudemos observar, ele não tem mais nenhuma condição para voltar a funcionar.

—Me passe as coordenadas então. Quero verificar isto por min mesmo.

Não demoraram para chegar no tal laboratório e logo separaram-se para analisar o que restava. 

—Steve... Tony chamou com um tom preocupado.

—Estou aqui Stark. Disse se aproximando.

—Você precisa ver isso. Entregou um pequeno papel.

—Mas... como isso é possível?

—Como seria possível eles terem uma foto da Helena? É uma das coisas mais fáceis do mundo. Essa cidade tem muitos olhos por aí. Você tem alguma ideia de quando essa foto foi tirada?

—Acho que... no dia em que ela foi parar no hospital.

—Interessante.

—Venham aqui. Gritou Natasha de algum lugar atrás deles.

Tony e Steve, Clint e Bruce logo foram ao encontro dela.

—Acho que posso ter uma ideia do que aconteceu aqui...Ela parou e olhou para os outros esperando um sinal de que estão prestando atenção e que deveria continuar... –Seja o que for essa coisa que estão colocando nas pessoas, esse parece ser o local onde elas ficam sob observação após o procedimento. Parou para tomar um pouco de fôlego e continuou. –Pelo que Tony havia descoberto... parece que isso é instável para alguns e estes acabam explodindo, encontrei parte de um diário de um desses seguidores, e ele confessava se sentir aliviado por ter passado o período de observação e com isso poder deixar esse lugar, já que qualquer um da fase inicial, que era o caso de todos, poderia simplesmente explodir do nada.

—Então, todos que estão aqui acabaram se revelando instáveis e acabaram provocando a destruição deste local? Bruce perguntou mais como uma confirmação.

—Pelo que parece, sim. Natasha continuou. –E também... todos antes do procedimento, tinham alguma parte do corpo... faltando.

—O que você quer disser com faltando? Clint se manifestou.

—Quero disser que eram pessoas com parte ou todo o membro faltando.

Steve foi surpreendido por um pensamento ao ligar aquelas informações.

—Provavelmente são recrutados em hospitais...Rogers comentou enquanto mostrava a foto de Helena inconsciente em um quarto branco para os outros. – Pessoas sem esperança ou perspectiva de viver, não devem pensar duas vezes antes de aceitar qualquer que seja essa coisa, mas Helena? Não faz sentido algum eles terem tido interesse nela.

Tony lançou um olhar cumplice para Steve e Natasha entendeu na hora que havia algo que eles ainda não haviam compartilhado com o grupo.

—Tem mais alguma coisa que precisamos saber? Natasha perguntou firmemente.

Steve respirou fundo antes de continuar. –Tony achou escutas no apartamento dela, eram... de alta tecnologia.

—Interessante..., eles podem estar pretendo mudar o perfil das pessoas que geralmente recebem a tal coisa. Mantenha vigilância constante Steve, peça ao Fury que coloque um agente para acompanha-la, disfarçadamente é claro e ... não conte a ela.